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ELEMENTOS DO POEMA

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ELEMENTOS DO POEMA
Poema: conjunto de versos.
Verso: Linha de uma composição poética, dotada de um ritmo e cadência determinados.
Estrofe: Grupo de versos que formam geralmente sentido completo num poema. As estrofes do mesmo poema são separadas uma das outras por um espaço em branco.
Ritmo: O ritmo do poema é a sucessão de sons fortes (sílabas tônicas) e sons fracos (sílabas átonas), repetidas com intervalos regulares ou variados que dão musicalidade (melodia) ao poema.
No poema, as pausas existem não necessariamente através de sinais de pontuação, mas as palavras provocam a melodia e, o ritmo é determinado por elas e pela sequência de sons.
A distribuição das sílabas átonas e tônicas e o tamanho do verso determinam o seu ritmo. E para medi-lo é necessário observar a quantidade e a intensidade das sílabas.
Rima: é recurso usado nos poemas para dar sonoridade. Consiste em colocar palavras com sons iguais a partir da última vogal tônica no meio (rima interna) ou no fim (rima final) do verso. Aqui vamos deter-nos nas classificações que mais interessam para a composição de poemas.
Quanto à disposição, as rimas classificam-se em: 
Emparelhadas ou paralelas (1º com 2º, 3º com 4º - esquema: AABB): 
No rio caudaloso que a solidão retalha, 
na funda correnteza na límpida toalha, 
deslizam mansamente as garças alvejantes; 
nos trêmulos cipós de orvalho gotejantes... 
(Fagundes Varela) 
Alternadas ou cruzadas (1º com 3 º, 2º com 4º - esquema: ABAB): 
Amor, essência da vida, 
é uma expressão de Deus. 
Alma, não fique perdida! 
Ele luz os dias seus. 
(Josete - http://www.escrevo.net/index.php) 
Opostas (1º com 4º, 2º com 3º - esquema: ABBA): 
Mais de mil anos-luz já separado, 
Naquela hora, do meu pensamento. 
O filme de uma vida, ínfimo momento, 
O derradeiro instante havia impregnado. 
(Ferraz - http://www.escrevo.net/index.php) 
Encadeadas ou internas  (a palavra final do verso rima com uma palavra do meio do verso seguinte): 
"Quando alta noite n'amplidão flutua
Pálida a lua com fatal palor,
Não sabes, virgem, que eu te suspiro
E que deliro a suspirar de amor."
(Castro Alves) 
Misturadas (não possuem posição regular): 
De uma, eu sei, entretanto, 
Que cheguei a estimar 
Por ser tão desgraçada! 
Tive-a hospedada a um canto 
Do pequeno jardim; 
Era toda riscada 
De um traço cor de mar 
E um traço carmesim. 
(Alberto de Oliveira) 
A partir do início do séc. XX, os poetas, numa rebeldia, porque não queriam mais a poesia com esta forma rígida, criaram os versos sem rima, que são chamados brancos. 
Quanto à natureza, as rimas classificam-se em:
Rimas pobres: quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical (substantivo com substantivo, por exemplo).
Rimas ricas: quando as palavras que rimam pertencem a classes gramaticais diferentes (um substantivo e um adjetivo, por exemplo).
Examinemos o quarteto abaixo: 
Um mestre, embora muito sonhador, 
Precisava esconder sua afeição... 
Na Idade Média, uma imortal paixão 
uniu uma aluna e um professor. 
(Mardilê Friedrich Fabre)
A palavra paixão, que é um substantivo, rima com afeição, que também é um substantivo. Temos rima pobre.
A palavra professor, que é um substantivo, rima com sonhador, que é um adjetivo. Temos rima rica.
Rimas preciosas: quando as palavras que rimam apresentam estruturas gramaticais diferentes. 
Por exemplo: estrela com vê-la.
Quanto à fonética, as rimas classificam-se em:
Perfeitas: quando todos os fonemas (sons das letras), a partir das últimas vogais tônicas dos versos são iguais. Exemplo: vida e perdida.
Imperfeitas: quando os fonemas são semelhantes a partir das últimas vogais tônicas dos versos. Exemplo: Deus e céus.
Toantes: quando somente as últimas vogais tônicas dos versos são iguais. Exemplo: hora e bola

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