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Micologia malassezia

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Micologia- Malassezia
Introdução:
O aspecto é globoso ou elipsoide, com reprodução por brotamento unipolar, sendo cada brotamento separado por um septo em torno do qual pode ser observado um colarete. Algumas espécies também filamentam.
Fungo unicelular, dimorfo, ou seja, possui 2 formas: Filamentoso e levedura. 
Possui parede celular constituída de lâminas espiraladas.
Classificação taxonômica 
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota 
Sub -Filo: Ustilaginomycotina
Classe: Exobasidiomycetes
Ordem: Malasseziales
Família: Malasseziaceae
Gênero: Malassezia
O posicionamento neste grupo deve-se a:
-Estrutura da parede celular constituída de lâminas espiraladas
-Produção de urease
-Reação positiva ao azul de diazônio B(Separa as leveduras do filo Ascomyctoa do filo Basidiomyctoa
-Parede celular resistente à enzima β–(1,3)–glucanase
-Constituído por espécies lipofílicas, podendo ser dependentes ou não
-As espécies lipofílicas dependentes são aquelas incapazes de sintetizarem ácidos graxos de cadeia longa
Histórico 
Louis Charles Malassez– Final do Século XIX 
1904-Raymond Sabouraud identificou o microrganismo causador da caspa e denominou de Pytirosporum malassez
1951-Verificou–se os microrganismos eram os mesmos e decidiu-se pelo termo Malassezia spp.
Importância:
Para o homem:
-Pitiríase versicolor, uma micose superficial –Malassezia furfur;
-Em certas áreas tropicais e subtropicais pode atingir 60% da população, sendo adultos jovens os mais acometidos;
-Transmissão pode ser por transferência direta ou indireta de material queratínico infectado de uma pessoa para outra;
-Infecções em casos de alimentação parenteral com lipídios
-Infecção crônica da camada córnea da pele. Atrapalha o metabolismo de pigmentação da pele (melanina) 
-Não é sapróbio (dependente de M.O. em decomposição para se desenvolver na natureza) 
-Também promove infecções nos casos de alimentação parenteral com lipídeos 
Fatores desencadeantes da infecção por malassezia:
Pré-disposição genética (↑suor, lipídeo), estado nutricional precário, sudorese excessiva, gravidez (substancias produzidas na gravidez), temperaturas elevadas, alterações celulares pelo uso de corticosteroides, uso de lubrificantes na pele, hidratantes; sepses (neonatos e imunocomprometidos), pneumonia e peritonites...
Para os animais:
-Otites com secreção escura e odor intenso;
-Eritemas cutâneos geralmente com ou sem exsudação (crostas, alopecia) – Malassezia pachydermatis (tratamento: shampoo de clorexidina e miconazol);
-Prurido, hiperpigmentação, crostas, escamas secas ou úmidas;
-Foliculites;
-Infecções ungueais;
-Dermatites localizadas com ou sem alopecia
M. pachydermatis
Pode ser entendido como uma levedura lipofílica, não micelial e saprofítica, ovóide a elipsóide, com brotamento unipolar que pode ser encontrada no canal auditivo, nos sacos anais, vagina, reto e pele principalmente de cães, fazendo parte da microbiota cutânea normal.
Fatores que fazem com que se torne um patógeno:
-Pré-disposição do animal;
-Alterações no microambiente e nas defesas do animal;
-Microambiente da pele ou conduto auditivo ricos em lipídios;
-Desordens de ordem imunológica;
O microambiente pode ser alterado pela:
Excessiva produção de gordura
Diminuição da qualidade da gordura
Aumento de umidade
Rachaduras na superfície epidérmica
Doenças que levem a inflamação cutânea e alterem a produção de gordura
Alergias (atópica, alergia de contato, alergia alimentar, por pulgas)
Desordens de queratinização como a seborréia
Endocrinopatias (hiperadrenocorticismo, diabetes, hipotiroidismo)
Doenças bacterianas da pele
Neoplasias internas ou externas
Raças mais suscetíveis de cães:
West Highland White Terrier
Dachshund
Setter Inglês
Basset hound
Cocker Spaniel
Shih Tzu
Springer Spaniel
German Shep-herd
Pastor Alemão
Motivo pelo qual Malassezia é patogênica:
-Produção de protease
-Produção de fosfolipase
-Produção de urease
-Produção de fosfatases 
-Produção de melanina
-Adesão a células epiteliais
-Produção de biofilme
Sinais clínicos:
-Prurido moderado a intenso
-Odor intenso
-Localização generalizada, podem ser ligeiramente amareladas a acinzentadas,
-Também dermatite localizada: Focinho, rosto e orelhas, incluindo conduto auditivo
-Às vezes as áreas acometidas tornam-se hiperpigmentadas, crostosas, escamosas, secas ou úmidas
Diagnóstico laboratorial da pitiríase
-Fluorescência verde amarelada –UV 360 nm –Ressalva para lesões não escamosas e em casos de uso de antifúngicos tópicos;
Possibilidades de coleta de material: 
-Esfregaço com carpete;
-Swab seco ou úmido
Observação microscópica 
-Levedura com brotamento em colarete
Isolamento:
-Ágar seletivo para fungos patogênicos, meio de Dixon, Sabouraud acrescido de azeite de oliva, 35-37ºC por 3 a 6 dias. Colônias de textura glabrosa butirosa, secas, pálidas ou de cor creme e cor creme amarelada;
-Suplementação dos meios com gotas de azeite de oliva;
-Sabouraud dextrose com óleo de oliva;
-Tween 80 incorporado ao Agar 
-Meio com glicose, extrato de levedura, peptona, azeite de oliva, monoesterato de glicerol e tween 80;
-Incubação a 35ºC – 37ºC . Colônias cremes em 2 a 4 dias
Virulência:
Produção de protease, de fosfolipase, de uréase e de fosfatases 
Sinais:
-Prurido moderado a intenso, odor intenso, localização generalizada;
-Ou dermatite localizada: Focinho, rosto e orelhas (conduto auditivo), áreas interdigitais, área ventral e membros e região perianal;
-Podem ser ligeiramente amareladas a acinzentadas;
-Às vezes hiperpigmentadas, crostosas, escamosas, secas ou úmidas

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