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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. � Deixar um espaço de aproximadamente 4 cm na margem esquerda � DEIXAR ESPAÇO DE 10 LINHAS TÍCIO NAPIOR, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do documento de identidade RG n.º XX.XXX.XXX e inscrito perante o CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado a Rua Xxxxx Xxxxx, XXX – (Bairro) – Cidade – Estado – Cep: 00000-000., por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com endereço profissional Praça da Sé, nº0, sala 00 – Sé – São Paulo - SP – CEP: 01001-000 - Fone: 0000-0000 – e-mail: xxxxxxxxx@adv.oabsp.org.br, onde poderá receber publicações e intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos (artigo 418 e 884 do Código Civil combinados com artigo 319 e seguintes do Código Processo Civil), propor a presente AÇÃO DE COBRANÇA PELO RITO COMUM em face de MÉVIO CALOTE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do documento de identidade RG n.º XX.XXX.XXX e inscrito perante o CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado a Rua Xxxxx Xxxxx, XXX – (Bairro) – Cidade – Estado – Cep: 00000-000., consubstanciado nas razões de fato e direito a seguir aduzidas: Art. 319, I do CPC ( A petição inicial indicará: I – o juízo, a que é dirigida; Esse espaço e necessário para furação, quando houver a autuação da inicial, de forma que o texto continuará vivível O aluno deve observar as disposições sobre competência nos artigos 42 a 53 do CPC, Lei de Organização Judiciária e legislações extravagantes. Este espaço servirá pra o magistrado despachar. Nome completo e qualificação completa do autor. Art. 319, II do CPC (II – os nomes, prenomes, estado civil, a existência de união estável, profissão, o número de inscrição no CPF ou CNPJ, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;) O aluno não deve esquecer-se de fazer menção que a procuração acompanha a inicial – art. 103 a 107 do CPC. O aluno deve indicar o fundamento da pretensão da parte. Apesar de não haver exigência legal é aconselhável que conste o fundamento legal. O nome iuris da ação não é importante, o que lhe define a natureza são os pedidos formulados. Aconselha-se a nominar a ação com uma correlação ao pedido deduzido. Nome completo e qualificação completa do réu. Art. 319, II do CPC (II - os nomes, prenomes, estado civil, a existência de união estável, profissão, o número de inscrição no CPF ou CNPJ, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;) Dos fatos O autor é designer de casas noturnas, seu ofício consiste em projetar e executar restaurantes, pizzarias, etc, tendo realizado diversos trabalhos nesta área. O réu lhe propôs para montar uma lanchonete temática (doc. xx/xx), o autor se encarregaria da montagem da casa até o funcionamento, quando então o réu passaria a explorar a atividade empresarial. Para tal finalidade todas as despesas para a execução do projeto seriam de responsabilidade do réu, que deveria paga-las no momento da entrega do empreendimento, devidamente acrescidas de um percentual de 15% a título de remuneração do trabalho do autor. O montante dos gastos efetuados pelo autor na empreita, em valores em XX/XX/XXXX, somam a quantia nominal de R$ 100.000,00 (cento mil reais), que devidamente atualizados para mês de XXXXX de XXXX montam a quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), conforme demonstra a planilha de atualização anexa (doc. xx/xx). Após a entrega do negócio ao réu, este passou a evitar o autor, sendo que todas as tentativas para recebimento dos valores gastos na empresa do réu foram inúteis, não restando alternativa, foi compelido a ingressar com a presente demanda intentando ser ressarcido do enriquecimento indevido do réu. Requisito constante do artigo 319, III que compõe a causa de pedir. (III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;) Elabore parágrafos curtos, utilize uma linguagem simples, vocábulos que você saiba o significado. Lembre-se o mais importante é que o destinatário da petição inicial entenda o que se pretende. O destinatário é o juiz, assim, é imprescindível para um resultado satisfatório que este entenda o pleito. Do direito A negativa do réu em restituir ao autor os valores gastos com o empreendimento comercial configura em tese enriquecimento sem causa por parte destes nos moldes do artigo 884 do Código Civil. O enriquecimento compreende todo aumento patrimonial e todo prejuízo que se evite o empobrecimento, toda diminuição efetiva do patrimônio ou a frustração de vantagem legítima. Entre o enriquecimento de uma pessoa e o empobrecimento de outra é necessário que haja um vínculo, ou seja, um nexo causal, fazendo com que o primeiro enriqueça à custa do segundo. Consiste, como geralmente ocorre, na deslocação de um valor de um patrimônio para outro, exatamente o que aconteceu no caso em tela onde o autor arcou com todas as custas da implantação do negócio em questão (Hamburgueria), não tendo sido ressarcido por tais despesas como ficará acordado com o réu, havendo assim diminuição em seu patrimônio. A doutrina identifica alguns requisitos para que se configure o enriquecimento sem causa, a saber: a) ausência de justa causa; b) locupletamento; c) Nexo causal entre o enriquecimento e o empobrecimento. Requisito constante do artigo 319, III que compõe a causa de pedir. (III - os fundamentos jurídicos do pedido;) Os fundamentos jurídicos do pedido - não basta invocar a norma jurídica, é necessário tecer uma correlação entre a norma geral e abstrata e a situação “inconcreto” O aluno deve ao fundamentar fazê- lo em estilo de dissertação, de forma que para cada tese suscitada deve haver introdução, desenvolvimento e conclusão. Orlando Gomes ensina que "há enriquecimento ilícito quando alguém, às expensas de outrem, obtém vantagem patrimonial sem causa, isto é, sem que tal vantagem se funde em dispositivo de lei ou em negócio jurídico anterior". Como enriquecimento do réu, podemos entender o aumento patrimonial ou quando recebendo uma prestação de serviços, deixa de efetuar gastos que seriam efetuados para se alcançar o resultado desejado. Ensina Silvio de Salvo Venosa que: Há, contudo, no próprio estatuto de 2002, um instituto que pode socorrer tais situações, remediando o prejuízo sofrido pelo credor. Trata-se do enriquecimento sem causa, previsto nos artigos 884 a 886 do novo Código Civil. É freqüente que uma parte se enriqueça, isto é, obtenha vantagem patrimonial em detrimento de outra. Aliás, é isso que ocorre nos contratos unilaterais e gratuitos, como a doação. Porém, há situações que esse desequilíbrio ocorre sem fundamento, sem causa jurídica. A função primordial do direito é justamente a de manter o equilíbrio social como fenômeno de adequação social. O enriquecimento sem causa, definido no artigo 884 do código, é uma das fontes das obrigações e mesmo perante a ausência de texto no sistema civil anterior, aplicava-se como uma categoria geral, desde as origens do fenômeno em ações específicas do direito romano. Existe enriquecimento sem causa - enriquecimento injusto, enriquecimento ilícito ou locupletamento indevido - sempre que houver uma vantagem de cunho econômico, sem justa causa, em detrimento de outrem. O aluno poderá e é recomendável que insira opinião de doutrinadores e jurisprudências sobre o tema, a fim de reforçar a tese defendida. A ação de enriquecimento sem causa ("in rem verso") tem por objeto tãosó reequilibrar dois patrimônios, desequilibrados sem fundamento jurídico. Não se confunde com uma ação por perdas e danosou derivada de um contrato. Deve ser entendido como sem causa o ato ou negócio jurídico desprovido de razão albergada pela ordem jurídica. A causa poderá existir, mas sendo injusta, estará configurado o locupletamento. Em matéria cambial, existe referência expressa no direito positivo à essa ação, no artigo 48 da Lei nº 2.044 , de 1908. Por esse dispositivo permite-se uma ação de rito ordinário contra o sacador ou aceitante de um título de crédito que se tenha enriquecido indevidamente. Ilustre Pretório é exatamente o caso dos autos, em que o autor colocou seu patrimônio no negócio do réu, ficando prejudicado pelo não ressarcimento, por outro lado, o réu não apenas ficou explorando a atividade empresarial, como também com todas as melhorias introduzidas no imóvel. Neste sentido vem decidindo o Superior Tribunal de Justiça, verbis: ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (OU SEM CAUSA) - PRESCRIÇÃO CORREÇÃO MONETÁRIA - I. Não se há negar que o enriquecimento sem causa é fonte de obrigações, embora não venha expresso no Código Civil, o fato é que o simples deslocamento de parcela patrimonial de um acervo que se empobrece para outro que se enriquece é o bastante para criar efeitos obrigacionais. II. Norma que estabelece o elenco de causas interruptivas da prescrição inclui também como tal qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do direito pelo devedor. Inteligência do art. 172 do Código Civil. (STJ - Resp 11.025 - SP - 3ª T - Rel. Min. Waldemar Zveiter - DJU 24.02.92). GOMES, Orlando. Obrigações. 6ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 1996, p. 250. Dos pedidos Diante de todo o exposto, vem a presença de Vossa Excelência requerer: � Os benefícios da justiça gratuita nos termos da Lei nº. 1060/50, declarando o autor sob as penas da lei, ser pessoa comprovadamente pobre na acepção jurídica do termo e não tem como demandar em juízo sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, para tal junta aos autos declaração de pobreza (doc.00); � A citação do réu no endereço declinado no preâmbulo, a qual deverá ser feita por via postal, o que fica desde já requerido, com os benefícios que alude o art. 212, §2º, CPC, para querendo apresentar resposta a presente demanda, sob pena de ser considerado revel caso não o faça, nos termos do artigo 344 do CPC; � A condenação do réu, ao ressarcimento do valor total dos gastos realizados pelo autor, os quais devidamente atualizados montam a quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), devidamente acrescidos da correção monetária e dos juros moratórios no montante de 1% ao mês, nos termos do artigo 406 do CC ; � Seja o réu condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios nos termos do artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil . Requer por fim, que as intimações pela Imprensa Oficial sejam realizadas em nome do patrono XXXXXXX XXXXXXXX, OAB/SP xxx.xxx com escritório na Praça da Sé, n°xx - sala 00 – Sé - São Paulo – SP – Cep. 00000-000 – Tel.: 0000-0000. Nos termos do art. 319, inciso VII, o autor informa que (não) possui interesse na designação de audiência de conciliação, visto que as partes podem se compor extrajudicialmente a qualquer momento Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal dos representantes legais da empresa ré e juntada de outros documentos que se fizerem necessários para elidir prova produzida pela ré, o que fica desde já expressamente requerido. Artigo 319, IV - o pedido, com as suas especificações; Caso existam elementos no problema que autorizem o pleito de gratuidade processual, o aluno deverá realizar o pedido, mencionando que a declaração de pobreza firmada pela parte, acompanha os documentos. Lembre-se não se esqueça de realizar seu pedido e seja específico, pois devido ao principio da inercia da jurisdição, o magistrado apenas decidirá o que for deduzido e pedido. Apesar do artigo 85 do CPC tratar-se de norma de ordem pública devendo o magistrado aplica-la de ofício, recomenda-se ao aluno que deduza o pedido, inclusive mencionando o respectivo dispositivo legal. O requerimento para a citação do réu. O aluno deve especificar a modalidade de citação. Art. 319, VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; Dá-se à causa o valor de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais). Termos em que, cumpridas as necessárias formalidades legais, deve a presente ser recebida e ao final provida, julgando procedentes os pedidos do autor, como medida de Justiça!! Termos em que, pede deferimento. São Paulo, 01 de agosto de 2016. Advogado OAB/SPXXX.XXX V – o valor da causa; Para determinar o valor de causa o aluno deve observar o artigo 291 e 292 do CPC. Não peça a procedência da ação, pois a ação sempre será procedente, procure pedir a procedência dos pedidos, o que tecnicamente é mais correto. Não assinar a peça, não colocar nome, não criar dados que não existem no problema. Quando o aluno cria dados, possibilita sua identificação, o que leva a anulação de sua prova.
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