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RISCOS AMBIENTAIS (ruido e calor)

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RISCOS AMBIENTAIS
Tratado pela NR-9, Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. 
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. 
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 
Os riscos ambientais são capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, características do local de trabalho que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador.
RUÍDOS 
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazos provocar sérios prejuízos à saúde.
Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente. 
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional. 
          Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente 
	Nível de ruído dB(A) 
	Máxima exposição diária permissível 
	85 
	8 horas 
	86 
	7 horas 
	87 
	6 horas 
	88 
	5 horas 
	89 
	4 horas e 30 minutos 
	90 
	4 horas 
	91 
	3 horas e 30 minutos 
	92 
	3 horas 
	93 
	2 horas e 40 minutos 
	94 
	2 horas e 40 minutos 
	95 
	2 horas 
	96 
	1 hora e 45 minutos 
	98 
	1 hora e 15 minutos 
	100 
	1 hora 
	102 
	45 minutos 
	104 
	35 minutos 
	105 
	30 minutos 
	106 
	25 minutos 
	108 
	20 minutos 
	110 
	15 minutos 
	112 
	10 minutos 
	114 
	8 minutos 
	115 
	7 minutos 
  
Consequências
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando: 
fadiga nervosa; 
alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar ideias; 
hipertensão; 
modificação do ritmo cardíaco; 
modificação do calibre dos vasos sanguíneos; 
modificação do ritmo respiratório; 
perturbações gastrointestinais; 
diminuição da visão noturna; 
dificuldade na percepção de cores.
Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição. 
Prevenção
Programa de Conservação Auditiva – PCA
O Programa de Conservação Auditiva – PCA é um conjunto de medidas a serem desenvolvidas pela empresa com o objetivo de prevenir a instalação ou a evolução de perdas da audição, devendo contemplar, pelo menos, a avaliação ambiental do ruído, o monitoramento da exposição ao ruído, medidas de proteção coletiva e individual, um programa de controle médico e um programa educativo.
Avaliação ambiental (mapeamento de área)
Utiliza-se um medidor portátil de nível de pressão sonora (decibelímetro), sendo que as medições devem ser realizadas por profissionais habilitados. As medições devem ser realizadas em condições operacionais normais, juntamente à zona auditiva do trabalhador. No mapeamento de cada área, os pontos de medição deverão corresponder às intersecções de uma malha de 3 x 3 metros. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados nos Anexos Nº 1 e 2 da NR-15 da Portaria 3214/78. De acordo com essa legislação, 85 dB é a máxima exposição permissível para uma jornada de trabalho de 8 horas. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constante, são recomendados níveis de ruído de até 65 dB(A). 
Monitoramento da exposição ao ruído
Utiliza-se um dosímetro com critério de 85 dB(A) como limite de tolerância para 8 horas de trabalho. A caracterização da exposição deve ser realizada de maneira individual, buscando definir a dose de ruído recebida por cada um dos trabalhadores do ambiente. Em certas situações, é indicado a utilização da metodologia de “Grupos Homogêneos de Exposição” (AIHA-American Industrial Hygiene Association). As dosimetrias devem ser realizadas em condições operacionais normais e as amostragens devem cobrir toda jornada de trabalho.
Medidas de Proteção Coletiva
Medidas Organizativas
Têm como objetivo alterar o esquema de trabalho ou das operações, produzindo redução da exposição. Exemplos:
·   redução da jornada de trabalho;
·   introdução de pausas durante o trabalho;
·   mudança de setor de trabalho ou alternância para funções compatíveis;
·   alternância do funcionamento de máquinas e equipamentos ruidosos.
Medidas de Controle Ambiental
São medidas de engenharia que, introduzindo modificações ou mudanças nos equipamentos, provocam alterações na emissão de ruído na fonte ou na transmissão, reduzem o nível de ruído que atinge o ouvido do trabalhador. Exemplos:
·  implantação e/ou otimização do programa de manutenção preventiva e corretiva em máquinas e equipamentos;
·  reorganização do “lay-out” da empresa;
·  introdução de modificações em máquinas e equipamentos (silenciosos);
·  enclausuramento de máquinas e equipamentos;
·  isolamento de setores da empresa;
·  construção de anteparos;
·  tratamento acústico em paredes e tetos e,
·  construção de cabines isolantes para pausas durante o trabalho.
Medidas de Proteção Individual: Protetores Auriculares
Os protetores auriculares devem ser fornecidos quando o empregador comprovar a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial. Os trabalhadores devem ser treinados quanto a correta utilização e manutenção dos protetores auriculares, devendo ser orientados sobre as limitações de proteção que eles oferecem.
 Tipos de protetores auriculares
 ·     tipo concha: reduz a transmissão aérea e óssea do ruído ambiental;
·     de inserção: reduz apenas a transmissão aérea, não interferindo na transmissão óssea do ruído ambiental. Podem ser:
- moldados: de borracha ou plástico, de forma definida e tamanhos pequeno, médio e grande e são reaproveitáveis;
- moldáveis: de algodão, papel, cera ou fibras sintéticas, adotam a forma do canal auditivo e são usados somente uma vez.
 Programa de Controle Médico
Monitoramento dos trabalhadores expostos a ruído através de audiometrias realizados por ocasião do exame admissional, seis meses após a admissão e, posteriormente, a cada ano. As diretrizes e os parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados estão estabelecidos no Anexo I do Quadro da NR-7 da Portaria 3214/78.
Programa Educativo
Um programa educativo deve ser desenvolvido com o objetivo de levar ao conhecimento, tanto de trabalhadores como de empregadores, os riscos à exposição ao ruído e asmedidas de proteção que podem ser adotadas.
CALOR
Os mecanismos de regulação calórica interna do corpo humano tratam de manter no corpo uma temperatura constante de 37°C. A pele e os tecidos subcutâneos são mantidos em uma temperatura constante pelo sangue circulante. A temperatura do sangue se deve ao calor proveniente da energia liberada pelas células quando estas queimam o alimento (um processo que requer um suprimento constante de alimento e oxigênio). O excesso é eliminado, sendo normal que o corpo perca constantemente calor através dos pulmões e da pele.
No caso de exposição ao calor ambiental excessivo, o organismo produz mais calor e utiliza esses mecanismos de regulação para perder mais calor e manter constante a sua temperatura. Em primeiro lugar, se produz dilatação dos vasos sanguíneos da pele e dos tecido subcutâneos e se desvia parte importante do fluxo sanguíneo para essas regiões superficiais. Há um aumento concomitante do volume sanguíneo circulante devido a contração do baço e diluição do sangue circulante com líquidos extraídos de outros tecidos. Esses ajustes circulatórios favorecem o transporte de calor do centro do organismo até a superfície. Simultaneamente, se ativam as glândulas sudoríparas, derramando líquido sobre a pele (suor) para eliminar calor por evaporação. 
Exposição Ocupacional
 Os efeitos da sobrecarga térmica (ou estresse térmico), que um trabalhador está submetido em uma área de trabalho quente, dependem de fatores ambientais e de características individuais do trabalhador, tais como idade, peso e, condicionamento físico, especialmente do aparelho cardiocirculatório. Entre os fatores ambientais devem ser considerados a temperatura, a umidade, o calor radiante (sol, fornos) e a velocidade do ar. 
As ocupações com maior risco de exposição ao calor incluem os cozinheiros, padeiros, fundidores de metais, fabricantes de vidros, mineiros, entre outros. Os riscos aumentam com a umidade elevada, que diminui o efeito refrescante da sudorese, e com o esforço físico prolongado, que aumenta a quantidade de calor produzido pelos músculos. 
A exposição prolongada ao calor excessivo pode causar um aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e incapacidade para concentrar-se. Nos casos mais graves, pode ocorrer alterações físicas tais como desidratação, erupção (vesículas roxas na área afetada da pele) e câimbras (espasmos e dor nos músculos do abdômen e das extremidades). 
Esgotamento por calor
 Ocorre quando a perda contínua de fluidos, através da transpiração, não é compensada pela ingestão de líquidos e sais. O trabalhador continua transpirando em profusão mas apresenta palidez, fraqueza, dor de cabeça, tonturas e náuseas. A temperatura corporal se apresenta normal ou ligeiramente elevada e a pele torna-se úmida, fria e pálida ou avermelhada. 
Intermação ou hipertermia
 A intermação ou hipertermia é a ocorrência mais grave na exposição ocupacional ao calor e decorre da falha do mecanismo interno do organismo para regular sua temperatura interna. A transpiração cessa e o organismo perde a capacidade de liberar o excesso de calor. A temperatura corporal aumenta para 41°C ou mais e a pele torna-se seca, quente e vermelha ou azulada. Os sintomas incluem dor de cabeça, náuseas, confusão mental, delírio, perda da consciência, convulsões, coma e, se não tratada oportunamente, pode até levar a morte. 
Resumindo, Altas temperaturas podem provocar: 
desidratação; 
erupção da pele; 
câimbras; 
fadiga física; 
distúrbios psiconeuróticos; 
problemas cardiocirculatórios; 
insolação.
Prevenção
A maioria dos problemas de saúde relacionados com o calor, pode ser prevenida ou seus riscos reduzidos. As seguintes precauções diminuem bastante os riscos gerados pelo calor: 
A instalação de mecanismos técnicos de controle, entre os quais um plano de ventilação do ambiente como um todo e medidas que promovam o resfriamento localizado sobre as fontes de calor, incluindo sistemas de exaustão. A instalação de painéis de isolamento das fontes do calor radiante são medidas bastante positivas. O resfriamento por evaporação e a refrigeração mecânica são outras maneiras possíveis de redução do calor. Ventiladores são dispositivos que também concorrem para reduzir o calor em ambientes quentes. A adoção de roupas de proteção para o trabalhador; a modificação, bem como a automação dos equipamentos, visando a redução do trabalho manual são outras formas de reduzir o calor. 
Certas práticas de trabalho, como por exemplo a ingestão de água em abundância – até um quarto de litro por hora por trabalhador – em seu ambiente de trabalho, pode concorrer para reduzir os riscos causados pelo calor. É fundamental que os trabalhadores recebam treinamento em procedimentos de primeiros socorros para que aprendam a reconhecer e enfrentar os primeiros sinais orgânicos de reação ao calor. Os empregadores devem considerar também a condição física de cada trabalhador cuja atividade será desenvolvida em área de calor. Os trabalhadores de mais idade, os obesos e os que passam por período de tratamento com ingestão de medicamentos, correm mais riscos. 
Os períodos de trabalho e descanso podem ser alternados com períodos de descanso mais prolongados e em ambientes bem ventilados. Na medida do possível deve-se planejar para que os trabalhos mais pesados sejam desenvolvidos nas horas mais frescas do dia. Os supervisores devem receber treinamento para detectar com antecedência qualquer indisposição e permitir que o trabalhador interrompa sua tarefa antes do agravamento de sua situação. 
A aclimatação ao calor por meio de curtos períodos de exposição para em seguida, o trabalhador ser submetidos a exposições por períodos mais longos. Os empregados recém admitidos e os que retornam após período de férias devem passar por período de adaptação de cinco dias. 
5) Os trabalhadores devem estar suficientemente instruídos quanto à necessidade da ingestão de líquidos e sais perdidos durante a transpiração. Devem conhecer os sintomas da desidratação, esgotamento, desmaio, câimbras e insolação. Devem ainda ser conscientizados da importância do controle diário de seu peso como forma de detectar a hidratação.

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