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Estudo dirigido - I unidade 1 1. Quais as partes que constituem uma Lima Endodôntica? R: Cabo, haste metálica (Porção intermediária e parte ativa e guia de penetração). 1. Qual a diferença entre o TIP e o TAPER de uma lima? R: O tip é o diâmetro da extremidade da ponta ativa. O taper, por sua vez, define a conicidade da lima, pois a cada 1mm de comprimento são aumentados 0,2 mm de diâmetro. 1. Qual a diferença entre as limas tipo Kerr e a Flexofile? R: As limas Kerr (tipo K) tem maior massa interna, ou seja maior resistência a torção, possuem quatro ângulos de corte (secção quadrangular), sendo possível executar o corte em apenas ¼ de volta e menor flexibilidade. Enquanto as limas Flexofile (tipo F) apresentam maior flexibilidade, menor massa interna (menor resistência a torção), além de apresentam ângulos de cortes mais vivos e secção triangular, executando o corte em 1/3 de volta. 1. Quais as vantagens e desvantagens de usar a gattes? R: As brocas Gattes promovem o alargamento dos terços cervical e médio, diminuindo o tempo clínico. Promove a remoção da contaminação cervical, diminui a formação de degraus, desvio apical e fratura de instrumentos, maior controle da parte ativa dos instrumentos, maior penetração das soluções químicas auxiliares, facilita a inserção de medicação intracanal e processo de obturação. Porém, sua desvantagem é risco de fratura, desgaste de assoalho (região de furca). 1. Em caso de fratura da Gattes, qual o instrumental comumente é usado para removê-la? R: Pinça de Stieglitz. 1. O que deve ser considerado no momento do acesso radicular? R: A direção de trepanação, anatomia do elemento dentário, posição do dente e seu longo eixo, considerar giroversão e posição e direção de instrumentos. 1. Quais as complexidades que o terço apical pode apresentar? R: Curvaturas (Classe I, II, III e super III), forame para-apical ou voltado para vestibular ou lingual. 1. Levando em consideração o processamento dos filmes radiográficos, o que pode acarretar em radiografias claras ou escuras, pouco nítidas, imagens parciais e imperfeições no geral? R: Radiografias claras: tempo de exposição aquém do necessário, revelador antigo/vencido ou muito utilizado, tempo de ação no revelador aquém do necessário. Radiografias escuras: tempo de exposição elevado e de processamento no revelador também além do necessário. Imagens pouco nítidas: movimentos do filme, do paciente ou do aparelho. Imagens parciais: interferência do localizador, imersão parcial do filme no processamento. Imagens diversas: não retirada de objetos (brincos, piercings, aparelhos removíveis, próteses), projeção de dedos, dupla exposição e filme invertido. 1. Qual a técnica radiográfica mais utilizada na endodontia, e quais suas variações? R: A técnica de Clarck, a qual é caracterizada pela variação da angulação horizontal dos feixes de raio x. Tem como objetivo a dissociação/sobreposição de imagens/estruturas. As três variações são: mesiorradial para visualização das raízes do pré-molar superior e molar inferior. Ortorradial para visualização de raízes de molar superior e distorradial para visualização da 4ª raiz do molar superior. 1. Quais as vantagens da técnica de instrumentação coroa/ápice? R: Controle sobre o desgaste, possibilidade de evitar trepanação de instrumentos, facilitar irrigação. E, ainda, evitar transportar detritos contaminantes (microorganismos, lascas de dentina contaminada) para porção apical e periapical, o que pode causar insucesso do tratamento. 1. Qual o objetivo do recuo programado? 1 Carolina Palmito - AdorOdonto R: Formação de trajeto cônico ao terço apical, proporcionando melhor adaptação de material obturador e melhor selamento apical. 1. Até onde devemos fazer a instrumentação? R: A instrumentação com alargamento de canal deve ser feita até o comprimento de trabalho (CT), que é convenciado a 1mm aquém do comprimento de patência (CP), preservando o limite CDC. Porém deve-se promover a desobstrução do canal cementário, ou seja, inserção da lima #10 até o CP. 1. Descreva a técnica MRA. R: Passo 1: Radiografia inicial de diagnóstico e estabelecimento do CAD (comprimento aparente do dente). Passo 2: Anestesia. Passo 3: Acesso. Deve-se levar em consideração a anatomia do elemento dentário, e então, emprego da forma de conveniência, para evitar desgaste excessivo e enfraquecimento do remanescente dentário. Material utilizado: pontas diamantadas 1012, 1014 e 1016 HL para iniciar acesso à câmara pulpar, e para remoção de teto e ombro, pontas diamantadas 3082, 3083 e 4083 de extremidade inativa (evita perfuração ou desgaste excessivo de assoalho da câmara). E então, encontrar a entrada dos canais. Passo 4: Cateterismo: explorar canal com limas #10, #15 e #20 em CAD – 4 (maior margem de segurança). Essa etapa auxilia na verificação de alterações anatômicas. Passo 5: Step down: pré-alargamento dos terços cervical e médio com limas de #15 a #30. Auxiliar trabalho com gattes, e diminuir tempo clínico. Passo 6: Alargamento dos terços cervical e médio do dente. Utiliza-se brocas Gattes em ordem crescente ou decrescente, a depender da amplitude do canal. Antes de ser ativada, deve-se posicioná-la no canal, para mensurar a profundidade que ela penetra sem aplicação de força. Após medido, deve-se inserir e retirá-la ativa (em rotação) do conduto sempre aumentando 1mm. Esse processo deve ser repetido a cada troca da numeração da broca que for utilizada. Até aqui é utilizada a referência CAD – 4. Passo 7: Step down: pré-alargar os terços médio e cervical para que as brocas gattes possam trabalhar. Usar limas #15 a #30. Em CAD-4. Passo 8: Odontometria: tem objetivo de tornar possível a instrumentação do tero apical. Utilizando uma lima que fique bem adaptada, deve-se alcançar até CAD – 2, e então, realizar radiografia e estabelecimento do CT (comprimento de trabalho) e CP (comprimento de patência). Passo 9: Após estabelecer CT e CP, deve-se trabalhar com limas no canal, até encontrar a lima memória (a qual deve ser anotada). Entre a odontometria e a memória, deve ser confeccionado o batente apical, fazendo uso de 3 a 4 limas. E, entre uma lima e outra deve-se manter a patência, ou seja, inserir lima #10, irrigar e aspirar, afim de evitar obstrução e possível insucesso do tratamento. Passo 10: Recuo programado progressivo: utilizando de 3 a 4 limas acima da lima memória, sempre trabalhando em 1 mm aquém do CT em cada troca de lima. Depois deve-se fazer a regularização das paredes utilizando a lima memória em movimento de limagem com pressão contra as paredes do canal. OBS: SEMPRE MANTER A PATÊNCIA DURANTE TODA A INSTRUMENTAÇÃO ENTRE UM INSTRUMENTO E OUTRO. E, TAMBÉM, NÃO ESQUECER DE IRRIGAR E ASPIRAR COPIOSAMENTE. 1. Por qual motivo deve-se fazer a odontometria? R: A partir dela pode-se executar a técnica de instrumentação com maior segurança. Ao estabelecer o CP e CT, diminui-se o risco de insucesso do tratamento, por conta de subinstrumentação ou sobreinstrumentação. 1. Qual a diferença da guta-percha alfa, para a guta-perchabeta? R: A guta-percha alfa apresenta mais instabilidade à temperatura ambiente e maior capacidade de adesão e escoamento quando aquecida. Isso se deve ao seu caráter termoplástico. Já a guta-percha beta apresenta estabilidade à temperatura ambiente e menor capacidade de alteração quando aquecida. 1. Defina a técnica de Miller-Winter? R: A técnica de Miller-Winter, também chamada de “técnica do ângulo reto” ou “dupla incidência”, é indicada como método de localização radiográfica de dentes inclusos, processos patológicos e corpos estranhos. São realizadas duas tomadas radiográficas, uma sendo periapical convencional, que possibilitará achados em altura e largura. E, outra radiografia oclusal convencional, com filme periapical a qual possibilitará achados em dimensão vestíbulo-lingual (profundidade). 1. Descreva a Técnica de Le Master e cite sua indicação? R: Consiste em uma variação da técnica convencional, na qual vale-se da apreensão de um rolete de algodão fixado à radiografia por fita adesiva, que a manterá paralela ao longo eixo do dente. A angulação vertical é então substituída pela horizontal. Essa técnica propõe a dissociação de imagens, como ápices, sobreposição de arco zigomático, etc. 18. Descreva a técnica de Clark? R: Se refere a uma variação horizontal na angulação dos raios x que objetiva a dissociação de imagens, como os canais vestibular e lingual de um pré-molar superior. Pode-se citar os três ângulos de incidência, o ortorradial (centro), mesiorradial (mais para mesial) e distorradial (mais para distal) 19. Defina a forma de conveniência para acesso no incisivo central, canino, pré molar e molares superiores e inferiores? R: Incisivos centrais: deve ser triangular com base voltada para incisal; incisivos inferiores: formato oval; canino superior: losangular; canino inferior: ovalada; pré-molar superior: eliptica ou ovoide; e, pré-molar inferior: circular ou ovoide. 20. O que é smaer layer e como é a remoção e em sua opinião para que serve a remoção? R: A smear layer (lama dentinária) é formada pelo atrito dos instrumentos endodônticos sobre a matriz mineralizada de dentina. Logo, as raspas de dentina associadas a outros restos orgânicos formam uma camada sobre as paredes do canal radicular, penetrando também os túbulos dentinários. Com isso, a smear layer dificulta a penetração de materiais obturadores nesses túbulos, podendo causar insucesso do tratamento por conta do selamento ineficaz, recidiva de cárie, penetração de bactérias. A sua remoção poderá ser realizada através do uso de substâncias químicas auxiliares, como hipoclorito de sódio, agentes quelantes, EDTA e ácidos. 21. A forma da cavidade de acesso à câmara pulpar, realizada com o objetivo de facilitar a localização dos canais e possibilitar a utilização dos instrumentos endodônticos com um mínimo de interferência é denominada? Defina-a. R: Forma de conveniência. Tem como princípio a consideração pela anatomia do remanescente. Sendo então realizada de maneira conservadora. Os incisivos superiores requerem a forma de conveniência do acesso triangular com base voltada para bordo incisal, incisivo inferior, por sua vez, tem forma oval. Os caninos superiores, a forma é losangular, enquanto, nos inferiores é ovalada. Nos pré-molares superiores, segue-se a forma elíptica ou ovoide. E nos inferiores, a forma é circular ou ovoide. 22. Qual o formato da secção transversal das limas tipo K , K- flexofile e Hedstroen? R: Tipo K é quadrangular, na tipo flexofile é triangular, e, na Hedstroen é é circular. 23. Definam comprimento de trabalho e comprimento de patência, e sua importância. R: O comprimento de patência é a medida obtida desde um ponto de referência coronário até a abertura do forame apical. O comprimento de trabalho, por sua vez, é determinado por 1mm aquém do comprimento de patência. São importantes para que o operador não execute sobre ou subtratamento (extravasamento de material e instrumentos). 24. Cite as desvantagens da variação horizontal. R: Dissociação de imagens sobrepostas, como a quarto canal do molar superior (incidência distorradial), os canais do pré-molar superior e molar inferior (incidência mesiorradial), e, molar superior (ortorradial). 25. Discorra sobre a técnica de bissetriz. R: A técnica de bissetriz preconiza que o raio central de incidência deve ser perpendicular à bissetriz do ângulo formado entre o eixo do dente e o filme radiográfico. Porém, quando a incidência é perpendicular ao dente, a imagem é alongada e quando é perpendicular ao filme, a imagem é encurtada. 26. Os instrumentos endodônticos manuais utilizados no tratamento endodôntico realizam movimentos de limagem ou alargamento, qual (is) instrumento realiza apenas movimento de limagem? R: As limas do tipo Flexofile. 27. Em uma dada radiografia foi detectado o alongamento do mesmo, o que pode ter acontecido? R: Foi utilizada a técnica de bissetriz, na qual a incidência foi perpendicular ao dente. 28. A estrutura que une dois canais entre si é denominada? Qual canal deriva de um canal secundário para terminar na superfície externa do cemento apical? R: Interconduto. Canal acessório. 29. Quais procedimentos são realizados na cirurgia de acesso do incisivo central superior? Descreva com detalhes como é realizado este procedimento e quais instrumentais são necessários para a confecção do mesmo. R: Passo 1: Radiografia inicial de diagnóstico e estabelecimento de CAD. Passo 2: Anestesia do nervo Infraorbital. Passo 3: Acesso coronário, em região central da face lingual, com formato de conveniência triangular, com base voltada para bordo incisal. Formato esse, que obedece a anatomia do remanescente, evitando desgaste excessivo e enfraquecimento. O preparo inicial é realizado com pontas diamantadas (PD) 1012, 1014, 1016HL, após, deve-se proceder o preparo com PD 3082, 3083 e 4083 de extremidade inativa. Deve-se considerar a posição do dente, se há giroversão, longo eixo do dente e direção de trepanação. E então, encontra-se a entrada dos canais. Passo 4: Isolamento absoluto. Passo 5: Cateterismo: realizado em CAD – 4, tem como objetivo analisar alterações anatômicas do canal radicular. São utilizadas as limas #10, #5 e #20. Passo 6: Step down – ou seja, pré-alargamento dos terços cervical e médio, com limas de #15 a #30. Para melhor adaptação das brocas gattes. Passo 7: Alargamento dos terços médio e cervical em CAD – 4: utilizando as brocas gattes, com numeração variante de (#1 a #4). Em canais mais atrésicos a sequência deve ser crescente, enquanto em canais amplos, a sequência é decrescente. Deve-se posicionar a broca “solta” no canal e verificar estabilidade e profundidade que esta alcança. E somente depois inserir e retirar em rotação no canal. Sempre que trocar a numeração deve-se alcançar 1mm a mais. Passo 8: Odontometria: Insere-se a lima que melhor for adaptada até CAD – 2, e então, radiografa, para que a partir da análise possa ser estabelecido o CP (comprimento de patência) e o CT (comprimento de trabalho). Limpeza do forame com as limas #10, #15 e #20. Sendoo CT = CP – 1. Passo 9: Preparo apical: Deve encontrar a lima memória (aquela que apresenta maior resistência em CT), esta deve ser anotada em prontuário. Após isso, confeccionar o batente apical, utilizando de 3 a 4 limas, no mesmo comprimento. Sempre mantendo a patência com a limas #10, #15 e #20, entre uma lima e outra. Passo 10: Recuo progressivo programado (step back), utilizando de 3 a 4 limas a partir da lima memória, sempre recuando 1 mm a menos entre uma e outra lima. Por fim, deve-se inserir a lima memória e fazer movimento de limagem. OBS: Deve-se ter o cuidado de irrigar, aspirar e manter a patência copiosamente durante a instrumentação. A fim de evitar o insucesso do tratamento, e promover um eficiente selamento apical. 30. Na instrumentação do canal principal da unidade 32 a lima memoria foi a #35, determine sua cor, serie, D0 e D7. R: Verde, 1ª série. D0=0,35mm e D7= (0,02x7) + 0,35 | D7= 0,14+ 0,35 | D7= 0,49. 31. Você precisará realizar uma endodontia nas unidades 12 e 13 da paciente X. Quais as considerações sobre a anatomia você precisará fazer? Quais comparações podem ocorrer na anatomia dessas unidades. 34. Analise as questões abaixo colocando V para as verdadeiras e F para as falsas. Nas questões que forem consideradas falsas você deverá sublinhar o que estiver errado e corrigir a sentença. [ F ] O quarto canal é normalmente encontrado nos 1° molares inferiores sendo normalmente localizado entre o canal MV e o DV. [ ] Considerando-se as médias de comprimentos entre os dentes segundo DE DEUS, pode-se observar que o canino inferior tem 27,2 mm de comprimento, sendo o maior dente da cavidade bucal. [ V ] O acesso no pré-molar superior é na oclusal, tendo a forma de contorno ovóide (ou elíptica), uma vez que há possibilidade de haver 02 canais. [ V ] Durante o acesso aos pré-molares deve-se ficar atento à remoção do teto da câmara e do ombro lingual. [ F ] A forma de contorno da cavidade de acesso em molares inferiores é triangular com base para vestibular e ápice para lingual. [ ] o PMCG tem como uma de suas características a incorporação de íons de cálcio. [ F ] É importante que ocorra o extravasamento do cimento endodôntico para cicatrização em caso de lesões. 35. O paciente procurou a clínica da UESB queixando-se de dor no 1 pré-molar superior direito. Qual a técnica radiográfica você irá utilizar? Após a tomada radiográfica a imagem ficou escurecida. Quais os passíveis erros para essa situação? Na segunda tomada apareceu uma imagem de meia-lua. O que aconteceu? R: Técnica de paralelismo, pela regra de Clarck em incidência ortorradial e mesiorradial (visualização das 2 raízes). Tempo de exposição longo e tempo de processamento de revelação longo. Subimersão do relevador/fixador ou interferência do localizador. 36. Paciente procurou a clínica de odontologia, sentindo muita dor na unidade 14, porém a dentista não conseguiu localizar o segundo canal. Qual técnica radiográfica deve ser realizada? R: Técnica de paralelismo, pela regra de Clarck com incidência mesiorradial. 37. O paciente WL procurou a clínica de odontologia em Jequié com um encaminhamento de necrose pulpar na unidade 31, contudo o mesmo relatou dor espontânea e continua na unidade 33 e após testes foi verificada uma pulpite irreversível sintomática, como ocorreria o tratamento destas unidades? R: Primeiro deve-se proceder o tratamento no elemento que provoca sensação dolorosa no paciente, no caso, o 33 (biopulpectomia).
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