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oxigenoterapia Carlos Henrique S. de Andrade ▪ Oxigênio ▪ Descoberto em agosto de 1774 I Joseph Priestley [aquecimento do óxido de mercúrio - Hg2O2 - em recipiente fechado → Chama da vela mais brilhante]. ▪ Composição do ar: nitrogênio [78%], oxigênio [21%] e outros gases [1%]. ▪ Propriedades do gás: inodoro, transparente, insípido e provedor de combustão. ▪ O oxigênio é transportado no sangue por duas vias: dissociado no plasma [3%] e ligado à hemoglobina [97%]. ▪ O CO2 é cerca de 20 vezes mais difusível que o O2 [o oxigênio possui baixa solubilidade]. Desvio para a direita = Aumento do metabolismo = Diminui a afinidade. Efeito Bohr ▪ Hipoxemia vs. Hipóxia ▪ O evento de deficiência da concentração de oxigênio no sangue arterial é denominado hipoxemia. ▪ A hipóxia é a baixa disponibilidade de oxigênio para determinados tecidos. Pode ser classificada em hipóxia hipóxica, anémica, isquêmica ou histotóxica. ▪ Indicações da oxigenoterapia ▪ IAM; ▪ Correção da hipoxemia aguda; ▪ Melhora da oxigenação tecidual; ▪ Atenuação dos quadros de IR aguda ou crônica; ▪ Redução dos sintomas causados pela AOS; ▪ Redução da sobrecarga cardíaca; ▪ Recuperação pós-anestésica. ▪ Riscos e cuidados no uso terapêutico do oxigênio I. Toxicidade ao O2 por espécies reativas de O2 [radicais livres subprodutos do O2, advindos do metabolismo celular que agridem o epitélio pulmonar e o endotélio vascular]. ▪ Os radicais livres mais comuns: hidroxila; superóxido; peróxido de hidrogênio e oxigênio singlet. ▪ Os antioxidantes pulmonares podem ser enzimáticos [catalase, glutationa, superóxido dismutase] e não- enzimáticos [ácido úrico e as vitaminas A/C/E]. ▪ Estudos demonstram que as citocinas IL-11 e IL-6 conferem proteção em lesão pulmonar aguda causada por hiperóxia. o A persistência dessa agressão destrói os pneumócitos do tipo I [permeáveis ao O2] e fornece estímulo proliferativo aos pneumócitos do tipo II [impermeáveis ao O2 e sintetizadores de surfactante]. o Esse mecanismo evolui para uma fase exsudativa, com edema alveolar, o que produz desequilíbrio da relação V/Q e do shunt fisiológico [hipoxemia]. o As altas concentrações de O2, por tempo de exposição superior a 120h [5 dias], desencadeiam a formação de membrana hialina, fibrose e hipertensão pulmonar, o que agrava a hipoxemia. o A toxicidade do oxigênio esta associada a lesões pulmonares e neurológicas quando administrados em altas concentrações [FiO2 ≥ 50%] ou durante tempo de exposição superior a 24 horas. II. Atelectasias de absorção [as concentrações de oxigênio acima de 50% aumenta o risco, visto que reduz a concentração de nitrogênio no gás alveolar]. o Alta FiO2 promove depleção rápida de N2 [estabilizador alveolar] e a pressão gasosa no interior dos alvéolos reduz progressivamente até o colapso pulmonar. III. Depressão ventilatória. o Paciente com DPOC! IV. A retinopatia da prematuridade é uma doença bilateral da retina periférica ocasionada pela formação anômala dos vasos sanguíneos. o A sua gravidade apresenta relação inversa à idade gestacional e ao peso da criança ao nascimento. IV. Tosse seca; dor subesternal; desidratação / hiperemia de mucosa e redução da atividade mucociliar. o Cânula nasal o Máscara simples ▪ Aumenta, o reservatório artificial de O2, permitindo uma maior inalação de gás na inspiração. ▪ Mais indicado para pacientes com predomínio de respiração oral ou com taquipneia. ▪ Desvantagens: úlceras de pressão, risco de aspiração, desconforto e sensação de claustrofobia. ▪ Fluxos inferiores a 5 L/min aumenta o risco de reinalação de CO2 e devem ser evitados o Cateter ▪ Método invasivo. Inserido entre o segundo e terceiro anel traqueal. ▪ A maior vantagem é a economia de oxigênio. ▪ Observa-se as seguintes desvantagens: hemoptise, rouquidão progressiva, formação de bolhas mucosas e enfisema subcutâneo autolimitado. o Máscara com reservatório I Reinalação parcial Bolsa reservatório ▪ No sistema de reinalação parcial, o fluxo deve ser adequado para garantir que a bolsa seja esvaziada em somente 1/3 do seu conteúdo durante a inspiração para prevenir o acúmulo de CO2. ▪ O sistema sem reinalação utiliza uma válvula unidirecional [devem receber fluxo suficiente para evitar o colapso da bolsa durante a inspiração]. ▪ As máscaras sem reinalação devem receber fluxo suficiente para evitar o colapso da bolsa durante a inspiração. ▪ A maior vantagem é alcançar valores mais altos de FiO2, porém possui como desvantagem grande escape aéreo de ar quando se atinge altos fluxos. ▪ Sistemas de suporte terapêutico de oxigênio ▪ O sistema de baixo fluxo é aquele que oferta O2 a um fluxo de 8 L/min ou menos diretamente nas vias aéreas dos pacientes [FiO2 é reduzida e variável]. ▪ Na modalidade oferta de oxigênio de baixo fluxo, existe uma regra básica para o conhecimento da FiO2 ofertada, que é para cada 1L/min de oxigênio, a FiO2 aumenta 4%. ▪ Um paciente em pós-operatório de retirada da vesícula biliar por videolaparoscopia é admitido no quarto após recuperação anestésica, com cânula nasal com fluxo de 3 L/mim. Qual a FiO2 ofertada para esse paciente? o Ar ambiente: 21%. o Oferta de oxigênio: 3 L/mim = 3 x 4 = 12%. o FiO2 aproximada: 21% + 12% = 33%. ▪ Os sistemas com reservatório possuem um mecanismo para armazenar o O2 entre as incursões respiratórias. ▪ Durante a inspiração, parte do ar é proveniente do fornecimento contínuo de O2 e do reservatório [menor diluição do ar inspirado e, consequentemente, maior FiO2]. ▪ Entre os sistemas com reservatório, os mais utilizado são a máscara simples, as máscaras de não reinalação parcial e as máscaras de não reinalação. ▪ A característica básica que difere os sistemas de alto fluxo é a capacidade de ofertar FiO2 fixa, a fluxos iguais ou superiores ao pico e fluxo exigido pelo paciente. ▪ No sistema Venturi, quanto maiores as aberturas de entrada e quanto mais alto o fluxo de O2 (velocidade do gás), mais ar é incorporado, sendo maior o fluxo de saída total e menor a FiO2. ▪ Como esses equipamentos sempre diluem o O2 pelo ar arrastado, eles sempre oferecem FiO2 < 100 %. ▪ A máscara de Venturi foi projetada para ofertar uma faixa de 24 a 50% de FiO2. ▪ A peça de maior orifício produz o menor jato e, assim, menor fluxo [velocidade] de oxigênio, que proporciona um menor arrasto e menor diluição do ar inspirado, aumentando a FiO2 ofertada. carlosandradeft@gmail.com
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