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PETROQUÍMICA (Parte 1) Autor: Ronaldo Castro 2018 PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA Petroquímica É o setor industrial responsável pela transformação de produtos de refino do petróleo (principalmente nafta) e do gás natural (principalmente etano e propano), em bens de consumo e industriais utilizados para as mais diversas finalidades. A indústria petroquímica pode ser definida como o conjunto de atividades industriais compreendidas entre o refino de matérias-primas orgânicas fósseis (hidrocarbonetos naturais) como petróleo e gás natural, e a transformação de plásticos ou atividades ligadas à química fina. Através de vários processos industriais sucessivos, produzem-se os insumos a serem utilizados nos estágios posteriores. PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA Petroquímica A cadeia petroquímica constitui-se de unidades ou empresas de primeira geração, que são as produtoras de básicos petroquímicos – olefinas (eteno, propeno e butadieno) e aromáticos (benzeno, tolueno e xilenos) –, e de unidades ou empresas de segunda geração, que são, sobretudo, as produtoras de intermediários e resinas termoplásticas. As empresas de terceira geração, mais conhecidas por empresas de transformação plástica, são os clientes da indústria petroquímica que transformam os produtos da segunda geração e intermediários em materiais e artefatos utilizados por diversos segmentos, como o de embalagens, construção civil, elétrico, eletrônico e automotivo. PETROQUÍMICA Petroquímica PETROQUÍMICA Processamento de Gás Natural: Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) – Instalação industrial que objetiva realizar a separação das frações pesadas (propano e mais pesados) existentes no gás natural, do metano e do etano, gerando GLP e gasolina natural (C5 +). DE ONDE VEM OS INSUMOS PETROQUÍMICOS (Matérias-Primas) ? Vem do Processamento do Gás Natural e do Processamento do Petróleo. Unidade de Processamento de Condensado de Gás Natural (UPCGN) – Instalação industrial que objetiva separar as frações leves existentes no condensado do gás natural produzido nos dutos que transportam o gás do mar para a terra, ou nas URGNs. Essas instalações são compostas de Unidades de Fracionamento de Líquidos de Gás Natural (UFL), gerando propano, butano, GLP e C5 +. Unidade de Recuperação de Gás Natural (URGN) – Instalação industrial que objetiva separar o metano e o etano das frações mais pesadas, contendo C3+ na forma de líquido (LGN). Processamento de Petróleo: O refino é constituído por uma série de operações de beneficiamento às quais o petróleo bruto é submetido para a obtenção de produtos específicos. Refinar petróleo, portanto, é separar as frações desejadas, processá-las e transforma-las em produtos vendáveis. Destilação Atmosférica: A primeira etapa do processo de refino é a destilação primária. Nela, são extraídas do petróleo as principais frações, que dão origem à gasolina, óleo diesel, nafta, solventes e querosenes (de iluminação e de aviação), além de parte do GLP (gás de cozinha). Reforma Catalítica: O objetivo principal é transformar uma nafta rica em hidrocarbonetos parafínicos ou naftênicos em outra, rica em hidrocarbonetos isoparafínicos e aromáticos. A nafta reformada é o produto principal da unidade, e o seu rendimento varia de 65-90%, dependendo da origem da carga e das condições do processo. A nafta reformada não possui enxofre, PETROQUÍMICA DE ONDE VEM OS INSUMOS PETROQUÍMICOS (Matérias-Primas) ? Vem do Processamento do Gás Natural e do Processamento do Petróleo. Processamento de Petróleo: Reforma Catalítica: O objetivo principal é transformar uma nafta rica em hidrocarbonetos parafínicos ou naftênicos em outra, rica em hidrocarbonetos isoparafínicos e aromáticos. A nafta reformada é o produto principal da unidade, e o seu rendimento varia de 65-90%, dependendo da origem da carga e das condições do processo. A nafta reformada não possui enxofre, apresenta elevado número de octano, o que torna essa corrente excelente para a formulação da gasolina. Esse produto também pode ser vendido para complexos petroquímicos para a produção de BTX(benzeno, tolueno e xilenos). PETROQUÍMICA DE ONDE VEM OS INSUMOS PETROQUÍMICOS (Matérias-Primas) ? Vem do Processamento do Gás Natural e do Processamento do Petróleo. O objetivo da destilação é a separação do petróleo em diversas correntes, como gás combustível, GLP, naftas, querosene, gasóleos (atmosférico e de vácuo), óleo combustível, asfalto, lubrificantes e resíduos. A Tabela 1 apresenta alguns desses produtos com a faixa de destilação característica. Algumas dessas frações sofrem um processamento posterior para conversão em outros produtos. Outras frações passam por um tratamento para melhoria de suas características para atender as necessidades do mercado consumidor PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO O processamento do petróleo, chamado refinação, começa pela destilação, uma operação unitária, consistindo na vaporização e posterior condensação fracionada de seus constituintes pela ação de temperatura e pressão, devido à diferença de seus pontos de ebulição. Desta forma com a variação das condições de aquecimento de um petróleo, é possível a vaporização de compostos leves, médios e pesados, que, podem ser separados ao se condensarem. Paralelamente ocorre a formação de um resíduo pesado constituído principalmente de hidrocarbonetos de elevados pesos moleculares, que nas condições de temperatura e pressão na qual a destilação é realizada não se vaporizam. Na refinaria uma unidade de destilação do petróleo é composta basicamente de três seções principais: 1) pré-aquecimento e dessalinização; 2) destilação atmosférica e 3) destilação a vácuo. A Figura 1 mostra a destilação atmosférica com as duas baterias de pré-aquecimento e a dessalgadora. PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO O objetivo da destilação é a separação do petróleo em diversas correntes, como gás combustível, GLP, naftas, querosene, gasóleos (atmosférico e de vácuo), óleo combustível, asfalto, lubrificantes e resíduos. A Tabela 1 apresenta alguns desses produtos com a faixa de destilação característica. Algumas dessas frações sofrem um processamento posterior para conversão em outros produtos. Outras frações passam por um tratamento para melhoria de suas características para atender as necessidades do mercado consumidor PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO Uma coluna de destilação de petróleo que opera em condições atmosféricas tem como produtos de topo o gás combustível, que é a corrente mais leve do petróleo e a de menor rendimento, o GLP e a nafta leve, que são condensados fora da torre e posteriormente, são separados. Os produtos laterais são a nafta pesada, o querosene e os gasóleos. O resíduo de destilação atmosférica que deixa o fundo da coluna é chamado de Resíduo Atmosférico (RAT) e dele ainda podem ser retiradas frações importantes, através da destilação a vácuo. PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO Destilação a Vácuo: Após a destilação atmosférica, o resíduo da destilação primária é processado na destilação a vácuo, na qual é extraída do petróleo mais uma parcela de diesel, além de frações de um produto pesado chamado gasóleo, destinado à produção de lubrificantes ou a processos mais sofisticados, como o craqueamento catalítico, onde o gasóleo é transformado em GLP, gasolina e óleo diesel. O resíduo da destilação a vácuo pode ser usado como asfalto ou na produção de óleo combustível. Uma série de outras unidades de processo transformam frações pesadas do petróleo em produtos mais leves e colocam as frações destiladas nas especificações para consumo. PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO PETROQUÍMICA REFINO DO PETRÓLEO D e s t il a ç ã o A t m o s f é r i c a Tratamento Cáustico Tratamento Cáustico HDT HDT BENDER MEROX HDT DEA DEA MEROX MEROX HDT V á c u o FCC Coqueamento Cru Gás GLP Nafta Querosene Diesel GLP Nafta Quero Diesel Gás GLP Nafta Diesel PETROQUÍMICA Em um esquema típico de refino são encontradas as seguintes principais fases do processamento do petróleo: ♦ Processos de Separação: são processos onde ocorre apenas à separação física dos componentes da carga. Ocorrem através da ação energética (variações de temperatura e/ou pressão) ou de transferência de massa (solubilidade em solventes). Fazem parte deste grupo a Destilação Atmosférica, a Destilação a Vácuo, a Desparafinação a Solvente, a Desasfaltação a Propano, a Desaromatização a Furfural, e outros. PETROQUÍMICA ♦ Processos de Conversão: são processos de natureza química, visando transformar uma fração em outra de maior interesse econômico, ou com o objetivo de se alterar a constituição molecular de uma determinada fração, sem no entanto transformá-la em outra. Isto é possível através de reações de craqueamento ou rearranjo molecular. São exemplos, o Craqueamento Térmico, o Craqueamento Catalítico, a Reformação Catalítica, o Coqueamento Retardado, o Hidrocraqueamento e outros. Impurezas dos produtos de petróleo FRAÇÃO IMPUREZAS Gás Combustível Sulfeto de hidrogênio; sulfeto de carbonila; dióxido de carbono; ácido cianídrico; dissulfeto de carbono e metano. GLP de Destilação Sulfeto de hidrogênio; metilmercaptans; etilmercaptans; ocasionalmente sulfeto de carbonila e dimetilsulfetos; amônia; HCl (oriundo de má dessalgação do petróleo); enxofre elementar; tiociclopropanos. GLP de FCC H2S; metilmercaptans; etilmercaptans; sulfeto de carbonila; amônia; dióxido de carbono; ácido cianídrico; ácido clorídrico (oriundo de má dessalgação do petróleo). GLP de Craqueamento Térmico H2S; metilmercaptans; etilmercaptans; sulfeto de carbonila; amônia; ácido cianídrico; ácido clorídrico (oriundo de má dessalgação do petróleo). Nafta da destilação. Mercaptans; compostos sulfurados em geral, em menor concentração; ácidos alifáticos com ponto de ebulição nesta faixa. Nafta do FCC e do craqueamento térmico. Mercaptans e outros compostos sulfurados. Querosene e frações mais pesadas da destilação. Mercaptans e outros compostos sulfurados; ácidos naftênicos; compostos de nitrogênio. Óleo leve e frações mais pesadas do FCC e do craqueamento térmico. Mercaptans (tiofenol inclusive) e outros compostos sulfurados; compostos nitrogenados básicos e neutros; ácidos naftênicos; diolefinas. PETROQUÍMICA ♦ Processos de Tratamento: embora sejam processos de natureza química, não têm como objetivo principal provocar modificações químicas nas frações e sim melhorar a qualidade da fração eliminando ou diminuindo os contaminantes ou impurezas presentes. São classificados em Tratamento convencional (usados em frações leves) e o Hidrotratamento (HDT) ou Hidroacabamento (usados em frações médias e pesadas). São exemplos de Processos de Tratamento Convencional: Lavagem Cáustica, Tratamento com Etanolaminas, Tratamento Merox, Tratamento Bender e outros. Processos de Hidrotratamento são utilizados em frações médias (querosene, diesel) e pesadas (gasóleos, lubrificantes e outros). PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA: NAFTA Nafta líquido incolor, com faixa de destilação próxima à da gasolina. A nafta petroquímica é utilizada na produção de diversos bens de consumo. PETROQUÍMICA: NAFTA Este derivado é utilizado como matéria-prima pelas três Centrais Petroquímicas existentes no País - Braskem (Bahia), Copesul (Rio Grande do Sul) e Petroquímica União (São Paulo), que o processam obtendo como produtos principais, eteno, propeno, butadieno e correntes aromáticas. polietilenoetileno H H H H H CCcatalisador P, TH H H CCn n PETROQUÍMICA: NAFTA A Petrobras é a única produtora de nafta petroquímica no Brasil, atendendo parcialmente à demanda nacional com produção própria e com importações. PETROQUÍMICA: NAFTA Craqueamento Quebra, através do calor e/ou catalisador, de moléculas grandes em moléculas pequenas. +catalisador P, T PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA PETROQUÍMICA Vapor H2O
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