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Queremos uma igreja avivada

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A IPRB que queremos – Lição 1 – Página 4 – Queremos uma igreja avivada 
4 – Efeitos do avivamento 
Todos os textos bíblicos que tratam do aviva-
mento chegam à mesma conclusão: é restaurada 
a relação pessoal com Deus, as orações são 
ouvidas e pessoas são transformadas pela men-
sagem do Evangelho. 
No Salmo 51.13 “Então ensinarei aos trans-
gressores os teus caminhos, e os pecadores a ti 
se converterão”. At 2.47 “E o Senhor lhes acres-
centava todos os dias os que iam sendo salvos”. II 
Cr 4.14 “então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os 
seus pecados, e sararei a sua terra”. Renovação é 
um processo, um trajeto. No final dele, estão os 
resultados que todos desejamos. 
4.1 - Vidas restauradas 
Arrependimento, confissão de pecados e bus-
ca do perdão iniciam o processo de renovação. 
Vida de comunhão com Deus e retorno às escritu-
ras consolidam a renovação. Tudo tem início na 
proclamação do Evangelho e na convocação para 
o arrependimento, como ocorreu em Josué, Josa-
fá, Josias e Esdras. 
4.2 – Renovação do culto 
Em um ambiente de renovação a forma de 
culto se transforma. Não nos elementos litúrgicos 
ou no estilo de louvor e pregação, mas sim no 
posicionamento espiritual daqueles que ministram 
e dos que participam do culto. Sai o coração de 
pedra e entram em cena os verdadeiros adorado-
res, que adoram o Pai em Espírito e em verdade. 
Uma igreja avivada não precisa de artifícios 
para animar o culto, pois o Espírito Santo desem-
penha essa função. 
4.3 – Vidas se rendem a Deus 
Em um ambiente de renovação o Espírito San-
to se faz presente, rompendo as barreiras que 
separam o homem de Deus e eliminando os ruí-
dos que impedem a compreensão do Evangelho. 
A verdadeira conversão é diferente do proselitis-
mo e filiação de membresia, trata-se de vidas 
transformadas e convertidas ao Senhor. De peca-
dores perdidos se encontrando com seu redentor 
e sendo salvos. 
Conclusão 
Por que queremos uma igreja reavivada? Por-
que o título de Presbiteriana Renovada muitas 
vezes contradiz com o estado de mornidão e 
morbidez que vivemos hoje em muitas de nossas 
igrejas. Porque desejamos ser verdadeiros adora-
dores. Porque desejamos ver pessoas sendo 
salvas e se juntando a nós, para adorar o Senhor 
em Espírito e em verdade. Porque não suporta-
mos mais ver o joio prosperando entre o trigo e 
sufocando a igreja do Senhor. Porque nascemos 
para adorar ao Senhor e desfrutar de sua presen-
ça, e fora do Senhor não há lugar que sirva para 
nós. 
Não nos interessam os modismos, movimen-
tos, estratégias de animação de auditório, tecno-
logias para manipulação psicológica. Odiamos e 
abominamos essas técnicas. Desejamos o pão 
vivo que desceu do céu, a fonte de água viva que, 
somente ela, pode saciar nossa sede de Deus. 
 
 
Lição proposta e redigida por: Edilson Marçal de Souza 
Como citar: 
SOUZA, Edilson Marçal de. Queremos uma igreja avivada. A 
IPRB que queremos, lição 1. Anápolis: IPRB, 2018. 
Queremos uma igreja avivada 
Lição 1 
 Texto base: Salmos 51:10-13 
Dia Leitura Diária 
Segunda At 2.41-47 – Perseveravam unânimes no templo. 
Terça II Cr 7.14 – Os passos para ter as orações ouvidas por Deus 
Quarta Ap 3.15,16 – Deus não suporta igreja morna. 
Quinta Sl 51:10-13 – O processo de reavivamento 
Sexta Sl 1 – A diferença entre o justo e o ímpio 
Sábado Ex 40.34,35 – O que é necessário para ver a glória de Deus 
 
Introdução 
As palavras “avivar” ou “reavivar” indicam que 
algo que perdeu a vitalidade ou nunca teve a 
vitalidade esperada precisa ser restaurado. Apa-
rentemente, a principal dificuldade em buscar o 
reavivamento está em saber “o que buscar”, ou 
compreender o tipo de vitalidade que se deseja. 
No Antigo Testamento, avivamento sempre 
esteve ligado à fidelidade pessoal ou coletiva à Lei 
do Senhor (Torah). Sempre que algo afastava o 
povo da Torah, tornava-se necessário um reavi-
vamento (II Cr 7.14). No Novo Testamento aviva-
mento associa-se a fidelidade à Palavra, comu-
nhão e vida devocional (At 2.42). O texto de Isaias 
58 faz o link entre avivamento no AT e no NT. 
Na atualidade, muitas igrejas associam reavi-
vamento a manifestações espetaculares dos dons 
espirituais, especialmente línguas estranhas, 
profecias e curas. No entanto, não se pode chegar 
ao produto (manifestação espiritual) sem passar 
pelo processo (restauração da comunhão com 
Deus). A proposta do presente estudo é nos levar 
a refletir sobre esse processo. 
1 – Necessidade do avivamento 
O avivamento é necessário para as pessoas, 
para a igreja como um todo e faz parte do desejo 
do Senhor (Ap 3.15,16). Ninguém agüenta uma 
igreja fria e morta. Fomos criados para louvar a 
Deus e desfrutar de sua presença. Quando isso 
não ocorre na igreja, sua existência deixa de fazer 
sentido. 
Alguns comportamentos típicos da era pós-
moderna estão levando a igreja à perda da vitali-
dade. Comportamentos como utilitarismo, hedo-
nismo, conveniências, vantagens estratégicas, 
foco em números, consumismo espiritual, superfi-
cialidade acabam comprometendo a comunhão 
entre as pessoas, a comunhão com Deus e a 
fidelidade às Escrituras. 
Qual avivamento é necessário? O mundo cor-
porativo recorre aos animadores de auditório para 
despertar motivação na platéia. E muitas igrejas 
estão fazendo o mesmo. No entanto, uma platéia 
animada é essencialmente diferente de uma igreja 
avivada, como veremos a seguir. 
A IPRB que queremos – Lição 1 – Página 2 – Queremos uma igreja avivada 
2 – O processo de reavivamento 
O texto em destaque (Salmos 51:10-13) apon-
ta o processo de reavivamento sob o ponto de 
vista da vontade de Deus. Esse processo pode 
ser percebido em outros textos bíblicos, que con-
dicionam o avivamento à fidelidade a Deus, tanto 
no AT quanto no NT. Vamos discutir algumas 
etapas desse processo. 
2.1 Retidão espiritual 
O salmista, quando entendeu que seu pecado 
havia causado sério dano em sua vida espiritual, 
pede ao Senhor que o restaure “Cria em mim, ó 
Deus, um coração puro, e renova em mim um 
espírito reto” (V 10). Destaca-se nesse texto a 
pureza espiritual que foi perdida quando o salmis-
ta violou vários mandamentos da Torah, como 
“não matarás”, “não adulterarás”, “não cobiçarás o 
que pertence a teu próximo”. Tal comportamento 
rompeu a retidão espiritual, fazendo com que o ele 
deixasse de ser um “justo” para se tornar um 
“ímpio” (Sl 1), sofrendo as consequências desse 
status. 
Isso aponta que o reavivamento espiritual tem 
início na convicção de que pecados foram cometi-
dos (causa do afastamento de Deus), há necessi-
dade de perdão, é necessário purificar o coração 
e é necessário um reposicionamento espiritual. 
2.2 Comunhão com Deus 
Desde Adão ficou claro à humanidade que a 
presença do pecado é a causa do afastamento 
entre o homem e Deus (Is 59.1,2). O salmista 
sentiu o peso da ausência de Deus: “Não me 
lances fora da tua presença, e não retires de mim 
o teu Espírito Santo” (V. 11). 
Somente por meio da exposição das Escritu-
ras é possível transformar pecadores mortos em 
arrependidos contritos. Isso aconteceu com Adão, 
que só se deu conta de seu estado ao ouvir a voz 
de Deus. E continua acontecendo até hoje. Expor 
as Escrituras leva ao arrependimento dos pecado-
res. A Palavra é poder de Deus (Rm 1.16), restau-
ra a fé (Rm 10.17). 
2.3 Gozo espiritual 
Um dos efeitos do pecado sobre o salmista foi 
a perda do gozo espiritual. Veja como ele se 
expressa: “Torna a dar-me a alegria da tua salva-
ção, e sustém-me com um espírito voluntário” (V 
12). Na verdade, o pecadotirou do salmista o 
desejo de estar no templo, realizar seus atos 
devocionais, adorar a Deus. Seu regozijo se tor-
nou em permanente angústia. 
Espírito voluntário tem muitos sentidos. Va-
mos considerar que se trata de vontade espiritual. 
O pecado tirou do autor toda vontade de estar 
com Deus. Ele perdeu a motivação. Seus atos 
devocionais estavam vazios, sem sentido. Se 
parece em algo com as igrejas que perderam a 
vitalidade? 
2.4 Poder espiritual 
Como produto do reavivamento, o salmista 
espera que: “ensinarei aos transgressores os teus 
caminhos, e os pecadores a ti se converterão”. Se 
queremos que nossa pregação se transforme em 
conversão de pecadores, devemos seguir o pro-
cesso. Esse é o caminho do reavivamento! 
A IPRB que queremos – Lição 1 – Página 3 – Queremos uma igreja avivada 
3 – Histórias de reavivamento 
Todas as histórias de reavivamento apontam o 
processo que analisamos no Salmo 51. Apontam 
também que o avivamento precisa ser cultivado e 
mantido (Ec 9.8). O comodismo corrói o aviva-
mento. 
3.1 O povo de Israel 
A história de Israel mostra que períodos de a-
vivamento coincidem com retorno às escrituras e 
renovação da aliança, como se percebe na finali-
zação do Tabernáculo (Ex 40.34,35), inauguração 
do templo (II Cr 7.1-3), Davi, com Jeosafá (II Cr 
17.7-9), Elias, Neemias, Esdras, etc. Um dos 
problemas de Israel estava na manutenção do 
avivamento. 
3.2 Igreja primitiva 
Jesus disse a seus discípulos, logo antes da 
ascensão, que ficassem em Jerusalém aguardan-
do pelo revestimento do poder vindo de Deus. O 
evento do Pentecoste marca esse enchimento de 
poder, que se reflete no zelo pela doutrina dos 
apóstolos, no temor de Deus, na comunhão e no 
partir do pão. Destaque-se “doutrina” como expo-
sição sistemática das Escrituras (At 2.42). Como 
efeito disso, havia curas, manifestações espirituais 
e conversão de pessoas a Deus. 
3.3 Agostinho 
Em suas “Confissões”, Agostinho de Hipona, 
um dos Pais da Igreja, afirma que sentiu-se inco-
modado por sua vida pecaminosa e tinha sede de 
Deus. Até que deparou-se com a Palavra de Deus 
e por meio dela creu, tendo sua vida transformada 
(AGOSTINHO, 1986). 
3.4 A Reforma 
Por ocasião da Reforma Protestante, a igreja 
cristã encontrava-se completamente corrompida 
por heresias, paganismo e todo tipo de munda-
nismo. Isso incomodou pessoas como Lutero, 
Zwinglio, Farel, Calvino e John Knox, dentre ou-
tros. Os principais meios usados pelos reformado-
res foram condenar o pecado, restaurar a obser-
vância das Escrituras, reformar o culto a Deus. 
3.1 Reavivamento pentecostal 
Em meados do Século XX, a igreja Presbiteri-
ana estava passando por uma grande letargia. O 
avanço do capitalismo, da tecnologia, o liberalis-
mo teológico transformaram a igreja em um ambi-
ente de formalismo religioso que passou a inco-
modar os cristãos mais fervorosos. Com isso, a 
igreja se dividiu, fazendo surgir a Igreja Presbiteri-
ana Independente - IPI e a Igreja Presbiteriana 
Conservadora – IPC. O nascimento dessas igre-
jas teve como razões principais combater a parti-
cipação de seus membros na maçonaria e 
restaurar a visão missionária. 
A partir de 1960, muitos pastores e líderes da 
IPB e IPI passaram a buscar o Senhor com inten-
sidade, por meio de jejum, oração, retorno às 
escrituras e intensidade de vida espiritual. Isso 
provocou uma renovação na igreja, resultando no 
nascimento da Igreja Presbiteriana Independente 
Renovada - IPIR e Igreja Cristã Presbiteriana – 
ICP, que se uniram para formar a Igreja Presbite-
riana Renovada do Brasil - IPRB.

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