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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÂNIA FACULDADE PADRÃO CURSO DE ENFERMAGEM ANA CLINIA LIMA CAMILLA CECILIANO DIAS FLAVIANNY MARIA RIBEIRO LOPES RENATA TEODORO PEREIRA THAYSSA SILVA CAMPOS VANESSA DA SILVA FERREIRA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO DA UTI NEONATAL GOIÂNIA, 2014 ANA CLINIA LIMA CAMILLA CECILIANO DIAS FLAVIANNY MARIA RIBEIRO LOPES RENATA TEODORO PEREIRA THAYSSA SILVA CAMPOS VANESSA DA SILVA FERREIRA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO DA UTI NEONATAL Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao departamento do Curso de Enfermagem, da Sociedade de Educação e Cultura de Goiás – Faculdade Padrão como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientador: Especialista Rúbia Pedrosa Marques Mansur. GOIÂNIA, 2014 FOLHA DE APROVAÇÃO ANA CLINIA LIMA CAMILLA CECILIANO DIAS FLAVIANNY MARIA RIBEIRO LOPES RENATA TEODORO PEREIRA THAYSSA SILVA CAMPOS VANESSA DA SILVA FERREIRA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO DA UTI NEONATAL Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Curso de Enfermagem como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel em Enfermagem. Aprovado em _____de_________________de________. BANCA EXAMINADORA ______________________________________ Professor Rúbia Pedrosa Marques Mansur - Presidente (Faculdade Padrão) ______________________________________ Professor Raquel Soares -Membro interno (Faculdade Padrão) ______________________________________ Professor Rosilmar Gomes -Membro interno (Faculdade Padrão) GOIANIA, 2014 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em nossas vidas, autor do nosso destino, nosso guia, socorro presente na hora da angústia, aos nossos pais, esposos e familiares. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isto acontecesse, ao longo de nossas vidas, e não somente nestes anos como universitários, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer. A instituição pelo ambiente criativo e amigável que proporciona. A nossa orientadora, pelo empenho dedicado a elaboração deste trabalho. Agradeço a todos os professores por nos proporcionar o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a nós, não somente por terem nos ensinado, mas por terem nos feito aprender. A palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados aos quais sem nominar terão os nossos eternos agradecimentos. Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. Nossos esposos, namorados e familiares que sempre estiveram presentes, com amor, carinho, paciência e compreensão que tem nos dedicado. “Que todo o meu ser louve ao Senhor, e que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos!” Salmos 103:2. A verdadeira sabedoria consiste em saber como aumentar o bem-estar do mundo. Benjamin Franklin SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS RESUMO ABSTRACT 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 13 2.1 Objetivos Gerais ............................................................................................. 13 2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 13 3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 14 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 22 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................24 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................25 REFERÊNCIAS LISTA DE ABREVIATURAS UTIN - Unidade de Terapia Intensiva Neonatal RN- Recém- nascido 9 RESUMO O presente estudo teve como objetivo compreender o significado de Humanização em saúde, analisar a importância da humanização neonatal para o recém-nascido, identificar as ações de enfermagem voltadas para a humanização na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica realizada através de busca de artigos. Com este estudo foi possível entender que mesmo com dificuldades em prestar uma assistência humanizada, por ser um ambiente mais tecnicista a enfermagem da o seu melhor, buscando estratégias para tornar o ambiente o mais agradável possível, podendo assim prestar uma assistência mais humanizada. Descritores: Humanização, UTI Neonatal, Assistência de enfermagem, Atuação do enfermeiro. 10 ABSTRACT The present study aimed to understand the meaning of humanization in health, analyze the importance of neonatal to humanize the newborn, identify nursing actions aimed at humanizing the neonatal intensive care unit (NICU). This is a survey of the literature review by searching for articles. With this study it was possible to understand that even with difficulties in providing humanized care, to be a more technical environment of nursing your best, seeking strategies to make the environment as pleasant as possible, and thus provide a more humanized. Keywords: Humanization, NICU, Nursing care, Role of the nurse. 11 1 INTRODUÇÃO A humanização em saúde valoriza todos os sujeitos que estão envolvidos no processo de hospitalização, os profissionais, pacientes e seus familiares, onde deve haver uma participação coletiva com união e responsabilidade, solidariedade e dialogo. Nos dias atuais um dos programas principais no ministério da saúde vem sendo a humanização, pois as pessoas que procuram um hospital estão frágeis, debilitadas, precisando de ajuda (BRASIL, 2004). Em um ambiente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ha vários fatores estressores, como barulhos, procedimentos dolorosos, luzes, constante manuseio dos recém-nascidos, levando ao estresse. A assistência humanizada tem o fim de minimizar esses fatores e dar maior conforto ao RN (OLIVEIRA E SANINO,2010). O ministério da saúde prioriza acodes individualistas na humanização do cuidado neonatal, onde garante a segurança, o acolhimento do bebe e sua família, onde facilita a interação pais-bebê até após a alta. A equipe de enfermagem que atua no ambiente de UTIN, deve estar sempre procurando acodes que diminua o sofrimento, o estresse,a dor, tornando um ambiente acolhedor, tranqüilo e confiável (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). As UTIN`s são locais que funcionam 24 horas e que são internados RN que necessitam de cuidados. Um dos fatores que mais necessitam de internação são RN pré-termos (prematuros) que nascem com menos de 37 semanas de idade gestacional. Entre os fatores principais estão: o uso de drogas, diabetes gestacional, hipertensão gestacional, depressão, infecções maternas, infertilidade, idade materna avançada ou precoce, entre outros (DAZZI et al, 2000). A UTIN é mais conhecida por sua alta tecnologia e profissionais de qualidade, onde seus cuidados são feitos de forma especificada e adequada. Apesar da importância desse ambiente de UTI, os RN`s ficam continuamente expostos a estímulos dolorosos, constante manuseio e dores, causando estresse ao bebê (OLIVEIRA E SANINO,2010). 12 Assistir um RN em um ambiente de UTI é bastante complexo, com isso é de fundamental importância o envolvimento da equipe de enfermagem, humanizando a assistência, facilitando a interação entre equipe profissional-RN-māe, dessa forma contribui para uma boa qualidade de crescimento, desenvolvimento e recuperação do RN ( REICHERT, LINS, COLLET, 2007). O principal interesse em realizar esse estudo ocorreu devido o grande papel da enfermagem na manutenção das condições de vida dos RNs de risco, pois cabe ao enfermeiro, planejar, executar os cuidados de enfermagem, de acordo com a resposta de cada criança e necessidade individualizada, exercendo uma assistência integral, de qualidade humanizada. 13 2 OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Identificar ações de enfermagem descritas que contribuem para a humanização da assistência na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI NEONATAL). 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever as ações de enfermagem voltadas para a humanização na UTI NEONATAL. Identificar o significado de humanização em saúde. Analisar a importância da humanização neonatal para o binômio mãe e RN. 14 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) A fase em que o recém-nascido (RN) passa do seu nascimento até 28 dia de vida, é uma fase de conhecimento da vida extra-uterina, onde ocorre modificações anatômicas e fisiológicas. Alguns RN necessitam de uma assistência individualizada pela circunstância em que se encontra. Dessa forma, precisam de uma assistência qualificada para sua melhora (OLIVEIRA E SANINO, 2010). A equipe de enfermagem é responsável pelos RN’s internados que revisam de atenção e cuidado, observando se estão com dores, se alguma coisa incomoda, podendo estar interferindo de forma que a melhora seja rápida, já que a enfermagem tem um contato maior e direto com os RN’s (BARRETO E INOUE, 2013). Aqueles que nāo estão ajustados ao ambiente de UTIN descobrem um ambiente que por primazia é temeroso, agitado, impessoal, com temperaturas elevadas, barulhos intensos, apesar do valor que tem para o RN enfermo (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). A UTI em geral é relacionada com a morte por ser um ambiente onde ficam pacientes com doenças graves que precisam de atendimento especializado e adequado, que requer equipe capacitada e aparelhos específicos, podendo estar minimizando a mortalidade (BARRETO E INOUE, 2013). Com o surgimento de novas tecnologias a assistência neonatal percorre por muitas mudanças, onde os RN’s mais graves estão facilitados a ter uma maior sobreviva (COSTA, PADILHA,MONTICELLI, 2008). Com esse avanço da tecnologia se tornou mais seguro e preciso o diagnostico, tratamento e cuidados necessários em uma UTI, que também conta com atendimento especializado de médicos, enfermeiros, terapeutas, nutricionista e outros. Porém com os ruídos desses novos aparelhos pode ocorrer dúvidas, angústias e medos no paciente e seus familiares (BETINELLI E ERDMANN, 2009). 15 Os RN’s nāo estāo preparados para tanto estímulos assustadores e dolorosos que passam, com tubos e sondas, diferente do ambiente que estavam acostumados na vida intra-uterina (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). A assistência de enfermagem em UTI traz finalidades pessoais que diferencia das outras, com equipe qualificada onde a unidade possui assistência avançada, com aparelhos sofisticados que podem manter a sobrevida dos pacientes, onde exigem alto nível de conhecimento, agilidade e uma rigorosa atenção (AGUIAR et al, 2009). Os profissionais de enfermagem sāo fundamentais na assistência da humanização, pois estão mais próximos do pacientes e seus familiares. Quando um RN é internado o medo da morte aumenta e um dos principais fatores é a fragilidade (BARRETO E INOUE, 2013). O RN que está internado em uma UTIN, sempre vai ter pelo menos uma infusão venosa, fios para monitoraçāo, sondas e com freqüência em incubadoras. Entretanto sempre que os pais visitam seus bebês pela primeira vez é deprimente, os pais precisam do apoio médico e da enfermagem, e de uma orientação para entender o porque dos aparelhos e saber mais sobre a patologia da criança (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). As UTI’s sāo locais onde ficam internados RN’s graves, portanto as equipes que trabalham em UTI devem ter conhecimento cientifico e habilidade técnica, para estar reduzindo a mortalidade, e esses profissionais devem sempre ser capacitados e atualizados (BARRETO E INOUE, 2013). Os avanços adquiridos em uma UTIN são assustadores, como a grande sobrevivência de bebês prematuros e de portadores de mal formação, por outro lado, tem a missão de entregar a família e a sociedade uma criança capaz de se desenvolver de forma plena (COSTA, PADILHA, MONTICELLI, 2008). 16 3.2 Humanizaçāo em saúde Humanizaçāo é a forma como vemos e consideramos o ser humano. Está referente a forma como lidamos com o outro, fazendo a diferença, tratando com respeito, honestidade, valorizando seus pensamentos, sentimentos, determinando momento para falar e escutar (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). Profissionais que trabalham em UTI lidam com diversos elementos de desgastes, como dificuldade de aceitar a morte, falta de recursos materiais e humanos, tomar decisões na escolha dos pacientes que vāo ser atendimentos. Estes são alguns dilemas que interferem negativamente a assistência (SOUZA E FERREIRA, 2010). No ambiente de UTI é necessário carinho, afeto e atenção, e o estress é um grande aliado que influencia na assistência humanizada dos profissionais de enfermagem. Diante disso se o estress não for tratado pode ocasionar patologias em decorrência disto, como a síndrome de Bornout, que ocorre em pessoas que lidam diretamente com pessoas e constantemente, onde é caracterizada por cansaço intenso, baixa auto-estima e frieza (OLIVEIRA E SANINO, 2010). Por a UTI ser um ambiente temeroso, quando os pais internam seus bebês se desestruram e imaginam coisas ameaçadoras em torno disso, gerando uma situação de estresse. Com isso os pais criam uma desordem emocional tornando, agitados e inquietos, onde gera conflitos e um obstáculo para compreender que isso é necessário para a melhora da criança. E a equipe que atua nesse processo em UTI deve entender esses sentimentos dos pais, que se encontram preocupados com a sobrevivência da criança durante esse processo (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). Haverá distância de humanização se limitarmos um relacionamento apenas profissional com a família, apenas com informações técnicas e científicas. Somentecom solidariedade humana e diálogo, será capaz de ocasionar a humanização em UTI (BETINELLI E ERDMANN, 2009). 17 No ambiente hospitalar, a comunicação fortalece o contato entre os profissionais, pacientes e seus familiares. Tornando o cuidado mais humanizado, minimizando as dúvidas e aflições que existem nesse processo. Porém é um desafio muito grande para a maioria dos profissionais de enfermagem, pois lidam com pacientes em situações muito graves, como na UTI (AGUIAR et al, 2009). A enfermagem se sente com falta de preparo para conversar sobre a gravidade do estado de saúde da criança pois tem medo de estar tirando a expectativa e fé na melhora. Essa situação é um grande obstáculo principalmente para a enfermagem que lida com isso em seu dia-a-dia. A comunicação aos familiares sobre óbito do paciente acarreta grande tristeza e estress para a equipe de saúde, principalmente na UTI, onde a mortalidade é elevada (PAULLI E BOUSSO, 2003). O ambiente de UTI é um local onde ocorre um cuidado complexo, e os profissionais que atuam nessa área necessitam de dar uma assistência na sua totalidade ao cliente, além do conhecimento técnico - cientifico como também político e social ( AGUIAR et al, 2009). Apesar do foco da UTI ser mais tecnicista em relação ao estado clínico e patológico do RN, é de grande importância humanizar essa assistência, tornando essa relação mais acolhedora. Onde a participação da família é fundamental e deve ser respeitada (BARRETO E INOUE, 2013). Dessa forma, é normal relacionar promoção de saúde com saúde pública, pois ambas o foco primordial é a família. Já na hospitalização onde a equipe de enfermagem está focada no aspecto curativo e preventivo, a promoção de saúde se torna desvalorizada (AGUIAR et al, 2009). A enfermagem deve gerar confiança para a família, pois ela irá ajudar a passar por esta gaze, minimizado a ansiedade dos pais. Quando os pais sentem confiança e firmeza na equipe de enfermagem, naturalmente a ansiedade diminui e sua visão sobre a situação fica mais aprimorada (PAULLI E BOUSSO, 2003). 18 A equipe de enfermagem deve expressar interesse à comunicaçāo verbal e não-verbal habilidade de saber ouvir, saber o que falar e quando falar, e utilizar linguagem clara e fácil. É importante a comunicação para um bom relacionamento entre profissional e familiares. E além disso a enfermagem deve propiciar aos pais a oportunidade de ver e sentir a criança para um maior vínculo afetivo após o nascimento (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). O profissional de enfermagem deve sempre estar atento as respostas do RN, diante dos barulhos e luzes que atrapalham seu sono, causando angústia, agitação, choro, pois em geral o ambiente de UTI é tecnicismo e generalizado, gerando grandes situações de estress emocional (BARRETO E INOUE, 2013). Com isso, todos fatores que possa minimizar essas situações de grande estress, em um ambiente de UTI, tornando menos cansativo e tenso devem ser reconhecidos. Um desses fatores é a execução de músicas, reduzindo os barulhos e aumentando o relaxamento do bebê, minimizar a luminosidade, ocasionando a promoção de saúde de forma geral (AGUIAR et al, 2009). 3.3 Responsabilidades do enfermeiro na UTIN O profissional deve demonstrar solidariedade, pois é uma atitude de cuidado, uma expressão de amor ao próximo, que valoriza a vida do ser humano. Devemos sempre nos colocar no lugar do outro, para termos consciência e conhecimento do valor de uma vida que cuidamos, respeitando e apoiando os familiares, por terem vínculos afetivos muito fortes com o paciente (BETINELLI E ERDMANN, 2009). É responsabilidade da enfermagem o atendimento dos recém-natos que precisam de cuidados específicos, pois é ela que possui o contato constante e direto com os RN’s, observando se estão com dores ou incomodados, podendo estar ajudando de maneira rápida e eficaz, oferecendo uma assistência humanizada (BARRETO E INOUE, 2013). 19 O profissional deve estar sempre disponível para a família, escutando atentamente, demonstrando interesse, mesmo não tendo solução para o problema, pois a família deve ter uma maior convivência com os profissionais. Os profissionais disponíveis que interessam nessa convivência são compreensíveis, dedicados e sentem essas emoções juntos (BETINELLI E ERDMANN, 2009). É complicado estabelecer uma boa relação com a família, se os pais não sentem confiança no serviço prestado pela equipe. E quando ocorre essa falta de confiança surgem situações constrangedoras entre os pais e a equipe de profissionais, como sentir-se ameaçados, tendem para agressividades, por medidas de segurança (PAULI E BOUSSO, 2003). A enfermagem possui grande importância pela forma em que desenvolve o vínculo afetivo entre a māe, os familiares e o filho, sendo o diálogo o grande potencializador por esta interação (BARRETO E INOUE, 2013). A forma como sāo cuidados os RN’s que fará a diferença, dessa forma é necessário a capacitaçāo de toda equipe para capitar as linguagens verbais e não- verbais do neonato, proporcionado maior conforto, recuperação e desenvolvimento (SINSEM E CROSSETTI, 2004). O papel do enfermeiro que atua no ambiente de UTI vai além de procedimentos terapêuticos e cuidar de sinais e sintomas, como garantir uma melhor assistência, identificar problemas, observar o paciente no seu todo (AGUIAR et al, 2012). É importante lembrar que apesar do ambiente de UTIN gerar grandes desgastes e obstáculos, os profissionais criam ações que deixam suas práticas facilitadas e que atendem suas necessidades (SOUZA E FERREIRA, 2010). É de grande importância oferecer ajuda e apoio aos pais, com isso reduz a ansiedade, pois o pai e a māe possui um bom relacionamento com os profissionais do hospital sua confiança aumenta e reduz preocupações (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). 20 Espera que a enfermagem seja mais humanizada, atenciosa, sensível. Com isso o enfermeiro que trabalha no ambiente de UTI precisa oferecer um cuidado mais humano, com fé, sabedoria, confiança, respeito e diálogo. O enfermeiro passa por uma experiência de crescimento e desenvolvimento, reconhecendo suas limitações e situações que não sabe lidar (BATINELLI E ERDMANN, 2009). Vários procedimentos dolorosos são feitos neste ambiente de UTI, os mais informados pela equipe de profissionais são: punção venosa, coleta de exames, aspiração traqueal, glicemia capilar, curativos, drenagem torácica, flebotomias, pequenas cirurgias com ou sem anestesia, procedimentos médicos em geral (BARRETO E INOUE, 2013). A equipe de enfermagem deve sempre estar presente, interagindo no dia-a- dia do RN e dos familiares, ajudando os pais a reorganizar e adaptar a situação de hospitalização vivenciada, aumentando o vínculo entre os pais e o bebê, que é fundamental para o crescimento e desenvolvimento dele (REICHERT, LINS E COLLET, 2007). Entretanto, o profissional deve sempre se colocar no lugar do próximo, onde ocasionará o despertar de consciência e o valor da vida que estamos cuidando. Devemos estar sempre respeitando e dando apoio e atenção aos familiares pois possuem vínculos fortes com os pacientes, demonstrando solidariedade e uma maior aproximação será possível conhecer mais a história de vida do paciente, podendo estar criando um ambiente propicio e facilitados. É fundamental a solidariedade humana na área da saúde (BETTINELLI E ERDMANN, 2009). É natural que o enfermeiro esteja em constante aprendizagem e conscientização, pois com isso ele cresce humana e profissionalmente. Evitar fazer barulhos, manter a temperatura ambiente e diminuiras luzes, são algumas formas de cuidado autêntico (SINSEM E CROSSETTI, 2004). Mesmo o ambiente sendo estressante o profissional deve demonstrar sensibilidade quanto: ao excesso de luminosidade e ruídos, que atrapalham a recuperação do RN (BARRETO E INOUE, 2013). 21 Os profissionais de saúde que trabalham no ambiente de UTI devem ser bastante cuidadosos, além do saber técnico- cientifico. O principal papel no processo de cuidar cabe ao enfermeiro, pois deve ter competência ética e cientifica, planejando o cuidado de enfermagem de maneira eficaz (SINSEM E CROSSETTI, 2004). Dessa forma, entendemos que a enfermagem tem um papel fundamental nos cuidados da vida dos RN’s de risco. O enfermeiro que atua no ambiente de UTIN deve organizar o ambiente, planejar e executar cuidados de enfermagem, conforme necessidade de cada criança, oferecendo uma assistência humanizada, valorizando a presença da família durante o tratamento da criança, exercendo singularidade no cuidado dos RN’s (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). 22 4. METODOLOGIA Trata-se de um estudo pautado em levantamento bibliográfico, informativo/descritivo, por meio de pesquisas nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Ministério da Saúde (MS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e acervos bibliográficos a respeito do tema em questão, a partir dos seguintes descritores: humanização, UTI Neonatal, assistência de enfermagem, atuação do enfermeiro, no período de 2000-2013, recorte esse utilizado devido ao inicio e término dos achados sobre o tema na referida base de dados. A busca pelos estudos foi realizada no período de Agosto de 2013 a Junho de 2014. Assim, foram selecionadas e analisadas as produções que atendiam aos critérios de inclusão, os quais foram lidos integralmente para a elaboração deste. E excluíram-se aqueles que não tratavam especificamente do tema em questão. Acredita-se que a Revisão Bibliográfica é de suma importância e grande contribuição para o meio científico, e, ao contrário do que se imagina, não se trata de simples reproduções de outras idéias. Verdadeiramente, revela novas apreciações sobre determinado assunto, já que a leitura aprimora os conhecimentos pré-existentes e induz o redator a acrescentar conclusões próprias. 23 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente estudo permitiu identificar as responsabilidades do enfermeiro. A partir do método de análise de conteúdo e de acordo com as informações obtidas por meio de revisões bibliográficas, foram delimitadas três categorias apresentadas e discutidas: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Humanização em saúde; Responsabilidades do enfermeiro na UTIN. O ambiente de UTIN é por primazia o local onde atende os RN’s de alto risco, dessa forma exige que toda equipe tenha preparo para atender a complexidade das atividades desenvolvidas (REICHERT, LINS, COLLET, 2007). Oliveira e Sanino (2010) mostram que a UTIN é por excelência um ambiente com principais recursos tecnológicos e profissionais, para os RN’s que estão com o estado de saúde grave, com cuidados adequados em diversas especifidades. As UTIN’s são caracterizadas pelos altos níveis de recursos tecnológicos que cuidam dos neonatos em estado crítico (SINSEM E CROSSETTI, 2004). Bettinelli e Erdmann (2009) apontam que com a alta tecnologia os níveis de risco diminuem, a UTI concede atendimento adequado nas áreas médica, enfermagem, fisioterapia, nutrição, dentre outros, onde oferece maior segurança para o diagnostico e tratamento dos pacientes. Pode-se entender a humanização da forma que consideramos o ser humano em uma visão global, em dar condições humanas, civilizando (OLIVEIRA E SANINO, 2010). Diferentes formas de humanização são conhecidas e aplicadas, mas, na profissão de enfermagem anda de acordo com os preceitos éticos e legais. A fim de ter bons resultados é preciso humanizar a assistência, pelo o local de UTIN ser por natureza temerosa e insegura para os pais e profissionais (OLIVEIRA E SANINO, 2010). Devemos pensar na humanização juntamente com a educação, pois atualmente nas áreas de saúde a educação está cada vez mais reduzida (REICHERT, LINS E COLLET,2007). É de se notar que a humanização do cuidado é centrada na criança e sua família, dessa forma é necessário que os profissionais de enfermagem que trabalham com as famílias que se encontram em situações de crise, devem ser 24 capacitados, para oferecer um ambiente tranqüilo e reduzir o estresse, diminuindo os conflitos entre a família com a equipe de enfermagem (PAULI E BOUSSO, 2003). Os profissionais se preocupam bastante com a execução de procedimentos e técnicas de alta complicação, necessitando de capacitações e treinamentos para maior conhecimento (BETTINELLI E ERDMANN, 2009). A equipe de enfermagem cresce humana e profissionalmente. É um envolvimento de grande aprendizagem e satisfação. É uma forma de expressar o cuidado verdadeiro, evitando ruídos, diminuindo a luz, mantendo a temperatura, entre outros (SINSEM E CROSSETTI, 2004). O enfermeiro que atua em UTI, além de realizar procedimentos, cuidados de sinais e sintomas deve identificar situações de problemas, ajudar o paciente em um todo, garantindo boa recuperação e preparando para sair do hospital (AGUIAR et al, 2012). 25 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização deste estudo ajudou a ter uma maior compreensão sobre humanização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, onde encontramos várias complicações e contratempos durante o processo de trabalho, destaca-se o valor de uma assistência humanizada, pois por primazia é um ambiente de difícil compreensão com fatores estressores e tensos não só para os RN’s, também para os pais e profissionais que trabalham em UTIN. Diante disso, os profissionais que atuam nesse ambiente criam formas para satisfazer todas as particularidades dos pacientes e também para facilitar suas funções, pois esse ambiente de UTIN desenvolve grandes desgastes e estresse, por diversos motivos, como: o número de funcionários, carga horária excessiva, que oferecem obstáculos para a assistência. Dessa forma, para uma efetiva promoção de saúde é preciso que toda equipe de saúde seja capacitada e que sua visão seja ampliada, sendo assim, acredita-se que este estudo contribua para o melhor entendimento e para a construção do saber sobre assistência humanizada ao RN em UTIN pela enfermagem. 26 REFERÊNCIAS 1 AGUIAR ASC, MARIANO MR, ALMEIDA LS, CARDOSO MVLML, PAGLIUCA LMF, REBOUÇAS CBA, Revista esc. Enfermagem USP vol.46 no.02 São Paulo, Percepção do enfermeiro sobre promoção da saúde na Unidade de Terapia Intensiva, Abril.2012. 2 BARRETO AP, INOUE KC, Revista Uningá Review-Volume 15, Número01- Assistência humanizada em unidade de terapia intenviva neonatal(UTIN): A importância dos profissionais de enfermagem, Jul-Set2013. 3 BETTINELLI LA, ERDMANN AL, Av. Enfermagem vol.27 no.1 Bogotá, Internação em unidade de terapia intensive e a família: perspectivas de cuidado, Jan/Junho 2009. 4 COSTA R, PADILHA MI, MONTICELLI M, Revista esc. Enfermagem USP vol.44 no.1 São Paulo, Produção de conhecimento sobre o cuidado ao recém-nascido em UTI Neonatal: contribuição daenfermagem brasileira, Mar.2010. 5 DAZZI, R. ANA MARIA; COELHO DOS SANTOS, D. SUZANA; ESSANTANA, G. ANNE; BATISTA, C. FABÍOLA- Humanização nas Uti’s neonatais: atitudes que salvam vidas,2000. 6 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Humanização, 2004 7 OLIVEIRA LL, SANINO GEC, Revista da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras- Volume 11, Número02- Humanização da Equipe de Enfermagem em unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Concepção, Aplicabilidade e Interferência na assistência humanizada, 2010. 27 8 PAULI MC, BOUSSO RS, Ver. Latino-Am. Enfermagem vol.11 no.3 Ribeirão Preto, Crenças que permeiam a humanização da assistência em unidade de terapia intensiva pediátrica, Maio/Junho2003. 9 REICHERT APS, LINS RNP, COLLET N. Humanização do Cuidado da UTI Neonatal. Revista Eletrônica de enfermagem [serial online]2007 Jan-Abr; 9(1): 200- 213. 10 SIMSEM CD, CROSSETI MGO. O significado do cuidado em UTI neonatal na visão de cuidadores de enfermagem. Ver. Gaucha Enferm, Porto Alegre(RS) 2004 ago;25(2):231-42 11 SOUZA KMO, FERREIRA SD, Assistência Humanizada em UTI Neonatal: Os sentidos e as limitações identificadas pelos profissionais de saúde, Serviço de Psicologia Médica, Instituto Fernandes Figueiras, Fiocruz. Av. Rui Barbosa 716, Flamengo. 22250-020 Rio de Janeiro, RJ. katia@iff.fiocruz.br, 2008.
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