Síndrome de Burnout no Ambiente de Trabalho

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DAMASIO | UNIFAVIP
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ADMINISTRAÇÃO
TRABALHO SEMESTRAL DE TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
SÍNDROME DE BURNOUT: COMO IDENTIFICAR E PREVENIR A OCORRÊNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO
MARCOS MIGUEL BOSCOLO 
AMERICANA
2018
MARCOS MIGUEL BOSCOLO
SÍNDROME DE BURNOUT: COMO IDENTIFICAR E PREVENIR A OCORRÊNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Trabalho apresentado ao componente curricular Teorias da Administração, sob a orientação do Professor Jose Marim e do Tutor Rosana Kawauche, no semestre de 2018.1.
AMERICANA
2018
INTRODUÇÃO 
Em 1974 foi identificada uma síndrome, pelo psicanalista americano Freudenberger, chamada Síndrome de Burnout que foi descoberta inicialmente estudando pessoas que tinham contato direto com outras pessoas, principalmente na área da saúde, serviços sociais e educação que geram grande estresse emocional direcionando a sintomas que aparecem fisicamente.
A principal característica da síndrome é o estado de tensão emocional e estresse crônicos vindos diante de condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. Ela se manifesta principalmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
Diante disto, o presente trabalho tem por objetivo entender algumas doenças ocupacionais e seus conceitos, pesquisar conceitos sobre 3 o estresse e a depressão, identificar casos de síndrome de Burnout, além de pesquisar e propor sugestões de prevenção para as doenças ocupacionais. 
DOENÇAS OCUPACIONAIS
Segundo FRAGA (2017), os valores pessoais do trabalhador precisam estar em sintonia com a função que ele exerce. Se, para cumprir suas tarefas, o funcionário precisa ir contra suas crenças e seus princípios éticos, há um grande desgaste emocional.
Diante disto é que começam a surgir as doenças ocupacionais e as doenças do trabalho, dentre elas aquelas dos tipos de trabalho que podem causar danos físicos no colaborador e os que podem causar danos psicológicos frente a certas situações. 
Para identificar tais doenças não físicas basta começar a observar atitudes e sintomas, como a sensação de cansaço, angustia, atrasos no horário de trabalho, irritação, as coisas começam a perder o sentido, a motivação fica baixa e a pessoa se torna infeliz por esgotamento ocupacional. Neste contexto o local de trabalho passa a se tornar um peso resultando em esgotamento, desmotivação e exaustão. 
ESTRESSE E DEPRESSÃO: conceito, tipos e forma de prevenção
O estresse é uma resposta física do organismo a um estímulo. Quando estressado, o corpo pensa que está sob ataque e muda para o modo “lutar ou fugir”, liberando uma mistura complexa de hormônios e substâncias químicas. 
Ele pode ser considerado agudo, que é quando ele vem frente a um novo desafio, uma notícia boa ou ruim, episódios isolados ensinando o corpo humano a reagir perante certas situações do cotidiano. Já quando se fala em estresse agudo episódico, já se entende que ocorre com mais frequência, como se fosse pessoas nervosas todos os dias, tendo visão de negatividade, medo de uma demissão, começam a falhar em desempenho, a preocupação excessiva começa a ficar desgastante e tudo isso começa a desencadear doenças físicas como a gastrite por exemplo. E quando o estresse que se torna persistente e se prolonga por grandes períodos, ele é considerado como crônico, onde deverá ser estudado de onde ele vem, podendo ser traumas de infância ou ainda situações cotidianas de muito estimulo estressante perante a um indivíduo. 
Quando se fala em depressão ela se caracteriza pela perda ou diminuição do interesse e prazer pela vida, na maioria das vezes sem motivo aparente. Ela pode ser percebida por sintomas parecidos ao estresse, como cansaço, irritabilidade, ansiedade, baixa autoestima, pensamentos sobre morte, pode vir de um estresse crônico, vícios e traumas.
A prevenção tanto do estresse quanto da depressão é uma questão de saber gerenciar as dificuldades do dia a dia, ocupando o tempo com coisas que ajudam a manter a cabeça ativa como hobbies, leitura, aprendizagem que façam com a mente se mantenha ativa e sã, agindo com otimismo, buscando a felicidade e o bem-estar sempre, pois o organismo reflete o que a mente cria. 
SÍNDROME DE BURNOUT
A Síndrome de Burnout é considerada a doença do esgotamento profissional, onde ela causa um esgotamento físico e emocional que reflete em atitudes negativas, faltas no trabalho, agressividade, isolamento, irritabilidade, mudanças no humor, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
	Suas principais causas são muito parciais e deve ser levantado um histórico individual de cada pessoa que possa vir a trazer o transtorno consigo, e principalmente o seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.
	A prevenção da doença se dá através de organização de agenda, ocupando o tempo com atividade física, praticar hobbies, mudar o estilo de vida, consumir menos álcool e ter uma vida e uma alimentação mais saudável, avaliar as condições de trabalho atuais e mensurar a qualidade da saúde física e mental em relação a ele, onde deverá ser colocado na balança os benefícios e malefícios do trabalho a curto, médio e longo prazo e se possível buscar novos desafios. 
	Por fim o tratamento da doença não é nada simples e deve ter o acompanhamento de psicoterapia e o uso de antidepressivos além de alinhar a atividade física regular. 
CASO DE SÍNDROME DE BURNOUT
Foi encontrado um caso de uma mulher de 44 anos, professora de educação infantil com relato da síndrome, onde há 22 anos atrás ela bateu o carro ao retornar do trabalho e após uma reunião administrativa tensa na escola e partir daí voltou ao trabalho com muita dificuldade e se sentia esgotada por muitas vezes não conseguindo dar a devida atenção para as crianças, ao consultar a médica do trabalho constatou hipertensão arterial e, diante das queixas, foi encaminhada para um neurologista. Diante de várias situações foi começando se sentir insegura e chorava muito, começou a baixar de peso e não conseguia mais cuidar nem da casa nem dos filhos. Então afastou-se do trabalho e associou medicamentos a psicoterapia durante três meses, depois abandonou a terapia e foi encaminhada ao Serviço de Medicina do Trabalho do Hospital de Clinicas da Universidade Estadual de Campinas para estabelecimento de nexo causal do quadro clinico com o trabalho. 
PROPOSTA DE PREVENÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT NO AMBIENTE DE TRABALHO
A prevenção da síndrome se dá através da ocupação do tempo com qualidade de vida, as empresas devem se preocupar com seus colaboradores de forma que promova o aumento da sua potencialidade e consiga equilibrar a vida pessoal e profissional refletindo em produtividade de qualidade. 
A prática de atividades físicas, atividades que geram prazer e ocupam a mente também são fontes de prevenção da doença, ter vínculos sociais, saber entender os limites entre vida pessoal e trabalho e não os misturar levando para casas problemas que não são de casa. 
A empresa também deve se preocupar com a prevenção deste tipo de síndrome, pensando em medidas que melhorem o clima organizacional, programas de socialização com o objetivo de prevenir o choque com a realidade, evitar excesso de horas extras, programas de reconhecimento, além de manter a motivação dos colaboradores, que eles se sintam parte de um objetivo maior 
CONCLUSÃO 
Os estresses a depressão estão interligados a síndrome de Burnout, podem ser confundidos entre si e devem ser avaliados caso a caso, cada sintoma e cada atitude individual do ser humano trabalhador que se encontre em fase de esgotamento. 
Após a pesquisa realizada a vida pessoal e profissional pode ser alinhada de maneira que consiga aproveitar melhor o dia, criar uma agenda de rotinas saudáveis, deixar o trabalho apenas para o horário de trabalho, buscar novos hobbies e dar valor a vida social forado ambiente organizacional e junto a família. 
Conclui-se então que as doenças organizacionais e doenças do trabalho realmente existem e devem ser levadas a sério, tanto pelo colaborar quanto pela empresa. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ASSOCIATION, American Psychological. Estresse: saiba como ele afeta sua saúde física e emocional. Disponível em: https://www.vittude.com/blog/estresse-saiba-como-ele-afeta-sua-saude/. Acesso em 24 de abril de 2018. 
BRUNA, Maria Helena Varella. Síndrome de burnout. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-de-burnout/. Acesso em 24 de abril de 2018. 
FRAGA, Gilmar. Estresse, desmotivação, irritação: conheça o burnout, síndrome do esgotamento profissional. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2017/06/estresse-desmoti vacao-irritacao-conheca-o-burnout-sindrome-do-esgotamento-profissional-9 829799.html. Acesso em 24 de abril de 2018. 
LUCCA, Sergio Roberto de. Síndrome de Burnout em Professora da Rede Pública de Ensino: Relato de Caso. Disponível em: www.ojs.unesp.br/index.php/rlaborativa/article/download/791 /pdf. Acesso em 24 de abril de 2018. 
TENORIO, Goretti. Depressão: sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/depressao-sintomas-diagnostico-prevencao-e-tratamento/. Acesso em 24 de abril de 2018.