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4 VI - As partes do relatório de avaliação psicológica e o TAT 1. Funcionamento cognitivo A inteligência pode ser estimada a partir do vocabulário usado nas histórias. A percepção da realidade pode ser avaliada verificando se o indivíduo percebe ou não as figuras de modo adequado e se as histórias são ou não realistas. O pensamento pode ser avaliado verificando se as histórias são organizadas ou não. 2. Afeto Analisar as principais emoções atribuídas aos personagens e as situações que despertam essas emoções. A adequação dos afetos às situações deve ser analisada. 3 Auto-imagem e auto-estima. As características dos heróis expressam a auto-imagem do indivíduo. Os heróis são competentes ou incompetentes para lidar com as situações? Como reagem ao cometerem erros? Como são vistos pelos outros personagens? 4 Relacionamentos interpessoais. As histórias do TAT são uma importante fonte de dados sobre os relacionamentos interpessoais do sujeito. Além disso, considerar o modo de o sujeito se relacionar com o examinador durante a testagem. As atitudes frente a diferentes tipos de pessoas, tais como os pais, companheiros amorosos, amigos e colegas de trabalho devem ser descritas. Relações com a figura materna costumam ser expressas nas respostas às figuras 2, 5, 6BM e 7GF. Relações com a figura paterna costumam ser expressas nas respostas às figuras 6GF e 7 BM. Relações com pessoas da mesma idade, do mesmo sexo e do sexo oposto, costumam ser expressas nas respostas às figuras 9BM, 9GF, 4 e 13 MF. Do herói devemos identificar: Traços e tendências – Superioridade (capacidade, poder, prestígio) – Inferioridade (incapacidade, desprestígio, debilidade) – Extroversão – Introversão Atitudes frente à autoridade – Domínio, submissão – Dependência, independência – Medo, agressão – Gratidão, ingratidão – Orgulho, humildade Adequação do superego – Superego rígido: levará a relatos em que o herói é punido de forma drástica e definitiva pelo menor deslize – Superego atuante: levará a uma punição compatível com a ofensa – Superego flexível: permitirá certos deslizes sem consequências maiores – Superego frágil: não apresentará qualquer punição aos atos anti-sociais do herói Integração do ego – Boa integração do ego: o indivíduo consegue manter um bom nível de vocabulário e de riqueza de conteúdo das histórias; há um uso adequado de defesas, que não impedem a emergência de aspectos mais pessoais; os desenlaces são realistas, apresentando soluções adequadas – Razoável integração do ego: manifesta-se em indivíduos que permitem o aparecimento do conflito, mas sem que haja uma elaboração, quer pelo aumento das defesas, quer pela superficialidade com que lida com a problemática (desenlaces irreais fantásticos ou dependentes de elementos externos) – Fraca integração do ego: a emergência do conflito é impedida através do uso intenso de mecanismos de defesa. O relato, em geral, é pobre e descritivo, ou hesitante, contraditório. O indivíduo reluta em entrar em contato consigo mesmo. Significado das pranchas Prancha 1 (universal): Relação com a autoridade (pais, professores), atitude frente ao dever e também ideal do ego (capacidade de realização, de atingir objetivos propostos), fantasias com relação à vocação, atitudes frente ao dever. Prancha 2 (universal): Relações familiares, percepção do ambiente e nível de aspiração (favorecido ou limitado pelo ambiente). Pode evocar ainda as relações heterossexuais e associações referentes aos papéis femininos (maternidade x realização profissional). Refere-se também ao conflito razão x emoção. Prancha 3: Masculina: evoca associações referentes à tristeza, abandono, desespero, depressão, suicídio. Feminina: Abarca a área do desespero e da culpa. Prancha 4 (universal): Envolve a área referente aos conflitos nas relações heterossexuais (abandono, traição, ciúmes) e também aqueles referentes ao controle x impulso (a mulher representando o controle e o homem representando a ação e a impulsividade.) Prancha 5 (universal): Pode evocar a imagem da mãe-esposa (protetora, vigilante, castradora). Conteúdos referentes a atitudes anti-sociais, ou ainda, reações frente ao inesperado podem aparecer Prancha 6: Masculina: Relação com a figura materna (dependência/independência, abandono/culpa). Feminina: Relação com a figura paterna. A figura masculina também pode ser percebida como parceira ou possibilidade de contato afetivo-sexual. Prancha 7: Masculina: Atitude frente à figura paterna. O pai pode ser visto como autoritário ou como fonte de apoio e orientação. Eventualmente aparecem conteúdos homossexuais. Dá, também, indícios das tendências anti-sociais. Feminina: Evoca a área da relação com a figura materna (que pode ser vista como modelo, apoio ou obstáculo à satisfação das próprias necessidades). Possibilita ainda a investigação de problemática referente à maternidade, principalmente quando há distorção ou hesitação em relação à boneca. Prancha 8: Masculina: Abarca a área da agressividade (hetero ou auto); Feminina: Evoca associações referentes aos conflitos atuais. Prancha 9: Masculina: Refere-se às atitudes frente ao trabalho e ao ócio, sentimentos quanto à própria capacidade e possibilidade de atuação. Abrange ainda as áreas da relação com o próprio grupo e homossexualidade Feminina: Competência feminina, culpa, perseguição. Atitude frente ao perigo, ao desconhecido, ao proibido. Investigação da relação entre ego real e ego ideal. Prancha 10 (universal): Evoca conflitos do casal e atitude frente à separação. A prancha favorece a projeção de relações heterossexuais satisfatórias Prancha 11 (universal): Atitudes frente ao desconhecido, ao perigo, ao instintivo. Atitude do sujeito frente aos conteúdos inconscientes. Prancha 12: Masculina: evoca situações de passividade e impotência, podendo revelar atitude frente a figura de autoridade, frente à própria situação do teste. Tendências homossexuais também podem revelar-se neste estímulo Feminina: Relações mãe-filha, crítica ou aceitação do modelo materno. Ansiedade frente ao envelhecimento Prancha 13: Masculina: Evoca carências, solidão, abandono, expectativas. Feminina: Atitudes frente às relações heterossexuais e à sexualidade associada à agressividade. Prancha 14 (universal): Refere-se ao autoquestionamento, contemplação e aspiração. Prancha 15 (universal): Evoca relação com a morte, culpa, castigo. Prancha 16 (universal): sendo o estímulo totalmente branco, o sujeito é levado a projetar-se totalmente. A temática em geral refere-se às necessidades mais prementes do indivíduo ou será reflexo da relação transferencial na situação de teste Prancha 17: Masculina: Podem estar associado a desejos de reconhecimento, narcisismo, exibicionismo. Feminina: Evoca temas de frustração, depressão, suicídio. Prancha 18: Masculina: Ataque, agressão. A temática referente a vícios ou males físicos também pode ser evocada Feminina: Abarca as relações entre figuras femininas. Prancha 19 (universal): Conteúdos referentes à necessidade de proteção e amparo frente a um ambiente inóspito são os mais frequentes. Prancha 20 (universal): Traduz um clima de expectativa. Pode-se considerá-la como o fecho do protocolo, indicando as principais aflições e perspectivas do sujeito. SINTESE (TAT) SSINTESE 1 (HTP) Segundo o manual de interpretação do HTP, o desenho da casa sugere associações referentes ao lar e às relações interpessoais, sejam conscientes ou não. No desenho de N. ficou evidenciado a partir de seus traços alguns aspectos conscientes e inconscientes relacionados à insegurança, principalmente no que diz respeito ao telhado da casa que tem uma proporção, em perspectiva, maior do que a casa mostrando que N. pode dedicar muito tempo procurando satisfação na fantasia. SINTESE 2 (HTP) SINTESE 3 (HTP) TAT (PEDRO) De modo geral, o relatoda estória é organizado, com uso de vocabulário que refere a uma razoável integração do ego. Os dados das pranchas indicam um domínio frente ás figuras de autoridade com traços de inferioridade associados à expressão da autoestima, lhe causando desespero. O sujeito denota reações de agressões verbais quando confrontado no desespero e culpa, causando um estado interior de abatimento. Referente a aparição da figura paterna, demonstra render-se passivamente às as condições difíceis de serem suportadas, se submetendo a dominação. Mostra-se relutante frente ao perigo e o desconhecido. O relato demonstra uma pessoa segura quanto às atitudes conflituosas em um relacionamento. O estilo de narrativa acerca da figura materna demonstra uma dependência e passividade frente ás repreensões na relação mãe-filha, ocasionando um ânimo de abatimento. Existe uma fragilidade e autoagressão frente á relação com a culpa e o remorso. Conclui-se um superego atuante frente ás punições; seu relacionamento com o ambiente é marcado por uma sensação ressentimento, o que a torna suscetível a conflitos nas suas interações sociais. HTP (PEDRO) Através do instrumento psicológico HTP, na observação da casa, pode concluir que o sujeito demonstra uma estrutura de personalidade em que se evidenciam uma boa atenção, adequação com a realidade, presença de coesão e coerência e demonstra indícios de obsessividade compulsiva e ansiedade. Identifica em suas projeções, uma perspectiva horizontal, sendo a maior parte á esquerda, demonstrando um comportamento intrapsíquico de retraimento regressão, organicidade, sentimento de insegurança, inacessibilidade e preocupação consigo mesmo. De acordo com o detalhamento, o sujeito, demonstra regressão em fases anteriores, e no que diz respeito ao seu ambiente familiar, sugere situações no lar fora de controle e falta de calor. Sua sociabilidade se revela inicialmente retraída com atitudes defensivas
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