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A pré História da psicanálise

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A pré História da psicanálise
A psicanálise pode ser apresentada como uma teoria que rompe definitivamente com a psiquiatria, neurologia e psicologia do século XIX. Foi o resultado de uma série de saberes e práticas da época que construíram sua história. 
Consciência da Loucura
O século XVI foi marcado como o século das incertezas devido a derrubada de grandes verdades, foi um século crítico aturdido pelas grandes descobertas , invenções e pelas transformações políticas e religiosas. Segundo Montaigne, o Eu volta-se para si próprio, para sua consciência, mas não encontra nada, permanecendo na dúvida e no ceticismo. 
Descarte faz da duvida de Montaigne, não o ponto final, mas o de partida para o seu pensa mento. 
SECULO XVI → O desvario e as incertezas.
SECULO XVII→ Racionalidade das consciência . Partilha entre a razão e a desrazão.
Momento da emergência da LOUCURA, a razão produziu a loucura.
A loucura não atingia o pensamento, apenas o homem e segundo Descartes, não havia um pensamento louco, pois o pensamento, por ser regulado pela razão, opunha- se a loucura. O homem pode ficar louco, o pensamento não. Se o que distingue o homem do animal é a racionalidade, o louco identifica-se com o animal. 
Isso explica as praticas de dominação da loucura, num certo período, terem adquirido características idênticas às empregadas para se domar um animal bravio.
A partir da descoberta da loucura, surge à conscientização de seus objetos, nesse momento a loucura emerge como instrumento do saber e não apenas como diferença a ser segregada e asilada.
 O Saber Psiquiátrico
O que mais importava para o psiquiatra era apresentar o louco como um individuo perigoso e o saber, neste caso, não funcionava no sentido de procurar alguma razão na loucura ou de determinar as formas diferencia s através da qual ela se manifestava, mas no senti do de apontar de forma absoluta se o individuo era louco ou não.O diagnóstico psiquiátrico era absoluto. O passo seguinte ao da denúncia da loucura não era propriamente a cura, mas o controle disciplinar do indivíduo o louco não era curado, mas encarcerado e domado. 
 Interrogatório e Confissão
O objetivo do interrogatório era buscar antecedentes no núcleo familiar e obter uma confissão quando não havia possibilidade de identificar a substância que produzia loucura no corpo do indivíduo. A loucura era uma doença sem corpo e era considerada uma doença mental. Contudo, o saber obtido pelo interrogatório não era suficiente, ele não tinha nenhum valor terapêutico, funcionava apenas como prova de verdade. O objetivo final do interrogatório era a obtenção de uma confissão, isto é, o reconhecimento, pelo paciente, de sua própria loucura. Uma vez obtida, tinha duplo valor: era indicativa da submissão do paciente a vontade do medico e, além disso, era através dela que o paciente se livrava do mal. 
 A Loucura experimental
O psiquiatra era capaz de identificar a loucura, mas não sabia o que ela era. A possibilidade de compreensão da loucura é oferecida por MOREAU DE TROUS através de seus experimentos sobre o haxixe, ele aplica a droga em si próprio com o objetivo de produzir os mesmos sintomas da loucura, adquirindo com isso um saber direto sobre a loucura . Segundo ele, este era o caminho para a sua compreensão.Contudo, ele vai ainda mais longe, e diz que para se conseguir estes resultados, não é preciso produzir a loucura experimentalmente, basta sonharmos. O sonho produz as mesmas características da loucura.
O que FREUD fez, foi tomar este fato como um principio de analise. A HIPNOSE Precedida historicamente pelo Mesmerismo que se utilizava de charlatanismo para obter seus resultados através do efeito de sugestão.
Foi exatamente sob o prisma da sugestão que vai se constituir o principio da técnica hipnótica empregada por Freud. Segundo James Braid, o efeito obtido pela hipnose depende apenas do estado físico e psíquico do paciente. O medico passa a dispor inteiramente do corpo do paciente, e este domínio permite tanto a eliminação de sintomas como a domesticação do comportamento. 
Charcot
Renomado neurologista, estudou a existência ou não de uma lesão anatômica, anatomia patológica, relativa a determinados sintomas da histeria. Formaram-se então dois grandes grupos de doenças: aquelas com uma sintomatologia regular com lesões orgânicas identificáveis pela anatomia e aquelas outras as neuroses que eram perturbações sem lesões e sintomatologia nada regular.
Aos seus olhos, apesar da ausência de um referencial anatômico, a histeria apresentava uma sintomatologia bem definida , obedecendo a regras precisas, afastando com isso a hipótese de simulação. Charcot a introduz no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso.
 A Hipnose
Freud vai a Paris assistir a um curso de Charcot e adere entusiasmado a seus ensinamentos sobre a histeria de que ela não era uma simulação, q era uma doença funcional e com um conjunto de sintomas bem definidos apresentados tanto em homens como em mulheres. O problema continuava: a dificuldade em apresentar uma sintomatologia regular para a histeria. Charcot passa a produzir através de drogas e da hipnose a regularidade do quadro histérico, trazendo a histeria para o campo da neurologia e a retirando das mãos do psiquiatra. O LUGAR DO HISTERICO DEVERIA SER O HOSPITAL E NÃO O ASILO. Por efeito da imposição médica, os pacientes histéricos passam a fornecer os sintomas que lhes eram exigi dos – a crise histérica passa a ser fabricada. 
O emprego da hipnose tinha por objetivo o controle da situação. Através da sugestão hipnótica o medico podia obter um conjunto de sintomas histéricos bem definidos e regulares. É numa tentativa de superar esse impasse que Charcot vai elaborar a teoria do trauma. Para ele trauma seria uma situação permanente, um estado hipnótico permanente que poderia ter causado uma cegueira, uma paralisia ou outro sintoma qualquer.
 A noção de defesa
Freud só teve pleno acesso ao fenômeno da defesa quando abandonou a tecnica da hipnose. O procedimento hipnótico era, sem que ele soubesse, o obstáculo maior ao fenômeno que será transformado num dos pilares da teoria psicanalítica: a defesa ou recalque. A teoria do recalque é a pedra angular sobre a qual repousa a psicanálise. A defesa aparece como uma forma de censura por parte do ego do paciente idéia ameaçadora, forçando-a manter-se fora da consciência.
 Nesse momento começa a se operar a passagem do método catártico para o psicanalítico.
Bibliografia:
https://www.passeidireto.com/arquivo/1004986/resumo-completo-psicanalise- 23/04/2018
http://minutal.blogspot.com.br/2012/03/como-surgiu-psicanalise_25.html- 23/04/2018

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