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Marketing – consiste em determinar as necessidades e desejos dos mercados alvo e oferecer as satisfações desejadas de forma mais eficaz do que os concorrentes. Trabalho com mercados na tentativa de realizar trocas de bens/serviços com o objetivo de satisfazer as necessidades e desejos humanos. – Kotler O que é marketing? Atrair e manter clientes (Levitt); entender e atender mercados (Richers); integração de Economia e Sociedade para servir às necessidades humanas (Drucker); desenvolvimento da marca na mente do consumidor (Ries e Trut). A pesquisa de marketing nasce de uma lacuna, uma falta de informação que impede o desenvolvimento da solução dos problemas que o gestor está tratando. Nos dias atuais, onde o mercado apresenta quase sempre uma intensa competição e o consumidor tem acesso a muita informação e está conectado como nunca aos outros consumidores, a pesquisa tem seu papel ampliado. Pesquisa de Marketing é a elaboração, a análise e a edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de marketing enfrentada por uma empresa. – Kotler Processo sistemático e objetivo de geração de informação para ajudar a tomada de decisões de Marketing, incluindo a especificação de como a informação é desejada, o desenho do método de coleta da informação, o gerenciamento e a implementação da coleta de dados, a análise dos resultados e a comunicação das descobertas e suas implicações. - AMA SIM – sistema de informação de marketing Dados primários – conjunto de informações inéditas/exclusivas levantadas pelo pesquisador para uma finalidade especifica, “para solucionar o problema em pauta”. Dados secundários – dados já existentes em diversas fontes bibliográficas, relatório de pesquisa contínua, relatórios de órgãos do governo em associações empresariais, SIM da empresa, pesquisas já realizadas. Pesquisa de Mercado É o processo de ouvir a voz do mercado e transmitir à administração apropriada informações a respeito. Referem-se ao ambiente mais amplo em que atuam a empresa. É o ponto de vista daqueles que ‘’compram’’ do mercado. Pesquisa de Marketing São as questões relacionadas ao marketing como desempenho da força de vendas, resultados da propaganda, percepções dos clientes, seleção de locais de ponto de venda, etc. Pesquisa de mercado e pesquisa de marketing caminham juntas na busca de identificação de necessidades que as empresas e/ou consumidores apresentam em relação ao mercado em que atuam/consomem. Dados – elementos que servem de base para a tomada de decisões; são considerados índices, um registro ou fato em sua forma primária, passível de análise. Quando classificados, armazenados e relacionados entre si, transformam-se em informações; Informação – dado trabalho que permite o gestor tomar decisões, são os fatos organizados de forma que adquirem valor adicional além do valor do fato em si. Características da informação: completa, precisa, econômica, atual, simples, relevante, confiável. Ciclo da Informação Identificar necessidades de informação Coleta Análise de Informação Disseminação da Inteligência (conhecimento) Hierarquia da Informação DADOS – dados são processados e geram informação. INFORMAÇÃO – CONHECIMENTO Informação é avaliada gerando conhecimento. INTELIGÊNCIA – com conhecimento, se tem a experiência que gera inteligência. Pesquisa de Mercado Para identificar problemas Potencial de mercado; participação de mercado; pesquisa de imagem; análise de vendas; pesquisa de previsão; pesquisa de tendência. Para solucionar problemas Pesquisa de segmentação; pesquisa de produto; pesquisa de preço; pesquisa de distribuição; pesquisa de comunicação. Etapas da pesquisa de mercado 1. Definição de problema – levanta os possíveis problemas/oportunidades e define os objetivos de pesquisa. 2. Plano de pesquisa – Coletam-se dados suficientes para resolver o problema. Os dados, que são classificados em primários e secundários, nesse caso, pode ser: pesquisa por observação, pesquisa por discussão de grupo, levantamentos, dados comportamentais e pesquisa experimental. 3. Coleta de Informações 4. Análise de Informações 5. Apresentação de resultados – Tabulação e interpretação de dados, o pesquisador tira conclusões através de vários métodos. 6. Tomada de decisão – o requisitante aplica o conhecimento e informa os resultados para retroalimentar o sistema. Briefing de Pesquisa – documento de solicitação de pesquisa; seu objetivo é ajudar os pesquisadores e/ou consultores a entender corretamente o problema da pesquisa para que todas as suas etapas transcorram sem problemas, mal- entendidos ou erros. Itens de um briefing de pesquisa: 1. Análise da situação atual - o pesquisador precisa ter a melhor ideia possível sobre o ambiente de negócios e o histórico da organização; 2. Objetivo da pesquisa – qual é o problema a ser resolvido; 3. Decisões a serem tomadas – que ações serão implementadas a partir dos dados obtidos na pesquisa; 4. Definição ou público alvo – informação sobre o tamanho e características do target contribui para que o pesquisador foque na pesquisa, diminuindo custo/tempo e melhorando sua qualidade. 5. Tipo de pesquisa a ser realizada – o cliente pode pedir para que siga uma metodologia especifica de pesquisa; 6. Prazos e cronogramas - o cliente deve informar ao pesquisador a sua necessidade quanto ao prazo para a conclusão da pesquisa; 7. Verba disponível - é conveniente uma sinalização do cliente sobre a disponibilidade de verba, para que se evite tempo gasto com propostas que não têm chance de realização. 8. Observações adicionais - conjunto de dados e informações já adquiridos, que possam ser fornecidos pelo cliente para facilitar o trabalho do pesquisador. Definição do Problema – nessa etapa, o pesquisador tem que entender qual é o problema que está acontecendo, se há algum histórico que possa dar consistência ao fenômeno em análise; podem ser utilizados: entrevistas com os tomadores de decisão, assim como análise de dados secundários e talvez uma pesquisa qualitativa (como grupos de foco). Problema de Pesquisa – Foca o gestor. O problema de pesquisa delimita o alcance do estudo, especifica a natureza da informação desejada, explicita qual é a real dúvida de informação. Problema de Decisão Gerencial Problema de Pesquisa de MKT Questiona o que o tomador de decisão precisa fazer; Orientação para ação; Centra-se nos sintomas. Questiona que informações são necessárias e como se pode obtê-las; Orientação para informação; Centra-se na causa subjacente. Objetivo Geral/Principal Objetivo Específico/Secundário Responde ao problema de pesquisa; se o objetivo geral for atingido, o problema terá encontrado a sua solução. Detalhamento das informações desejadas para responder ao problema de pesquisa; servem de guia para o instrumento de coleta de dados. Definido o problema de pesquisa, o próximo passo é definir como a pesquisa irá se desenvolver, como o problema será abordado. 1. O primeiro passo desta abordagem é verificar o referencial teórico que já existe em relação ao problema, consultando publicações e dados secundários.2. A seguir, deve ser pensado o modelo analítico que será utilizado: verbal, gráfico, matemático, ou uma combinação das anteriores. 3. Outro passo é definir as questões da pesquisa “a partir dos componentes específicos do problema.” 4. Uma hipótese é uma afirmação ou proposição não comprovada a respeito de um fator ou fenômeno que é do interesse do pesquisador; com frequência, é uma possível resposta a questão da pesquisa. 5. A partir dos passos anteriores, o pesquisador já pode determinar o conjunto de informações que devem ser obtidas no projeto de pesquisa de mercado. Público-Alvo – A definição do público-alvo permite que o pesquisador estabeleça um foco e a pesquisa possa ser mais econômica. Determinação do público alvo: aspectos norteadores 1. Identificação dos clientes em potencial – conhecer suas preferências; 2. Conhecer hábitos de consumo deste público; 3. Identificar variáveis que motivam a compra. Delimitação da Pesquisa: 1. Determinação do Público-Alvo; 2. Objetivo Geral: o que se pretende atingir? 3. Objetivos secundários: detalhamento das questões da pesquisa. Metodologia da Pesquisa: Abordagem Pesquisa Qualitativa – Alcançar uma compreensão qualitativa das razões e motivações subjacentes, verificar a presença. - Entrevistas: grupos, individuais. - Tempo de entrevista: elevado - Principais tipos: Grupos de foco, profundidade. - Equipamentos: gravar áudio. - Representatividade de Estatística: baixa - Amostra: números pequenos de casos não representativos. Pesquisa quantitativa – Quantificar os dados e generalizar os resultados da amostra para a população-alvo; mensurar a presença. - Entrevistas: Individuais - Tempo de entrevista: baixo, médio. - Principais tipos: domiciliar e por telefone. - Equipamentos: questionários e micros. - Representatividade de estatística: elevada. - Amostra: grandes números de casos representativos. Abordagem Qualitativa – Pesquisa Exploratória Dados secundários, entrevista em profundidade, levantamento de experiência, técnicas projetivas. Abordagem Quantitativa – Pesquisa Conclusiva Levantamento de campo (survey), questionários, pesquisa de opinião e experimentos. Pesquisa Exploratória - O objetivo da pesquisa exploratória é auxiliar na compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador, sendo flexível e não estruturada, visa proporcionar ao pesquisador um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Seu desenvolvimento dependerá em muito da criatividade do pesquisador. Os métodos empregados compreendem: levantamentos em fontes secundárias (bibliográficas, documentais, etc.), levantamentos de experiência, estudos de casos selecionados e observação informal. Pesquisas Conclusivas – O objetivo é testar hipóteses específicas e examinar relações também específicas. As pesquisas conclusivas podem ser descritivas ou causais. 1. Pesquisa Conclusiva Descritiva – Tem como principal objetivo descrever algo, normalmente características ou funções de mercado; é marcada por um enunciado claro do problema, por hipóteses específicas e pela necessidade detalhada das informações. 1.1 A pesquisa descritiva é baseada em grandes amostras representativas; é utilizada para estimar a proporção de elementos de uma população que têm uma característica específica; pode ser usado para estudar processos em organizações, descrever as opiniões, atitudes e crenças de consumidores, definir a existência de uma relação entre variáveis. 2. Pesquisa Conclusiva Causal - A pesquisa causal é usada para obter evidências de relações de causa e efeito e é apropriada nas seguintes situações: compreender quais das variáveis são a causa (variáveis independentes) e quais são o efeito (variáveis dependentes) de um fenômeno; determinar a natureza da relação entre as variáveis causais e o efeito a ser previsto. 2.1 A pesquisa causal também requer uma estrutura planejada estruturada. Nela, o exame requer uma concepção causal, na qual as variáveis causais ou independentes sejam manipuladas em um ambiente relativamente controlado; o efeito dessa manipulação sobre uma ou mais variáveis dependentes é, então, medido para se inferir causalidade. O principal método causal é a experimentação. Método Qualitativo é adequado na investigação de atitudes, valores, percepções e motivações do público pesquisado, para entendê-los, em toda a sua profundidade; oferece informações de natureza mais subjetiva e latente. Exemplos de processos de pesquisa qualitativos: Diretos: Grupos de foco - é um tipo de entrevista conduzida por um moderador treinado, de maneira natural e não estruturada, com um pequeno grupo de respondentes. O principal propósito dessa técnica é obter insights através da escuta de um grupo de pessoas selecionadas a respeito e questões de interesse do pesquisador. Entrevista em Profundidade – é caracterizada como pessoal, direta e não estruturada, na qual um único respondente é questionado por um entrevistador, com o objetivo de revelar motivações, crenças, atitudes e sentimentos a respeito de determinado tópico. Observação Informal - observação informal em pesquisas exploratórias envolve uma capacidade de observar continuamente objetos, comportamentos e fatos; a percepção e retenção do que é observado vai depender dos interesses da pesquisa e da capacidade de observação do pesquisador. Estudo de casos – a unidade de análise pode ser composta por indivíduos, grupos ou organizações, ou ainda por projetos, sistemas ou situações específicas; o modo de análise mais aplicável aos estudos de caso procura encontrar três classes de fatores: características comuns a todos os casos do grupo selecionado; características comuns a apenas alguns subgrupos; características exclusivas de casos específicos. Indiretos: Técnicas Projetivas. Método Quantitativo - Consiste em examinar fatos ou ferramentas que se deseja estudar e ajudar o pesquisador a identificar e obter provas sobre o fenômeno que está sendo estudado. A observação pode ser não estruturada ou estruturada e é feita em campo. Exemplos de processos de pesquisa quantitativa: 1. Observação; 2. Questionário – com entrevistador; autopreenchido; enviado por internet. 3. Entrevista – pessoal; estruturada; não estruturada; por telefone. Entrevista estruturada – segue um roteiro. Não estruturada – entrevistado tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção. Entrevista Painel – repetição de perguntas, de tempos em tempos, às mesmas pessoas, para estudar a evolução das opiniões. Amostragem Conceitos: Universo – “é um conjunto de indivíduos, todos apresentando uma característica comum” População – É um subconjunto do universo que será objeto de estudo; Amostra – “É qualquer conjunto constituído exclusivamente por elementos desta população” (Ibid.) Parâmetro – É uma característica da população. Plano Amostral: o universo; a população; a amostra; coleta de dados; a apuração dos dados; tabulação. VANTAGENS DA AMOSTRAGEM: custo, rapidez, abrangência, confiabilidade, viabilidade. O plano amostral é utilizado tanto na pesquisa qualitativa quanto na pesquisa quantitativa. Na pesquisa quantitativa, existe a necessidadede se utilizar as técnicas estatísticas e os níveis de mensuração, que vão variar de acordo com a intenção da pesquisa. Níveis de Mensuração Escala Ordinal – os participantes da pesquisa são identificados em categorias que possuem um tipo de ordem, como nível econômico, por exemplo; Escala Numérica Intervalar – Este nível de mensuração possui um valor zero arbitrário. Ex. temperatura em graus Celsius. Escala Numérica de Razões – possui zero inerente à natureza da característica sendo aferida. Ex. unidades vendidas, pesos de habitantes, etc. Escala de Razões Discretas – O resultado numérico da mensuração é um valor inteiro. Ex.: número de refeições em um dia (nenhuma, uma, duas, três, quatro), frequência de consumo semanal de determinado alimento (1 vez, 2 vezes, 3 vezes, 4 vezes, 5 vezes, 6 vezes, 7 vezes). Escala de Razões Contínuas – O resultado é um valor pertencente do conjunto de números reais. Amostras Probabilística Não Probabilística Cada unidade amostral tem uma probabilidade conhecida e diferente de zero de pertencer à amostra. A amostra é estabelecida por sorteio. Casos onde as possibilidades de seleção aleatória são comprometidas. Tipos de Amostra Probabilística Aleatória Simples – são conjuntos de dados extraídos de uma população finita, previamente definida, sendo que todos os dados tem a mesma probabilidade de serem escolhidos. Estratificada – a população é dividida em grupos com características semelhantes. Sistemática – os elementos da amostra são selecionados aleatoriamente e é estabelecido um intervalo entre esses elementos. Escolhe um número por sorteio de 1 a I, e depois se soma I a cada elemento da amostra. Por Conglomerado – em vez de elementos isolados, selecionam-se conglomerados, como quarteirões, quando a população é extensa. A intenção é reduzir custos. Tipos de Amostragem Não Probabilística Por Conveniência - selecionam-se da população os elementos com os quais é mais fácil obter informações. São usadas em pesquisas exploratórias, como os grupos de foco. Por Julgamento – há uma seleção de elementos que tem a melhor perspectiva de fornecer as informações procuradas, na visão dos pesquisadores. Podem ser usados formadores de opinião, por exemplo. Por Quotas – “As quotas são atribuídas preservando características de interesse presentes na população.” Preserva as mesmas características presentes na população. Os elementos não são selecionados aleatoriamente. Margem de erro de uma pesquisa - refere- se ao grau de precisão dos resultados, quanto os resultados se aproximam da verdade da população. Intervalo de confiança – para pesquisa de marketing, usa-se 95% – refere-se à capacidade dos resultados ficarem dentro da margem de erro para repetidas amostragens. Tamanho da Amostra Margem de Erro (%) 100 10 300 6 400 5 1000 3 Tabela prática desenvolvida p/ utilização em populações muito numerosas (+ de 100 mil pessoas). Instrumento de Coleta de Dados é todo o documento através do qual as perguntas e questões são apresentadas aos respondentes e onde são registradas as respostas e dados obtidos. Formulário para registro de observações – Este instrumento de coleta de dados deve permitir que o observador registre as informações e que seja simplificada a codificação. o Nos formulários observacionais, devem ser especificados: quem, o que, quando, onde, por que e o modo de comportamento a serem observados. o Antes de iniciar a pesquisa, é recomendável fazer um pré-teste. Roteiro de entrevista qualitativa – Como as técnicas qualitativas exigem gravação das entrevistas, o roteiro não contém espaços para respostas. É um guia para o moderador do grupo de discussões. Deve ser elaborado a partir dos objetivos determinados e deve conter tópicos subdivididos em blocos de assuntos. Questionário quantitativo – é um instrumento de coleta de dados estruturado e não disfarçado. Consiste em uma sequência de perguntas, orais ou escritas, que um entrevistado deve responder. o As perguntas do questionário devem ser claras e objetivas, com termos simples. o Não há um modelo ideal, nem um número certo de perguntas a ser feitas em um questionário. o O questionário deve responder às questões da pesquisa, que foram elaboradas na etapa de planejamento. o O rascunho deve ser submetido à crítica e a um pré-teste. Partes do Questionário 1. Dados de identificação: número do instrumento, nome do entrevistador, data, hora, local da entrevista, dados do entrevistado (precisa de permissão) 2. Solicitação de cooperação – procurar obter cooperação esclarecendo dúvidas 3. Instruções para sua utilização – todas as informações que são necessárias para o preenchimento 4. Perguntas, questões e formas de registrar as respostas. 5. Dados para classificar socioeconomicamente os pesquisados – normalmente colocado no final do formulário, salvo no caso em que servem como filtro. Objetivos do questionário segundo Malhotra (2004): traduzir a informação desejada em conjunto de questões específicas para que os entrevistados tenham condições de responder; motivar e incentivar o entrevistado a se deixar envolver pelo assunto, cooperando e completando a entrevista; minimizar o erro na resposta. Erros não amostrais: são erros que compõe o erro total da pesquisa e não estão relacionados com a seleção e o tamanho da amostra. Como reduzir o erro não amostral? O pesquisador deve evitar a existência de instrumentos de coleta mal elaborados, questões de difícil definição, opções de respostas não completas, orientação não adequada de como proceder para responder, localização errada da pergunta, etc. Passos para a Formulação de Perguntas 1. Determinação dos dados a coletar, o qual depende de uma boa definição do problema e dos objetivos do projeto; 2. Determinação do instrumento, segundo o método de administração; 3. Redação e pré-testes; 4. Redação final. Recomendações para o questionário Segundo Azevedo (2004), a elaboração do questionário deve seguir as seguintes recomendações: o Listar todos os pontos a pesquisar, evitando a repetição ou falta de questões importantes; o Elaborar perguntas de fácil entendimento; o Usar linguagem coloquial: clara, simples e objetiva; o Evitar termos técnicos e palavras em outro idioma; o Utilizar a linguagem do entrevistado; o Observar a sequência lógica das questões; o Cuidar do visual do questionário; o Limitar perguntas a um passado próximo; o Não obrigar o entrevistado a fazer cálculos; o Ter cuidado com perguntas embaraçosas; o Não utilizar, em hipótese alguma, pergunta que induza a resposta; o Fornecer instruções para os entrevistadores; o Preparar, treinar o entrevistador; o Testar o questionário em uma pequena amostra e fazer os ajustes antes de aplicá-los em um grande número de pessoas. Tipos de Pergunta 1. Abertas 2. Fechadas 2.1 Múltipla escolha 2.2 Dicotomia (2 opções, exemplo: sim ou não) 2.3 Escala (normalmente de 1 a 5) Perguntas abertas – conseguem angariar colaboração; potencial de viés; custo alto para interpretar; são exploratórias; permitem ver atitudes e opiniões; ajudam a formular as perguntas fechadas. Pré-teste do questionário: Há objeções às respostas? Há geração de viés? O tempo está ok? Perguntas são entendidas? Termos são fáceis de compreender? Perguntas fechadas estão completas? Tipos de Entrevista Entrevistas estruturadas – o entrevistador organiza um roteiro/questõese segue sem perceber a relação de reciprocidade que está sendo construída na conversa com o entrevistado. Assemelha-se ao questionário. Entrevistas semiestruturadas – Sequência não é rígida. Vantagens da entrevista: o Permite a captação imediata e corrente da informação desejada, com qualquer tipo de informante e sobre os mais variados temas; o Permite o tratamento de assuntos de natureza pessoal e íntima, bem como temas de natureza complexa e de escolhas individuais; o Permite o aprofundamento de pontos levantados por meio de outras técnicas de coleta de dados (questionário) que possuem uma natureza mais superficial. o Atinge maior número de informantes (sujeitos da pesquisa) que nem sempre poderiam ser atingidos por outros meios (questionários) de investigação, como por exemplo: pessoal com baixo nível de escolaridade; o Permite correções, esclarecimentos e adaptações que tornam mais eficaz para informações desejadas. Pré-requisitos da entrevista: Estudar o referencial teórico; conhecer o problema e as questões da pesquisa; saber os objetivos da pesquisa; saber o objeto do estudo. Fonte de coletas de dados: fontes primárias e secundárias. Tabulação e análise dos dados coletados Pesquisa quantitativa – estatística e representação gráfica Pesquisa qualitativa – análise textual Tabulação de dados é a padronização e codificação das respostas obtidas através dos instrumentos de coleta de dados. É a maneira ordenada de dispor os resultados numéricos para facilitar a leitura e análise. Tabulação de questões fechadas com respostas simples – O pesquisador só pode dar uma resposta. Assim, o número de respostas é igual ao número de pesquisadores. Tabulação de questões fechadas com respostas múltiplas – O pesquisador pode indicar mais de uma alternativa como resposta. Neste caso, o número de respostas é diferente do número de pesquisados. Tabulação de respostas a perguntas abertas – Padronizam-se as respostas por categoria e procede-se à tabulação de maneira semelhante à de respostas simples ou múltiplas. Tabulação de respostas na escala Likert – A escala Likert é um tipo de escala de resposta psicométrica usada habitualmente em questionários, e é a escala mais usada em pesquisas de opinião. Ao responderem a um questionário baseado nesta escala, os perguntados especificam seu nível de concordância com uma afirmação. A tabulação é feita ponderando-se as respostas. Escala de bem-estar psicológico Análise da observação – Ao realizar uma observação, o pesquisador deve ter clareza do que será observado. Em outras palavras, deve ter elaborado o roteiro da observação. O pesquisador preenche um formulário previamente desenvolvido sobre cada pessoa ou grupo que está sendo observado; no caso de uma observação não estruturada, o observador simplesmente faz anotações sobre o que está sendo observado. O pesquisador deverá optar por uma análise de texto ou uma análise de conteúdo: Análises de texto: também chamadas de análise de discurso, também servem para a análise dos dados e informações coletadas. Análise de conteúdo: Essa análise ajuda a reinterpretar as mensagens e atingir uma compreensão de seus significados. A análise de conteúdo é uma interpretação pessoal por parte do pesquisador com relação à percepção que tem dos dados; O contexto dentro do qual se analisam os dados deve ser explicitado em qualquer análise de conteúdo. Questões da análise do conteúdo: Quem fala? Para dizer o que? A quem? De que modo? Com que finalidade? Com que resultados? Etapas da análise de conteúdo: 1. Preparação das informações; 2. Unitarização ou transformação do conteúdo em unidades; 3. Categorização ou classificação das unidades em categorias; 4. Descrição; 5. Interpretação . Análise de discurso: Discurso é a prática social de produção de textos. Todo discurso é uma construção social, não individual, e que só pode ser analisado considerando seu contexto histórico-social; o discurso reflete uma visão de mundo determinada, necessariamente, vinculada à do(s) seu(s) autor(es) e à sociedade em que vive(m).
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