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HERMENÊUTICA III

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HERMENÊUTICA 
				
“O texto não passa de um piquenique em que o autor traz as palavras e os leitores o sentido.” (Umberto Eco)
DIREITO, HERMENÊUTICA, INTERPRETAÇÃO
TEORIAS DO DIREITO E INTERPRETAÇÃO
INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO
HERMENÊUTICA GERAL, FILOSÓFICA E JURÍDICA.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
DIREITO, HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO .
► O Direito é um processo comunicativo. 
► PROCESSO COMUNICATIVO: 
TEXTO 
(SIGNIFICANTE)
 EMISSOR RECEPTOR
MENSAGEM 
(SIGNIFICADO)
Para entender a mensagem não basta conhecer o texto, é necessário conhecer também o código linguístico ( Linguagem) em que ele foi escrito. 
NÃO SE PODE COMPREENDER O DIREITO APENAS DO PONTO DE VISTA TÉCNICO. PENSAR O DIREITO É PENSAR ANTES DE TUDO NAQUILO QUE O ESTRUTURA E CONSTITUI: A LINGUAGEM.
O fenômeno jurídico tem, basicamente, um sentido comunicacional, que nos coloca sempre no nível da análise linguística. Todo direito “tem por condição de existência a de ser formulável numa linguagem, imposta pelo postulado da alteridade” 
A Linguagem como Expressão do Pensamento
O DIREITO ENQUANTO FENÔMENO EMPÍRICO TEM UMA LINGUAGEM (LÍNGUA E DISCURSO) QUE O EXTERIORIZA.
A Linguagem como Instrumento de Comunicação
A Língua é vista como um código (conjunto de signos que se combinam segundo regras) capaz de transmitir ao receptor uma certa mensagem.
. NESTE SENTIDO PODEMOS FALAR EM DIREITO DA LINGUAGEM, CASO EM QUE, AO CONTRÁRIO, ESTA APARECE COMO OBJETO DAS DISCIPLINAS JURÍDICAS NO SENTIDO JUSNORMATIVO.
A Linguagem como Forma ou Processo de Interação
Por fim, a linguagem não se limita a traduzir e exteriorizar um pensamento, ou transmitir informações, mas sim através da linguagem o individuo realiza ações, interage, atua sobre o interlocutor (ouvinte /Leitor).
DIREITO ENQUANTO LINGUAGEM NO QUAL O FENÔMENO JURÍDICO TEM, BASICAMENTE, UM SENTIDO COMUNICACIONAL, QUE NOS COLOCA SEMPRE NO NÍVEL DA ANÁLISE LINGUÍSTICA.
A linguagem é pois um lugar de interação humana. O direito é, sob qualquer ponto de vista, um fenômeno essencialmente humano.
APESAR DA LINGUAGEM SER CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA O ENTENDIMENTO DA MENSAGEM, ELA NÃO É CONDIÇÃO SUFICIENTE. LINGUAGENS SÃO NORMALMENTE IMPERFEITAS.
LIMITES OBJETIVOS: ligados a estrutura da linguagem( ambigüidades, obscuridades, indefinições...)
LIMITES SUBJETIVOS: ligados ao pensamento e ao comportamento dos envolvidos estrutura da linguagem(necessidades, crenças, ódios, amores, desejos, opiniões...IDIOSSINCRASIA)
“a palavra é um mau veículo do pensamento” e “ não perdura o acordo estabelecido entre o texto expresso e as realidades objetivas” (Carlos Maximiliano)
Por consequência, nenhum texto pode ser interpretado de acordo com a utopia de um sentido autorizado definido, original e final. A linguagem diz sempre algo mais do que o seu inacessível sentido literal, que já se perdeu desde o início da emissão textual”. (Umberto Eco, Les limites de l`interprétation, 1992, p. 8).
 ASSIM, AS PECULIARIDADES DOS DISCURSOS JURÍDICOS (LEGISLATIVOS, JUDICIAIS E DOUTRINÁRIOS) EXIGEM A ELABORAÇÃO DE METODOLOGIAS DE INTERPRETAÇÃO ESPECÍFICAS, QUE NOS PERMITAM COMPREENDER ADEQUADAMENTE O SENTIDO DE CADA TEXTO JURÍDICO. DAÍ, A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA PARA ESTABELECER CRITÉRIOS 
DE INTERPRETAÇÃO 
OBJETIVAMENTE CORRETOS, RACIONAIS, VERIFICÁVEIS, SATISFATORIAMENTE, AFASTANDO-OS DO SUBJETIVISMO, DECISIONISMO E ARBITRARIEDADES.
● KELSEN: DIREITO É NORMA ( se A é, B deve ser). Só as normas constituem objeto do conhecimento jurídica.
O QUE É DIREITO ? 
● COSSIO: DIREITO É CONDUTA NORMADA: O Direito, como objeto, é conduta em interferência intersubjetiva; é um ser cultural, real, tem valor(+ e-), cuja compreensão é atingível mediante o método empírico-dialético. 
● COHEN ( REALISTAS): DIREITO É FATO: O que existe é o fato X e a conseqüência será ditada na sentença – a interpretação seria a criação da norma para o caso. 
QUAL A CONCEPÇÃO MAIS MODERNA 
● As leis ou normas abstratas refletem a realidade dos fatos jurídicos que ocorrem no ambiente social, envolvendo pessoas e bens ou interesses jurídicos de toda ordem. 
A Realidade jurídica autêntica está nos fatos concretos e nas condutas da vida social e não nas leis abstratas que os resumem, sistematizam e refletem em comandos sumários. Daí, O direito apresenta-se jungido (ligado/unido) à própria hermenêutica, na medida em que a sua EXISTÊNCIA, enquanto SIGNIFICAÇÃO, depende da concretização ou da APLICAÇÃO da lei em cada CASO JULGADO, que por sua vez depende da interpretação. 
 
 O que é a Hermenêutica ?
Raiz da palavra: proveniente do Grego hermeneuein (interpretar), hermeneia (interpretação). Vocábulos vinculados a função do Deus Hermes na Mitologia Grega. 
Hermes seria o mensageiro entre os Deuses e a civilização.
“A metáfora é apropriada, pois o intérprete atua , nos variados planos da apreensão cognitiva, como um intermediário na relação estabelecida entre o autor de uma obra e a comunidades humana.
Hermenêutica é:
“Conjunto de técnicas intelectivas voltadas para o processo de determinação de significados de um dado objeto”.
DIFERENÇAS ENTRE HERMENÊUTICA LITERÁRIA, BÍBLICA, FILOSÓFICA E JURÍDICA.
A Hermenêutica Literária busca o significado e alcance das poesias, textos literários, letras de músicas, sob um enfoque lúdico, de forma recreativa, estabelecendo comentários e recriações de interpretações a partir da perspectiva do autor e/ou do leitor. A hermenêutica literária prende-se ao campo da criatividade, ao esclarecimento de subjetividades localizadas em um tempo e em um espaço. 
A Hermenêutica Bíblica estabeleceu uma ligação direta entre o intérprete e o sentido, na qual as passagens da bíblia revelam uma verdade atemporal, com sentido único, contida no próprio texto, em meio às revelações divinas, ainda que talvez não possa ser desvendado pela pobre razão humana. 
DIFERENÇAS ENTRE HERMENÊUTICA LITERÁRIA, BÍBLICA, FILOSÓFICA E JURÍDICA.
A Hermenêutica Filosófica: abordagem que toma a compreensão hermenêutica como pressuposto da existência humana, inaugura um novo paradigma em que a interpretação extrapola os métodos e passa a ser uma forma explicita da compreensão e ambas partem de uma estrutura prévia adstrita á circuncisão do intérprete. 
Hermenêutica Jurídica: “O setor específico da Ciência do Direito destinado a organizar princípios e regras que viabilizam uma adequada interpretação do Direito, identificando a existência ou não de lacunas, obscuridades e antinomias, dando racionalidade ao sentido e alcance das expressões do direito”.
“A hermenêutica é, por via de consequência, um processo dinâmico, vivo e cíclico, que alimenta, crescente e constantemente, os próprios métodos de interpretação, procedendo, em última instância, á sistematização dos processos aplicáveis para determinar, ao final, o sentido verdadeiro e o alcance real das expressões do Direito” (Reis Friede). 
 QUESTÕES DA HERMENÊUTICA JURÍDICA:
LUIZ FERNANDO COELHO aponta uma série de problemas cuja solução é incumbência da hermenêutica jurídica, a saber:
a) Qual o sentido da lei?
 b) De que maneira se pode deduzir de uma norma geral, a norma particular para a regulamentação de um caso particular?
 
c) Qual é a lei que o intérprete deve eleger, quando mais de uma é aplicável à mesma situação particular e concreta?
 d) Que solução deve ser dada, quando a aplicação de uma norma a um caso concreto, a qual parece inequivocamente regulá-lo, produz efeitos contrários aos visados por ela?
e) Quando a aplicação da norma ao caso concreto produz resultados que o juiz, em sua consciência, reputa injustos, ainda que visados pela norma, que critérios deve prevalecer, o respeito à norma ou o sentimento do juiz?

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