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10/04/2018 1 Tipos de Cultivares, Lei de Proteção de Cultivares e Registro Nacional de Cultivares. Tereza Cristina de Carvalho Variedade ou Cultivar? Variedade Lei de proteção de cultivares Lei n.º 9.456, 25 de abril de 1997 O que é a Lei de proteção de cultivares??? X Variedade ou Cultivar? Variedade Lei de proteção de cultivares Lei n.º 9.456, abril de 1997 O que é a Lei de proteção de cultivares??? X Visa a proteção dos direitos relativos à propriedade intelectual referente a cultivar, e se efetua mediante a concessão de Certificado de Proteção de Cultivar. Variedade ou Cultivar? Variedade Lei de proteção de cultivares Lei n.º 9.456, abril de 1997 Objetivo da Lei de proteção de cultivares X Objetivo: Fortalecer e padronizar os direitos de propriedade intelectual. Variedade ou Cultivar? Variedade Lei de proteção de cultivares Lei n.º 9.456, 25 de abril de 1997 A Lei n.º 9.456, criou o termo ... X Variedade ou Cultivar? Variedade Lei de proteção de cultivares Lei n.º 9.456, 25 de abril de 1997 Cultivar X 10/04/2018 2 Variedade ou Cultivar? Variedade Lei de proteção de cultivares Lei n.º 9.456, 25 de abril de 1997 Cultivar X Cultivar → é a espécie vegetal, que seja claramente distinguível de outras conhecidas por uma margem mínima de características, pela denominação própria, homogeneidade, capacidade de se manter estável em gerações sucessivas, além de ser passível de utilização. Tipos de cultivares: a) Linhas puras; b) Multilinhas; c) Híbridos; d) Sintéticos; e) Clone; f) Cultivares de polinização aberta; e g) Cultivar transgênico. a) Linhas Puras Também conhecida como linhagem. São constituídas por um grupo de indivíduos descendentes de uma única planta em homozigose → Apresentam basicamente a mesma constituição genética → Plantas homozigóticas e homogêneas. Características das Linhas puras As plantas da cultivar apresentam uniformidade. Com a multiplicação sexual das linhas puras → devido as mutações, misturas mecânicas e polinizações cruzadas → as linhas puras, podem apresentar heterogenia. b) Multilinhas Definição: Mistura de linhagens isogênicas. Plantas isogênicas: plantas que diferem entre si, por possuírem distintos genes de resistência a determinado patógeno. Obtenção das Multilinhas Através do método dos retrocruzamentos, cada linha recebe genes de resistência a uma, ou algumas raças predominantes do patógeno. Ação das multilinhas: as plantas resistentes à determinada raça se constituem como barreira para a dispersão de esporos das plantas suscetíveis “área refúgio”. 10/04/2018 3 c) Híbridos O que são híbridos? Resultado de um ou mais cruzamentos, sob condições controladas, entre progenitores de constituição genética distinta, estável e de pureza definida (linhagem). Tipos de híbridos Híbrido simples: obtido pelo cruzamento entre duas linhagens “A” e “B”. Mais produtivo que os outros híbridos; Grande uniformidade de plantas; Sementes têm alto custo de produção, são produzidas a partir de linhagens, baixa produção; Mais utilizado na produção comercial, apesar do alto custo das sementes. Linhagem A Linhagem B Híbrido simples (AxB) Tipos de híbridos Híbrido simples (AxB) Híbrido Duplo (AxB)x(CxD) Híbrido simples (CxD) Híbrido duplo: resultante do cruzamento entre dois híbridos simples (AxB)x(CxD). Envolve quatro linhagens endogâmicas; Para a sua formação são necessárias duas gerações; Primeira geração são obtidos os dois HS; que fornecerão as sementes para a obtenção do HD na geração seguinte; Utiliza-se o HS de maior produtividade como genitor feminino. Tipos de híbridos Híbrido simples (AxB) Híbrido Triplo: resultante do cruzamento de um híbrido simples (AxB) com uma terceira linhagem C. São requeridas duas gerações para ser produzido; O genitor feminino será sempre o HS. Linhagem C Híbrido Triplo ((AxB)xC) Esquema de produção dos três tipos de híbridos mais comercializados. HS → 3 campos de produção HT → 5 campos HD → 7 campos Quantidade requerida de campos para produção dos três tipos de híbridos 10/04/2018 4 A produção de híbrido segue a seguinte sequência: c.1) Obtenção de linhagens ou linhas puras; c.2) Teste de capacidade de combinação das linhagens; c.3) Avaliação das combinações híbridas para produtividade e outros critérios; c.4) Produção de grandes quantidades de sementes híbridas. O que é linhagem? Genótipos que possuem aproximadamente 100% dos genes em homozigose (descendentes são plantas idênticas). Como são obtidas? Através de ciclos sucessivos de autofecundação (6 a 8 ciclos) → Endogamia. De onde são extraídas? Cultivares comerciais, híbridos comerciais, etc. c.1) Obtenção de Linhagens Obtenção de Linhagens Autofecundação das plantas por vários ciclos → visando genótipos homozigotos (linhagens endogâmicas). Seleção de plantas com características de interesse. c.2) Teste de capacidade de combinação das linhagens Capacidade de combinação → habilidade de uma linhagem transmitir uma performance desejada para a progênie. As linhagens devem ser testadas quanto a sua capacidade de combinação. Existem dois tipos de capacidade de combinação: Capacidade Geral de Combinação (CGC); e Capacidade Específica de Combinação (CEC). Melhores combinações entre linhagens (característica avaliada: produtividade) Por meio dos cruzamentos → Identificar quais os melhores híbridos → quais linhagens apresentam melhor CGC e CEC. 3,6 7,0 2,6 10,8 6,0 11,0 5,0 6,6 Exemplo: Duas linhagens homozigóticas L1 e L2 (reproduzíveis) L1 → AAbbCCDDeeff Gametas: L1: AbCDef L2 → aaBBccDDeeFF Gametas: L2: aBcDeF Híbrido: L1 x L2 AaBbCcDDeeFf 10/04/2018 5 A técnica possibilita: Restaurar condição heterozigótica da espécie; Explorar a heterose; Diferentes tipos de Híbridos podem ser obtidos. c.3) Avaliação das combinações híbridas para produtividade e outros critérios Envolve a escolha de linhagens que apresentarão a melhor combinação quando cruzadas → isto é, maior heterose e consequentemente maior produtividade. Heterose = Vigor hibrido → Agrega no mesmo indivíduo características desejadas obtidas de parentais distintos. Como encontrar os melhores híbridos? (melhores combinações entre linhagens) Exemplo: Avaliação de produção Porque AAxBB produz 4 toneladas.ha-1, enquanto BBxAA produz 10 toneladas.ha-1? AAxBB e BBxAA são os mesmos cruzamentos? O que acontece neste caso? mãe pai Herança materna AA mãe x BB pai 4 ton.ha-1 BB mãe x AA pai 10 ton.ha-1 Herança materna: É a herança que um indivíduo transmite aos seus descendentes pelos genes localizados em organelas do citoplasma (cloroplastos e mitocôndrias). Quando BB é usado como pai (doador de pólen), os genes do citoplasma da linhagem AA (mãe) são “ruins” para a produtividade. Quando AA é usado como pai (doador de pólen), os genes do citoplasma da linhagem BB são “bons” para a produtividade (aumento de 6 ton). c.4) Produção de grandes quantidades de semente híbrida Após testar os diferentes híbridos → necessário produzir grandes quantidades de sementes híbridas. Cuidados: Manter o isolamento nos campos de produção de sementes híbridas, para evitar a contaminação com pólen de outras plantas. Nos campos de cruzamento... Fileiras de linhagens masculinas e femininassão intercaladas. Produção de híbrido simples: Uma fileira masculina para duas femininas. Produção de híbrido duplo: Duas fileiras masculinas para seis femininas. Observação: Para algumas espécies, como exemplo o milho, a época de semeadura da planta masculina e feminina deve permitir a coincidência de maturação das flores. 10/04/2018 6 O milho tem protandria (dicogamia): androceu amadurece antes do gineceu. As linhas de plantas femininas deverão ser semeadas antes das masculinas (aproximadamente 3 a 7 dias de diferença): SPLIT. Pois quando as plantas masculinas estiverem liberando pólen, as linhas com as plantas femininas já estarão com o gineceu maduro. Esquema de semeadura Cuidados nos campos de cruzamentos Os pendões das fileiras femininas devem ser eliminados ainda imaturos. Esse processo pode ser feito de forma manual ou mecânica. Despendoamento Arranquio Manual Os pendões são arrancados antes de ficarem fora do “cartucho”, ou assim que ficarem fora. Deve-se segurar a extremidade da planta com uma das mãos, puxando-a firmemente para cima. Mecânico Cortadores: uma lâmina ou faca rotativa corta ou rasga a extremidade da planta, incluindo o pendão. Puxadores: normalmente dois rolos ou rodas rotacionais, ajustáveis em altura, apertam e puxam para cima a extremidade da planta. Método manual Duas pessoas despendoam um hectare, por dia; Uma pessoa em um dia de oito horas de trabalho, realiza esta atividade em 0,5 hectare. Roguing Operação manual, onde existe o arranquio da planta indesejada. Feito em toda a área (equipe treinada) Deve-se conhecer a cultivar trabalhada, outras espécies, sintomas de doenças e pragas, etc. Foto: Google (2013) 10/04/2018 7 Roguing Procedimentos: Realizado nas primeiras horas, ou, no final do dia (sol); Evitar horários com vento, e o uso de óculos de sol; As plantas com as raízes são levadas dentro de sacos plásticos para fora do campo ou amontoadas (reboleiras) no próprio campo e incineradas. Foto: Google (2013) Cuidados na colheita: as fileiras masculinas são eliminadas antes da colheita das fileiras femininas. Híbridos comerciais em plantas autógamas Híbridos de plantas autógamas → são economicamente viáveis quando os frutos produzem grande quantidade de sementes. Exemplos de plantas autógamas em que os frutos produzem grande quantidade de sementes → Berinjela, Pimentão e Tomate. d) Cultivar Sintética Característica: Populações de plantas que podem manter suas principais características, como produtividade, sob condições de reprodução livre. Cultivar sintética também é chamada Híbrido Múltiplo. Sua formação envolve muitos cruzamentos: (AAxBB) x (CCxDD) x (EExFF) x ... “n x n”. Os progenitores da cultivar sintética podem ser escolhidos com base na melhor CGC... (característica avaliada: produtividade) Milho cultivar sintética: Emgopa 501, produtividade média é de 70 ton massa verde.ha-1. Maiores informações, disponível em: http://www.emater.go.gov.br/w/9403 Vantagens: a) menor perda do vigor; e b) as plantas apresentam melhor adaptação ao ambiente, devido as sucessivas gerações na região de cultivo. 10/04/2018 8 e) Clone Definição: Grupo de plantas que descendem, por propagação assexuada (macro ou micropropagação), de um único individuo. Os indivíduos clone, são geneticamente idênticos. f) Cultivar de polinização aberta Também conhecida como Variedade de polinização LIVRE. Definição: Plantas obtidas pela livre polinização “ao acaso” de um grupo de indivíduos selecionados. Exemplo: Cultivares convencionais de milho Exemplos: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI; criou os materiais: Esperança, Fortuna, Catarina, Colorado e vários outros genótipos. g) Cultivar transgênica Conceito: Transferência de um ou vários genes em um organismo sem que haja o cruzamento. Os organismos transformados geneticamente recebem o nome de transgênicos. Nomenclatura conceitual: Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Como obter uma planta transgênica? Isolamento e clonagem de um gene útil; Transferência desse gene para dentro da célula vegetal; Integração desse gene ao genoma (DNA) da planta; Regeneração de plantas a partir da célula transformada; Expressão do gene introduzido nas plantas regeneradas; Transmissão do gene introduzido de geração em geração. Transformação das plantas Físico (direto); Bombardeamento/ Biobalística; Biológico (indireto); através do uso da Agrobacterium tumefaciens ou Streptomyces hygroscopicus. 10/04/2018 9 Método Biológico Mais usado na obtenção de plantas transgênicas de dicotiledôneas; Rota de atuação: Agrobacterium tumefaciens como vetor. Plasmídeo Ti: Plasmídeo indutor de tumor . Parte do Plasmídeo é incorporado nas células da planta hospedeira, que passa a produzir hormônios vegetais e opinas (compostos sintetizados para a nutrição da bactéria). Durante a infecção. O T-DNA é desprendido do plasmídeo e dirige-se para o núcleo da célula hospedeira, onde se integra ao cromossomo. Método Biológico Mais usado na obtenção de plantas transgênicas de dicotiledôneas; Rota de atuação: Agrobacterium tumefaciens como vetor. Bactéria Agrobacterium tumefaciens 2) O DNA é recombinado com o gene de interesse. Plasmídeo Ti recombinante 4) O plasmídeo é reinserido em uma bactéria 5) A bactéria é usada para infectar a planta, e inserir o T-DNA contendo o gene de interesse no cromossomo de uma célula vegetal. 6) As células da planta são cultivadas em meio de cultura 7) Uma planta é gerada a partir de um callus de células. Todas as suas células transportam o gene estranho e podem expressá-lo como uma nova característica. Inserido o T-DNA contendo um gene estranho Plasmídeo Ti Cromossomo bacteriano T-DNA Plasmídeo desarmado Região vir 1) O plasmídeo é removido da bactéria, e o T-DNA é recombinado. 3) O gene do DNA estranho está inserido junto a região vir do plasmídeo Pequenos discos recortados de folhas, cujas bordas são suscetíveis a infecções. Culturas de bactérias que possuam o DNA de interesse são colocadas em contato com o explante. Durante o período de incubação, o T-DNA é transferido para o genoma da planta. Método Biológico Espécies transgênicas obtidas por Agrobacterium: Soja, algodão e tomate; Espécies transgênicas obtidas por Streptomyces: Milho Liberty Link. Limitação: Não consegue infectar de forma eficiente a maioria das monocotiledôneas. Por isso foram desenvolvidos métodos alternativos de transformação de plantas. Pode ser usado na maioria das espécies; Rota de atuação. Método Físico - Biobalística Partículas de ouro ou tungstênio são revestidas com DNA que codifica os genes desejados Partículas armadas Partículas bombardeadas em segmentos de plantas Integração dos genes, que codificam a característica desejada, no cromossomo da célula. Regeneração de plantas a partir de segmentos. Planta com nova característica Multiplicação de células (callus) Célula da planta Núcleo Os microporos, causados pelo bombardeamento não chegam a provocar lesões ou sérios danos nas células. Estima-se que 10.000 células podem ser transformadas em cada procedimento de bombardeamento. Espécies transgênicas obtidas por bombardeamento gênico: Cereais como milho e sorgo. Limitação: É necessária a calibraçãodas condições de bombardeamento para cada espécie. Um bombardeamento muito forte pode levar à morte das células, enquanto um muito fraco leva a uma baixa ou nula transformação. Método Físico/Mecânico - Biobalística 10/04/2018 10 A nova cultivar criada pelo melhorista deverá apresentar obrigatoriamente... ... As seguintes características já estabelecidas: Ser Distinguível ??? Ser Homogênea ??? Ser Estável ??? Fica instituído na Lei de Proteção de Cultivares, que... Cultivar distinta: que se distingue claramente de qualquer outra, até a data do pedido de proteção ser reconhecida; Cultivar homogênea: cultivar que, utilizada em semeadura, em escala comercial, apresente variabilidade mínima quanto aos descritores que a identifiquem; Cultivar estável: cultivar que, reproduzida em escala comercial, mantenha a sua homogeneidade através de gerações sucessivas. Para garantir estas características, foi criada a Lei n.10.711... (5 de agosto de 2003) Instituiu: Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM) Objetivo: Garantir a identidade e a qualidade das sementes e mudas produzidas no território nacional. Sistema Nacional de Sementes e Mudas, compreende as seguintes atividades: 1. Registro Nacional de Sementes e Mudas – RENASEM 2. Registro Nacional de Cultivares – RNC 3. Produção de Sementes e Mudas 4. Certificação de Sementes e Mudas 5. Análise de Sementes e Mudas 6. Comercialização de Sementes e Mudas 7. Fiscalização de Sementes e Mudas 8. Utilização de Sementes e Mudas Registro Nacional de Cultivares - RNC Só haverá a produção, o beneficiamento e o comércio da nova cultivar → se houver sua prévia inscrição no RNC. 10/04/2018 11 Requerimentos para o registro de cultivares: Resultados ensaios VCU (Valor Cultivo e Uso) Descritores mínimos das cultivares Estoque semente básica Registro Nacional de Cultivares - RNC Valor Cultivo e Uso (VCU) Definição: Valor intrínseco de combinação das características agronômicas da cultivar com as suas propriedades de uso em atividades agrícolas, industriais, comerciais ou consumo in natura. Entre os dados obtidos no VCU, tem-se: características morfológicas e fisiológicas da cultivar; dados de produtividade; região de adaptação; comportamento ou reação às pragas e doenças; etc. Ao instalar os ensaios de VCU, o interessado deve comunicar, previamente, ao MAPA a data de início e o local de instalação dos mesmos, para fins de fiscalização e supervisão. SC PR As áreas dos Estados são divididas por zoneamento, e por lei são escolhidas duas áreas de cada zoneamento e é feito o VCU. Descritores das cultivares Estabelecido pelo órgão competente, e é suficiente para diferenciar uma nova cultivar das demais cultivares conhecidas. Exemplo: tamanho da folha e da planta, cor da semente, coloração da pubescência, cor da flor, ciclo, altura de planta e de inserção da primeira vagem, etc... Descritores mínimos de feijão Descritores mínimos de feijão 10/04/2018 12 Estoque de semente básica Semente básica: Material obtido da reprodução de semente genética, realizada de forma a garantir sua identidade genética e sua pureza varietal. Como garantir estoque adequado? A multiplicação dessas sementes, se inicia antes do melhorista preparar o VCU → inicia-se durante os ensaios preliminares. Cruzamento Condução da população F1 Condução de populações segregantes (F2 a F6) Avaliação de progênies Ensaios preliminares de 1º ano Ensaios preliminares de 2º ano Ensaios intermediários Ensaios finais de 1º ano Ensaios finais de 2º ano Cultivar recomendada 2006 2007 2008-2011 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Início da etapa de Produção de sementes (Categoria Básica) Melhoramento de soja Semente Básica: a embalagem deve conter → nome da espécie, cultivar, lote (rastreabilidade), safra… Fotos: Carvalho, T.C. (2011) Não é obrigatória a inscrição no RNC, as sementes utilizadas por: Agricultores familiares, Assentados pela Reforma Agrária, Comunidades Indígenas. Registro Nacional de Cultivares - RNC Foto: Google (2013) Registro Nacional de Cultivares - RNC A inscrição da cultivar deverá ser única não podendo ser expressa apenas na forma numérica Registro Nacional de Cultivares – RNC site: www.agricultura.gov.br Uma vez feito o registro da nova cultivar... 10/04/2018 13 A multiplicação da nova cultivar deverá seguir critérios de produção. Para isso acontecer... → O MAPA promoveu a organização do sistema de Produção de Sementes em todo território nacional, incluindo o processo de certificação. Classes de sementes previstas na Lei n.º 10.711: Certificada “Uso Próprio” Não Certificada Produção de Sementes e Mudas Classes de sementes a) Classe certificada b) Classe não certificada Produção de Sementes e Mudas SEMENTE GENÉTICA SEMENTE BÁSICA SEMENTE CERTIFICADA DE 1ª GERAÇÃO (C1) SEMENTE CERTIFICADA DE 2ª GERAÇÃO (C2) SEMENTE DE 1ª GERAÇÃO (S1) SEMENTE DE 2ª GERAÇÃO (S2) Para garantir que o processo de produção das sementes ocorra de maneira adequada, existe... Padrões de identidade e qualidade (válidos para todo o território nacional) IN n.º 45, de 17 de Setembro de 2013 Tabela 2. Padrões para a produção e a comercialização de sementes de soja. Fonte: extraído da IN n.45, de 18/09/2013 10/04/2018 14 Padrões para a produção de Semente Genética Semente genética: É produzida sob responsabilidade do melhorista e mantida dentro de suas características de pureza genética. A partir desta é produzida a semente básica. Semente Genética Não é necessária a inscrição do campo, entretanto, o seu mantenedor será obrigado a apresentar ao MAPA: Local de produção; Espécie, cultivar; Área cultivada (semeadura ou plantio); e Estimativa de produção. Produção de Sementes: - Tanto para as categorias: Certificada e não certificada (*S2): - Responsabilidade do produtor de sementes; (pessoa física ou jurídica assistida pelo Responsável Técnico) - Inscrito no RENASEM; - Garantir o controle da identidade genética e da qualidade da semente produzida. *Semente de 2ª geração (S2) Produção de Sementes e Mudas Responsável Técnico Engenheiro agrônomo ou Florestal Registrado no CREA Credenciado no RENASEM Responsável pela produção, vistorias, beneficiamento, análise, emissão de laudos e todo processo de produção. Foto: Google (2013) Referências BORÉM, A.; Miranda, G.V. Melhoramento de plantas. Viçosa: Editora UFV, 2013, Cap.12, p.187-195. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legislação brasileira sobre sementes e mudas. Brasília: MAPA/SDA, 2007. 318p. DESTRO, D.; MONTALVÁN, R. (Org.). Melhoramento genético de plantas. Londrina: Editora UEL, 1999. 818p. INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 45, DE 17 DE Setembro de 2013 (Padrões para produção e comercialização de Sementes).
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