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AULA 01 TITULOS DE CREDITO CONCEITOS GERAIS 13SET

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DIREITO EMPRESARIAL II
Prof. SORMANI
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1. Direito Cambiário (ou cambial)
 
Sub-ramo do direito empresarial que disciplina todo regime jurídico aplicável aos títulos de crédito. 
 
1.1. O instituto do Crédito
 
Direito a uma prestação futura que se baseia, fundamentalmente, na confiança (prazo e boa-fé).
 - circulação mais célere da riqueza;
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Noção de Crédito
VENDA A PRAZO: troca de um bem presente por uma promessa de pagamento futuro. O crédito tem, portanto, dois elementos:
TEMPO decorrido entre a prestação presente e a futura.
CONFIANÇA que o vendedor tem de que o comprador vai adimplir a prestação. (creditum ou credere).
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A troca de um bem certo e presente por um valor futuro e incerto é o fato econômico gerador do título de crédito. Justificação da disciplina especial do Direito Cambiário:
O vendedor pode ter necessidade de honrar seus compromissos, através da transformação do valor futuro em imediato.
Fato Gerador dos Títulos de Crédito
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Características dos Títulos de Crédito
Os títulos de crédito surgiram para facilitar a circulação do crédito. Têm duas características ou atributos:
NEGOCIABILIDADE: maior facilidade de negociação que uma obrigação comum.
EXECUTIVIDADE: maior facilidade de cobrança que uma obrigação comum. O título de crédito é título executivo extrajudicial e as matérias de defesa na execução são restritas.
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Características dos Títulos de Crédito
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Conceito de Título de Crédito
Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. (Cesare Vivante)
Código Civil:
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Conceito de Título de Crédito
Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. (Cesare Vivante)
Princípios fundamentais de direito cambiário: a cartularidade (incorporação, ou documentalidade), a literalidade e a autonomia.
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2. História dos Títulos de Crédito
 2.1. Surgimento
 - Desenvolveu-se na Idade Média.
 
2.2. Primeiro período: Período Italiano - Até o ano de 1650.
 - Desenvolvimento das operações de câmbio em razão da diversidade de moedas nas cidades medievais;
 - Surgimento da “caution”: apontada como origem da Nota Promissória;
 - Surgimento da littera cambii: apontada como origem da letra de câmbio
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2.3. Segundo período: Período Frances  - De 1650 até 1848;
 - Surgimento da cláusula a ordem (criação do instituto do endosso);
 
2.4. Terceiro período: Período Alemão  - De 1848 a 1930;
 - Edição em 1848 da Ordenação Geral do Direito Cambiário;
 - Título de Crédito como viabilizador da circulação de direitos.
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2.5. Quarto Período: Período Uniforme - UNIFORMIZAÇÃO
 
- Início em 1930
- Convenção de Genebra sobre Títulos de Crédito:
- Lei Uniforme das Cambiais;
- Lei Uniforme do Cheque.
- Forte influência da Ordenação Geral Alemã de 1848
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2.5.1. O Brasil e a Adesão a Convenção de Genebra
 - Adesão no ano de 1942;
 - Aprovação no Congresso Nacional em 1964: Decreto Legislativo nº 54;
 - Introdução no ordenamento nacional em 1966:
 - Decretos nº 57.663/1966 (Lei Uniforme das Cambiais) 
- Decreto nº 57.595/1966 (Lei Uniforme do Cheque)
 - Decreto nº 2.044/1908 e sua Revogação: STF, RE 71.154-PR
 
2.5.2. O Código Civil de 2002
 - Parte Especial, Livro I, Título VIII, Capítulos I a IV (arts. 887 a 926)
 - Ressalva do CC/2002: art. 903
 Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.
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Título de Crédito
Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias, não se confundindo com a obrigação, mas sim, a representando.
 Cesare Vivante: "Título de Crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo, nele mencionado”
 A palavra crédito é derivada do latim - dívida, depositar confiança em, confiar em, dar crédito confiança ou segurança na verdade de alguma coisa = A + CRÉDITO = ACREDITO
Representa direito a crédito – não existe título de crédito com obrigação de fazer
Circulação de crédito
 Vantagens:
Negociabilidade – circulação de crédito
Executividade – Título executivo extrajudicial
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TÍTULOS DE CRÉDITO 
PRINCÍPIOS: 
1 - Cartularidade
	para ter o direito tem que ter sua posse – p.ex. para executar um cheque tem que adunar à inicial o título de crédito original – não pode nem cópia autenticada- o crédito poderia ter sido transferido ou mesmo sendo cobrado ser transferido posteriormente.
2- Literalidade
	vale o que está escrito nele. Garantia, direitos. Conteúdo, extensão – exclusivamente o que está escrito.
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3 - Circularidade
o crédito, na relação obrigacional, uma vez representado pelo título, possibilita a sua circulação, através da cártula, assim quem a possui tem um crédito representado por um título e pode transferí-lo a outrem para pagamento de uma obrigação. 
Assim porque os títulos de crédito são também chamados de títulos cambiais, tendo como uma das suas características a cambiaridade ou cambialidade (do latim cambiare = mudança, troca, permuta).
 Atende desta forma uma de suas finalidades que é o de provar a existência de uma relação jurídica de débito e crédito, bem como o de permitir a circulação deste crédito, com a mudança da titularidade do sujeito ativo 
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4 - Executividade
o título de crédito, como prova do crédito, permite ao credor a sua executividade, ou seja, uma vez não cumprida as obrigações nele estabelecidas, permite ao seu titular, utilizar a execução, com as vantagens estabelecidas no art. 585 do CPC, o qual em princípio possui um rito mais célere; 
5 - Inoponibilidade 
O devedor não pode exonerar-se de obrigações cambiárias em face de terceiros de boa-fé. 
Não pode opor em embargos matéria estranha à sua relação direta com o exequente.
Por Inoponibilidade das Exceções entende-se que não é permitido àquele que se obriga em uma letra a recusar o pagamento ao portador alegando suas relações pessoais com o sacador ou outros obrigados anteriores do título.
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6 - Autonomia
	Se for transferido independe da obrigação originária – se o título circula -A paga dívida sua a C com título de crédito oriundo de venda de veículo a B. Mesmo que o negócio com B seja rescindido por vício redibitório o título tem que ser pago à C. – garantia da efetiva circulabilidade do título de crédito
Abstração: constitui um subprincípio da autonomia, porque, como foi dito, o título de crédito quando posto em circulação, se desvincula da relação fundamental que lhe deu origem. 
Nota-se que entre os sujeitos que participaram do negócio que lhe deu origem, o título dele não se desvincula, desta forma a abstração somente se verifica quando o título é colocado em circulação; 
	
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TÍTULOS DE CRÉDITO 
A Natureza da obrigação cambial
Solidariedade
Sacador, aceitante, avalista, endossantes são solidariamente responsáveis pelo pagamento
Não confundir com subsidiariedade 
Diversa da civilista
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Obrigações solidárias 
Solidariedade ativa
pluralidade de credores 
direito à dívida toda
 -Solidariedade passiva
	- pluralidade de devedores
	- obrigado à dívida por inteiro
C.C. Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
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Classificação Especial das obrigações
Obrigações solidárias 
Solidariedade ativa
A,B e C são credores de D – qualquer um pode exigir de D o pagamento integral e depois repassa. 
Se D pagar qualquer demandante exonera-se.
Solidariedade passiva
 - A, B e C são devedores de D – D pode exigir de qualquer um toda a soma devida e não apenas um terço de cada um.
O credor pode demandar contra um, dois ou os três.
Ação regressiva
Diferente de fracionárias-só poderia exigir de cada sua quota-parte
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Classificação Especial das obrigações
C.C. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da leiou da vontade das partes.
Importante nos contratos- expresso-garantia aumenta - é difícil todos os devedores solidários ficarem insolventes
Direito de regresso 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. 
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TÍTULOS DE CRÉDITO 
A Natureza da obrigação cambial
A solidariedade cambiária é similar à civilista apenas no aspecto externo 
Difere na questão do direito de regresso
Regresso cambiário se dá pela totalidade e não pela quota parte – só em caso de avais simultâneos –coavalistas é que se pode cobrar parcialmente
 Diversa da civilista
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Classificação dos títulos de crédito
QUANTO AO MODELO
VINCULADOS 
 exigem um padrão – cheque (papel próprio, rigor formal)– duplicata mercantil(normas do conselho Monetário Nacional)
 LIVRES 
 A lei não determina uma forma específica para sua constituição, embora os requisitos legais de cada espécie devam ser observadas. 
qualquer papel desde que atendidos requisitos de lei- dispensa formulários
letra de câmbio e nota promissória 
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Classificação dos títulos de crédito
QUANTO à ESTRUTURA
ORDEM DE PAGAMENTO
Cheque, duplicata, letra de câmbio 
geram no saque 3 situações jurídicas:
sacador (deu ordem para pagar) 
 sacado( para quem a ordem foi dirigida - banco p.ex.) 
 tomador (beneficiário da ordem)
 PROMESSA DE PAGAMENTO
 Nota promissória – o subscritor promete pagar a alguem ou a quem este repassar o direito a importância destacada.
 gera duas situações jurídicas:
- promitente (quem assume a obrigação de pagar)
- Beneficiário da promessa
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Classificação dos títulos de crédito
QUANTO à CIRCULAÇÃO
AO PORTADOR
são aqueles que, por não identificarem o seu credor, a pessoa beneficiada, são transmissíveis por mera tradição manual. Ex: historico - cheque abaixo de R$ 100,00. (lei 9.069/95 art 69 - PLANO REAL) 
 NOMINATIVOS
são os títulos que identificam a pessoa beneficiada. Sua transferência pressupõe, além da tradição (princípio da cartularidade) a prática de outro ato jurídico (o endosso ou a cessão civil de crédito) 
NOMINATIVOS À ORDEM - são transferidos (circulam) mediante tradição manual + endosso. Ex. cheque, nota promissória etc.
NOMINATIVOS NÃO À ORDEM - IMPOSSIBILITAM O ENDOSSO - são transferidos (circulam) mediante tradição+cessão civil de crédito (ato que transfere a titularidade de crédito de natureza civil).
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Classificação dos títulos de crédito
QUANTO às HIPÓTESES DE EMISSÃO
CAUSAIS
é aquele título para o qual o ordenamento jurídico estabelece uma causa para a sua criação - só pode ser emitido (sacado) caso ocorra o fato estabelecido pela lei como causa possível de sua criação. Exemplo: duplicada mercantil que somente é criada para representar uma obrigação decorrente de compra e venda mercantil.
 NÃO CAUSAIS
também chamados de abstratos - pode ser criado (sacado) por qualquer causa para representar obrigação de qualquer natureza. Exemplo: cheque e nota promissória 
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Características gerais dos títulos “ao portador”:
a transferência do título se faz por simples tradição (art.904/CC)
é nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial
o proprietário, que perder ou extraviar o título, ou for injustamente desapossado do mesmo, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir que sejam pagos a outrem o seu valor e rendimentos (art. 909/CC)
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Qual é a diferença entre endosso e cessão civil?
Endosso é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa. 
Cessão civil é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula não à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa. 
No endosso, quem transfere o título de crédito responde pela existência do título e também pelo seu pagamento e o devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé exceções pessoais. 
Na cessão civil, quem transfere o título de crédito só responde pela existência do título, mas não responde pelo seu pagamento e o devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé exceções pessoais. 
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TÍTULOS DE CRÉDITO PROPRIAMENTE E IMPROPRIAMENTE DITOS
Carvalho de Mendonça, acrescenta a classificação dos títulos de crédito em propriamente e impropriamente ditos.
Habitualmente não são considerados como títulos de crédito certos documentos que, muito embora tenham, em geral, as mesmas características daqueles todavia se afastam deles no tocante à sua função jurídico-económica e, por isso, quanto à característica da circulabilidade, sendo designados como títulos impróprios.
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- CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CIRCULAÇÃO: 
a) título de crédito propriamente dito b) título de crédito impropriamente denominado 
b.1) impróprios pela circulação - cheque. 
b.2) títulos de legitimação. 
b.3) títulos de participação. 
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Os títulos de crédito propriamente ditos são aqueles que representam uma operação de crédito, são exemplos: a letra de câmbio e a nota promissória.
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Por sua vez, os impropriamente denominados são aqueles que não representam uma operação de crédito, mas por força de lei circulam como se fossem títulos de crédito, uma vez postos em circulação subdividem-se em 3 (três) categorias. 
Impróprios pela circulação: o cheque que é ordem de pagamento à vista, mas que por endosso pode circular como título de crédito, este é um caso típico de título impróprio.
Título de legitimação é aquele que dá ao possuidor o direito de desfrutar de um serviço ou de um bem. Por exemplo: passagem de trem etc.
Título de participação é aquele que confere a pessoa o direito de participar na vida da sociedade comercial. Por exemplo, ação da sociedade anônima.
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FONTE DA DECLARAÇÃO, FUNDAMENTO DA OBRIGAÇÃO DOS TITULOS CRÉDITO - momento do nascimento da obrigação cambiária
Teoria da criação – o direito decorre basicamente da criação do título, pouco importando se houve circulação do mesmo; 
o título tem validade mesmo entrando em circulação contra a validade do emissor; o título roubado ou perdido antes da emissão e após a criação – a obrigação é válida; a obrigação nasce com a simples assinatura do emitente
 
Teoria da emissão – a obrigação só nasce com a efetiva entrega do título pelo subscritor; não há vínculo surgido no ato da criação
Bulgarelli / Bevilaqua - o C.C não se filiou puramente a nenhuma das duas teorias, temperando os rigores da criação com nuançes da teoria da emissão
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Emissão dos Títulos de Crédito e seus efeitos: 
- A partir da emissão de um título de crédito fica criada uma obrigação jurídica, a qual será representada por uma cártula, e assim constitui um ato jurídico unilateral, onde o emitente afirma que existe uma obrigação jurídica a ser cumprida; 
- Os títulos de crédito, por constituírem instrumentos jurídicos destinados a servir as relações negociais, podem ser utilizados de forma variada, podendo caracterizar pagamento ou garantia de pagamento. 
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Há necessidade de saber se a emissão e a entrega do título ao credor têm, sobre o negócio fundamental, o efeito pro soluto ou pro solvendo, as quais constituem situações distintas, relacionadas à idéia de pagamento (em latim: solutio): 
PRO-SOLVENDO: a entrega do título não quita o negócio fundamental. O credor pode executar o título ou discutir a relação originária (REGRA).
PRO-SOLUTO: a entrega do título quita, desde logo o negócio fundamental. O portador só pode executar o título (EXCEÇÃO).
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DIFERENÇA – EXEMPLO
uma escritura definitiva de compra e venda, em que parte do preço não é imediatamente paga, em moeda corrente, e vai ser quitada no futuro, ficando as prestações, todavia, garantidas por notas promissórias. Essas notas promissórias podem ser emitidas com o caráter pro soluto e pro solvendo. No primeiro caso - pro soluto-, as promissórias são entregues e recebidas 'como pagamento', ' a título de solução', 'dando quitação'. A compra e venda, assim sendo, é irrevogável e irretratável, fica perfeita e acabada. Se as ditas notas promissórias, afinal, não forem pagas, o contrato respectivo não pode ser atacado, não pode ser desfeito, permanece firme e inabalável. Aquele que comprou o bem continua sendo dono dele, restando ao vendedor recorrer à Justiça, executar o título de crédito, tentar receber o que lhe é devido. No segundo caso, isto é, se as notas promissórias ficaram vinculadas à escritura de compra e venda com o caráter pro solvendo, a situação é completamente diferente: os títulos não se tornam autônomos, não se desligam do negócio respectivo, o preço só se considera real e definitivamente pago depois de saldada a última das notas promissórias.
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OBRIGAÇÃO DE DIREITO COMUM OU DE DIREITO MATERIAL E A OBRIGAÇÃO CAMBIAL: 
- O título de crédito prova a existência de uma relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito e débito, constituindo prova de que determinada pessoa é credora ou devedora de outra; 
- Existem, além dos títulos de crédito, outros documentos estabelecidos pelo Direito que provam que determinada pessoa é titular de direitos perante outra, como os contratos em geral; 
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- Podemos estabelecer as seguintes diferenças entre os títulos de crédito e demais documentos representativos de direitos e obrigações: 
a) o título de crédito refere-se somente às relações creditícias, não se estabelecendo nenhuma outra obrigação de dar, fazer ou não fazer, ao passo que em contratos, além de assegurar créditos em geral, poderá reger outras obrigações; 
b) o título de crédito está relacionado à facilidade na cobrança dos créditos em juiz definido na lei processual como título executivo extrajudicial, nos termos do inciso I, do art. 585 do CPC, dando ensejo ao credor de promover a execução judicial do seu direito, ao passo que os outros documentos, representativos de crédito, se sujeitam à ação de conhecimento ou monitória; 
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c) a principal diferença do regime cambiário e a disciplina dos demais documentos representativos de obrigações, o que podemos chamar de regime civil, está na facilidade do credor de encontrar terceiros interessados em antecipar-lhe o valor da obrigação ou parte da mesma, em troca da titularidade do título; 
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ENDOSSO
- Através do endosso ocorre a transferência de crédito representado pelo título de crédito. 
- Estas relações jurídicas de transferência dos títulos, são efetuadas pelos seguintes sujeitos:
O endossante, aquele que transfere a cártula a outrem, ou seja, ao endossatário, podendo esta transferência ser efetuada através do endosso em preto quando há identificação do nome para quem o título é transferido (endossatário), se não há tal indicação tem-se o que se chama endosso em branco; 
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É justamente porque esta operação é promovida nas costas do título (*atentemo-nos para o fato de que o código civil de 2002, no seu artigo 910, permite que o endosso seja procedido no anverso do título), ou seja, no verso, pela assinatura do endossante aí posta, que referido ato recebeu a denominação endosso (que significa “no dorso” ou “nas costas”). 
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AVAL
- Dentre o rol das relações jurídicas cambiais está o aval, o qual representa uma garantia prestada, de forma unilateral, por terceiros (avalista) a favor de qualquer um dos obrigados (avalizado) no título de crédito, visando garantir ao credor que saldará o débito, caso o seu garantido (avalizado) não o faça.
O art. 897 do C. Civ. estabelece que o pagamento de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma determinada pode ser garantido por aval. 
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Título de crédito como título executivo extrajudicial: 
- O título de crédito, como prova do crédito, permite ao credor a sua executividade, assim se o devedor não cumpriu com as obrigações nele estabelecidas, o credor nos termos do art. 585 do CPC poderá promover a sua execução como título executivo extrajudicial.
- Este dispositivo legal em seu inciso I, estabelece que são títulos executivos extrajudiciais: a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
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- A força executória estabelecida na lei processual, exige que o título executivo extrajudicial seja líquido, certo e exigível. 
Considera que a liquidez e certeza são requisitos do próprio título, a ausência destes pressupostos retira a executividade do mesmo; 
- A certeza é a ausência de dúvida quanto à existência do crédito; a liquidez é a definição certa do valor; e a exigibilidade decorre do não adimplemento no seu termo;
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A ação monitória: 
- A ação monitória, tem com base no art. 700 e segs a, do CPC, compete a quem pretender, com base em prova escrita, sem eficácia de título executivo, pagamentos em dinheiro ou a entrega de coisa móvel.
- Assim aquele que tiver prova escrita da obrigação sem a eficácia de título executivo, tem legitimidade para obter o provimento monitória;
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DESTAQUE:
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1. Qual é a origem etimológica da palavra crédito?
Resp.: A palavra crédito deriva do latim creditum, que por sua vez, advém de credere, que significa confiar, ter fé.
2. Qual é a distinção entre a concepção moral e econômica do crédito?
Resp.:
Moral: o crédito representaria a confiança que alguém desperta em outrem.
Econômica: o crédito é a troca de uma prestação atual por prestação futura, ou seja, é a troca de um bem atual por um bem futuro.
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3. Quais são os elementos indissociáveis do crédito?
Resp.:
São dois elementos primordiais no crédito:
Confiança significa que quem vende um bem, a prazo e entrega esse bem, confia no recebimento futuro do preço desse bem.
Tempo que é essencial para o desenvolvimento da economia, permitindo a mais rápida circulação de riqueza e, por isso, um maior número de negócios se realiza.
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3. Explique o que é confiança subjetiva e objetiva.
Resp.:
Confiança subjetiva é aquele que o credor acredita que o devedor preenche os requisitos morais para satisfazer a prestação.
Confiança objetiva é aquela que o credor acredita que o devedor tem capacidade econômico-financeiro de satisfazer a prestação em razão da apresentação de garantias, de consultas a sistemas de proteção ao crédito, ou por qualquer outro motivo.
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4. Faça a distinção entre crédito real e pessoal, em relação à garantida dada pelo devedor.
Resp.:
Em função da garantia assegurada ao credor, temos:
Crédito real: a garantia assenta em determinado bem móvel (penhor) ou imóvel (hipoteca) do devedor ou de terceiro, que fica vinculado ao cumprimento da obrigação. Não havendo o cumprimento da obrigação, o credor poderá receber o produto da vendo do bem dado em garantia.
Crédito pessoal: a garantia assenta em todo o patrimônio da pessoa não em bem determinado; é a chamada garantia fidejussória (aval e fiança). Nesses casos, além do devedor original, soma-se um garantidor, que amplia as chances de recebimento do crédito.
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5. Quais as formas de representação do crédito? Qual delas permite a melhor circulação do crédito?
Resp.:
O crédito é representado pelos seguintes instrumentos jurídicos, que podem ser usados separada ou conjuntamente:
Contrato (verbal ou escrito) e títulos de crédito.
Para permitir a melhor circulabilidade ao crédito a forma mais eficaz de sua representação é o título de crédito.
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6. Qual a diferença entre autonomia e abstração num título de crédito?
Resp.: Pelo princípio da autonomia, quem adquire um título adquire um direito novo como se fosse um credor originário, não ocupando a posição do antigo credor. Assim, a autonomia qualifica o direito cambiário dos sucessivos titulares entre si. A autonomia se aplica em duas situações:
a) ao credor de boa-fé não são oponíveis matérias ligadas a terceiros;
b) não pode ser oposta ao possuidor do título a falta de legitimidade de quem o transferiu.
Pelo princípioda abstração, o título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, isto é, questões relativas a esse negócio jurídico subjacente não tem o condão de afetar o cumprimento da obrigação do título de crédito.
Assim, a autonomia está ligada a circulação do título de crédito e a abstração está ligada ao negócio jurídico que deu origem ao título (causa debenti).
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7. Cite e comente as doze características dos títulos de crédito apresentadas em sala de aula.
Resp.:
As características dos títulos são:
1. É um documento formal (cártula) que deve obedecer aos requisitos legais (CC, art. 887 a 889). A irregularidade de forma afeta os efeitos do documento como título de crédito.
2. Menciona ou uma ou mais obrigações literais e autônomas.
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3. Habilita seu portador ao exercício concreto do crédito que menciona, face aos signatários.
4. Representa e substitui valores, com vantagens de ser negociável.
5. É dotado de executividade, ou seja, é título executivo extrajudicial (CPC, art. 585, I), ou seja, após o seu vencimento representa divida certa, liquida e exigível.
6. É considerado bem móvel, sua posse de boa-fé equivale à propriedade.
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7. Tem natureza Pro Solvendo (a simples emissão do título não faz desaparecer a causa debendi que o originou).
8. Circulabilidade: transfere-se o crédito ou altera-se o credor do título (ou da obrigação cambial) por meio do endosso (simplificação legal).
9. É título de apresentação. Sem a posse do título (documento original) não se pode cobrar do devedor.
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10. O título é obrigação quesível (querable) X portável (portable).
Quesível: é aquela na qual o credor se dirige ao devedor para cobrar o crédito. Ou seja, o credor vai na praça do devedor para cobrar a dívida.
11. É título de resgate: uma vez apresentado e o devedor pagar o credor deve devolvê-lo para o devedor.
12. Solidariedade cambiária: há nos títulos de crédito cambiário solidariedade entre os devedores/obrigados que participam do título do crédito, de modo que o credor pode exigir de um, alguns ou de todos eles a obrigação integral constante do título.
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9. O atual Código Civil trata de títulos de crédito? Quais títulos? Em que capítulo? Em quais artigos?
Resp.: SIM. O Código Civil de 2002 trata de títulos de crédito na sua Parte Especial.
O título de crédito está disposto no Título VIII, Capítulo I a IV, artigos 887 a 926 do Código Civil de 2002.
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10. O pagamento de um título é obrigação quesível (querable). O que isso quer dizer?
Resp.: Diante da necessidade de apresentação do documento ao devedor, é óbvio que o título de crédito apresenta uma obrigação quesível, no sentido de que cabe ao credor dirigir-se ao devedor para exigir o cumprimento da obrigação. Nos títulos de crédito, há uma obrigação a ser cumprida pelo devedor e recebida pelo credor.
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11. Explique a relação entre solidariedade cambiária e o atributo da autonomia dos títulos de crédito.
Resp.: Pela solidariedade cambiária, o credor pode exigir de uma, alguns ou de todos os devedores (direitos ou indiretos) a obrigação constante do título de crédito. A responsabilidade de cada devedor é autônoma com relação à dos demais devedores, assim a nulidade de uma obrigação não interfere nas demais e não afasta a responsabilidade dos demais devedores.
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12. O que é cláusula cambiária, requisito essencial aos títulos de crédito?
Resp.: Cláusula cambiária é a identificação do nome do título. Diante da variedade de títulos de crédito, é fundamental identificar qual é o título que está representado naquele documento e nada mais lógico do que identifica-lo pelo próprio nome, escrito na mesma língua em que será redigido o título, não se admitindo o uso de expressões equivalentes.
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13. A ausência dos requisitos formais essenciais implica a nulidade de um título de crédito. Isso impossibilita a execução cambial? Há outros modos de exigir o crédito representado na cártula? Caso afirmativo, exemplifique.
Resp.:
SIM. A ausência de requisitos que a lei considera essenciais à cártula pode levar a declaração de sua nulidade enquanto título de credito, negando-lhe os efeitos jurídicos típicos das cambiais, como a executividade por sua natureza de título executivo extrajudicial (CPC, art. 585, I).
NÃO. Isso não significa dizer que, nesse caso, o título “defeituoso” não possa constituir um documento de dívida. Ele apenas não é dotado de pronta executividade.
SIM. Nessa situação, o portador de boa-fé do título poderá haver seu crédito valendo-se, por exemplo, da ação monitória (CPC, art. 1.102-A).
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CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO CAMBIÁRIO 
Saque: 
é o ato cambiário de criação, emissão dos títulos de crédito. 
Para materializarmos a idéia de saque citamos um exemplo típico de título de crédito, qual seja a letra de câmbio, ou simplesmente letra. 
O saque de uma letra de câmbio cria o título e com ele 3 situações jurídicas distintas: sacador, sacado e o tomador (beneficiário). O saque de uma letra produz também o efeito cambiário de vincular o emitente (sacador) ao pagamento do título. 
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Na legislação pátria é admissível que uma mesma pessoa ocupe duas situações jurídicas na mesma relação cambial. Exemplo: sacador-sacado ou sacador-beneficiário (tomador). 
Obs.: Se qualquer dos obrigados na relação cambial não souber assinar poderá nomear procurador por instrumento para que o faça (represente-o). O credor é sempre quem está na posse do título. 
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ACEITE 
O aceite é o ato cambiário que traz a pessoa do sacado para a relação cambial.
O aceite é feito, simplesmente, com a escrita “aceito” no título. 
É o ato cambiário pelo qual o sacado concorda em acolher a ordem incorporada pela letra.
O sacado não tem obrigação cambial pelo simples fato do sacador lhe dirigir uma letra. 
Não está obrigado a aceitar ainda que exista obrigação contratual.
Contudo, se de livre e espontânea vontade realiza o aceite surge a obrigação de pagar a letra.
O aceitante é o devedor principal da obrigação. 
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LETRA DE CÂMBIO
CONCEITO
“A Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento que o sacador dirige ao sacado para que este pague a importância consignada a um terceiro denominado tomador.”
Amador Paes de Almeida
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Sacador
Sacado
Tomador
ordem
$
PESSOAS INTERVENIENTES
*
LETRA DE CÂMBIO
FIGURAS INTERVENIENTES
SACADOR: é o EMITENTE ou DADOR da letra.
SACADO: é aquele contra quem é efetuado o saque. Se der o aceite ao título, passará a se chamar ACEITANTE.
TOMADOR: é o FAVORECIDO pelo título.
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LETRA DE CÂMBIO
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LETRA DE CÂMBIO
REQUISITOS Gerais:
Princípios dos Títulos de Crédito
Agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei.
REQUISITOS – Decr. nº 2.044/1908 (LI)
REQUISITOS - Decr. nº 57.663/1966 (LU)
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REQUISITOS (Lei Uniforme 1º e 2º): 
1 - O termo “letra de câmbio”
2-ordem incondicional de pagamento
	- se tiver condição não é LC
	- incondicionalidade – pressuposto de circulação 
3 – quantia determinada
	- se discrepantes por extenso e algarismo- vale o extenso 
4 - O nome do sacado (quem deve pagar)
	- RG, CPF
	- só se obriga depois do aceite	 
5 – identificação do tomador
	- não pode ser ao portador – só após o endosso se este for em branco -tem que ter o credor originário (primeiro tomador) - pode ser não à ordem para só ter um tomador
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REQUISITOS (Lei Uniforne 1º e 2º): 
6 – Assinatura do sacador
	- co-devedor da letra pois o devedor principal fica sendo o sacado com o aceite
7- Data de saque
	- sem data fica sem executividade
	- incondicionalidade – pressuposto de circulação 
8 – lugar do saque
 9 – lugar do pagamento
	- a doutrina não considera essencial
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Modalidades de vencimento:
Artigo 33
 Uma letra pode ser sacada:
 à vista;
 a um certo termo de vista;
 a um certo termo de data;
 pagável num dia fixado,
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VENCIMENTO A DIA CERTO – Fica estabelecido umdia específico de vencimento:
Aos quinze dias do mês de março de 2010... 
VENCIMENTO A TERMO CERTO DA DATA – Fica estabelecido um prazo, a contar da data de emissão:
Dentro de dois meses...
Em quinze dias...
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VENCIMENTO A TERMO CERTO DA VISTA – Fica estabelecido um prazo, a contar da data do aceite:
Dois meses após o aceite...
Trinta dias após sua vista...
Artigo 23
 As letras a certo termo de vista devem ser apresentadas ao aceite dentro do prazo de 1 (um) ano das suas datas.
 O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um prazo maior.
 Esses prazos podem ser reduzidos pelos endossantes.
Não apresentada para aceite no prazo, a letra perde força executiva.
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VENCIMENTO À VISTA
			
Artigo 2º (2ª alínea)
 A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Artigo 34
 A letra à vista é pagável à apresentação. Deve ser apresentada a pagamento dentro do prazo de 1 (um) ano, a contar da sua data. O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um outro mais longo. Estes prazos podem ser encurtados pelos endossantes.
 O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a pagamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa data.
Não apresentada para pagamento no prazo, a letra perde força executiva.
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ACEITE
O Sacado só se vincula a obrigação através do aceite
O tomador deve procurar o sacado duas vezes uma para o aceite e outra para o pagamento
Aceitante
Mesmo que ele deva ao sacado ele pode negar o aceite – não se vinculando a título de crédito – é facultativo
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ACEITE
Pode aceitar – assinando no anverso ou no verso da LCO – termo “aceito”
 tem que ser na própria LC, no próprio título (literalidade)- não em outro documento
Pode negar o aceite – vencimento antecipado da LC contra o sacador - Sacado não se vincula
Pode recusar parcialmente
Aceite limitativo – é de R$ 200,00 só aceita R$ 100,00 – 
Aceite modificativo – aceita mudando o local de pagamento
Ambos provocam o vencimento antecipado contra o sacado – mas o sacado pode exercer regresso nos termos do limite contra o sacador
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PAGAMENTO
EFEITOS: extingue a obrigação de quem pagou e de todos os coobrigados posteriores. Quem paga tem direito de regresso contra os coobrigados anteriores. LI:
 Art. 24 - O pagamento feito pelo aceitante ou pelos respectivos avalistas desonera da responsabilidade cambial todos os coobrigados.
 O pagamento feito pelo sacador, pelos endossadores ou respectivos avalistas desonera da responsabilidade cambial os coobrigados posteriores.
 Parágrafo único. O endossador ou o avalista, que paga ao endossatário ou ao avalista posterior, pode riscar o próprio endosso ou aval e os dos endossadores ou avalistas posteriores.
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APRESENTAÇÃO PARA PAGAMENTO
O Brasil estabeleceu reserva à Convenção de Genebra, em relação ao artigo 38. Vale, portanto, a Lei Interna.
LI:
 Art. 20 - A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante para o pagamento, no lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e avalistas.
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PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO
x
Existe divergência doutrinária – LEI INTERNA: Rubens Requião, Waldirio Bulgarelli, Amador Paes de Almeida e Arnaldo Rizzardo. LEI UNIFORME: Fran Martins e Fábio Ulhoa Coelho.
LI:
 Art. 28 - A letra que houver de ser protestada por falta de aceite ou de pagamento deve ser entregue ao oficial competente, no primeiro dia útil que se seguir ao da recusa do aceite ou ao do vencimento, e o respectivo protesto tirado dentro de 3 (três) dias úteis.
LU:
 Art. 44 (3ª alínea)
 O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável....
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PROTESTO FORA DO PRAZO
Conseqüências: perda do direito de regresso contra os coobrigados indiretos (sacador, endossantes e seus avalistas), permanecendo o direito de ação contra os obrigados diretos (aceitante e seus avalistas). LI:
 Art. 32 - O portador que não tira, em tempo útil e forma regular, o instrumento do protesto da letra, perde o direito de regresso contra o sacador, endossadores e avalistas.
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PROTESTO FORA DO PRAZO
LU:
Artigo 53
 Depois de expirados os prazos fixados:
 - para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de vista;
 - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento;
 - para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas".
 O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros coobrigados, à exceção do aceitante.
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CLÁUSULA SEM PROTESTO (SEM DESPESAS) – LU:
Artigo 46
 O sacador, um endossante ou um avalista pode, pela cláusula "sem despesas", "sem protesto", ou outra cláusula equivalente, dispensar o portador de fazer um protesto por falta de aceite ou falta de pagamento, para poder exercer os seus direitos de ação.
[...]
 Se a cláusula foi escrita pelo sacador produz os seus efeitos em relação a todos os signatários da letra; se for inserida por um endossante ou por avalista, só produz efeito em relação a esse endossante ou avalista.
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