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AULA 03 Sistema complemento

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Quarta-feira 07/03/2018 
 
1. COMPONENTES SOLÚVEIS E CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE: 
 
COMPONENTES SISTEMA INATO SISTEMA ADAPTATIVO 
 
Célula 
 
• Fagócitos 
• Natural Killer 
• Mastócito, 
eosinófilos e etc. 
 
• Linfócitos T e B 
 
Moléculas 
solúveis 
 
• Proteínas de fase 
aguda 
• Citocinas 
• Sistema 
complemento 
 
• Citocinas 
• Anticorpos 
 
 
2. SISTEMA COMPLEMENTO: 
• Componentes solúveis do plasma. 
• Reação em cascata com geração de mediadores. 
• São ativados através do contato com superfícies eletronegativas 
• Ativados em conjunto ou isoladamente por qualquer agressão. 
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• Produzidas no fígado e por macrófagos. 
 
▪ As proteínas do sistema complemento saem durante a diapedese, juntamente com as 
proteínas de fase aguda. 
▪ O quadro acima resume todos os componentes que participam da imunidade. 
▪ São ativados quando em contato com membranas células, como a das bactérias. 
▪ São cerca de 20 proteínas que participam do sistema complemento e elas podem 
ser ativadas ao mesmo tempo ou isoladamente. 
▪ Um exemplo é a MBL. 
▪ Existem três formas de se ativar o sistema complemento: Via clássica, via da lectina 
ligadora de manose e via alternativa. 
 
3. VIAS DO COMPLEMENTO: 
• Via clássica – complexo antígeno: Anticorpo (Imunocomplexo) - 
• Via Lectina ligadora de manose (MBL) – Lectina liga a manose da superfície de 
patógenos. 
• Via alternativa – Superfície de patógenos. 
• Em uma dessas vias acontece a ativação do complemento, causando 
recrutamento de células inflamatórias, opsolização de patógenos e morte de 
patógenos. 
 
▪ A forma como cada via se inicia acontece de forma diferente. 
▪ A via clássica é ativada quando acontece a formação do imunocomplexo (Que é 
a ligação entre o antígeno e o anticorpo) 
▪ A via da lectina se inicia na superfície de bactérias que apresentam o açúcar 
manose em sua composição. 
▪ A via alternativa pode se iniciar de forma espontânea na superfície de 
patógenos 
▪ Qual a função do sistema complemento? Esse sistema apresenta três funções 
finais efetores: Recrutamento de células inflamatórias, opsolização de patógenos 
e causar a morte direta do patógeno. 
 
4. VIA CLÁSSICA: 
• Moléculas envolvidas: 
• Proteína C (1-9) – Via clássica. 
• Fragmentos gerados: “a” (menor), “b” (maior). 
• Componente inativado: prefixo i (iC3b). 
 
▪ Existem 9 proteínas que participam da via clássica (C1 até C9). 
▪ As proteínas do complemento podem serem encontradas de forma inativa e 
recebem a nomenclatura I antecedendo seu nome, para explicar esse estado. 
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▪ Todas as proteínas do complemento, para serem ativadas precisam serem 
clivadas, gerando dois fragmentos, um menor e um maior. O fragmento menor é 
representado pela letra A e o fragmentos maior é representado pela letra B. 
▪ EXCEÇÃO: A proteína C2 se apresenta de forma diferente. O seu fragmento 
maior é o A e o fragmento menor é o B. 
 
5. CLIVAGEM DE C4: 
 
A. A protease ativada pela ligação de C1 no imunocomplexo cliva a proteína C4. 
B. Clivagem de C4 em C4b (fragmento maior) e C4a (fragmento menor). 
C. O fragmento maior de C4 fica na superfície do patógeno o outro vai para 
circulação. 
D. A próxima proteína a se ligar é a C2. 
E. C2 é clivada em C2a (maior) e C2b (menor). 
F. C2a continua na superfície do patógeno e C2b vai para a circulação. 
G. C4b e C2a se juntam e formam um novo complexo (C3 convertase). 
H. Chega a C3 (clivagem de C3 pela C3 convertase em C3b -maior e C3a – 
menor). Os menores vão para a corrente sanguínea. 
I. Pode acontecer uma deposição de C3b na superfície do patógeno, 
J. . Uma vez que várias proteínas C3 podem chegar e serem clivadas. Isso pode 
opsolizar o patógeno, fazendo com que ele seja fagocitado pelo macrófago, 
uma vez que essa célula possui um receptor para C3b em sua superfície. 
K. Caso não aconteça deposição de C3b. O C3b pode se ligar a C3 convertase e 
formar um novo complexo (C5 convertase), que será responsável por clivar a C5 
em dois fragmentos (C5a – menor e C5b-maior). C5b fica na superfície e a C5a 
vai para a corrente sanguínea. 
L. As próximas proteínas não são clivadas (C5b C6 C7 C8), elas se depositam na 
membrana direcionam onde a última proteína e garantem que a última proteína 
(C9) entre de forma triunfal, atravessando toda a membrana da bactéria 
formando um poro. 
M. De C5b até C9 é chamado de complexo de ataque à membrana (MAC). 
 
▪ Uma das funções do complemento, a opsolização, é realizada por C3b. Através 
de sua deposição na superfície do patógeno. 
▪ C3 faz opsolização? NÃAAAAAO. Quem faz opsolização é C3b. 
▪ O macrófago possui receptores para C3b, logo, ele pode facilmente realizar a 
fagocitose. 
▪ O MAC forma vários buracos na superfície do patógeno, levando a sua morte 
por lise celular. 
▪ A função de morte direta do patógeno é desempenhada pela MAC. 
▪ Várias C9 chegam até a superfície do patógeno, formando os poros. 
 
6. RESULTADO DA VIA CLÁSSICA: 
• Opsolização 
• Morte do patógeno. 
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7. ANAFILOTOXINAS: 
• C3a e C5a. 
• Elas ajudam a atrair mais células para a região da infecção. 
 
▪ Também podem ser chamados de mediadores inflamatórios. 
▪ Essas duas são as principais anafilotoxinas. 
▪ C2b terá ação sobre o endotélio. 
 
8. VIA DAS LECTINAS: 
• Se inicia quando existe manose (um açúcar) na superfície da bactéria. 
 
▪ A interação da lectina com a manose, abre a função de tesoura bioquímica. 
Tendo assim uma função de protease. 
▪ O START da via da lectina se inicia com a ligação da lectina na manose. 
▪ A via da lectina não tem C1, pois no lugar encontramos a ligação da lectina com 
a manose. 
 
9. VIA ALTERNATIVA: 
• Começa com a quebra espontânea (hidrólise espontânea de C3) da proteína C3 
na superfície do microrganismo, em dois fragmentos. 
• Associação do Fator B ao C3b que se localiza na superfície da bactéria. 
• O fator B é clivado (em fator Bb, maior, e Ba, menor) pela chegada da enzima 
fator D. 
• A união do Fator Bb e da C3b forma a C3 convertase. 
• C3 chega até a superfície. 
• C3 é quebrada usando a C3 convertase (C3bBb) em C3b e C3a. 
• C3b se liga a C3 convertase (C3bBb) formando a C5 convertase. 
• A via continua como a via clássica. 
 
▪ A proteína se aproxima da membrana da bactéria e então é quebrada. 
 
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10. FUNÇÃO EFETORA DO SISTEMA COMPLEMENTO: 
• Opsolização (feita por c3b) 
• Morte direta dos microrganismos – Feita pelo complexo de ataque a membrana 
(MAC). 
• Recrutamento de células (feita pelas anafilotoxinas). 
 
11. PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMTO: 
• Inibidores de C1. 
• Fator de aceleração do decaimento (DAF) e FATOR i - 
• CD59 inibe a ligação de C9 ao C5b-8. 
 
▪ Essas proteínas atuam em diferentes etapas da ativação. 
▪ O DAF dissocia a C3 convertase, inibindo a continuação da via. 
▪ O FATOR i pega o C3b e a fragmenta em vários pedaços, impedindo assim a 
formação de c3 convertase. 
▪ CD59 inibe a formação do complexo de ataque à membrana (MAC). 
 
OBSERVAÇÃO: A via clássica participa da imunidade adaptativa.

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