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Prof.ª Msc. Vanessa M Cocco Localizada entre 2 facetas articulares Articulação sinovial (capsula articular e cartilagem hialina) Orientada em diferentes Ângulos na coluna vertebral Previne o deslocamento para frente das vertebras e auxilia na transmissão de cargas compressivas Em pé absorve 20% da carga compressiva Se o disco reduzir sua altura (1 a 3 mm) a sobrecarga na articulação aumenta para 70% Com a redução da altura do disco pode haver pinçamento nervoso Extensão causa uma grande carga de compressão na Articulação Compressão + extensão + velocidade = risco de lesão; Pequena flexão diminui o estresse aplicado sobre a articulação reduz o risco de lesão Flexão com sobrecarga causa um aumento no risco de lesão Disco intervertebral É o meio de união mais forte entre os corpos vertebrais 33% da altura da Coluna Vertebral Maior mobilidade entre as vertebras Espessura Cervical – 3-5 mm Torácica – 5-7 mm Lombar – 9-10 mm Na cervical e lombar é mais espesso na sua parte anterior o que auxilia na conformação das lordoses. Disco intervertebral Absorve cargas compressivas, de torção e flexão Lesiona-se em forças cisalhamento (mov. Combinados FLX ou EXT + ROT) Disco intervertebral Função Aumenta congruência distribui pressão. Permite mobilidade (dinâmica DIV). Separar vértebras passagem raízes nervosas. Núcleo pulposo Anel fibroso 1. Fibras de Sharpey (fibrocartilagem) 3. Interna (células cartilaginosas) 2. Intermediária (fibrocartilagem) Disco intervertebral O disco intervertebral é formado pelo Núcleo Pulposo (NP) e pelo Ânulo Fibroso (AF) Disco intervertebral Características Avascularizado: Nutrição por difusão (similar a cartilagem). Não-inervado (2/3 internos): Inervação do periósteo na periferia - 1/3 externo (fibras Sharpey) NERVO DE LUSCHKA Ânulo fibroso: Aderido à placa cartilaginosa terminal acima e abaixo, exceto na coluna posterior. Fibras anteriores são mais espessas. Frágil fixação posterior (principalmente póstero-lateral) Disco intervertebral Nervo Luschka Inerva: o disco, LLA, LLP, corpo vertebral, artérias da medula e do forâmen de conjugação, faceta articular, lig. Interesp., tegumentos posteriores e mm. profundos posteriores Disco intervertebral – núcleo pulposo 80 - 90% água 15 - 20% colágeno Ocupa 30 a 60% da área do disco Células de condrócito em uma matriz intracelular com algumas fibras de colágeno recoberto por polissacarídios ou proteoglicanos (liga-se com H20) Quanto + H20 + eficiente será o disco Não apresenta vasos ou nervos no interior do núcleo núcleo pulposo Possui pressão osmótica negativa para absorver H2O - contínua H2O é absorvida da cartilagem hialina do corpo vertebral Quando a força compressiva é maior que a pressão osmótica do disco H2O é expelida disco perde altura Quando a força compressiva é menor que a pressão osmótica do disco H2O é absorvida disco ganha altura núcleo pulposo Atua como um distribuidor de pressão. Apresenta um estado de pré- tensão H2O que retém. Passar dos anos perde progressivamente as suas propriedades hidrófilas pressão interna diminui reduz a capacidade de suportar cargas. ânulo fibroso Fibrocartilagem embebido em substância de proteoglican, H2O e outras proteínas 50 - 60% colágeno Cargas compressivas fibras elásticas são distendidas AF se deforme radialmente (para fora) 75% carga (Núcleo Pulposo) 25% carga (Ânulo Fibroso) 20Kg AF – 5Kg NP -15Kg 80kg Cabeça 3kg MsSs 14kg Tronco 30kg L5-S1 disco suporta 2/3 peso tronco 37kg Mecanismo de lesão: Flexão anterior com rotação!!! Estresses anormais constantes por longo período de tempo Degeneração e fragilidade no anel fibroso Discos mais lesados: L4-L5 e L5-S1. • Dor: • Irritação do ligamento longitudinal posterior por compressão feita pelo disco herniado. • Inflamação local: • Irrita a membrana sinovial das art. interapofisárias • Gera espasmo dos músculos monoarticulares. Protusão NP desloca-se permanentemente. Deforma fibras do ânulo fibroso. Prolapso NP desloca-se permanentemente. Deforma fibras do ânulo, ficando retido pelas fibras externas. Extrusão NP rompe completamente o ânulo e sai do DIV. Sequestro Fragmentos do NP ficam presos fora do DIV Protusão Discal Desidratação discal Frouxidão ligamentar Deslizamento posterior das facetas Artrose Diminuição espaço forame de conjugação Compressão nervosa Inflamação radicular em conseqüência da alteração bioquímica local Profusão do material discal para o interior do canal medular Resposta autoimune inflamação Dor ciática Dor unilateral. Dor irradiada abaixo da linha do joelho, chegando até o pé. Parestesia. Alteração motora e de reflexos. Radiculopatia ciática. Raiz L5 Raiz L4 Raiz L3 DIV L3- L4 DIV L4- L5 DIV L5- S1 Hérnia no DIV L4-L5 • Comprime raiz L5 • Hérnia mais comum! A MPM F PL 1. Hérnia anterior • São raras • Assintomáticas • Pode comprimir aorta abdominal • Na col. cervical pode comprimir o esôfago 2. Hérnia mediana (posterior) • São raras (12%) em razão da resistência do LLP • Manifestação: lombalgia intermitente, podendo gerar ciática bilateral ou síndrome medular. Sinais clínicos: • Ausência de dor na lateroflexão ou dor na lateroflexão dos dois lados • Posição antálgica em flexão Hérnia mediana (posterior) 3.Hérnia foraminal • Compressão da raiz no forame de conjugação. • Movimento brusco ROT + INCL lombar • Dor: • Exacerba em pé • Alivia sentado. • Maior dor noturna disco se hidrata com a falta de compressão 3. Hérnia foraminal • EXT + INCLIN homolateral aumentam a dor. • Maior sintoma no MI do que lombar • Posição antálgica de MI (RE + FLEX joelho) • Laségue positivo 4. Hérnia interna (póstero-medial) • Mais frequente • Gera dor radicular unilateral: Mais dor lombar que irradiação hérnia comprime o LLP (ricamente inervado) 4. Hérnia interna (póstero-medial) • Dor exacerba INCL contralateral • Atitude antálgica direta • Lasegue positivo 5. Hérnia externa (póstero-lateral) • Comprime a raiz após emergência do forame de conjugação • Dor maior no MI se comparado à lombar 5. Hérnia externa (póstero-lateral) • Dor exacerba na INCL homolateral • Postura antálgica cruzada. Hérnia póstero-lateral Hérnia póstero-medial Inclinação para o mesmo lado Aumenta os sintomas Inclinação para o lado contrário Aumenta os sintomas Anamnese Avaliação postural Movimentos ativos Testes especiais Avaliação dos miótomos Avaliação dos dermátomos Avaliação dos reflexos • Avaliação Postural Amplitude de Movimento Goniômetro Flexímetro Fotometria Presença dor Restrição movimento Distância 3 dedo–solo Teste Shober T12-S1 (normal 7-8cm) Lasegue- extensão perna retificada Descrição: Paciente DD Terapeuta eleva o pé do paciente com joelho em extensão. Resultado: Positivo se dor no trajeto do nervo ciático entre 35º-70º Sensibilidade de 91% Especificidade de 26% Lasegue- extensão perna retificada Extensão perna retificada bilateral Teste Nachlas Descrição: Paciente em DV. Terapeuta flexiona joelho do paciente Resultado: Dor na região anterior da coxa tensão no músculo quadríceps ou tensão neural do nervo femoral. Dor na região lombar unilateral, nádegas ou coxa posterior radiculopatia lombar das raízes nervosas L2-L3. Slump Test • Quadríceps (nervo femoral, L2-4) Percutir o centro do tendão do quadríceps, com o martelo de reflexo. Observar o movimento da perna ou contração do músculo. • Gastrocnêmio - sóleo (nervo tibial posterior L5- S1). Percutir o tendão de aquiles acima da inserção do calcâneo com o martelo de reflexo. Observe o movimento do pé Raiz Região T12 Região inguinal e virílha L1,2,3,4 Superfície anteromedial dos MsIs L4-L5-S1 pé L4 Lado medial do hálux L5-S1 e S2 Superfície pósterolateral dos MsIs S1 Margem lateral do pé e quinto dedo S2-S3-S4 Períneo Varredura sensorial L2 L3 S2 L4 L5 • L1: Área inguinal • L2 coxa média anterior • L3 medial do joelho • L4 medial do maléolo • L5 medial e distal do dorso do pé • S1 borda lateral do pé • S2 medial/posterior do calcâneo S1 L2-L3: Flexores de quadril L3-L4: Extensores de joelho L4: dorsiflexores do tornozelo L5: extensor do hálux S1: Flexor plantar do tornozelo S1-S2: Eversores do tornozelo Achados positivos = fraqueza significativa ou resistência diminuída. • Caminhar calcanhares (L4,L5) • Ponta dos pés (S1) Williams: Reduzir a lordose. Recomenda exercícios de flexão: Desloca NP posteriormais frágil McKenzie: Restaurar ou manter a lordose. Recomenda exercícios de extensão: Desloca NP anteriormais resistente Migração NP sintomas do paciente! Avaliação determina exercício adequado ? Fenômeno de Centralização Abolição imediata ou eventual da dor distal no membro. Direção de Preferência (DP) Direção de movimento repetido ou postura sustentada que diminui, abole ou centraliza sintomas. DP: EXTENSÃO Aumenta Periferiliza Diminui Centraliza DIREÇÃO DE PREFERÊNCIA = EXTENSÃO Realizar 10 repetições do movimento específico na DP a cada 3/3horas. Correção postural – parte integrante do tratamento Os sintomas tem que DIMINUIR, CENTRALIZAR OU ABOLIR! A medida que a DOR vai CENTRALIZANDO é observado GANHO DE MOBILIDADE. Rolo Lombar Tratamento cirurgico Quando o tratamento conservador falhar. Discectomia. Laminectomia. Artrodese. Discectomia + artrodese. Tratamento conservador 80-90% de sucesso. Eletroterapia para redução da dor. Calor local nos músculos em espasmo. Posição de repouso para diminuir a irritação neural. Bandagem. Mobilização articular. Exercícios de reforço para abdominais (transverso do abdome), eretores espinhais (multífidos) e glúteos. Exercícios de alongamento. Exercícios de estabilização central. Exercícios centralizadores. Mobilização Neural. Posição de conforto Flexão Lateral lombar Flexão de quadril 50° Flexão de joelho 30° Estabilização do processo espinhoso L4/L5 Força suave na pelve criando uma flexão lateral contralateral Repetições com duração de 1 minuto cada Progressão: aumento da flexão do quadril e o número de séries Flexão Lateral lombar Lado acometido para baixo Flexão de quadril 50° Flexão de joelho 50° Estabilização do processo espinhoso L4/L5 Força suave na pelve criando uma flexão lateral Repetições com duração de 1 minuto cada Progressão: aumento da extensão do quadril e o número de séries Flexão de quadril + flexão de joelho – easy off (30s) Nervo Ciático – FLX + DORSI + INV Auto-tratamento: Nervo Ciático Auto-tratamento: Nervo Ciático Auto-tratamento: Nervo Ciático ANAMNESE Paciente masculino, 60 anos Barbeiro Sente dor coluna lombar com irradiação para MIE (região glúteo e tornozelo) Dor iniciou há 5 anos Afastado trabalho devido dor Marcha claudicante Não consegue ficar sentado por muito tempo Perdeu esposa há 2 anos Faz uso medicação (codaten) Mania por evacuar várias vezes ao dia – devido a medicação, vai somente uma vez AVALIAÇÃO Lasegue +++ Dor palpação espinhosas L3-L4-L5 Ilíaco anterior E Dor aos movimentos: Extensão Flexão – não foi possível fazer devido dor e sensação de desmaio Flexão lateral E – dor irradiada tornozelo Flexão lateral D – sem sintomas Aumento tensão paravertebrais Protrusão discal mediana e paramendiana esquerda L5-S1