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Bioquímica – P5 1. Digestão de Proteínas: A digestão de proteínas se inicia no estômago e se completa no intestino. As enzimas que digerem as proteínas são produzidas como precursores inativos (zimogênios) que são secretados pelas células nas quais são sintetizados e entram no lúmen do trato digestivo, onde são clivados a formas menores que têm atividade proteolítica. Digestão das proteínas no estômago: O pepsinogênio é secretado pelas células principais do estômago e o HCl pelas células parietais. O ácido no lúmen do estômago altera a conformação do pepsinogênio que produz a protease ativa pepsina. Digestão de proteínas por enzimas do pâncreas: Uma das secreções do pâncreas é o bicarbonato, que além de neutralizar o ácido estomacal, aumenta o pH de forma que as proteases pancreáticas possam ser ativadas. Quando secretadas, as proteases pancreáticas estão na forma de pró-enzima inativa e como as formas ativas dessas enzimas podem digerir umas às outras, é preciso que elas se tornem ativas rapidamente. Isso acontece como na clivagem do tripsinogênio a sua forma de enzima ativa tripsina, que então cliva outros zimogênios pancreáticos, produzindo formas ativas. O zimogênio tripsinogênio é clivado para formar a tripsina pela enteropeptidase. A tripsina catalisa as clivagens que convertem quimiotripsinogênio na enzima ativa quimotripsina. As pró-carboxipeptidases, zimogênios produzidos pelo pâncreas, são convertidas pela tripsina em carboxipeptidases ativas. A tripsina tem um papel central na digestão por que cliva tanto proteínas da dieta quanto as outras proteases digestivas produzidas pelo pâncreas. 2. Aminoácidos A transaminação é o principal processo para remover o nitrogênio dos aminoácidos, no qual o nitrogênio é transferido, como um grupo amino, do aminoácidos original para o α-cetoglutarato, formando glutamato. As enzimas que catalisam essas reações são conhecidas como transaminases ou aminotransferases. Como essas reações são reversíveis, elas podem ser utilizadas para remover o nitrogênio de aminoácidos ou para transferi-lo para α-cetoácidos para formar aminoácidos, estando envolvidas tanto na degradação como na síntese de aminoácidos. O glutamato é o doador de NH3 para a síntese de aminoácidos e para as vias de excreção, na qual o NH3 é transportado até a matriz mitocondrial. O glutamato pode ser desaminado oxidativamente por uma reação catalisada pela glutamato-desidrogenase que produz íons amônio e α-cetoglutarato. Quando os aminoácidos são degradados e a uréia é formada, o glutamato coleta nitrogênio dos outros aminoácidos por reações de transaminação. Alguns desses nitrogênios são liberados como amônia pela reação de glutamato desidrogenase, mas uma quantidade muito maior de amônia é produzida a partir de outras fontes. Há duas formas nas quais o nitrogênio entra no ciclo da uréia: NH4 + e aspartato (glutamato transfere seu grupo amino para o oxaloacetato e aspartato e α-cetoglutarato são formados). A glutamina é sintetizada a partir do glutamato pela fixação de amônia, necessitando de energia (ATP) e da enzima glutamina-sintetase. Sob condições de rápida degradação, de forma que os níveis de amônia aumentem, o glutamato que está sendo formado por reações de transaminação irá aceitar uma outra molécula de nitrogênio para formar a glutamina, que vai até o fígado, o rim ou intestino, nos quais a glutaminase irá remover o nitrogênio amida para formar glutamato mais amônia. No rim a amônia serve para formar sais com ácidos metabólicos na urina, no intestino a glutamina é utilizada como substrato energético e no fígado a amônia e utilizada para a biossíntese da uréia. O ciclo glicose-alanina é o ciclo de movimento de carbonos e nitrogênios entre o músculo e o fígado, pois a alanina e a glutamina são os principais transportadores de nitrogênio no sangue. A alanina é exportada principalmente pelo músculo e como este metaboliza a glicose por meio da glicólise, o piruvato está disponível no musculo. O piruvato é transaminado com o glutamato para formar alanina, que vai até o fígado. Chagando ao fígado, a alanina é transaminada a piruvato, e o nitrogênio será utilizado para a síntese de uréia. O piruvato formado é utilizado para a gliconeogênese, e a glicose é exportada para o músculo para server como energia. 3. Ciclo da Uréia: O principal produto de excreção de nitrogênio é a uréia, eliminada pelo corpo na urina. É produzida principalmente no fígado pelo ciclo da ureia e serve como uma forma de eliminar amônia, que é tóxica (ao cérebro e ao SNC particularmente). A amônia é rapidamente removida do sangue e convertida em uréia pelo fígado. O nitrogênio é transportado no sangue principalmente nos aminoácidos, em particular na alanina e na glutamina. Reações: Síntese de carbamoil-fosfato: NH4 + , bicarbonato e ATP reagem para formar carbamoil-fosfato. A reação é catalisada pela carbamoil- fosfato, encontrada principalmente nas mitocôndrias do fígado e do intestino. Produção de arginina pelo ciclo da uréia: O carbamoil-fosfato reage com a ornitina para formar citrulina, sendo catalisada pela ornitina- transcarbamoilase. O produto, cirulina, é transportado através da membrana mitocondrial em troca de ornitina citoplasmática e entra no citosol. No citosol a citrulina reage com o aspartato, a segunda fonte de nitrogênio para a síntese da uréia, para produzir argininossuccinato, catalisada pela argininossuccinato-sintetase. O argininossuccinato é clivado pela argininossuccinato-liase para formar fumarato e arginina. O fumarato é produzido a partir dos carbonos do argininossuccinato provenientes do aspartato e é convertido em malato, que é utilizado na síntese de glicose pela via da gliconeogênese ou para a regeneração do oxaloacetato. Clivagem da arginina para produzir uréia: A arginina e clivada pela arginase, produzindo uréia e regenerando ornitina. A uréia é produzida a partir do grupo guanidino da cadeia lateral da arginina. A ornitina pode reagir com o carbamoil-fosfato, iniciando outra volta do ciclo. Regulação do Ciclo da Uréia: O fígado converte o nitrogênio dos aminoácidos em uréia, prevenindo os efeitos tóxicos da amônia. Em geral o ciclo da uréia é regulado pela disponibilidade de substrato: quanto maior a velocidade de produção de amônia, maior a velocidade de produção de uréia. Dois outros tipos de regulação controlam o ciclo da uréia: a ativação alostérica da CPSI pelo N-acetil-glutamato (NAG) e a indução/repressão da síntese das enzimas do ciclo da uréia. O NAG é formado para ativar a CPSI e sua síntese ocorre a partir de acetil-CoA e gluamato, estimulada por arginina. Quando os níveis de arginina no fígado aumentam, duas reações são estimuladas: a síntese de NAG, que aumenta a velocidade pela qual o carbamoil-fosfato é produzido e a produção de ornitina, para que o ciclo opere mais rapidamente. A indução das enzimas do ciclo da uréia ocorre em resposta a condições que requerem um aumento do metabolismo proteíco, tais como uma dieta rica em proteínas ou um jejum prolongado. Em amos os casos, enquanto os carbonos do aminoácido são convertidos em glicose, o nitrogênio do aminoácido é convertido em uréia. Ciclo da uréia durante o jejum: Durante o jejum o figado mantém os níveis de glicose no sangue. Os aminoácidos das proteínas musculares são a maior fonte de carbono para a produção de glicose pela via da gliconeogênese. Conforme os carbonos dos aminoácidos são convertidos em glicose, os nitrogênios são convertidos em uréia. Assim, a excreção urinátia de uréia é maior durante o jejum e quando este progride, o cérebro começa a utilizar corpos cetônicos, poupando glicose do sangue. Metabolismo de aminoácidos: As vias de degradação para os aminoácidos são diferentes das vias de biossíntese e isso permite a regulação independente das vias anabólicas e catabólicas. Como a proteína é um substrato energético, quase todos os aminoácidos terão uma via de degradação que pode gerar NADH, que é utilizado como fonte de elétrons para a fosforilação oxidativa. No estado alimentado, o fígado pode converter intermediários do metabolismo dos aminoácidos em glicogênio e triacilgliceróis e o destino dos carbonos dos aminoácidos se assemelha ao da glicose e dos ácidos graxos. O fígado é o único tecido que possui todas as vias de síntese e degradação de aminoácidos. Quando eles são degradados seus carbonos são convertidos em: CO2 Compostos que produzem glicose no fígado: o Piruvato o Intermediários do ciclo de Krebs: α-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e oxaloacetato Corpos cetônicos ou seus precursores (acetoacetato e acetil-CoA) Os aminoácidos são considerados sendo: glicogênicos, se os seus esqueletos carbônicos podem ser convertidos em precursores de glicose e cetogênicos, se seus esqueletos de carbono podem ser diretamente convertidos em acetil-CoA ou acetoacetato. Quando um aminoácido contêm carbonos que produzem um precursor de glicose e outros que procduzem acetil-CoA ou acetoacetato, ele é tanto glicogênico quanto cetogênico. A Lisina e Leucina (dois aminoácidos essenciais) são estritaente cetogênicos e não podem produzir glicose, apenas acetoacetato e acetil-CoA. Coenzimas importantes: Piridoxal-fosfato (derivado da vitamina B6): na degradação, ele está envolvido na remoção de grupos amino, principalmente por meio de reações de transaminação e na doação de grupos amino para várias vias de biossíntese de aminoácidos. Tetraidrofolato (FH4): é uma coenzima utilizada para transferir grupos de um carbono em vários estados de oxidação e é utilizado tanto na degradação quanto na biossíntese Grupo Heme: O grupo heme realiza o transporte de gases diatômicos, e participa de reações que envolvem troca de elétrons (reações redox). Formado por 4 anéis pirrólicos (4C,1N), e Fe2+. Alguns erros na biossíntese do heme podem ocorrer, denominados porfirias, assim como, o acúmulo dos produtos de degradação desse composto (bilirrubina). Metabolismo do ferro: Ferro (dieta): 10 - 50 mg/dia (absorção 10-15 %) Biossínese do heme: As porfirinas são compostos tetrapirrólicos cíclicos que atuam como intermediários na biossíntese do grupo heme. A protoporfirina dá origem ao grupo heme.Primeira etapa da reação ocorre dentro da mitocôndria, pela união de uma molécula de succinil-CoA e uma molécula de glicina através da reação catalisada pela enzima ácido -aminolevulínico sintase (ALA sintase), principalmente de células hepáticas e células eritóides da medula óssea (85%) O ácido -aminolevulínico sintase (ALA) controla a etapa limitante da velocidade na síntese do heme em todos os tecidos. O grupo heme é produzido em todos os tecidos animais, principalmente na medula óssea e fígado. A existência deste composto é importante para o transporte de oxigênio, pois está presente principalmente na hemoglobina (80%), mioglobina e enzimas (catalase, citocromo P450 e peroxidases) Porfirias - São causadas por deficiência enzimática específicas que podem levar ao acúmulo de intermediários da via da biossíntese do heme. - Podem ser hereditárias ou adquiridas. - Resultam no acúmulo e excreção aumentada dos precursores. Degradação do heme - As hemácias são fagocitadas pelo sistema retículo endotelial (fígado, baço e medula óssea) para posterior degradação da hemoglobina. - A hemoglobina é degradada liberando globina e grupos heme O grupo heme é fagocitado principalmente no fígado, baço e medula óssea, até a formação de bilirrubina. - A degradação do heme ocorre com a abertura do anel de tetrapirrol da porfirina. O anel porfirico é hidrofóbico, então deve ser solubilizado para ser excretado. - O átomo de ferro é carreado pela ferritina na circulação sanguínea e reutilizado para formação de outros grupos heme. Bilirrubina A bilirrubina é uma molécula apolar, lipofílica e insolúvel no plasma sanguíneo, também chamada bilirrubina livre. Logo após sua formação se liga a albumina e é carreada até o fígado, onde ocorrerá sua conjugação com o ácido glicurônico. A bilirrubina conjugada é uma molécula polar, solúvel nos líquidos corporais e hidrofílica Armazenada na vesícula biliar, a bilirrubina conjugada é então excretada no duodeno (bile), mas sua melhor absorção ocorre no intestino grosso. A hiperbilirrubinemia ocorre quando a taxa de produção é maior do que a de excreção. A icterícia é o aparecimento do pigmento amarelo nos tecidos, resultante da hiperbilirrubinemia * Dano na função hepática ou impedimento da secreção da bile: Bilirrubina na corrente sanguínea. * Icterícia no neonato: Degradação de muita hemoglobina fetal para substituição por hemoglobina do adulto. Tratamento com fototerapia (luz azul). A UDP- glicuroniltransferase pode não ser introduzida em quantidade suficiente Metabolismos de bases nitrogenadas: Os nucleotídeos são os precursores ativados de DNA e RNA, formam porções estruturais de muitas coenzimas (NADH, FAD, coencizama A), são elementos importante do metabolismo de energia (ATP, GTP) e formam intermediários ativados na biossíntese (UDP, CDP). Somente 5% dos nucleotídeos ingeridos irão para a circulação e devido a esta captação mínima na dieta, a síntese de novo de purina e primidinas é necessária. Biossíntese de Purinas: As bases púricas são produzidas de novo por rotas metabólicas que utilizam aminoácidos como precursores e produzem nucleotídeos. A maioria da síntese de novo ocorre no fígado (o cérebro também faz a síntese) e as bases nitrogenadas e os nucleosídeos são transportados para outros tecidos por células sanguíneas vermelhas. Como a rota de novo necessita de seis ligações ricas em energia por purina produzida, uma rota de recuperação pode converter bases livres e nucleosídeos em nucleotídeos. Síntese de novo: as purinas são formadas a partir de ribose. A PRPP é a fonte ativada da porção ribose e é sintetizada a partir de ATP e ribose-5-fosfato, a qual é produzida a partir de glicose pela rota da pentose-fosfato. A enzima que catalisa essa reação, a PRPP-sintetase, é uma enzima regulatória. Regulação da síntese de Purina: Quatro enzimas-chave são reguladas: PRPP- sintetase (IMP), amidofosforribosil-transferase (IMP), adenilssuccinato-sintetase (AMP) e IMP- desidrogenase (GMP). As duas primeiras enzimas regulam a síntese de IMP e as duas últimas regulam a produção de AMP e GMP, respectivamente. A PRPP-sintetase tem dois sítios alostéricos, um para ADP e outro para GDP. A glutamina-fosforribosil-amidotransferase contém sítios de ligação para os nucleotídeos adenina e guanina; os monofosfatos são os mais importantes, embora os di e trifosfatos também se liguem e inibam a enzima. A adenilossuccinato-sintetase é inibida por AMP e a IMP-desidrogenase é inibida por GMP. Síntese de Nucleotídeos Pirimidina: Rotas De Novo: A base é sintetizada primeiro e então é ligada à porção ribose-5-fosfao. Na reação inicial da rota a glutamina se combina com o bicarbonato e ATP para formar carbamoil-fosfato. Essa reação é análogo à primeira reação do ciclo da ureia, exceto pelo fato de que ela utiliza glutamina como fonte de nitrogênio (em vez de amônia) e ocorre no citosol (no lugar da mitocôndria). A reação é catalisada pelacarbamoil-fosfato- sintetase II (CPSII) que é a etapa reguladora da rota. Regulação da Síntese De Novo de Pirimidina: A etaá reguladora da síntese é a carbamoil-fosfato-sintetase II (CPSII) e essa enzima é inibida por UTP e ativada por PRPP. Quando as pirimidinas diminuem em concentração a CPSII é ativada e as pirimidinas são sintetizadas. A fosforilação da enzima em um sítio específico por uma MAP-quinase leva a uma ativação mais fácil da enzima e a fosforilação de um segundo sítio por proteína-quinase dependente de AMPc leva a uma inibição mais fácil da enzima. Degradação de Bases Púricas e Pirimídicas: A degradação de nucleotídeos púricos (AP e GMP) ocorre principalmente no fígado. O AMP é desaminado para produzir IMP. O IMP e o GMP sãoo desfosforilados e a ribose é quebrada da base pela nucleosídeo-purina-fosforilase. As rotas de degradação da adenina e guanina e fundem e a xantina é convertida pela xantina-oxidase em ácido úrico, que é excretado na urina. Os nucleotídeos primídicos são desfosforilados e os nucleosídeos quebrados para produzir ribose-1- fosfato e bases primídicas livres (citosina, uracil e timina). A citosina é desaminada, formando o uracil o qual é convertido em CO2, NH4 e B-alanina. A timina é convertida em CO2, NH4 e B- aminoisobutirato. Esses produtos da degradação da pirimidina são excretados na urina ou convertidos em CO2, H2O e NH4 (o qual forma ureia). Eles não causam problemas para o corpo, ao contrário do urato. Como na rota de degradação de purinas, pouca energia pode ser produzida pela degradação de pirimidina. Neurotransmissores: Critérios para ser neurotransmissor: Síntese na pré-sinápse Liberação no terminal pré-sináptico Presença de receptores Armazenamento em vesículas Mecanismos de remoção, enzimas e receptação pela pré-sinápse Neurotransmissores: Gutamato (Glu) Aspartato (Asp) Glicina (Gli) Ácido Gama Aminobutírico (GABA) Noradrenalina ou norepinefrina (NE) Dopamina (DA) Serotonina (SHT) Acetilcolina (Ach) Histamina (His) Tipos de Receptores: Ionotrópicos (diretos): Canal iônico nicotínico (Ex: GABA, glicina) Metabotrópicos (indiretos): Receptor acoplado a proteína G (Ex: GABAb, mAchR) Os receptores metabotrópicos precisam da produção de um segundo mensageiro para a ativação dos canais iônicos específicos. Dessa forma a ligação com o neurotransmissor irá ativar a resposta de uma proteína de membrana, a proteína G. Quando ativada, a subunidade alfa libera suas subunidades beta e gama, migrando na membrana para ativar a enzima adenilato ciclase, o que culmina com a produção do segundo mensageiro em questão: AMPc. Receptores Tirosina Cinases: Neurotrofinas (Ex: NGF, NT3, NT4) Receptores Intracelulares: Atravessam a membrana (Ex: cortisol, ácido retinóico, tirosina) Receptores com atividade enzimática: Receptores tirosina quinase Neuromoduladores: são substâncias que tem influência sobre a excitabilidade, apesar de ter sua síntese em locais longe da sinapse CO2 NH4 Hormônios esteroides Adenosina Prostaglandinas Ácido araquidônico Neuromediadores: são substâncias que não têm ação em receptores de membrana, mas participam da resposta sináptica AMPc GMPc IP3 (fosfatidil inositol tri-fosfato\0 Ca2+ Diacil Glicerol DG) Óxido Nítrico (NO) Síntese de Acetilcolina: A síntese ocorre no citoplasma pela ação da colina-acetil-transferase Acetil Co-A + Colina Acetilcolina A acetil Co-A provém da respiração celular e a colina do transporte ativo. A degradação de Acetilcolina: é catalisada pela enzima acetilcolinesterase, produzindo ácido acético e colina. Acetilcolina Ácido Acético + Colina As fontes da colina podem ser: degradação da acetilcolina ou hidrólise de fosfatidilcolina (na membrana celular). Receptores de Acetilcolina: Nicotínicos: inotrópicos São canais iônicos na membrana plasmática cuja abertura é disparada pela acetilcolina Nm (junção neuromuscular): receptores musculares que estão presentes na placa motora. A sua ativação causa a despolarização e contração do músculo (movimentos voluntários) Nn (tecido neural): responsável pela propagação do estímulo em todos os circuitos nervosos que têm como neurotransmissor a acetilcolina. Muscarínicos: metabotrópicos São receptores acoplados a proteína G e estimulados pela acetilcolina, desencadeando uma cascata intracelular que é responsável pelas respostas “muscaarínicas” M1, M3 e M5: receptores acoplado à proteína Gq (ativadora). A sua ativação promove a atividade da Fosfolipase C (PLC), causando o aumento da função do órgão ao qual estão acoplados. O aumento da atividade da PLC aumenta a concentração citoplasmática de trifosfato de inositol (IP3), levando a liberação do cálcio. M2 e M4: receptores acoplados a proteína Gi (inibitória), que atua inibindo a adenilciclase. Sistema Colinérgico: Doença de Alcheimer: diminui a liberação de colina e da acetil-transferase Miastenia Grave: anticorpo contra receptor de acetilcolina Toxina Botulínica: botox Curare Nicotina Monoaminas: Inativação de Catecolaminas: MAO: Monoamina Oxidase M AO a: está ligada a depressão maior MAO b: tem como inibidor a selegilina, que é usada no tratamento da Doença de Parkinson COMT: catecol-o-metil- transferae Receptação de Monoaminas: a ação dascatecolaminas é finalizada pela sua receptação pelos terminais pré-sinápticos, difusão para fora das sinapses e posterior recapitação e transformação metabólica (MAO a, MAO b e COMT). A receptação é inibida por: Cocaína Anfetaminas Antidepressivos Receptores: Adrenérgicos (metabotrópicos): pertencem a classe de receptores ligados à proteína G e que são alvos das catecolaminas. São ativados por seus ligantes endógenos, as catecolaminas: adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina) o α2: inibe adenilciclase e canais de cálcio; ativa canais de potássio e PLC/PLA2 o α1: ativa canais de cálcioe a denilciclase; inibe PLC/PLA2 o β1, β2 e β3: estimulam o coração Dopaminérgicos (metabotrópicos): são receptores que aumentam a atividade da dopamina no cérebro o D1 e D5: ativam a adenilciclase e PLC o D2, D3 e D4: ativam canais de cálcio e inibem adenilciclase e canais de potássio o D2: está relacionado com a esquizofrenia e Doença de Parkinson Síntese de Serotonina (SHT): Inativação de Serotonina: MAO Recaptação Drogas LSD Antidepressivos Ansiedade Enxaqueca Trantorno obsessivo compulsico (TOC) Receptores de Serotonina: Metabotrópicos SHT1 a SHT7 Ansiolíticos: agonistas de serotonina LSD: agonista de SHT1 e SHT1c Drogas contra enxaqueca: agonista de SHT1b e SHT1d Clomipramina: inibe a receptação Antipsicóticos: antagonistas SHT1c e SHT2 Os neurônios serotoninérgicos encontram-se principalmente nos 9 núcleos da rafe e enviam estímulos principalmente ao NSQ, corno geniculado ventrolateral, amígdala e hipocampo. Síntese de Glutamato: Está relacionado ao desenvolvimento do SNC, ao aprendizado e memória e à sinaptogênese. Está envolvido em patologias como isquemia cerebral e epilepsia. O principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso. O glutamato atua em duas classes de receptores: os ionotrópicos (que quando ativados exibem grande condutividade a correntes iônicas)e os metabotrópicos (agem ativando vias de segundos mensageiros). Os receptores ionotrópicos de glutamato do tipo NMDA são implicados como protagonistas em processos cognitivos que envolvem a destruição de células. Ionotrópicos: o NMDA: n-metil-d-aspartato O receptor NMDA é ativado pelo ácido glutâmico glutamato. A ativação dos receptores de glutamato resulta na abertura de um canal iônico não-seletivo para os cátions. Isso permite o fluxo de Na + e de pequenas quantidade de Ca 2+ para dentro da célula e de K + para fora da célula. Julga-se que o fluxo de cálcio através destes receptores desempenhe um papel importante na plasticidade sináptica, um mecanismo celular envolvido em processos de formação de memória e aprendizagem. Os NMDA formam um canal iônico cujo poro está constitutivamente bloqueado por Mg++ (quando a membrana apresenta-se em potencial de repouso – bloqueio voltagem-dependente), dessa forma, é necessária uma pré despolarização para que haja a liberação do canal e sua ativação pelos agonistas glutamatérgicos. Tal pré despolarização pode ocorrer por ativação de receptores do tipo não-NMDAem regiões adjacentes da membrana plasmática. o AMPA: α amino-3-hidroxi-5-metil-isoxazol o KA: cainato Metabotrópicos: o ACPD: aminociclopentil dicarboxílico ácido o L-AP4: L-2-amino-4-fosfono propiônico ácido Receptor de GABA: O GABA é o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central. É sintetizada a partir do glutamato, o principal excitatório. GABAA, GABAB, GABAC (canal de Cl -), o GABAB (1a e 1b) é um GPCR (receptor acoplado à proteína G); inibe a adenililciclase, ativa os canais de K + e reduz a condutância do Ca 2+ . Pré-sinapticamente, atuam como auto-receptores. Síntese de Histamina: Receptores: H1, H2, H3, H4 (metabotrópicos) Bloqueadores de H1: causam hipersensibilidade imediata (ex: loratadina, prometazina) H2: inibem a secreção gástrica (ex: cmetidina, ranitidina) Deficiência de Neurotransmissores: Transtornos do Humor: o Depressão maior: Humor triste ou ansioso Perda de apetite, sentimento de culpa Falta de energia e concentração, distúrbios endócrino e do sono REM Doenas relacionadas: hipotireoidismo, alcoolismo e excesso de corticoides o Distimia o Transtorno bipolar Auto estima exagrada, sensação de grandiosidade Dimuição do sono, fuga de ideias ou sensações, distração, aumento de atividade, julgamento inadequado Hipótese da Diátese-estresse: Diátese: predisposição genética Abuso ou negligência no início da infância: estresse excessivo Aumento do cortisol sanguíneo e dos receptores de glicocorticoides Tratamento: o Eletroconsulsoterapia. Psicoterapia, antidepressivo, estimulação cerebral profunda (DBS) Transtornos de Ansiedade: ativação do Sistema Nervoso Simpático, liberação de cortisol pela adrenal, aumento de acetilcolina pela hipófise em resposta ao CRH o Transtorno de pânico o Agorafobia o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) o Tratamento: medicação ansiolítica, inibidores de receptação de serotonina, lítio Esquizofrenia: o Hipótese Dopaminérgica: ação de anfetamina sobre usuário e dependentes, pois a anfetamina induz a liberação de catecolaminas (dopamina); neurolépticos o Hipótese Glutamatérgica: ação da fenciclidina (PCP), um anestésico que induzia alucinações, induzindo sintomas de esquizofrenia, pois agem sobre receptores de glutamato (inibindo a ação de receptores de NMDA) o Hipótese Serotoninérgica: drogas alucinógenas como LSD que se liga aos receptores de serotonina, aumentando sua liberação. 8. Citocromo P450: É uma superfamília ampla e diversificada de proteínas responsáveis por oxidar um grande número de substâncias para torna-las mais polares e hidrossolúveis. Reação de Monooxigenação: NADPH + H + + O2 + SUBSTRATO-H NADP + + H2O + SOH O substrato pode ser um esteroide, um ácido graxo, uma droga, um alcano, alceno ou um anel aromático e heterocíclico que pode servir como sítio de oxigenação. São: Endógenos: colesterol, hormônios esteroides, prostaglandinas e ácidos graxos Exógenos: drogas, aditivos de alimento, pesticidas e compostos químicos ingeridos ou absorvidos pela pele. Constituintes de sua estrutura geral: Flavoproteínas NDPH P450: É o aceptor de elétrons terminal e sítio de ligação de substrato do complexo oxidase Modelo do sítio ativo de CYP2C5: Grupo prostético: protoporfirina IX com o ligante cisteína tiolato ligado ao ferro heme Substrato: dialofenaco, uma droga anti-inflamatória está no sítio ativo do P450 Hélice I: estravessa a molécula e é uma das características mais facilmente identificáveis de citocromo P450 Características do Citocromo P450: É uma família de heme proteínas presente em bactérias, fungos, insetos e mamíferos Introduz oxigênio em suas estruturas Contém 100-150 isoenzimas diferentes É composto por família: “CYP” o Subfamílias: CYP2E1 e CYP3A4 Estão envolvidos em: Produção de hormônios esteóides Metabolismo de ácido graxos Inativação e ativação de agentes terapêuticos Conversão de produtos químicos em molécula reativas Inibição e indução enzimática Tipos de Citocromo P450: Citocromo P450 de membrana: é uma proteína integral da membrana mitocpondrial interna envolvida em reações de hidroxilação Citocromo P450 de RE (microssomal) Isoenzimas: Oxidam o substrato e reduzem o oxigênio Contém uma subunidade redutase contendo flavina que utiliza como substrato o NADPH Estão no REL e são referidas como microssomais São ligadas na porção lipídica da membrana São induzíveis na presença de seu substrato preferencial Geram um composto reativo radical livre como intermediário Ciclo de Reações: Ligação com o substrato Tranferência dos elétrons do NADPH-citocromo P450 (transfere os elétrons do NADPH para o citocromo P450 no RE) Ligação O2 Inativação e Destoxificação: O grupo de enzimas do citocromo P450 é um dos envolvidos na desintoxicação de xenobióticos no fígado Xenobiótico: são compostos sem valor nutritivo mas potencialmente tóxicos. São componentes naturais dos alimentos ou são introduzidos como aditivos. São geralmente lipofílicos (hidrofóbicos) A indução de CYP450 pode diminuir os efeitos terapêuticos de drogas, pois aumenta a invativação/excreção. Exemplos de destoxificação: - CYP3A4: Estatinas: inibidores de HMG-CoA redutase requerem CYP3A4 para sua degradação Suco de toranja: é um inibidor potente do metabolismo de fármacos mediados por CYP3A4 A ingestão de estatinas com suco de toranja regularmente pode aumentar a circulação sanguínea de estatinas em até 15 vezes, ocasionando a toxidade hepática e muscular da estatina. - CYP2E1: acetaminofen, xenobiótico metabolizado pelo fígado para sua excreção segura 9. Neuropepetídeos: São peptídeos capazes de regular determinados aspectos da função neural e atuar na modulação de respostas somáticas, como as emoções, fome, dor, prazer. Esses peptídeos são secretados por neurônios como moléculas sinalizadoras, tanto em sinapses como em outras regiões. A síntese de neuropeptídios: Ocorre no retículo endoplasmático rugoso, é levado dentro das vesículas até o Golgi, aonde este peptídeo é clivado para adquirir a forma que será secretada pelas vesículas secretoras. Este processo de síntese ocorre no citoplasma do corpo celular do neurônio, havendo a necessidade das vesículas serem transportadas para a terminação nervosa.Assim, o neuropeptídio possui um domínio que determina a rota de seu tráfego intracelular, sua conformação e sua função Diferença entre neuropeptídios e neurotransmissores: Os neuropeptídios: São precursores inativos Não são recaptados São liberados da vesícula (no núcleo denso-LDCV) Estão presentes em menor quantidade Estão envolvidos na plasticidade do sistema de neuropeptídeos Peptídeos: Opióides: são proteínas de membrana celular que ligam opióides e desencadeiam alterações intracelulares que influenciam o comportamento celular. Os ligantes endógenos para receptores opióides em mamíferos incluem três famílias de peptídeos, as encefalinas, endorfinas e dinorfinas. As classes de receptores incluem os receptores mu, delta e kapa. Os receptores sigma ligam diversas substâncias psicoativas, incluindo certos opioides, mas seus ligantesendógenos não são conhecidos. As encefalinas atuam na percepção da dor (da espinha dorsal) e estão envolvidas na emoção. As dinorfinas e Endorfinas estão localizadas no hipotálamo e no tronco cerebral. 10. Excitotoxidade: Em situações de patologia cerebral (danos ou doenças), os transportadores podem funcionar de forma reversa e causar a acumulação e concentrações excessivas de glutamato no espaço extracelular. Esta reversão provoca a entrada de íons cálcio (Ca2+) nas células, através de receptores NMDA, levando a danos neuronais e eventualmente morte celular (apoptose). Este processo é conhecido como excitotoxicidade e pode ser letal para os neurônios, particularmente no caso de ativação dos receptores NMDA. Assim a toxicidade, pode ser causada por: Alterações mitocondriais decorrentes de um influxo excessivo e descontrolado de Ca2+ na célula, ultrapassando a sua capacidade de estocagem e levando a uma liberação de citocromo p450, com a subsequente apoptose.3 Amplificação ou superexpressão de fatores de transcrição de genes pró-apoptóticos ou repressão de fatores de transcrição de genes antiapoptóticos mediada pelo glutamato e pelo Ca2+. A excitotoxicidade devida à acumulação de glutamato ocorre em episódios de isquemia cerebral e apoplexia e está associada a doenças como esclerose lateral amiotrófica, latirismo e doença de Alzheimer. A excitotoxicidade tem um papel fundamental em doenças neurológicas e neurodegenerativas. Este fenômeno, caracterizado pela ativação excessiva dos receptores de glutamato por aminoácidos excitatórios, induz a vários danos, como a disfunção de memória, a produção de radicais livres, a disfunção mitocondrial e morte celular. Doenças neurológicas e neurodegenerativas com etiologias distintas compartilham a excitotoxicidade como uma via patológica comum com diferentes pesos para cada tipo patologia. O principal neurotransmissor envolvido no processo de excitotoxicidade é o glutamato, que apresenta efeito excitatório no sistema nervoso central – SNC. A liberação de glutamato pelos terminais pré- sinápticos causa a ativação de receptores NMDA, e consequentemente, influxo de cálcio em terminais pós-sinápticos. O cálcio é um íon fundamental para as funções fisiológicas dos neurônios, porém em grandes quantidades, como no caso da excitotoxicidade, causa lesão e morte celular. Existem diferentes explicações para as lesões causadas pelo aumento súbito de cálcio nos neurônios. Uma hipótese é que os níveis de cálcio acima de um determinado limiar sobrecarregam as funções celulares levando as células à morte por hiperativação. Outra teoria defende que a ativação de proteínas e vias bioquímicas específicas seriam responsáveis pela lesão excitotóxica. Existem trabalhos que fundamentam ambos os argumentos, sendo aceito que o aumento súbito de cálcio ativa diversas vias bioquímicas, porém certas vias contribuem mais para a morte celular do que outras Durante a cascata excitotóxica, a grande liberação de glutamato gera um grande influxo de Ca+2 através do receptor de NMDA. O aumento exagerado de Ca+2 dentro da célula gera acúmulo na mitocôndria, o que pode desencadear aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e levar as células à morte por apoptose. A estimulação exacerbada destes neurônios também desencadeia a exocitose de mais neurotransmissores, que por sua vez, amplificam o fenômeno de excitotoxicidade. 11. e e e e A manutenção da glicose sanguínea envolve ajustes feitos a cada minuto nos tecidos corporais, principalmente no fígado, no músculo e tecido adiposo. A insulina sinaliza para estes tecidos que a glicose sanguínea está mais alta que o necessário, e como resultado, as células captam o excesso de glicose do sangue e convertem em glicogênio e triacilgliceróis para armazenamento. O glucagon sinaliza que a glicose sanguínea está muito baixa, e os tecidos respondem produzindo glicose pela degradação do glicogênio, pela gliconeogênese (no fígado). A adrenalina é liberada no sangue para preparar os músculos, o coração e os pulmões para um grande aumento de atividade. O cortisol medeia a resposta corporal a estressores de longa duração. Insulina A insulina estimula a captação de glicose pelos músculos e pelo tecido adiposo, onde a glicose é convertida em glicose-6-fosfato. No fígado, a insulina também ativa a glicogênio-sintase e inativa a glicogênio-fosforilase de modo que grande parte da glicose-6-fosfato é destinada a formar glicogênio. Ela também estimula o armazenamento do excesso de combustível no tecido adiposo na forma de gordura. Em resumo, o efeito da insulina é favorecer a conversão do excesso de glicose sanguínea em duas formas de armazenamento: glicogênio (no fígado e músculo) e em triacilgliceróis (no tecido adiposo). As células beta-pancreáticas secretam insulina em resposta a alterações na glicose sanguínea: Quando a glicose entra na corrente sanguínea a partir do intestino após uma refeição rica em carboidratos, a quantidade aumentada de glicose no sangue provoca um aumento na secreção de insulina ( e uma redução na secreção de glucagon) pelo pâncreas. A liberação de insulina é regulada basicamente pelo nível de glicose no sangue que irriga o pâncreas. Quando a glicose aumenta, 1 os transportadores de GUT2 carregam a glicose para dentro das células beta, onde é imediatamente convertida em glicose-6- fosfatopela hexoquinase IV e entra na glicólise. Com a taxa de catabolismo da glicose mais alta, 2 a concentração de ATP aumenta, causando o fechamento dos canais de K+ controlados por ATP na membrana plasmática. 3 O efeito reproduzido de K+ despolariza a membrana, e essa despolarização abre os canais de Ca+ controlados por voltagem 4 e o aumento resultante na [Ca+] desencadeia 5 a liberação de insulina por exocitose. Os sinais do sistemas nervosos parasimpáticos e simpático também afetam a liberação da insulina. Um circuito simples de retroalimentação limita a liberação do hormônio: a insulina reduz a glicose sanguínea estimulando sua captação pelos tecidos, a redução da glicose sanguínea é detectada pelas células beta, e isso reduz ou interrompe a liberação de glicose sanguínea. Esta regulação por retroalimentação mantém a [glicose sanguínea] praticamente constante apesar da grande variação na captação dietética. Glucagon Várias horas após a ingestão de carboidratos da dieta os níveis de glicose sanguínea diminuem levemente por causa da oxidação da glicose pelo encéfalo e por outros tecidos. Essa diminuição da glicose desencadeia a secreção de glucagon, e reduz a liberação da insulina. O glucagon causao aumento de glicose na corrente sanguínea, estimulando a degradação do glicogênio hepático, e promovendo a gliconeogênse nos hepatócitos, permitindo que o figado exporte a glicose e restaure o seu nível sanguíneo normal. Embora seu alvo principal seja o fígado, o glucagon também afeta o tecido adiposo, ativando a degradação de triacilglicerois por causar fosforilação, dependente de AMPc, de pirilipina e da lipase sensível ao hormônio. O metabolismo é alterado durante jejum e inanição para prover combustível ao cérebro As reservas de combustíveis são de três tipos: glicogênio armazenado no fígado, e em menor quantidade, no músculo; triacilglicerois no tecido adiposo; e proteínas teciduais que quando necessário podem ser degradadas para fornecer combustível. Nas primeiras duas horas após uma refeição, o nível de glicose sanguínea está levemente diminuído, e os tecidos recebem a glicose liberada a partir do glicogênio hepático. Existe pequena ou nenhuma síntese de lipídeos. Quatro horas após a refeição, a glicose sanguínea está mais reduzida, a insulina diminuiu e a secreção do glucagon está aumentada. Estes sinais hormonais mobilizam os triacilglicerois, que agora tornam-se o principal combustível para o músculo e fígado. Adrenalina A adrenalina age principalmente no tecido muscular, adiposo e hepático, em casos extremos, como luta ou fuga. Ela promove a degradação anaeróbia de glicogênio muscular pela fermentação a acido láctico. Estimula a formação de glicolítica e de ATP, a mobilização de gordura no tecido adiposo e e a secreção de glucagon, iibindo a secreção de insulina. Cortisol O cortisol sinalisa o estresse, como a baixa glicose sanguínea, além de muitos outros agentes estressores. Ele age no músculo, no fígado e no tecido adiposo para suprir o organismo com combustível para aguentar uma situação estressante, e tem ação relativamente lenta. RESUMO - A concentração de glicose no sangue é regulada hormonalmente. As flutuações na glicose sanguínea devido a ingestão dietética ou exercícios extensos são contrabalanceadas por uma grande variedade no metabolismo de vários órgãos, provocadas hormonalmente. - Alta concentração de glicose na corrente sanguínea provoca a liberação de insulina, que aumenta a captação de glicose pelos tecidos e favorece o armazenamento de combustíveis sob a forma de glicogênio e de triacilglicerois, enquanto inibe a mobilização de acidos graxos no tecido adiposo. - Baixa glicose sanguínea provoca a liberação do glucagon, que estimula a liberação da glicose a partir do glicogênio hepático e modifica o metabolismo energético no fígado e no músculo no sentido de oxidar ácidos graxos, poupando glicose para ser utilizada pelo encéfalo. No jejum prolongado os triacilglicerois tornam-se o combustível principal; o fígado converte ácidos graxos em corpos cetônicos para exportar para outros tecidos incluindo o encéfalo. - A adrenalina prepara o corpo para um aumento de atividade, mobilizando glicose a partir do glicogênio e de outros percursores, liberando-a no sangue. - O cortisol, liberado em resposta a uma grande variedade de estressores (incluindo baixa glicose sanguínea) estimula a gliconeogênese a partir de aminoácidos e glicerol no fígado, aumentando assim a glicose sanguínea e contrabalanceando os efeitos da insulina. - Na diabete, a insulina não é produzida ou não é reconhecida pelos tecidos, e a captação de glicose a partir do sangue é comprometida. Quando os níveis de glicose sanguínea são altos, ela é excretada. Os tecidos dependem então de ácidos graxos como combustível (com produção de corpos cetônicos) e degradam proteínas celulares para fornecer aminoácidos glicogênicos para a síntese da glicose. O diabete não controlado se caracteriza por altos níveis de glicose no sangue e na urina, e a alta produção e excreção de corpos cetônicos.
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