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Aula 01 Direito Empresarial Completo

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DIREITO EMPRESARIAL 
PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
 
Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 1 
Aula Demonstrativa – Direito Empresarial 
Prof. Antonio Nóbrega 
 
 
Estimados concurseiros e futuros servidores públicos, apresentamos para 
vocês, nas linhas a seguir, o nosso Curso Completo de Direito Empresarial. 
Nesta e nas próximas aulas iremos tratar de diversos tópicos atinentes à 
matéria de Direito Empresarial (também chamada por alguns de Direito 
Comercial). Como você perceberá, os assuntos que serão ventilados 
praticamente esgotam todo o conteúdo relevante cobrado em diversas provas 
que demandam o conhecimento desta matéria. 
Assim, este curso tem como principal objetivo prepará-lo, de modo 
completo e didático, para encarar os desafios que surgirão pela frente. 
Busca-se, desta forma, fornecer um vasto material, que poderá ser 
utilizado em diversas provas que exigem o domínio de pontos específicos de 
Direito Empresarial. O candidato não precisará adquirir, a cada vez que se 
deparar com um edital recentemente lançado em que esta matéria é cobrada, 
um novo curso, tendo em vista a amplitude dos tópicos que serão tratados nos 
próximos encontros. 
Após estas breves palavras introdutórias, gostaria de me apresentar. 
Alguns talvez já me conheçam, uma vez que fui professor da matéria referente 
à Legislação Básica de Seguros para o concurso da SUSEP, Direito Empresarial 
para o concurso de Auditor Fiscal do DF e de MG, de Direito do Consumidor para 
o Procon-DF, dentre outros cursos aqui do Ponto. 
Meu nome é Antonio Carlos Vasconcellos Nóbrega, 35 anos, tenho 
formação jurídica e moro em Brasília desde 2008. 
Ingressei no serviço público em 10 de outubro de 2008, quando tomei 
posse no cargo de Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da 
União (CGU), umas das chamadas Carreiras Típicas de Estado, após aprovação 
no respectivo concurso público. Atualmente exerço minhas atribuições na 
Corregedoria-Geral da União, onde ocupo o cargo de Chefe de Gabinete. 
Dois anos antes, já havia obtido êxito na aprovação no concurso público 
para provimento do cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de 
Telecomunicações da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). 
Na carreira jurídica, durante cinco anos fiz parte dos quadros de um 
renomado escritório de advocacia que atua no mercado de seguros, quando tive 
a oportunidade de defender grandes empresas do ramo junto à esfera judicial e 
administrativa, além de trabalhar na área de Direito do Consumidor. 
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Atuei, ainda, no combate à fraude contra o seguro, tendo sido responsável 
pela coordenação do Departamento Jurídico Criminal do escritório, cuja principal 
ocupação era identificar possíveis pleitos indenizatórios irregulares e a 
consequente aplicação da lei ao caso analisado. 
Diante da necessidade de constante atualização, cursei e concluí duas 
pós-graduações, uma em Direito do Consumidor, na Escola de Magistratura do 
Rio de Janeiro (EMERJ), e outra em Direito Empresarial, na Fundação Getúlio 
Vargas (FGV), ainda na cidade do Rio. 
Além disso, participei de diversos cursos na Escola Nacional de Seguros - 
FUNENSEG, por onde publiquei um ensaio sobre o Contrato de Seguro e o 
Código de Defesa do Consumidor. 
Na área acadêmica, tive a oportunidade de coordenar um curso de 
combate à fraude contra o seguro no Rio de Janeiro, ocasião em que lecionei 
matérias ligadas ao Direito Civil e Empresarial, bem como legislação específica 
atinente ao universo do seguro. 
Amigo candidato, todos sabemos das dificuldades de aprovação em um 
concurso público. A grande concorrência pelas vagas resulta, inicialmente, em 
certa apreensão e ansiedade por parte do candidato. Mas você não está sozinho 
nesta jornada. 
Já é hora de pensar que a aprovação é um sonho possível, e que o êxito 
em um concurso público será a recompensa final pela perseverança e dedicação 
daqueles que não hesitarem em transpor os obstáculos naturais deste caminho. 
Este é o nosso objetivo. 
Então, vamos aos trabalhos? 
O curso que iremos iniciar será dividido em oito aulas com os seguintes 
temas: 
 
Disciplinas Data da divulgação das 
apostilas 
Estabelecimento. - 
Fundamentos do direito empresarial: origem e evolução 
histórica, autonomia, fontes e características; teoria da 
empresa; empresário: conceito, caracterização, inscrição, 
capacidade; empresário individual; pequeno empresário; 
microoempresa e empresa de pequeno porte; prepostos do 
 05/06/12 
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empresário; nome empresarial; escrituração. 
Registro de empresa: órgãos de registro de empresa; atos de 
registro de empresa; processo decisório do registro de 
empresa; inatividade da empresa; empresário irregular. 
Direito societário — parte I: sociedade empresária, conceito, 
terminologia, ato constitutivo; sociedades simples e 
empresárias; personalização da sociedade empresária; 
classificação das sociedades empresárias; sociedade 
irregular; teoria da desconsideração da personalidade 
jurídica; desconsideração inversa; regime jurídico dos sócios; 
sociedade limitada. 
12/06/12 
Direito Societário — parte II: sociedade anônima, Lei nº 
6.404/1976;sociedade em nome coletivo; sociedade em 
comandita simples; sociedade em comandita por ações; 
operações societárias: transformação, incorporação, fusão e 
cisão; Relações entre sociedades: coligações de sociedades, 
grupos societários, consórcios, sociedade subsidiária integral, 
sociedade de propósito específico; dissolução, liquidação e 
extinção das sociedades. 
19/06/12 
Títulos de crédito: conceito de títulos de crédito, 
características e princípios informadores; classificação dos 
títulos de crédito, letra de câmbio, nota promissória, cheque, 
duplicata, endosso e aval; títulos de crédito comercial, 
industrial, à exportação, rural, imobiliário, bancário; letra de 
arrendamento mercantil. 
Ação cambial: ação de regresso; inoponibilidade de exceções; 
responsabilidade patrimonial e fraude à execução; embargos 
do devedor; ação de anulação e substituição de título. 
Protesto de títulos e outros documentos de dívida: legislação, 
modalidades, procedimentos, efeitos, ações judiciais 
envolvendo o protesto. 
26/06/12 
Direito Falimentar: Lei nº 11.101/2005; teoria geral do 
Direito Falimentar; processo falimentar; pessoa e bens do 
falido; regime jurídico dos atos e contratos do falido; 
regime jurídico dos credores do falido; recuperação 
judicial; recuperação extrajudicial. 
03/07/12 
Propriedade industrial: Lei nº 9.279/1996; o Instituto 
Nacional da Propriedade Industrial; propriedade industrial 
e direitos autorais; patentes; desenho industrial; marca; 
procedimento de registro; indicações geográficas. 
10/07/12 
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Contratos mercantis: características; compra e venda 
mercantil; comissão mercantil; representação comercial; 
concessão mercantil; franquia (franchising); contratos 
bancários: depósito bancário, mútuo bancário, desconto 
bancário, abertura de crédito; contratos bancários 
impróprios: alienação fiduciária em garantia, 
arrendamento mercantil (leasing), faturização (factoring), 
cartão de crédito; contrato de seguro; contratos 
intelectuais: cessão de direito industrial, licença de uso de 
direito industrial, transferência de tecnologia, 
comercialização de logiciário (software). 
17/07/12 
 
Prezado candidato, optamos por tratar de assuntos complexos e 
relevantes em apenas uma ou duas aulas.Tal escolha evidencia-se pela 
necessidade de que seja dado enfoque aos principais pontos de cada tópico, 
bem como aos que têm maior probabilidade de serem exigidos pela Bancas 
Examinadoras. Busca-se, assim, evitar que o candidato use seu precioso tempo 
para estudar matérias que dificilmente serão cobradas no concurso. 
Saliente-se, ainda, que a mera apresentação ou menção a artigos, que 
visem a simplesmente fazer com que o candidato memorize o texto legal, 
poderá causar alguns problemas no momento da realização da prova, 
principalmente quando ocorrer o tão temido “branco” em hora de nervosismo. 
Torna-se necessária, então, uma leve abordagem doutrinária sobre alguns 
temas, principalmente aqueles que apresentam especificidades não encontradas 
usualmente pelos candidatos. Alguns termos e expressões, utilizados na 
redação das normas, que serão debatidas nas aulas seguintes, exigem um 
conhecimento pontual para sua total compreensão. 
Com uma boa base de conhecimento teórico, será possível ao candidato 
analisar uma questão e, mesmo que não se recorde com exatidão do texto 
legal, estará em condições de deduzir qual é a opção correta (ou pelo menos 
quais respostas estão possivelmente erradas). 
Para reforçar o conhecimento que será discutido nas aulas seguintes, 
serão apresentados exemplos e exercícios comentados, muitos retirados das 
provas de concursos anteriores. 
E então candidato, vamos começar nosso caminho em direção à 
aprovação? 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
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ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS 
1) Estabelecimento 
2) Exercícios 
 
 
 
1) Estabelecimento 
 
 Conceito e Natureza 
 
O tópico escolhido para ser debatido em nosso aula demonstrativa será 
referente ao estabelecimento empresarial. 
Inicialmente, cabe indagar: o que é estabelecimento empresarial? 
De acordo com o texto lapidado no art. 1.142 do Código Civil, infere-se 
que estabelecimento é “todo complexo de bens organizado, para 
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”. 
Assim, a universalidade ou somatório dos bens reunidos pelo empresário 
para exploração de determinada atividade econômica poderão ser chamados de 
estabelecimento empresarial, constituindo a base física do empreendimento. 
O estabelecimento compõe-se de elementos corpóreos e incorpóreos, tais 
como veículos, materiais em estoque, imóveis, tecnologia desenvolvida, 
equipamento necessário para a realização da atividade econômica, marcas, 
patentes, etc. 
Todos esses bens reunidos e devidamente organizados passam a ter um 
sobrevalor, que é devidamente tutelado pelo direito, conforme será visto 
adiante. Pode-se afirmar que tais bens, nesta forma de organização, adquirem 
um valor superior à soma de cada um deles em separado, chamando-se de 
fundo de comércio. 
Para exemplificar, vamos imaginar que determinada pessoa tenha 
interesse em montar uma oficina de carros. Para tanto, ela pode isoladamente 
adquirir cada máquina e utensílio ou pode simplesmente comprar uma oficina já 
pronta. Diante do que discutido, é certo que pagará um valor maior caso 
escolha a segunda opção, em virtude justamente do sobrevalor mencionado. 
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É fácil perceber que o conceito legal de estabelecimento distancia-se 
daquele admitido no senso comum, segundo o qual estabelecimento seria 
somente o local onde se realiza a atividade empresarial. Na realidade, o 
conceito de estabelecimento engloba todos os bens necessários ao desempenho 
daquela atividade. 
 
ESTABELECIMENTO É O CONJUNTO DE BENS QUE O 
EMPRESÁRIO ORGANIZA PARA O EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE. 
 
Neste passo, é necessário esclarecer que os estabelecimentos 
empresariais podem ser considerados unidades de uma empresa. Explicando 
melhor, uma empresa de carros pode ter várias filiais para realizar a sua 
atividade comercial. Pois bem, cada uma dessas diferentes sucursais será 
considerada um estabelecimento distinto, sendo que a principal agência poderá 
ser chamada de sede. 
É oportuno trazer à baila a lição de José Edwaldo Tavares Borba, quando, 
ao tratar da distinção entre subsidiária — uma sociedade que é controlada por 
outra — e estabelecimento, afirma que “o estabelecimento é parte, parcela, 
unidade de ação da sociedade; a subsidiária não integra a sociedade, visto ser 
uma outra sociedade, da qual aquela participa.” 
Para exemplificar, o renomado mestre faz menção à refinaria Duque de 
Caxias, que é um estabelecimento da Petrobrás, enquanto a Petrobrás 
Distribuidora S.A. é uma subsidiária. Continua afirmando que “a refinaria é, 
portanto, uma unidade da Petrobrás, não tendo personalidade jurídica. A 
distribuidora, embora controlada pela Petrobrás, é uma outra pessoa jurídica (…)”. 
O fato de o estabelecimento não ter personalidade jurídica, 
conforme mencionado acima, e, consequentemente, não ser sujeito de direitos 
e obrigações, é um dos três pontos marcantes de sua natureza. Além dessa 
característica, registre-se que o estabelecimento deve ser considerado 
um bem e integrar o patrimônio de uma sociedade empresária. 
Não obstante a existência de diversos entendimentos doutrinários acerca 
da natureza jurídica do estabelecimento, o que deve ser considerado pelo 
candidato é justamente a presença destas três características. 
No tocante à despersonalização do estabelecimento, o que deve ser 
ressaltado é que sujeito de direitos e obrigações é o empresário ou a sociedade 
empresária (a partir de agora, utlizar-se-á empresário para designar tanto o 
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empresário pessoa física como a sociedade empresária; trataremos mais sobre 
isso em nossa próxima aula). O estabelecimento não tem dívidas, as quais, na 
realidade, se originam da própria empresa. Além disso, o estabelecimento não 
contrai obrigações em nome próprio, que são contraídas em nome do empresário. 
A afirmação de que o estabelecimento é um bem permite que o mesmo 
seja alienado (providência que será debatida mais a frente), penhorado ou 
onerado, nos termos do art. 1.143 do Código Civil, que reza que o 
estabelecimento pode “ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, 
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza”. 
No tocante ao fato do estabelecimento integrar o patrimônio do empresário, 
evidencia-se que a este pode exercer todo seu complexo de direitos que decorrem 
do próprio direito de propriedade. Outrossim, é certo que o estabelecimento pode 
responder por eventuais dívidas contraídas pelo empresário. 
Neste passo, deve-se enfatizar que parte da doutrina considera o 
estabelecimento uma universalidade de fato, tal como uma biblioteca, já que, 
na realidade, trata-se de um conjunto de bens que permanecem unidos, 
destinados a um fim específico, de acordo com a vontade de seu proprietário. 
Para que o estabelecimento viesse a ser considerado uma universalidade de 
direito deveria se constituir por vontade legal, tal como ocorre com a herança e 
a massa falida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Alienação 
 
Como vimos acima, o estabelecimento comercial integra o patrimônio do 
empresário. Deste modo, é certo que não há qualquer óbice legal para que esse 
complexo de bens seja alienado para outro, na esteira do disposto no já 
mencionado art. 1.143 do Código Civil e de acordo com as regras inerentes ao 
próprio direito de propriedade. 
Estabelecimento 
Não tem 
personalidade 
jurídica 
É um bem 
Integra o 
patrimônio da 
sociedade 
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A alienação do estabelecimento comercial é conhecida pelo nome de 
TRESPASSE. 
Não se deve confundir o trespasse com a alienação do controle de 
determinada sociedade empresário. Ambos os negócios podem ter 
consequências semelhantes, já que o estabelecimento comercial aparentemente 
mudará de proprietário. 
Todavia, enquanto no trespasse o estabelecimento deixa de integrar o 
patrimônio de um empresário (alienante) e passa para outro (adquirente), na 
cessão de controle acionário ou de quotas o que muda é a composição 
societária da empresa. Nesta última hipótese, não há modificação na 
titularidade do estabelecimento, que continua a pertencer a mesma sociedade. 
Isto, obviamente, só pode ocorrer com sociedades empresárias, visto que 
o empresário individual não pode alienar seu controle, pois, além do fato de ser 
uma pessoa física, não possui quotas nem ações. Esta observação, apesar de 
parecer irrelevante, ajuda a clarificar a diferença entre trespasse e alienação do 
controle de determinada sociedade empresarial: no trespasse, o objeto da 
venda é o conjunto de bens necessários à empresa, enquanto na alienação de 
controle, o que é vendido são as quotas ou ações de determinada sociedade 
empresarial. 
Sintetizando o que foi dito: imagine que a empresa “X” compre o principal 
estabelecimento da sociedade empresária “Y”. Neste caso, o objeto do negócio 
foi o complexo de bens que compõe o estabelecimento, o qual passou a fazer 
parte do patrimônio da sociedade empresária “X”. 
Situação diversa ocorreria se os sócios João e Pedro vendessem sua 
participação na sociedade empresária “X” para Marcos e Paulo, os quais passariam 
a deter o controle da referida sociedade. Deste modo, o estabelecimento 
continuaria a fazer parte do patrimônio da sociedade empresária “X”, não obstante 
esta estar agora sob o comando de diferentes sócios. 
Ressalte-se, ainda, que a alienação de somente parte dos bens que 
integram o estabelecimento empresarial não poderá ser chamada de trespasse. 
 
É CHAMADO DE TRESPASSE O CONTRATO DE COMPRA E 
VENDA DE ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. 
 
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O negócio jurídico envolvendo a alienação do estabelecimento comercial 
apresenta algumas regras, insculpidas no Código Civil, que merecem uma 
atenção especial em nosso estudo. 
O art. 1.144 do Código Civil dispõe que a alienação de estabelecimento 
comercial “só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem 
da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de 
Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial”. Trata-se de 
condicionante legal para que o contrato adquira eficácia perante terceiros, sendo 
necessário ocorrer a averbação e a publicação na imprensa oficial. 
Em seguida, a norma lapidada no art. 1.145 apresenta outra regra que 
condiciona a eficácia da alienação do estabelecimento. Nos termos da lei, “se ao 
alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da 
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou 
do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de 
sua notificação”. 
Como exemplo, imagine que uma grande sociedade empresarial, 
proprietária de um vigoroso e sólido patrimônio, decida alienar um de seus 
estabelecimentos. Neste caso, é necessário o consentimento, expresso ou 
tácito, de seus credores? 
Supondo-se que a sociedade empresarial tem bens suficientes para arcar 
com suas dívidas, é evidente que tal consentimento será dispensado. 
Contudo, imaginemos agora uma sociedade empresarial de pequeno 
porte, proprietária de um único estabelecimento e devedora de vultosas 
quantias, superiores a seu patrimônio. Se esta decidir alienar o estabelecimento 
a um terceiro, há duas opções: obter o consentimento, expresso ou tácito, dos 
credores ou pagar a todos eles. 
Caso tais medidas não sejam devidamente encetadas pelo alienante, o 
adquirente do estabelecimento poderá ser prejudicado, pois poderá perder o 
estabelecimento para a coletividade de credores, na hipótese de falência do 
primeiro. 
 
 
 
 
 
 
A EFICÁCIA DA ALIENAÇÃO DO 
ESTABELECIMENTO DEPENDE DE: 
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Adiante, a letra do art. 1.146 faz incidir a regra da solidariedade na 
alienação do estabelecimento comercial. Destarte, o alienante também pode ser 
acionado por eventuais credores até um ano depois da publicação do negócio no 
caso de créditos vencidos. No tocante aos créditos não vencidos, a 
responsabilidade do alienante irá perdurar até um ano após o vencimento. 
Além disso, é patente que o adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à celebração do trespasse, desde que tais 
valores estejam regularmente contabilizados. 
A norma do art. 1.147 nos apresenta uma limitação para o exercício do 
comércio por parte da sociedade que alienou o estabelecimento. Assim, o 
alienante “não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subseqüentes à transferência.” 
É relevante notar que a norma não prevê um limite geográfico deste 
impedimento, limitando-se a mencionar o prazo de cinco anos. Assim, tal matéria 
deverá ser analisada pontualmente ou tratada no próprio contrato de trespasse. 
Repare, candidato, que não há vedação para que o alienante venha a se 
estabelecer novamente. A regra tem como escopo somente impedir a 
concorrência com o antigo estabelecimento comercial pelo prazo de cinco anos. 
Por fim, o último texto legal que merece atenção nesta oportunidade é 
aquela consequência positivada no seguinte art. 1.148. Conforme a redação 
daquele dispositivo denota-se que, não havendo estipulação em contrário, “a 
transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados 
para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal.” 
Averbação e a publicação na 
imprensa oficial. 
Consentimento, expresso ou 
tácito, dos credores ou 
pagamento de todos eles (caso 
o alienante não tenha bens 
suficientes para o pagamento 
de seu passivo). 
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Portanto, os contratos celebrados com o antigo proprietário do 
estabelecimento continuam a vigorar normalmente, desde que não tenham 
caráter pessoal. 
Como exemplo, podemos imaginar um contrato celebrado com o antigo 
proprietário para manutenção das máquinas de um estabelecimento. 
Ocorrendo a alienação, o contrato continuará válido, com a mudança em um 
dos pólos do contrato. 
Perceba, contudo, que a norma em comento permite que os terceiros 
contratantes rescindam o contrato, sendo necessária a observância de certos 
requisitos para tanto. Deste modo, ocorrendo a alienação do estabelecimento, é 
possível que os antigos contratos celebrados pelo alienante com terceiros sejam 
rescindidos, desde que haja justa causa e que tal medida seja realizada no 
prazo de noventa dias após a publicação do negócio. 
 
 
 
Aqui termina a nossa primeira aula. 
Adiante, bem como nas aulas seguintes, são apresentados alguns 
exercícios por nós elaborados ou retirados de outros concursos públicos, de 
modo que seja compreendida a forma como a matéria pode ser tratada nos 
desafios que se aproximam. 
Peço que não hesitem na utilização de nosso fórum de dúvidas, para que 
aquele importante instrumento se torne um espaço de debate e consolidação 
dos conhecimentos que serão abordados em nossospróximos encontros. 
Por ora, me despeço, esperando encontrar-lhes muito em breve, para que 
possamos conversar mais a respeito deste fascinante e desafiador tema. 
Forte abraço e bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Exercícios 
 
1. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010) Com relação ao estabelecimento 
empresarial, assinale a afirmativa incorreta: 
a) é o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por 
empresário ou por sociedade empresária. 
b) refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária. 
c) desponta a noção de aviamento. 
d) inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis. 
e) é integrado pela propriedade intelectual. 
 
2. (ESAF – Procurador/DF, 2004) A alienação do estabelecimento 
empresarial: 
a) transfere automaticamente ao adquirente as obrigações regularmente 
contabilizadas, exonerando o alienante de qualquer responsabilidade. 
b) impede o alienante de exercer a mesma atividade que exercia anteriormente 
pelo prazo de cinco anos, em qualquer ponto do território nacional. 
c) não importa sub-rogação no contrato de locação comercial. 
d) não implica a cessão dos créditos relativos à atividade exercida no 
estabelecimento. 
e) equivale à alienação do imóvel utilizado para o exercício de atividade 
empresarial. 
 
3. (FUNIVERSA – Analista Pleno/APEX-Brasil, 2006) O adquirente do 
estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência: 
a) nas hipóteses em que a transferência for onerosa. 
b) desde que regularmente contabilizados. 
c) se manifestar sua concordância expressa. 
d) em toda e qualquer circunstância. 
e) após o devido pronunciamento judicial nesse sentido. 
 
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4. (FCC – Defensor Público/PA, 2009) Quanto ao estabelecimento, atente 
às três postulações seguintes: 
I – O adquirente do estabelecimento não responde pelo pagamento dos débitos 
anteriores à transferência, contabilizados ou não, exceção feita aos débitos 
fiscais. 
II – Seu conceito é o de tratar-se de todo complexo de bens organizado para 
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. 
III - Salvo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer 
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. 
É correto afirmar que somente: 
a) o item I é verdadeiro. 
b) o item III é verdadeiro. 
c) os itens I e II são verdadeiros. 
d) os itens I e III são verdadeiros. 
e) os itens II e III são verdadeiros. 
 
5. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010) A respeito do trespasse do 
estabelecimento empresarial, analise as afirmativas a seguir: 
I - O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos 
quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de 
publicado na imprensa oficial. 
II - Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do 
contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles 
solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação 
do contrato de trespasse na imprensa oficial. 
III - Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o 
imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de 
atividades e na mesma zona geográfica. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
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e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
6. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2012) A respeito das regras 
previstas no Código Civil, marque a alternativa incorreta: 
a) Para que uma sociedade empresarial possa alienar um de seus 
estabelecimentos sempre é necessária a autorização de todos os seus credores, 
de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir da notificação. 
b) O adquirente de um estabelecimento responde pelos débitos anteriores ao 
negócio, desde que regularmente contabilizados. 
c) Não há impedimento legal para que o estabelecimento seja objeto unitário de 
direitos e negócios jurídicos. 
d) De acordo com o Código Civil, havendo autorização expressa, é possível ao 
alienante do estabelecimento fazer concorrência ao adquirente, logo após a 
transferência, não sendo necessário respeitar o prazo de cinco anos. 
e) Conforme a definição apresentada no Código Civil, estabelecimento é todo 
complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou 
por sociedade empresária. 
 
7. (FGV – Fiscal de Rendas/MS, 2006) Em que consiste o trespasse? 
a) Direito de retirada de sócio ou acionista. 
b) Cessão gratuita de cotas sociais. 
c) Cessão onerosa de cotas sociais. 
d) Alienação de estabelecimento comercial. 
e) Abdicação, pelo sócio, do direito ao recebimento de dividendos em prol de 
outrem. 
 
8. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2012) O alienante do 
estabelecimento comercial continua solidariamente obrigado pelos débitos 
anteriores: 
a) pelo prazo de cinco anos, a partir, quanto aos créditos vencidos, da 
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
b) pelo prazo de um ano em relação a todos os créditos, vencidos ou não. 
c) pelo prazo de cinco anos a partir da data do vencimento. 
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d) pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, 
e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
e) pelo prazo de dois anos, a partir da publicação, quanto aos créditos vencidos, 
e pelo prazo de um ano, quanto aos outros, da data do vencimento. 
 
9. (Cespe – Defensor Público Ceará, 2008) Integra o estabelecimento 
empresarial os débitos da sociedade. 
 
10. (Cespe - Advogado da União, 2009) O estabelecimento empresarial, 
definido como todo complexo de bens materiais ou imateriais organizado por 
empresário ou sociedade empresária, para o exercício da empresa, classifica-se 
como uma universalidade de direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
 
Questão 1 – b 
 
Questão 2 - C 
 
Questão 3 - b 
 
Questão 4 - e 
 
Questão 5 - c 
 
Questão 6 - a 
 
Questão 7 - d 
 
Questão 8 - d 
 
Questão 9 - F 
 
Questão 10 - F 
 
Comentários 
 
Questão 1 
A questão exige do candidato o conhecimento preciso do texto legal. 
Assim, a opção “a”, está de acordo com o art. 1.142 do Código Civil. 
A alternativa “b” é incorreta, pois nada impede que uma empresa tenha 
vários estabelecimentos para o exercício de sua atividade. 
A opção “c” faz alusão ao conceito de aviamento, que é o valor agregado 
aos bens organizados no estabelecimento, de acordo com a noção de fundo de 
comércio. 
A alternativa “d” apresenta um elenco de bens que integra o 
estabelecimento, enquanto que a opção “e” refere-se à propriedade intelectual, 
que também faz parte do conjunto de elementos do estabelecimento. 
 
Questão 2 
A alternativa correta é a letra “c”, tendo em vista que a sub-rogação 
ocorre somente nos contratos estipulados paraexploração do estabelecimento e 
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se não tiverem caráter pessoal, afastando-se tal fenômeno jurídico no caso de 
contrato de locação comercial. 
 A opção “a” conflita com a regra lapidada no art. 1.146 do Código Civil, 
ao dispor que o alienante se exonera de qualquer responsabilidade. 
A alternativa “b” refere-se a “qualquer ponto do território nacional”. Como 
vimos, o art. 1.147 do Código Civil não apresentou um limite geográfico para o 
impedimento lá previsto, sendo necessária a análise casual daquela regra. 
 A cessão de créditos é prevista no art. 1.148 do Código Civil que dispõe 
que tal fenômeno “produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde 
o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se 
de boa-fé pagar ao cedente”. Destarte, é certo que a cessão de crédito irá 
ocorrer na alienação do estabelecimento empresarial, o que indica o erro da 
alternativa “d”. 
 Por fim, a letra “e” afirma que a alienação do imóvel utilizado para o 
exercício de atividade empresarial equivale à alienação do estabelecimento. Ora, 
como discutido, no trespasse são alienados os diversos elementos integrantes 
do estabelecimento, não se confundido com o imóvel onde a atividade é 
exercida, que se trata de um bem único. 
 
Questão 3 
A questão não demanda um conhecimento muito aprofundado da matéria, 
sendo necessário somente o conhecimento do texto legal insculpido no art. 
1.146 do Código Civil, que dispõe que “o adquirente do estabelecimento 
responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados.” 
 Evidencia-se, assim, que a alternativa correta é a letra “b”. 
 
Questão 4 
São apresentadas três afirmativas nesta questão. Para que o candidato 
pudesse apontar quais delas são verdadeiras, é necessário o conhecimento do 
texto legal. 
 Deste modo, a primeira assertiva está claramente contrária à redação do 
art. 1.146 do Código Civil, ao dispor que o adquirente do estabelecimento não 
responderá pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, mesmo que 
contabilizados. Ademais, reporta-se à exceção dos débitos fiscais, não prevista 
na legislação substantiva civil em estudo. 
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 O item II está de acordo com o conceito de estabelecimento trazido pelo 
art. 1.142 do Código Civil. Já a terceira afirmativa harmoniza-se com o art. 
1.147 do Código Civil. 
 Assim, é certo que a opção correta é a letra “e”. 
 
Questão 5 
Em moldes semelhantes à questão anterior, são apresentadas três 
assertivas, para que o candidato aponte quais estão corretas. Novamente o 
tema tratado é a alienação do estabelecimento, tópico que desperta a atenção 
do examinador. 
 O primeiro item apresenta redação que se harmoniza com o texto 
estatuído no art. 1.144 e o segundo com o teor do art. 1.146 do Código Civil. 
É recomendável ao candidato atenção ao prazo de um ano previsto neste último 
dispositivo legal, bem como ao fato de que tal lapso corre, quanto aos créditos 
vencidos, do momento da publicação. 
 O item III está incorreto, pois afirma que “mesmo por convenção 
expressa” a proibição do art. 1.147 do Código Civil deve ser observada. Ora, 
conforme a própria letra daquele artigo, a autorização expressa pode afastar a 
regra daquele dispositivo. 
 Assim, denota-se que a opção correta é a letra “c”. 
 
Questão 6 
O enunciado da questão solicita a indicação de qual afirmativa está 
incorreta. 
 A afirmativa “b” encontra respaldo no art. 1.146, enquanto a letra “c” 
harmoniza-se com o texto legal do art. 1.143. O item “d” trata da questão da 
autorização expressa prevista no art. 1.147, debatida na questão anterior. A 
alternativa “E” versa sobre a definição de estabelecimento, conforme a redação 
do art. 1.142. 
 A opção incorreta é a letra “a”. Com efeito, a autorização dos credores 
para que ocorra a alienação do estabelecimento só é necessária se ao alienante 
não restarem bens suficientes para solver o seu passivo e desde que tais 
credores não tenham sido pagos, na esteira da redação do art. 1.145. 
 
 
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Questão 7 
A questão demanda somente o conhecimento do conceito de contrato de 
trespasse. Tendo em vista o que já foi debatido, não há dificuldade em apontar 
a letra “d” como a opção correta. 
 
Questão 8 
Novamente são demandados conhecimentos acerca do contrato de 
trespasse. Para apontar a alternativa correta, basta o conhecimento do 
conteúdo normativo do art. 1.146 do Código Civil, restando evidente que a 
opção correta é a letra “d”. 
 
Questão 9 
Os débitos são da sociedade empresarial e não do estabelecimento, que é 
somente parte do patrimônio da empresa e não pode ser sujeito de obrigações, 
assim a assertiva é falsa. 
 
Questão 10 
Concluindo esta etapa de exercícios, como vimos, o estabelecimento 
empresarial é uma universalidade de fato e não de direito, portanto assertiva 
falsa. 
 
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