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Transtorno comportamental e Autismo

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Como lidar então?
O ponto em comum de todas as maneiras de lidar com o transtorno de comportamento é o diálogo. É importante sempre estabelecer a comunicação entre a criança e o adulto. Pergunte a ela o motivo de tanta desobediência e procure ter a confiança do pequeno. Certamente que isso não é tão simples assim, mas existem caminhos que visem à diminuição dos casos dessas condutas:
– Terapia em família: grupos de apoio que trabalham o desenvolvimento da relação entre pais e filhos são uma ótima alternativa. Nessa situação, especialistas orientam os pais a estabelecerem uma comunicação efetiva com o pequeno, além de mostrarem a eles os limites que devem ser colocados no comportamento da criança.
– Acompanhamento psicológico: a criança que apresenta algum transtorno de comportamento na escola também pode encontrar meios de melhorar sua relação e interação com os ambientes em que está. O acompanhamento psicológico pode significar um caminho muito bom para o pequeno, a partir do momento em que a terapia poderá ajudá-lo a conviver com todos à sua volta.
– Equipe multidisciplinar: nada mais indicado que atuar junto com uma equipe diversificada, que reúna terapeutas e professores de escola na busca pela melhora de conduta da criança.
E os pais?
Pais e responsáveis devem estabelecer uma comunicação bastante satisfatória com o grupo pedagógico e terapêutico a fim de chegarem a uma resposta adequada ao transtorno apresentado.
É muito importante que todos tenham paciência com a criança, uma vez que ela precisa encontrar nos adultos tanto confiança quanto autoridade. O fato de agir com cautela não significa deixar de impor limites. Muito pelo contrário, os limites são indispensáveis. Acompanhamento adequado e atenção dos pais são itens determinantes para o transtorno de comportamento.
Fonte: https://neurosaber.com.br/como-lidar-com-transtorno-de-comportamento-na-escola/
Crianças são naturalmente agitadas, desafiando pais e professores. Cabe à família estabelecer limites e regras, e à escola reforçá-las e fazer com que sejam respeitadas. Mas, quando pais e professores não conseguem controlar excessos no comportamento de algumas crianças, é preciso auxílio profissional; o problema pode ser o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), que tem se tornado cada vez mais comum no ambiente escolar. 
De acordo com o neuropediatra Clay Brites, um dos fundadores do Instituto NeuroSaber, o TOD é o excesso de um traço de comportamento inadequado e resulta da união de fatores genéticos com fatores ambientais desajustados. 
“É uma condição que leva a comportamentos altamente restritivos por gerar na criança e no adolescente acessos de raiva exagerados, sentimentos de vingança e dificuldade em seguir regras e conselhos de outras pessoas, especialmente pais e autoridades”, explica. 
Ele ressalta que o transtorno costuma aparecer nos primeiros sete anos de vida e a incidência é maior em meninos – segundo levantamentos, ele pode se manifestar em até 16% das crianças em idade escolar. 
Papel da escola 
A escola tem papel fundamental no tratamento da criança com TOD. Segundo a psicopedagoga Ester Chapiro, especialista em orientação educacional, a parceria direta com os responsáveis e com profissionais que estão atuando para integrar cada vez mais o aluno dentro de um contexto social é muito importante.  
A psicopedagoga observa que quando alunos com TOD começam a chegar na adolescência, percebem uma necessidade maior de aceitação no grupo. “Eles acreditam que não são bons o suficiente para ter amigos e começam a causar problemas. Então vem uma fúria desafiadora que muitas vezes é incontrolável”, explica.  
Conforme o estudo ‘Origem e manutenção do comportamento agressivo na infância e adolescência”, o diagnóstico de TOD tem sido um preceptor importante para a evolução do problema ao Transtorno de Conduta (TC), sugerindo que haja um contínuo entre estas duas patologias. 
As condutas das crianças com TOD são menos severas do que aquelas apresentadas no TC; elas não incluem agressão a pessoas ou animais, destruição de propriedades ou um padrão de furto ou defraudação.  
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A psiquiatra especialista em infância e adolescência, Rachel Rodrigues Cavalcante, afirma que na maioria das vezes os pais procuram um psiquiatra ou neurologista após encaminhamento pela escola. 
“Em alguns casos, porém, pais procuram ajuda sozinhos por não saber mais o que fazer para controlar os filhos”, explica ela, reforçando que, por ser um ambiente social, a escola pode ser fundamental para o diagnóstico. 
Causa e tratamento 
O Transtorno Opositivo Desafiador pode ter tanto causa genética como ambiental. Crianças que convivem com pessoas agressivas ou que possuem problemas com drogas, famílias muito permissivas ou rígidas demais, crianças que apanham ou sofrem violência sexual estão mais propensas a desenvolver o transtorno. 
O tratamento para o TOD é feito por uma rede multidisciplinar composta pelos pais, escola e profissionais. A terapia é fundamental tanto para a criança com TOD, quanto para a família, que precisa aprender o manejo comportamental ideal para seus filhos e também necessita de equilíbrio para lidar com a situação. 
A história de quem passou pelo problema 
Mãe de Gabriel, 13 anos, Carla Huppers, de Cascavel (PR), descobriu que o filho tinha TOD aos quatro anos. “Ele era muito opositivo e não socializava com outras crianças na escola”, explica, lembrando que, na época, para que o filho obedecesse, as ordens tinham que ser dadas ao contrário. 
Ela explica que os pais de crianças com TOD sofrem com a rejeição dos filhos. “Não é uma solução milagrosa. É um acompanhamento conjunto, até porque mexe com a estrutura familiar. Foram cinco anos sem sucesso no tratamento. Neste período meu filho mudou seis vezes de escola porque elas não estão preparadas para lidar com este transtorno”, lamenta. 
“É só quando passamos a olhar para nós, pais, que o tratamento começou a dar resultados. É importante que pais que estão enfrentando esse problema saibam que existe, sim, uma luz no fim do túnel”, completa.  
Números do TOD 
Embora não seja um problema simples, pois o tratamento é longo e requer persistência da família e da escola, os números são animadores: características do TOD desaparecem em 65% das crianças e adolescentes que recebem o tratamento adequado. 
Porém, quando o problema não tem a devida atenção, pode evoluir para outros quadros como baixo rendimento escolar e problemas de aprendizagem: estudos mostram que cerca de 30% das crianças diagnosticadas com TOD evoluirão para o Transtorno de Conduta na adolescência. Já, quando o TOD não é tratado, esse índice sobe para 75% dos casos. 
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/problemas-de-comportamento-na-escola-podem-ser-indicios-de-tod-4zd8yp00bawgn4ywosqbqo4uk	
O que é AUTISMO ou TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA?
A partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de classificação diagnóstica, o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA.
O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.
O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas desaúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.
O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.
Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.
As pessoas com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física.
Alguns indivíduos que são sub sensíveis podem não sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar com o stress ou ainda, para demonstrar alegria.
As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.
As pessoas com Transtornos do Espectro Autista podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática
A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;
Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;
Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos;
Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;
A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;
Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;
Fonte: https://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/	
ESTRATÉGIAS PARA MANTER A ATENÇÃO DO ALUNO AUTISTA EM SALA DE AULA
A manutenção de um aluno autista em sala de aula pode parecer um grande desafio para o profissional da educação. Muitas pessoas os enxergam como pessoas de difícil relacionamento, o que implicaria em problemas no andamento de uma aula, por exemplo.
Entretanto, é preciso acabar com este preconceito e adotar outra visão acerca dessas crianças. Aqui, você verá estratégias para professores despertarem a atenção dos pequenos. As dicas são muito interessantes e, com certeza, serão muito úteis para você. Estão prontos? Confira abaixo.
Utilizar linguagem objetiva
É extremamente aconselhável que se utilize esse formato de linguagem, pois o autista gosta de entender tudo o que se fala, mas no sentido literal da palavra. Evite as conotações.
Utilizar abordagens sensoriais
O autista precisa ser acompanhado de perto quando o assunto for aspecto sensorial. É muito comum que uma de suas habilidades seja mais apurada que as das outras crianças. Caso o pequeno apresente alguma resistência a um barulho, a um cheiro ou imagem; não a force. Converse com os pais. Só uma equipe de profissionais pode propor uma intervenção eficaz. Se o aluno não demonstrar resistência aos estímulos, então explore as habilidades (visão, audição, etc.). Tudo dentro da possibilidade que o pequeno oferece.
Adaptar currículo, provas e avaliações
O aluno autista está em sala de aula junto com os demais, mas ele necessita que as avaliações sejam adaptadas.
Privilegiar as habilidades
O aluno autista é diverso, pois cada um apresenta uma característica. Há estudantes que são completamente organizados em um item ou têm total predisposição para um campo do conhecimento. Ao notar alguma facilidade do aluno, tente trabalhar isso com riqueza.
Propor atividades baseadas no interesse do aluno
O autista tem a personalidade forte, no que diz respeito aos interesses. Isso só deve ser tratado por médicos especialistas, mas o papel do educador, então, é estimular a criança através de atividades que estejam relacionadas com o interesse do pequeno.
Utilizar jogos
Alguns jogos podem ser ideais para ensinar um autista, mas é preciso que o professor se informe antes com os pais e os médicos da criança. Isso tudo porque o pequeno pode ter alguma hipersensibilidade com cores, barulho, etc. Outro detalhe é não promover jogos que ‘prendam’ o aluno por muito tempo.
Evitar atividades muito longas
É imprescindível que se evite atividades muito longas, porque a criança autista pode se entediar facilmente, ainda mais se não houver nada de seu interesse. Além disso, é importante salientar que o tempo do pequeno com autismo é diferente do restante das crianças. É preciso respeitar.
Propor atividades que estimulem o pensamento lógico
Isso pode ser feito por meio de algum jogo ou outra atividade lúdica que seja responsável por estimular o raciocínio lógico do aluno autista. Lembrando sempre que cada um tem o seu tempo.
Propor pequenas tarefas, mesmo que sejam diversas
Traga a criança autista para o convívio da sala. Estimule-o com tarefas simples, mas que mostrem a ele o quanto é capaz.
Explorar o cotidiano
Parte importante e que terá reflexos muito bons na vida do autista. É muito eficaz que as tarefas do cotidiano sejam apresentadas ao pequeno desde cedo.
Privilegiar vínculos afetivos e incentivar sempre
Por fim, mas não menos importante, quando o educador privilegia os vínculos afetivos entre a criança autista e seus colegas, o convívio fica muito melhor. O incentivo também deve estar sempre presente. Todo o desempenho do pequeno deve ser reconhecido.
Fonte: http://entendendoautismo.com.br/artigo/estrategias-para-manter-atencao-do-aluno-autista-em-sala-de-aula/	
Veja aqui 13 estratégias para que esse aluno Autista seja bem-sucedido em sala de aula, e como o professor pode fazer com que isso aconteça:
         1 – Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança.
         2 – Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.
         3 – Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.
         4 – Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).
         5 – Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).
         6 – Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).
         7 – Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.
         8 – Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.
         9 – Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma atividade).
         10 – Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar,recortar, etc.).
         11 – Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).
         12 – Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.
         13 – Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar.
Fonte: http://rhemaeducacao.blogspot.com/2017/09/13-estrategias-para-trabalhar-o-aluno.html

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