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Organização e Valores na Sociedade Grega

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Filosofia
Professor Anderson
Caracterização da Grécia
Organização com princípios democráticos;
A sociedade era organizada em três classes: Pólis, Comerciantes e Escravos;
Democracia = igualdade para discutir e participar da organização social e política;
A classe que possuía igualdade entre si era a Pólis, que governava a cidade-estado; as demais classes eram gerenciadas pela Pólis;
Papel da Pólis na Organização: suprir a cidade-estado culturalmente, cientificamente e materialmente;
O conceito de escravidão Grega era diferente do convencionalmente conhecido; nenhum escravo poderia passar fome ou ficar ao relento; seriam escravos para sempre, mas teriam condições básicas de sobrevida; os Gregos não espancavam seus escravos, como o faziam os Romanos;
O credo possuía origem nos ensinamentos de Platão, segundo o qual a vida ressurgiria de tempos em tempos, podendo um Escravo renascer como um membro da Pólis, o que justificava o tratamento mais respeitoso em relação aos Escravos, diferentemente da cultura Romana;
Acesso à Cultura pelos Escravos:
Academias eram lugares reservados ao estudo da Cultura e da Guerra; poderiam freqüentar as Academias os Homens Ricos, ligados à Pólis; as Mulheres freqüentavam os Templos, dedicando-se à religião, ou freqüentavam as Oficinas de Ofício ou, as mais ricas, freqüentavam a Ilha de Lesbos, onde aprendiam tudo, inclusiva a arte do amor (com outras mulheres, já que não existiam homens nesta ilha);
Nas Academias, os homens eram separados entre aqueles que estudariam a Cultura e aqueles que estudariam a Arte da Guerra; também nas academias eram formados os Técnos, que aprendiam sobre a Organização do Estado, a infra-estrutura social, contabilidade pública, etc.;
As Cidades-estado eram projetadas; porém, parte do caos da civilização Grega esteve relacionado com a falta de previsibilidade do aumento demográfico e da insuficiência de recursos para suprir todas as novas necessidades;
A Sociedade Grega era altamente Seletiva; os Gregos valorizam o corpo perfeito, não admitindo a imperfeição; recém-nascidos já eram submetidos ao critério da perfeição; crianças nascidas com deformidades deveriam ser jogadas de um penhasco pelas próprias mães; as mães que se recusavam a fazê-lo eram apedrejadas e banidas;
Os Persas acolhiam os Gregos banidos pela sua imperfeição e os manetas (aqueles que tinham mãos decapitadas pela prática de roubo);
Os frequentadores das Academias eram selecionados por cada cidade-estado; Esparta selecionava seus meninos a partir dos 7 anos de idade; estes meninos ficavam 3 dias fora dos muros das cidades-estado; aqueles que voltassem vivos iriam para a Academia; a partir dos 15 ou 16 anos já eram submetidos à guerra;
Exemplo de técnicas de guerra: colocar pai e filho para lutarem lado a lado, já que lutariam com muito maior garra e fervor para defender a vida do seu ente; também amantes eram colocados para lutarem em conjunto;
O homossexualismo era considerado normal na sociedade Grega; as mulheres serviriam para a procriação, mas a perfeição era buscada na relação homossexual;
Guerras: havia guerra entre diferentes cidades-estado que não eram tão afins; entre Gregos e Persas havia guerras sempre, já que eram declaradamente inimigos;
1) Quais semelhanças existem entre nossa sociedade e a sociedade grega na organização política?
Características Democráticas;
Classes sociais distintas (Pólis, Mulheres, Escravos, Estrangeiros) e modelo democrático dentro de cada classe (dentro do conceito de castas); Demo (igual) cracia (articulação da vida); Democracia é a articulação da vida entre iguais; Senadores deveria ser um homem velho (de meia idade acima) e pertencente à Pólis;
Controles diversos: infra-estrutura, natalidade, alimentação, combate à miséria, etc.;
A preocupação do Estado com todos os seus pertencentes;
Liderança política-social de poucos sobre muitos;
Processo Democrático Brasileiro: forma de escolha dos representantes é o voto, pressupondo que todos são iguais perante a lei, tendo direito à democracia; a construção da opinião política é própria da era pós-moderna; não somos distribuídos em camadas, como no modelo Grego; por outro lado, temos distintos acessos à democracia e aos recursos sociais;
* um escravo é responsabilidade de alguém; um homem livre é responsável por si mesmo;
2) De que forma nossa sociedade/Estado possibilita cultura, ciência e recursos materiais à população?
Através de escolas públicas (ensino gratuito);
Bolsas de auxílio à alimentação e ao estudo;
Atendimento de saúde pública;
Diferentes Projetos Sociais (esporte, educação, cultura, etc.);
Políticas públicas de fixação das famílias nas pequenas propriedades rurais;
Políticas públicas de incentivo à produção de alimentos e produtos em geral;
3) Quais são os pontos positivos e negativos de uma sociedade seletiva?
Pontos positivos: gera uma excelência nas diferentes áreas de conhecimento; estímulo à competitividade, o que gera elevação do conhecimento científico e inovações tecnológicas;
* toda competição leva à exclusão (daqueles que perdem); e também gera pontos positivos (evolução, qualidade);
* final do filme A Excêntrica Família de Antonia: “apesar de tudo, nada se conclui”;
Pontos negativos: desrespeito ao ser humano; insegurança das pessoas em relação aos seus entes; exclusão de muitos participantes da sociedade, já que não são todos a terem o mesmo caráter de competitividade;
4) Discuta os elementos da cultura Grega em nossa sociedade.
Busca pela perfeição (culto aos melhores em todas as distintas áreas);
Modelo escolar (professor acima dos alunos; organização em turmas por idade, série escolar, etc.; organização de cadeiras em filas; seleção de alunos para acesso às universidades);
Vestígios de machismo (supervalorização da figura masculina);
Homossexualismo;
Platão
Tinha a preocupação com a conceituação de Justiça (entendida como equilíbrio entre as partes);
Na obra “República” Platão conceitua Justiça como “Equilíbrio entre os extremos”;
Tenta identificar dentro da democracia qual é o papel da justiça (guardar a coisa pública; tornar claro o que é público, iluminar a sociedade);
Para ele o homem é composto de Inteligência, Alma e Corpo; o Corpo é a massa que, quando recebe a Alma, respira; num segundo momento o homem recebe a Inteligência, que dá sentido à vida; para os Gregos havia uma diferença considerável entre “Ter Vida” e “Ter Inteligência”, sendo esta última a dar o sentido da vida;
Cunha a idéia do Bem Supremo; os Gregos acreditavam que os homens fazem boas ações;
Para os Gregos o homem deve nascer perfeito e tender para o bem;
Virtude, para Platão, é a repetição de boas ações; para Platão somente o homem bom chega à virtude; Aristóteles acredita que também o homem mau chega à virtude, já que correlaciona a Virtude com a Competência, diferentemente de Platão, que correlaciona a Virtude com a Bondade;
Psicologia Espiritualista: o Grego é absolutamente envolvido em crenças; acredita em muitos Deuses e metáforas que eles próprios criavam; o Espiritualismo está ligado à Reminiscência, que é a capacidade do homem de sonhar o futuro, de imaginar o futuro; uma transição entre o mundo do corpo e o mundo da alma;
Platão, por seu modelo de ensino e teoria, perpetuou em função de sua influência no mundo acadêmico nas diferentes Cidades-Estados;
Para Platão existe uma Lei Natural que conduz o homem à libertação dos pensamentos; para ele, o homem deve ser livre para pensar e organizar a sua sociedade;
Aristóteles
Origem – 1º Motor Imóvel
A Filosofia determina um ponto histórico de início denominado Axioma (princípio primeiro); é o estabelecimento de um ponto fixo para início do pensamento;
Para ele, a origem de tudo está no 1º Motor Imóvel, que é um feixe de energia que dará criação a todas as outras coisas;
1º Motor também é chamado na Idade Média de “Deus”; também conhecido como Energuia (energia); para ele, a energia moverá as coisas;Platão: Mundo das Idéias X Mundo Real;
Aristóteles: 1º Motor (intelecto) X Mundo Real;
Após Aristóteles, reconheceram esta energia como força vital: Apolonio de Tiana e Jesus Cristo;
Aristóteles é o primeiro pensador que registra amostras de fauna e flora para estudo científico;
Aristóteles é o primeiro pensador a dedicar importância científica aos 4 elementos de vida (água, ar, fogo e terra);
Teoria da Causalidade
A lógica Aristotélica indica que “para toda Causa há um Efeito”; ou “para todo efeito existe uma causa”;
Para Aristóteles, as “Coisas” (o mundo) são “Efeitos” e lhe interessou descobrir a “Causa”;
Para Aristóteles o Mundo é uma cópia imperfeita do mundo das idéias;
Aristóteles foi buscando a “Causa” de todos os “Efeitos” para descobrir a origem de tudo; ao final, seu pensamento parou no “Axioma – 1º Motor Imóvel”;
Diferença entre “Ser” e “Dever Ser”
Ser: é um ente inteligente; é um corpo + massa pensante;
Aristóteles, Heidegger e Sartre “Ser do Ente”: “Ente” é o corpo físico, o que se manifesta; “Ser” é todo o conjunto que forma o “Ente”, formado pelas suas relações sociais, sentimentos, personalidade, etc. (toda a energia que circunda o “Ente”);
Dever Ser: é como o conjunto existencial normativa sua vida social; é a origem da Lei, que determinará os padrões normais de comportamento em sociedade; para Aristóteles, o Ser se educa no convívio com outros Seres; a internalização dos nossos valores se dá a partir da nossa relação com outros seres;
Formas do conhecimento “Ato” e “Efeito”
Para Aristóteles existem Condições Lógicas para a formação do conhecimento;
Ato: é a coisa em si; ex.: mulher que não tem filhos é uma “mãe em ato”, já que possui todas as condições de o ser;
Efeito: é a manifestação da coisa; ex.: mulher que possui filhos é uma “mãe em efeito”;
Para Aristóteles, todo “Efeito” foi um dia “Ato”;
Lei Natural: a natureza tem uma ordem própria para acontecer; ex.: uma árvore somente produzirá seus frutos quando tiver todas as condições para tal (todo o Ato para produzir o Efeito);
Na sua lógica causal, nós somente conseguimos produzir um “Efeito” quando já estamos bem amadurecidos em “Ato”;
Episteme
Episteme significa Ciência; é a preocupação de Aristóteles, fazer Ciência; ele procura um nível científico maior que seu mestre Platão, não concordando com seu mestre no nível espiritual que este acreditava; para Aristóteles, a lógica e o conhecimento científico explicaria tudo;
Aristóteles procurava responder à Sociedade Grega com argumentos científicos (convencimento através do raciocínio lógico ao invés da crença);
Platão trabalhou com a Crença; Aristóteles com a Lógica;
Metafísica
Metafísica é estudar a coisa além da Física;
Metafísica: coisas que estão fora do mundo Físico, estão no imaginário, são abstrato; ex.: ética, bom senso, etc.;
Física: é o mundo real, tudo que pode ser coletado pelos sentidos humanos; ex.: animais, seres, etc.;
Ética à Nicômaco (filho mais velho de Aristóteles; foi o filho que mais lhe deu trabalho; não funcionava como a lógica de Aristóteles)
Em homenagem ao seu filho criou a obra “Ética à Nicômaco”, que é uma obra de conteúdo filosófico sobre ética;
Segundo ele, para todas as ações o homem deve buscar o “meio termo” entre os extremos;
Para ele, a Virtude é a repetição constante dos mesmos Atos; para ele não há relação entre Bem e Mau para ser virtuoso; para ele, a virtude está relacionada à excelência de se fazer as mesmas coisas; ex.: para ele, um ladrão que fizesse com destreza o seu papel, seria virtuoso; daí a necessidade de procurarmos o “meio termo” para indicar o nosso comportamento, para evitar o desvirtuamento dos seres humanos rumo à maldade, por exemplo;
Solicitude é a capacidade de o homem se doar para o bem social; para Aristóteles, a educação social deveria levar os seres à Solicitude;
Santo Agostinho
Obra: Confissões – Livro II – Os Pecados da Adolescência
Momento de escrita da obra: a ordem, a observância aos costumes morais é muito rígida; é o período em que existe a Santa Inquisição;
Continua o pensamento de Aristóteles, de uma forma bastante sutil, para evitar punições governamentais (ex.: torturas, morte na fogueira, etc.); viveu 400 anos depois de Aristóteles;
Para ele, na Adolescência, quebrar as regras gera um princípio de prazer;
O jovem aprende, dentre muitas coisas, amar a Deus e o sistema de pensamento a sua volta; diz que o jovem terá sentimentos bons, mas terá também o desejo de fazer coisas erradas;
A civilização, a organização social é realizada através de uma crença, onde a figura central é Deus;
A ordem Divina e Jurídica dominante é questionada na figura do adolescente, que também quer buscar prazeres e quer saber o que tem do outro lado da proibição; para Agostinho, buscar este lado também é saudável para a sociedade; com isso, ele mostra que o homem sempre quis saber como é estar do outro lado da regra; isto leva ao dilema Aristotélico de que todos têm o potencial de ser criminosos;
Acredita que o homem é puro instinto e que em determinado momento utiliza a razão para dominar o instinto; para ele, nos momentos errados, o homem está puramente dominado pelos instintos;
Sob a ação da carne: o homem puramente instintivo não tem, na adolescência, completo domínio sobre os seus instintos, o que o faz buscar os prazeres da carne;
A sociedade é uma organização artificial; em natureza, o homem age por instinto; como vivemos em sociedade e precisamos de regras, utilizamos a racionalidade para dominar os instintos; a lei só tem sentido quando consegue fazer com que o homem domine seus instintos e se utilize da racionalidade para seguir as regras sociais;
A organização social é a artificialização de um comportamento, já que o ser humano é instintivo e deve se regrar por esta organização; neste esquema artificial a razão deve dominar a paixão humana;
Na época de Santo Agostinho, a Fé é o elemento artificial que deve ditar a organização da sociedade;
Para escrever, Agostinho alegava que sonhava com muitas coisas e quando acordava escrevia; alguns textos fez dormindo, estava com muito sono e cansado e estava meio sonâmbulo escrevendo essas coisas;
Assim ele faz o retrato das pessoas: desejo, cobiça, prazer, que eram sentimentos proibidos de se pensar, falar e principalmente de escrever a respeito; não se podia falar sobre as características naturais;
O homem naturalmente em sua essência busca o prazer, busca satisfazer o prazer;
Nas praças da babilônia: os prazeres são permitidos e liberados;
É uma alusão às festas, que eram feitas as escondidas, as pessoas podiam ter acesso à bebida, comida, ao sexo; surge a especulação de como Sto Agostinho sabia disso? 
O que é a dor do ser? Ser engolido por um conjunto de normas que tentam moldar o ser;
Todos temos o princípio de transgressão, queremos quebrar regras para obter prazer;
Sempre haverá um índice de criminalidade, pois as regras são artificiais, não naturais; sempre haverá o percentual de pessoas que burlam as regras;
A castidade não será mais praticada, o afeto conjugal será consumido nas praças da babilônia;
* contratualismo: Thomas Hobbes – John Locke – Jean Rousseau: os homens estão em Guerra generalizada; os homens em estado de natureza agem por instinto, agem com força para proteger seus bens e sua vida. Neste contexto, o contratualismo é uma espécie de pacto social, um contrato, onde cada pessoa transfere uma parte de sua força para o ente soberano que é o Estado; quando a pessoa se sentir ameaçada deve recorrer ao Estado; só é permitido às pessoas a utilização da força própria quando sua vida estiver ameaçada e o Estado não puder socorrê-la em tempo, caso contrário só a força do Estado pode ser aplicada.
2º BIMESTRE
Teorias do Contrato Social (Contratualismo)
Thomas Hobbes – Absolutismo – época: século XVI
Contratualista; absolutista; viveu no século XVI, na Inglaterra;
Inglaterra: do século XIII ao XVII viveu um período de instabilidade,com uma série de conflitos internos; com forte luta ideológica (igrejas católica e protestante);
“Minha mãe me pariu de gêmeos, eu e o medo”;
Cenário de nascimento de Hobbes;
Preocupado em construir uma teoria filosófica que desse certeza ao homem do seu tempo que o Estado seria a solução dos conflitos entre as diferentes pessoas e classes;
Defende o conceito do Estado Laico, que tem a presença de Deus, mas é muito mais um Estado com sentido Político do que Religioso;
Leviatã: monstro marinho; o Estado deve ser este Ser amedrontador aos seus integrantes;
O fundamento do Estado para Hobbes, era o medo que o Estado se preocupava em passar para as pessoas; um Estado cruel, que tira a liberdade das pessoas e aplica métodos muito severos para manter as pessoas sem rebeliões, dentro de uma certa doutrina, dentro de um convívio social aceitável; é um Estado de terror;
Para Hobbes, antes de se formar o Contrato Social, que dá origem ao Estado, é preciso identificar quem é o homem que estará neste contrato, quais são as características humanas deste homem; daí, no início de sua obra, tenta identificar quem é este homem, através de suas sensações (capacidade de representar objetos mentalmente);
Homens que participam do contrato: ser humano dotado de Sensações; também faz parte do contrato a Imaginação; posteriormente, o Estado vai controlar as Sensações e a Imaginação;
Para ele, pessoas que pensam e imaginam muito não devem pertencer ao Estado Contratualista; um Estado Absoluto não tem interesse de que seus súditos sejam livres;
Cadeias de imaginação: experimentações que se repetem e se inovam; as pessoas começam a sonhar que são livres, que podem burlar as regras do Estado, e assim vai;
Para ele, o homem é aquele indivíduo dotado de capacidades e habilidades humanas como qualquer outro;
Desenha rígidas regras para que o indivíduo pertença ao Estado;
O homem é dotado de Linguagem; esta permite ao pensamento do homem reconhecer outros sistemas políticos; permite que as pessoas troquem informações e conheçam outras experiências e possam até mesmo se aproximar daquilo que Hobbes tem horror, que é a Democracia;
Defende que o Estado deve concentrar o poder e aplicar força contra quem for contrário;
O homem é também capaz de Razão e Ciência; razão é a simples habilidade de cálculos entre perdas e benefícios (o que é mais vantajoso); a razão seria justificativa para que o homem aceite o Estado Absoluto, pelo benefício da sobrevida; chamada por Hobbes de Razão Calculista; define um critério de racionalidade, uma razão mecânica;
Vive no contexto de início da valorização do mecanicismo; início do desenvolvimento industrial; uso muito intenso da razão neste cenário;
Hobbes é considerado um teórico Empirista; desacreditava de uma Ciência Divina; a Ciência é algo que pode ser experimentado pelas pessoas e não apenas pelos soberanos; afirma com muita cautela isso, com medo de repressões por parte do soberano;
Liberdade: o homem é capaz de experimentar a liberalidade; liberalidade, para ele, está ligada ao conceito de Liberalismo; liberdade para estabelecer relações comerciais; o homem quer ter tal liberdade; o homem é ambicioso e precisa exercer esta liberalidade; 
Os homem são dotados de outros sentimentos: cólera, confiança, desconfiança, medo, pânico, terror, etc.; estes elementos são parte do que ele chama de Alma Humana;
É a partir do conhecimento desta Alma Humana que ele desenha o Estado Absoluto Contratualista;
Para ele, a sociedade organizada somente funciona mediante regras (abrirmos mão da nossa essência para que se possibilite a convivência social harmônica); as regras são necessárias para a existência da própria sociedade; o Logos Social depende da existência de regras;
As pessoas que fogem destas regras sociais são consideradas criminosas e sofrerão as devidas punições;
Sartre: descaracterização do homem, que é aprisionado dentro de um conjunto de regras e leis;
Fala também das Virtudes do homem; crenças, valores, etc.; para ele, o Estado passará por cima destas Virtudes; se o homem cometer um crime, não importará que virtudes ele tem; o Estado aplicará as sanções relacionadas ao descumprimento das regras;
Construção de Hobbes: homem mecânico;
É criticado pelos Existencialistas, que defendem que não é possível aprisionar o ser humano num conjunto de regras; o ser humano é dotado de particularidades que o faz escapar a este conjunto de regras;
Diferença entre Costumes: reconhece que pessoas possuem costumes diferentes; a civilização inglesa sofre grande influência dos costumes das civilizações Orientais, trazidas pelos comerciantes (valores, sobretudo diferentes em relação à religião praticada); os comerciantes são quem criam os principais valores defendidos posteriormente nas Revoluções, principalmente na Revolução Francesa;
Estado de Natureza: estado hipotético, imaginário, que nunca existiu; considera o homem em sua potencialidade real; onde o homem exerce todas as suas características e há ausência completa da lei; nasce daí o princípio da legítima defesa; o homem está em guerra de todos contra todos; o homem é o lobo do próprio homem; prevalece quem é o mais forte no jogo de forças; não há Estado, não há Lei; há uma Guerra Generalizada; daí nasce o raciocínio Indutivo de Hobbes;
O Contratualismo propõe uma transferência do Poder para um terceiro, chamado de Estado; neste novo cenário, o Estado passa a resolver as questões conflituosas; a única possibilidade de que as pessoas continuem a usar sua própria força é quando o Estado não puder lhe ouvir e sua vida estiver em perigo, o que caracteriza a Legítima Defesa; o Estado deve impor as Regras de convívio Social e garantir sua aplicação; a extrema força do Estado é para evitar que o homem volte ao Estado de Natureza;
Para Hobbes, o poder do estado é legítimo, já que não foi por imposição; foi da abdicação das pessoas do seu próprio poder e da transferência deste poder ao Estado;
Hobbes faz a separação entre Estado e Religião; garante uma posição importante para a Religião, mas a separa do Estado; reconhece que os maiores conflitos de sua época se deram em função das diferentes doutrinas religiosas;
Para ele, deve haver uma profissionalização da administração pública, mais racionalizada;
Capítulo VIII
Virtudes intelectuais: capacidades do espírito que o homem possui para valorizar, elogiar e desejar o talento de si mesmo ou dos outros;
As virtudes são Naturais ou Adquiridas; são Naturais quando o homem possui tais virtudes através da Sensação, naturalmente (ex.: uma criança elogia algo bonito); são Adquiridas quando a cultura ou a instrução ensinam o homem a valorizar determinadas coisas (exs.: firmeza de direção; discrição);
As virtudes Adquiridas também levam o homem a desenvolver a Astúcia (virtude adquirida pelo meio); daí a necessidade de o Estado controlar tal influência;
Outras Paixões que podem estar presentes nas virtudes intelectuais Adquiridas: fúria, cólera, melancolia, leviandade, desejo pelo poder;
Todos os homens têm o desejo pelo Poder; e, por ter este desejo, o homem constrói uma guerra generalizada (todos contra todos; chamado de Estado de Natureza; onde não há lei e nem ordem; “o homem é o lobo do homem”; sem que um poder maior possa organizar tal sociedade, o homem se destrói);
* Hobbes viveu num contexto de conflitos entre a Igreja Católica e a Igreja Protestante; a Lei da Unificação fundiu as melhores virtudes de ambas as doutrinas, fundando a Igreja Anglicana, cujo chefe é o Monarca;
Capítulo X
Poder Natural: manifestação motora; capacidade que cada pessoa tem de se movimentar, a partir de comandos mentais;
O poder passa de Natural para Político quando o homem tem acesso ao conhecimento, à vida social; o Poder Político é caracterizado pela habilidade de se comunicar com os outros e influenciar tal meio;
O Poder Econômico e Financeiro se desenvolve posteriormente ao Poder Político, quando o homem descobre as vantagensde ter acesso a determinadas coisas em função da sua detenção de capital;
O sucesso reconhecido pelo mundo externo está relacionado com o Poder que o homem possui; o Sucesso é a manifestação da presença do poder no homem;
A Inveja é o manifesto da ausência do poder no homem;
O valor de um homem está baseado no seu Poder; afirma que todo homem tem um preço; o Poder é algo que o homem almeja tanto, que aceita receber um preço por isso;
O valor público de um homem é aquele que os homens chamam vulgarmente de Dignidade (receber do Estado a honra de ser digno; ser reconhecido como digno pelo Estado); digno, dentro do Leviatã, é aquele que consegue fazer bom uso do poder, de forma a possibilitar uma vida social harmônica ou restabelecer a ordem; a Ordem devia ser mantida a qualquer preço (ex.: Elizabeth ordena que em 24 hs. sejam mortos todos os inimigos do Estado);
Os Títulos (Conde, Duque, Marquês e Barão) atribuídos pela Coroa devem ser sinais do Estado do reconhecimento da Dignidade do homem; é o Estado quem demonstra quem são estes homens que devem ser tidos como Dignos;
Capítulo XI
Reconhece que há muitos diferentes Costumes e que o Estado deve unificar tais costumes;
O homem tem o desejo contínuo de gozar suas relações sociais; seu objetivo é tirar proveito, prazer, das relações sociais; tal hábito é um costume que adquirimos; porém, as Regras devem ser determinadas pelo Estado para que este desejo pelo gozo seja direcionado, de forma a possibilitar a manutenção da Ordem;
A busca pelo Desejo Sexual e pelo Conforto (sentimentos inerentes ao homem) são mecanismos utilizados pelo Estado para também regrar a convivência social;
Capítulo XII
Faz três considerações antes de falar em Religião:
1) a Religião é peculiar a natureza do homem, pois todos os homens querem saber as causas de sua boa ou má fortuna;
2) buscar a causa é reconhecer que há um começo;
3) a Religião também é uma forma de satisfazer as pessoas; os animais se satisfazem com os alimentos; os homens, com as relações sociais e na fantasia da religião; fantasia: é a liberdade da imaginação;
Para Hobbes, é preciso reconhecer um único Deus e uma única Religião, já que o Estado está preocupado com a Centralização; esta é a essência da Lei da Unificação;
Para ele, é preciso distinguir a Crença (ensinamentos do Estado) dos Fantasmas da Vontade (outras imaginações); o credo deve ser direcionado para uma direção comum, a do Estado e da ordem;
Faz uma crítica indicando que também dentro da Religião existe corrupção;
Capítulo XIII
O homem precisa passar por um processo de Humanização; para ele, o homem é corrompido no convívio social; alguns passariam por este processo de humanização através de sanções e outros a partir da educação e da religião;
Para ele, viver em sociedade somente dá prazer se haver um Poder Maior, capaz de manter a ordem e o respeito entre as pessoas;
Para ele, geram discórdia entre os seres humanos: Competição; Desconfiança; Glória;
O Homem é inimigo de todo homem quando não há um poder capaz de regular suas paixões;
Afirma que o Medo é importante, já que faz com que os homens sejam Prudentes; o Estado, para Hobbes, deve impor o Medo;
Capítulo XIV
1ª Lei Natural: Direito Natural ou Lei Natural (jus naturali): defende o direito à vida; é a liberdade que cada um possui de usar o seu próprio poder, da maneira que quiser, para preservação de sua própria natureza; razão, no estado natural, é a capacidade humana de calcular entre perdas (desvantagens) e benefícios (vantagens);
2ª Lei Natural: Lex Naturali: razão que proíbe o uso deliberado da força; no estado civil a razão é a faculdade capaz de controlar os instintos, bem como todos os elementos subjetivos do homem;
Qualquer homem pode renunciar (não querer viver) ou transferir (transferência da força para o Estado) o jus naturali;
O Contrato Social é a transferência mútua de direitos (jus naturali); nos contratos, o direito não é transmitido apenas quando as palavras são em tempo presente ou passado, mas também vinculam as gerações futuras;
Capítulo XV – De outras leis da natureza
3ª Lei Natural: que os homens cumpram os pactos que celebrarem; preocupação com a Honra, que é uma virtude que deve estar presente no Estado Artificial; segundo Hobbes, a Honra é uma virtude essencial para o cumprimento do Contrato; há preocupação de que a quebra do contrato retorne a sociedade ao estado de natureza;
A injustiça é a quebra de pacto; tudo que estiver dentro de um pacto é justo; a injustiça é, senão, a quebra de um contrato; tudo aquilo que não é injusto é justo;
Hobbes é influenciado pelas idéias embrionárias do Mecanicismo; daí, o Contrato é bastante mecânico;
Reconhece que o Estado deve usar o Poder para fazer com que as pessoas cumpram os seus pactos;
Fórmula de funcionamento do Estado Civil: Contrato + Medo (força do Estado) = Sociedade Organizada sob Leis;
Para Hobbes, apenas o Contrato seria insuficiente para fazer com que os homens o cumprissem; daí a presença do Medo como elemento da formação do Estado Civil;
4ª Lei Natural: mesmo as Doações deveriam ser contidas em um Contrato, para que o arrependimento futuro não faça com que as pessoas queiram voltar atrás no pacto firmado;
5ª Lei Natural: cada um deve respeitar os outros;
6ª Lei Natural: o homem deve perdoar ofensas passadas no momento de se estabelecer o Contrato;
7ª Lei Natural: o homem não deve nutrir a vingança; o Contrato deve ser estabelecido com vistas nos benefícios futuros da sociedade civil;
Capítulo XVI – Das pessoas, autores e coisas personificadas
As pessoas têm a atribuição na sociedade civil organizada de representar a si mesmo (sendo uma Pessoa Natural) ou a outrem (sendo uma Pessoa Artificial ou Fictícia);
A Persona deve ser modelada e utilizada de acordo com o ambiente em que o homem está freqüentando; ex.: persona no trabalho, persona no momento de lazer, etc.; cultiva os bons modos no convívio social;
Personificar é representar, seja a si mesmo ou a outrem; é a capacidade que o homem tem de representar;
Autores: aqueles que dão origem ao comportamento; vozes internas que dizem à pessoa sobre como deve ser seu comportamento; princípios inerentes às pessoas;
Coisas personificadas: unidade de representação de muitos; hoje é conhecida como Pessoa Jurídica;
Capítulo XVII – Das causas, geração e definição de um Estado
Desenha o Estado de Natureza como um estado mísero; daí o desejo do homem pelo Estado Civil Organizado;
Mostra a necessidade de presença do Estado para que os pactos sejam obedecidos pelas pessoas;
Geração: mudança do homem do Estado de Natureza para o Estado Civil Organizado;
No Estado Civil, por Hobbes, o homem não estaria tão sujeito àqueles sentimentos egoístas e mesquinhos que o levariam a descumprir os pactos firmados;
O Estado de Hobbes foi Instituído e não saqueado do homem; os homens entendem que é melhor conviver em um Estado Civil do que em um Estado de Natureza;
John Loke – Liberalismo – época: século XVII
Autor Inglês; pertencia ao Partido dos Whigs (partido liberal);
Loke objetiva o Contratualismo Liberal; busca justificar a presença de um rei liberal; diferentemente de Hobbes, não vê o governo como absolutista e sim um governo aceito por todos por convicção política;
O Liberalismo enfoca as liberdades individuais;
Loke era considerado um Racionalista; Racionalismo: é um movimento filosófico que advoga que a origem do conhecimento está na razão e que o homem é capaz, através de processos cognitivos, compreender todas as teorias e pensamentos a priori da experiência;
Busca, a partir da racionalidade, entender a origem do poder do governo; descarta a idéia de que a origem do poder soberano é a linhagem do rei originada de Adão, assim como da presença de Deus ungindo tal figura de privilégios entre os demais homens;
O Estado de Natureza de Loke é diferente do de Hobbes; para Loke, trata-se da ausência de poder, não significando por conta disso que ohomem estaria em estado de guerra generalizada;
A sociedade política só existe onde os homens concordaram em desistir de seus poderes naturais e erigir uma autoridade comum para decidir disputas e punir ofensores. Isso só pode ser realizado por acordo e consentimento. Liberdade não significa que um homem possa fazer exatamente o que lhe agrada, sem consideração a qualquer lei, pois “a liberdade natural do homem é ser livre de qualquer poder superior na terra, e de não depender do desejo ou da autoridade legislativa do homem, mas ter apenas a lei da natureza para regulamentá-lo”, enquanto sob governo um homem é livre quando tem “um regulamento determinado para guiá-lo, comum a todos daquela sociedade, e criado pelo poder legislativo nela erigido”. A essência da liberdade política, na verdade, é que um homem não deverá estar “sujeito à vontade inconstante, incerta, desconhecida e arbitrária de outro homem”;
Considerando que o propósito do governo é salvaguardar os direitos naturais do homem, Locke defende que estes direitos pertencem a ele no estado de natureza, e anseia por provar que entre eles está o direito da propriedade.
O Liberalismo garante os Direitos Fundamentais; defende a vida, o individualismo, a liberdade de pensamento, a liberdade religiosa, o direito à inclusão social (socialização dos benefícios produzidos pela sociedade, acesso ao trabalho, alimentação, cultura, conhecimento, escrita, etc.); também constitui direito fundamental o direito à propriedade privada (influencia o pensamento sobre propriedade na Inglaterra, dando origem à Política do Cercamento); a utopia do Liberalismo é o alcance da Liberdade Plena;
Política do Cercamento: as grandes propriedades pertenciam ao Estado (Feudos); as bases da economia neste contexto eram voltadas à agricultura; o Soberano concedia os Feudos e recebia um percentual da riqueza neles produzida; os Feudos não representavam propriedade para os Senhores Feudais, sendo propriedade do Soberano; dentro da política do Cercamento, o Soberano passa a vender propriedades àqueles que possuíam capital obtido de forma lícita, dado origem à propriedade privada, com sua devida segurança jurídica;
Loke defende a tolerância entre as diferenças ideológicas e religiosas para favorecer o desenvolvimento econômico-social; o Código Canônico (Estado Eclesiástico), que era o código primordial de organização social passa a perder força, dando espaço aos Códigos Civil, Penal, etc. (Estado Civil);
Loke defende o direito à propriedade como direito natural; se anteriormente a riqueza era permitida apenas aos Monarcas, Nobres e Religiosos, no Liberalismo qualquer pessoa, desde que de uma forma lícita, pode acumular propriedades;
Loke tem olhar na divisão do poder civil e religioso, na valorização de políticas internas e da economia liberal; não defende a conversão de pensamentos e ideologias em apenas um tipo, mas sim no estabelecimento de um Contrato que saiba respeitar as diferenças e permite a formação de um Estado forte e sustentável;
Antecedem a organização das bases da grande revolução industrial: direito à vida; inclusão social; propriedade privada;
O Soberano, no entendimento de Loke, passa a dividir o poder, reunindo seus conselheiros, discutindo vantagens e desvantagens das diferentes escolhas do Estado, exercendo o direito de tomada da decisão ao final;
A Arte era o meio pelo qual a liberdade de expressão poderia ser exercida, mesmo quando criticava o Estado e suas estruturas;
A teoria de Loke organiza as bases para o Contrato Social; para ele, o homem Adere ao Contrato, não sendo levado a aderi-lo por obrigação, mas sim por consenso;
Pensamento de Loke:
Defesa da Liberdade Plena;
Divisão entre o Poder Civil e Religioso;
Valorização da Política Interna e da Economia, que dá base para o sistema econômico Inglês e Americano, posteriormente;
Defende o desenvolvimento de Políticas Externas de boa vizinhança, levando o pensamento Liberal para fora do país, com intuito na sua sustentabilidade (evitar novas guerras, invasões, etc.);
Reforça a idéia de que a liberdade constitucional, o conhecimento e a capacidade do homem nada mais é do que o uso da sua Razão, desvinculando tais virtudes da origem divina e religiosa; coloca o homem no centro do processo de formação do Estado Civil, responsabilizando-o pela organização da sociedade;
Capítulo I, página 35:
4 argumentos para justificar a invalidade da teoria do poder a partir do parentesco com Adão; refuta a idéia de que Adão seria o responsável pelo poder:
1º Adão não tinha, nem por direito natural de paternidade nem por específica doação de Deus, tal autoridade sobre seus filhos ou domínio sobre o mundo, como se pretendeu.
2º Se ele os tivesse, ainda assim seus herdeiros não teriam direito a eles. Já que não há propriedade privada; sem propriedade privada não há herança;
3º Se seus herdeiros tivessem, na ausência de uma lei da natureza ou lei específica de Deus que permita identificar qual o herdeiro legítimo em cada caso particular, o direito de sucessão, e conseqüentemente o de governar, não poderia ser determinado com certeza. Ausência da permissão divida de governar, que, supostamente, Deus deu apenas à Adão; deveria ser Deus a novamente dar esta permissão a outra pessoa;
4º Mesmo se ele tivesse sido determinado, não se sabe mais qual a linhagem mais antiga da posteridade de Adão e, depois de tanto tempo, entre as raças humanas e as famílias do mundo, nenhuma está acima das outras para pretender ser a mais antiga e, portanto, aspirar ao direito de herança.
Crítica contra o direito divino dos reis;
Crítica à Hobbes e ao Contratualismo por ele proposto; Loke desacredita que os sejam capazes de serem tão brutais quanto à caracterização criada por Hobbes;
Capítulo II
Para Loke Direito Natural é igual a Princípio dos Direitos Fundamentais (Vida, Propriedade e Liberdade); no Estado de Natureza de Loke o homem teria os Direitos Fundamentais garantidos, o que mostraria que não seria um Estado de Guerra, como propôs Hobbes;
No Estado de Natureza é ausente o Poder Orientador, mas, não por isso o homem estaria em Estado de Guerra;
Para Loke, nenhum poder poderia privar o homem dos seus Direitos Fundamentais; critica assim o Poder Soberano;
Loke sempre foi partidário da divisão dos poderes, argumentando que o poder concentrado poderia provocar injustiças e até mesmo atrocidades;
Para ele, todos os homens são iguais por natureza, tendo os mesmos direitos fundamentais;
Liberdade, para ele, consiste na capacidade de pensar e comparar modelos; para Hobbes, a liberdade consistia apenas no direito de ir e vir;
Para Loke a origem do poder está no Pacto realizado de maneira racional e não no medo, conforme proposto por Hobbes;
Para ele, o estado de natureza não é um estado de perversividade, de permissibilidade; é apenas um estado em que não há um poder orientador, mas que nem por isso seria um estado de guerra; começa a mudar o Estado de Natureza quando surge a autoridade Legislativa (o papel do Estado em criar as leis e deixar claras as regras de convivência social);
No estado de natureza de Loke há direito à dignidade para todos os homens, não há escravidão, há a presença dos direitos fundamentais para todos;
Jean Jacques Rousseau – Democracia – época: século XVIII
Autor Francês;
– época: século XIX: Revolução Industrial – Karl Marx
PROVA
Hobbes
Leviatã, capítulos I a XVII
Loke
Primeiro Tratado sobre o Governo Civil – páginas 1 a 23;
Segundo Tratado sobre o Governo Civil – Capítulos I e II – páginas 35 a 39;
Fragmentos do livro do Locke
ADÃO será preciso necessariamente descobrir uma outra gênese para o governo, outra origem para o poder político e outra maneira para designar e conhecer as pessoas que dele estão investidas
Por poder político, então, eu entendo o direito de fazer leis, aplicando a pena de morte, ou, por via de conseqüência, qualquer pena menos severa, a fim de regulamentar e de preservar a propriedade,assim como de empregar a força da comunidade para a execução de tais leis e a defesa da república contra as depredações do estrangeiro, tudo isso tendo em vista apenas o bem público.
Estado de natureza: estado de perfeita igualdade; todos devem garantir a lei natural; todos podem aplicar a pena proporcional a transgressão, que seja bastante para assegurar a reparação e a prevenção.
Diante destes dois direitos distintos – o primeiro de punir o crime, a título de prevenção e para impedir que ele se reproduza, direito de punição que pertence a todos; o segundo, de obter a reparação, que pertence apenas à vítima – o magistrado, a quem foi conferido o direito comum de punir em virtude de suas próprias funções, pode freqüentemente perdoar a punição das infrações criminais, por sua própria autoridade, se o bem público não exige a aplicação da lei; mas não pode perdoar a reparação devida à vítima pelo dano sofrido.
No estado de natureza não é razoável que os homens sejam juízes em causa própria

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