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Princípios Gerais do PC 2018

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07/08/18 
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Disciplina de Dentística Laboratorial 
Princípios gerais do preparo cavitário 
Profa. Dra. Marina G. Roscoe 
É o tratamento biomecânico da cárie e de outras 
lesões dos tecidos duros do dente, a fim de que 
as estruturas remanescentes possam receber 
uma restauração que as proteja, seja resistente e 
previna a reincidência de cárie, devolvendo a 
forma, função e estética. 
MONDELLI et al, Procedimentos Pré-clínicos, 1997 
Preparo cavitário 
Conceito 
PREPARO CAVITÁRIO 
 Cavidade 
Patológica Cavidade 
Terapêutica 
Preparo cavitário 
Conceito 
1- Eliminar o tecido patológico; 
2- Conferir à cavidade formas que permitam 
ao dente receber e reter o material restaurador; 
3- Preservar a vitalidade pulpar. 
Preparo cavitário 
Finalidades 
1- Remover totalmente o tecido cariado 
infectado; 
2- Deixar as paredes da cavidade suportadas 
por dentina sadia ou por materiais com igual 
função; 
3- Conservar maior quantidade de tecido dental 
sadio; 
4- Paredes cavitárias planas e lisas; 
5- Preparo cavitário limpo e seco. 
Preparo cavitário 
Regras 
G.V.BLACK – 1891 e 1908 
Preparo cavitário 
Histórico 
✓  Black foi o primeiro a 
idealizar uma sequência 
lógica de procedimentos 
para a realização de 
preparos cavitários. 
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I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
I- ABERTURA DA CAVIDADE 
Visa a remoção do esmalte sem apoio dentinário, com 
a finalidade de expor a lesão de cárie, facilitando sua 
visualização e, desta forma, permitir a 
instrumentação das fases subsequentes do preparo 
cavitário. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório I – Abertura da cavidade 
Realizada com instrumentos rotatórios em alta velocidade: 
 Fresas Carbide 245, 329, 330 (Dentes posteriores) 
Preparo cavitário 
Tempo operatório I – Abertura da cavidade 
I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
II- FORMA DE CONTORNO 
 É o Tempo Operatório que visa 
delimitar a área da superfície do dente 
que deverá ser incluída no preparo 
cavitário. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório II – Forma de contorno 
 Princípios Básicos da Forma de Contorno 
Todo esmalte sem apoio dentinário deve ser removido 
Preparo cavitário 
Tempo operatório II – Forma de contorno 
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Margens do preparo (ângulo cavo-superficial) 
localizadas em áreas de “relativa imunidade à cárie” e 
que possibilitem um correto acabamento das 
margens da restauração; 
 Princípios Básicos da Forma de Contorno 
Preparo cavitário 
Tempo operatório II – Forma de contorno 
Preparo cavitário 
Tempo operatório II – Forma de contorno 
 Princípios Básicos da Forma de Contorno 
Conhecimento científico da doença cárie 
Métodos de controle e prevenção 
Forma de contorno das cavidades: limita-se a englobar os 
tecidos comprometidos, respeitando as estruturas de 
reforço, tais como pontes de esmalte, vertentes e cúspides. 
Reformulação do conceito de “extensão preventiva” 
Preparo cavitário 
Tempo operatório II – Forma de contorno 
 Fatores a serem considerados 
❖  Quando 2 cavidades distintas estiverem separadas por 
estrutura sadia, com menos de 1 mm, elas deverão 
ser unidas. 
❖  Caso contrário, esta estrutura deverá ser mantida, 
preparando-se assim 2 cavidades distintas. 
1m
m 
-1mm I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
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III- REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
É o Tempo Operatório que consiste na 
remoção de toda dentina que encontra-se 
desmineralizada e infectada, pela lesão de 
cárie, de modo irreversível. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório III – Remoção da dentina cariada 
 ZONAS DA 
 LESÃO DE CÁRIE 
1a Zona – Dentina muito infectada 
 e desorganizada 
2a Zona – Dentina infectada e 
 desmineralizada 
3a Zona – Dentina desmineralizada 
 não infectada, passível 
 de remineralização 
 REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
Preparo cavitário 
Tempo operatório III – Remoção da dentina cariada 
I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
 IV- FORMA DE RESISTÊNCIA 
É o Tempo Operatório que consiste em se dar 
forma à cavidade para que a estrutura dental 
e material restaurador possam resistir aos: 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
❖  Esforços mastigatórios; 
❖ Variação volumétrica dos materiais restauradores; 
❖  Diferenças no coeficiente de expansão térmica do dente e do 
material restaurador. Esmalte sem suporte 
dentinário 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE BLACK 
❖  Todo esmalte deverá estar suportado por dentina hígida ou 
artificial; 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
Esmalte após 
 preparo 
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❖  Paredes circundantes planas, paralelas entre si ou 
ligeiramente convergentes para oclusal, e perpendiculares à 
parede pulpar; 
90o 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE BLACK 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
❖  Abertura vestíbulo-lingual com no máximo 1/3 da distância intercuspídea 
(ideal ¼); 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE BLACK 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
❖  Profundidade maior que 1,5 mm; 
❖  Parede gengival plana e paralela à parede pulpar e ambas 
perpendiculares ao longo eixo do dente; 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE BLACK 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
V 
L P 
A 
C 
❖  Ângulos diedros e triedros definidos; 
V-P; L-P 
A-C-L 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE BLACK 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
V L 
P 
A 
C 
❖  Ângulo Áxio-pulpar arredondado; 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE BLACK 
Preparo cavitário 
Tempo operatório IV – Forma de resistência 
I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
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 V- FORMA DE RETENÇÃO 
É o Tempo Operatório que consiste em se 
dar forma à cavidade com a finalidade de 
evitar o deslocamento da restauração. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
Embricamento mecânico entre o material 
restaurador e as paredes cavitárias 
 V- FORMA DE RETENÇÃO 
Cavidade retentiva 
Cavidade não retentiva 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
 V- FORMA DE RETENÇÃO 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
❖  Paredes circundantes paralelas entre si ou ligeiramente 
convergentes para oclusal. 
90o 
TIPOS DE FORMAS DE RETENÇÃO 
Sulco 
Preparocavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
TIPOS DE FORMAS DE RETENÇÃO 
❖  Retenção Mecânica Adicional 
Sulco 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
❖  Retenção em Sulco ou Canaleta 
TIPOS DE FORMAS DE RETENÇÃO 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
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❖  Retenção através de Pinos em Dentina 
TIPOS DE FORMAS DE RETENÇÃO 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
❖  Retenção através de Pino Intraradicular 
TIPOS DE FORMAS DE RETENÇÃO 
Preparo cavitário 
Tempo operatório V – Forma de retenção 
I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
VI- FORMA DE CONVENIÊNCIA 
É o Tempo Operatório que consiste em se 
dar ao preparo cavitário características a 
fim de facilitar o acesso, a conformação e 
a instrumentação da cavidade. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VI – Forma de conveniência 
❖  Exemplos 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VI – Forma de conveniência 
 VI- FORMA DE CONVENIÊNCIA 
– Isolamento absoluto; 
– Afastamento dental; 
– Acesso com pontas diamantadas; 
– Uso de pontas adequadas; 
– Uso de cunhas e matriz; 
– Uso de seringas de inserção. 
❖  Isolamento Absoluto do Campo Operatório 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VI – Forma de conveniência 
 VI- FORMA DE CONVENIÊNCIA 
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❖  Afastamento Temporário dos Dentes 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VI – Forma de conveniência 
 VI- FORMA DE CONVENIÊNCIA 
❖  Proteção do Dente Vizinho (P.Cavitário Classe II) 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VI – Forma de conveniência 
 VI- FORMA DE CONVENIÊNCIA 
I - Forma de abertura da cavidade; 
II - Forma de contorno; 
III - Remoção da dentina cariada; 
IV - Forma de resistência; 
Preparo cavitário 
Tempos operatórios 
V - Forma de retenção; 
VI - Forma de conveniência; 
VII - Forma de acabamento das paredes de 
esmalte. 
É o Tempo Operatório que consiste em 
alisar as irregularidades das paredes de 
esmalte e do ângulo cavo-superficial do 
preparo cavitário. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VII – Acabamento das paredes de esmalte 
VII- ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE 
❖  Melhorar a adaptação do material restaurador às 
paredes cavitárias; 
Finalidades 
❖  Melhorar o vedamento marginal; 
❖  Dimunuir a infiltração marginal. 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VII – Acabamento das paredes de esmalte 
VII- ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE 
ENXADAS RECORTADORES 
Preparo cavitário 
Tempo operatório VII – Acabamento das paredes de esmalte 
VII- ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE 
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Preparo cavitário 
Tempo operatório VII – Acabamento das paredes de esmalte 
VII- ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE 
Alguns erros durante o preparo cavitário… 
Alguns erros durante o preparo cavitário… Alguns erros durante o preparo cavitário… 
Alguns erros durante o preparo cavitário… Alguns erros durante o preparo cavitário… 
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✓  Os conceitos sofreram significativas mudanças, graças ao 
surgimento de novos materiais e técnicas restauradoras. 
✓  A concepção do preparo da cavidade e os detalhes da sua 
forma dependem do material a ser usado para a restauração. 
✓  No caso específico do amálgama, as suas características 
físicas e propriedades mecânicas (fragilidade mecânica em 
pequena espessura) determinam a forma cavitária ideal. 
✓  Para o melhor entendimento das transformações, é 
necessário entender os princípios gerais do preparo cavitário 
idealizados por Black. 
Considerações finais 
Boa semana!!!

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