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RESUMO ➔➔ AULA 6: PENSAMENTO ● imagens mentais surgem de forma espontânea e voluntária, independendo de um estímulo sensorial específico - geralmente elas estão ligadas aos conceitos que temos dos objetos e ao significado dos mesmos ● habilidade de antecipar probabilidades relativas aos acontecimentos ● papel do córtex pré-frontal - principalmente relacionada com as ações motoras - capacidade de avaliar as consequências de planejamentos e ações futuras - integra as informações que o ambiente está oferecendo com as nossas experiências anteriores para poder programar as respostas motoras apropriadas para cada estímulo - reunir informações sensoriais e experiências emocionais, de modo a produzir percepções conscientes que resultem em comportamentos específicos, que atendam a nossas necessidades em cada momento - lesões desta área parecem desligar planejamento e ação ● papel do córtex parietotemporoccipital - análise detalhada das diferentes modalidades sensoriais, integrando-as e traduzindo como uma função mental superior - integra os estímulos recebidos e processados pelas áreas pré-frontais e límbicas, levando à expressão complexa de nossas ações ● papel do córtex límbico - memória, emoção e aspectos motivacionais relacionados a um dado comportamento - regiões do córtex de associação límbico: Córtex orbitofrontal, porções do lobo temporal e giro de cíngulo - lesões do córtex orbitofrontal promovem redução da raiva e do comportamento agressivo e redução da dor crônica ● desordens de pensamento e afeto - perda da lógica de fluxo de pensamento, pobreza da fala, labilidade emocional, alienação do mundo e da própria doença ● alucinações - a pessoa passa a se relacionar de modo diverso com o meio exterior. Independente de sua vontade, imagens mentais são produzidas espontaneamente e comumente elas escutam vozes comentando seus atos ● delírios - sensação de perseguição, de superioridade em relação às outras pessoas ou mesmo de que seus pensamentos estão sendo controlados por forças exteriores ao corpo ● bases biológicas da esquizofrenia - córtex pré-frontal e o polo do lobo temporal estão significativamente comprometidos, com uma clara disfunção do hemisfério esquerdo cerebral - déficit de comunicação entre os hemisférios cerebrais. - indivíduo passa a usar principalmente o hemisfério esquerdo (que está precário) e começa a interpretar as mensagens oriundas do hemisfério direito como externas ao seu corpo (delírios e alucinações) ➔➔ AULA 7: LINGUAGEM ● lobo frontal - área de broca - área da fala ● área de wernickie - lobo temporal (entre o córtex auditivo e o giro angular) ● afasias - perda parcial ou completa das habilidades da linguagem a partir de lesões no encéfalo ● afasia de broca - dificuldade em falar, mesmo que tenha capacidade de entender o que escuta ou lê ● afasia de wenickie - fala é fluente, no entanto a compreensão é precária - produção verbal não passa de uma locução de frases sem sentido ● afasia de condução - lesão nas fibras do fascículo arqueado, que comunica a área de Broca com a área de Wernickie - as áreas estão preservadas, apenas as fibras que as comunicam estão lesionadas - compreende bem e fala bem, porém apresenta dificuldade de repetição de palavras ● afasia em bilíngues - apresentar dificuldades com o idioma aprendido secundariamente, enquanto a língua-mãe pode ficar apenas parcialmente prejudicada, de acordo com a gravidade da lesão ● surdez - lesões do hemisfério esquerdo podem promover sintomas semelhantes às afasias de Broca: o indivíduo compreende bem a linguagem de sinais, mas não consegue se expressar utilizando-a - afasias semelhantes às de Wernickie também são observadas, o indivíduo não compreende bem a linguagem de sinais e, apesar de realizar os diversos movimentos que correspondem a determinados sinais, não constrói sentenças adequadamente e não consegue se comunicar ➔➔ AULA 8: ATENÇÃO ● nossa atenção é selecionada por nosso cérebro, que pode pré-programar o sistema para procurar alvos que atendam nossos desejos - seletividade do processamento de informações - atenção sensorial ou percepção seletiva ● atenção explícita - aberta (você sabe exatamente o que está requisitando sua atenção) e automática (independe de sua escolha. o objeto de desejo atrai sua atenção) - o foco da atenção coincide com a fixação visual e com os movimentos oculares, no centro da fóvea ● atenção implícita - oculta (você busca algo que sabe o que é, mas não está com o objeto de desejo focado) e voluntária (você direciona seu olhar para pontos específicos) - atenção ligada em algo > desligada > súbita alteração do foco atencional > religada em algo novo ● os estímulos do ambiente externo desencadeiam reações primárias, que são traduzidas como nosso registro sensorial de um estímulo; esse evento levará a reações secundárias, quando identificado (análise perceptual) e, posteriormente, reações terciárias revelarão o seu significado para nós, de acordo com a experiência de cada um (codificação e análise do significado) ● TDAH - 1) É um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais frequente e severo do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento. 2) Alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam prejuízo devem ter estado presentes antes dos 7 anos, mas muitos indivíduos são diagnosticados depois, após a presença dos sintomas por alguns anos. 3) Algum prejuízo devido aos sintomas deve estar presente em pelo menos dois contextos (por ex., em casa e na escola ou trabalho). 4) Deve haver claras evidências de interferência no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional apropriado em termos evolutivos. 5) A perturbação não deve ocorrer exclusivamente durante o curso de um transtorno invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não é melhor explicada por um outro transtorno mental. ● sinais de desatenção e de hiperatividade combinados, já em alguns portadores, ocorre apenas um ou outro ● para o diagnóstico devem ser considerados os sintomas dos últimos seis meses ● TDAH Tipo Combinado - seis (ou mais) sintomas de desatenção e seis (ou mais) sintomas de hiperatividade-impulsividade persistirem há pelo menos seis meses ● TDAH Tipo Predominantemente Desatento - seis (ou mais) sintomas de desatenção e menos de seis sintomas de hiperatividade-impulsividade persistirem há pelo menos seis meses ● TDAH Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo - seis (ou mais) sintomas de hiperatividade-impulsividade (mas menos de seis sintomas de desatenção) persistirem há pelo menos seis meses ● o transtorno é relativamente estável durante o início da adolescência e normalmente os sintomas atenuam-se durante o final da adolescência e idade adulta ● remissão parcial - indivíduos que não mais têm o transtorno com todos os seus aspectos característicos, mas ainda retêm alguns sintomas que causam prejuízo funcional ● é especialmente difícil estabelecer o diagnóstico em crianças com menos de 4 ou 5 anos ➔➔ AULA 9: DOR● algesia - sensibilidade a dor ● a nocicepção permite que nós venhamos a sentir a dor, ou seja, é o processo sensorial que provê sinais que desencadeiam a experiência da dor ● para ativar um nociceptor - estimulação mecânica intensa, temperaturas extremas, falta de oxigênio no tecido, exposição a produtos químicos etc ● dois tipos de fibras nervosas transmitem informações dolorosas: 1.Aδ: levemente mielinizadas. 2.C: não mielinizadas. ● nociceptores são ausentes no tecido nervoso ● hiperalgesia - aumento da sensibilidade e gera a percepção da dor exagerada ● para desencadear a hiperalgesia - um limiar reduzido para a dor, intensidade aumentada do estímulo doloroso, dor espontânea ● primária (quando ocorre dentro da área do tecido lesionado) ou secundária (quando atinge o entorno da região lesionada) ● substâncias endógenas que promovem a hiperalgesia - bradicinina, as prostaglandinas e a substância P ● as vias de entrada da informação dolorosa compreendem os aferentes primários e eles são representados pelas fibras Aδ e C. a primeira, Aδ, está diretamente envolvida com a dor aguda, mais rápida, e a segunda, C, com a dor de longa duração, mais lenta ● as principais substâncias inseridas no processo parecem ser o glutamato e a substância P ● a dor e a temperatura do corpo entram em nosso sistema nervoso via medula espinhal, utilizando fibras que seguem diretamente para o tálamo (região do diencéfalo): são as vias espinotalâmicas ● já a informação oriunda da face (rosto) segue pelo nervo trigêmeo diretamente para o tálamo: são as vias trigeminotalâmicas ● percepção dolorosa é variável de indivíduo para indivíduo ● dependendo do contexto comportamental a mesma intensidade de ativação nociceptora poderá produzir mais ou menos dor ● regulação aferente - caso fibras mecanorreceptoras (táteis) de baixo limiar, como as fibras Aβ, sejam ativadas, inibiremos a dor em sua origem, inibindo as mensagens que seguiriam pelas vias espinotalâmicas ● regulação descendente - neurônios da substância cinzenta periaquedutal e periventricular (localizada no mesencéfalo), quando estimulados, promovem analgesia profunda. enviando mensagens mediadas pela serotonina, essas áreas se comunicam com neurônios do bulbo (localizado abaixo da ponte no tronco encefálico) e estes se comunicam com a medula, promovendo a inibição da dor - aparente ausência de dor em situações onde há forte envolvimento emocional ● opióides - substâncias que causam analgesia - substâncias produzidas pelo nosso sistema nervoso e que atuam inibindo a dor. essas substâncias são chamadas coletivamente de endorfinas. as principais endorfinas são chamadas de β-endorfinas, sendo produzidas pelo eixo hipotalâmico-hipofisário ➔➔ AULA 10: ESTADOS DE CONSCIÊNCIA ● o sono é estudado pelo registro polissonográfico, que representa o conjunto de dados obtidos pela análise de eletroencefalograma (EEG), eletrocardiograma (ECG), eletromiograma (atividade muscular) e eletrooculograma (atividade do globo ocular), que permite conhecer aspectos comportamentais, autônomos e da atividade cerebral ● 5 estágios de sono: ● estágio 1 (sono NREM) - transição da vigília para o sono e ocupa cerca de 5% do tempo gasto dormindo, em adultos saudáveis ● estágio 2 (sono NREM) - caracterizado por formatos de ondas de EEG específicos (fusos de sono e complexos K), ocupa cerca de 50% do tempo de sono ● estágios 3 e 4 (sono NREM) - também conhecidos coletivamente como sono de ondas lentas, são os níveis mais profundos de sono e ocupam cerca de 10-20% do tempo de sono ● sono REM - ocorre a maior parte de sonhos típicos, na forma de histórias, ocupa cerca de 20-25% do sono total ● os estágios NREM 3 e 4 tendem a ocorrer da primeira terça parte à metade da noite e sua duração aumenta em resposta à privação do sono. o sono REM ocorre ciclicamente durante a noite, alternando-se com sono NREM a cada 80-100 minutos, aproximadamente. a duração dos períodos de sono REM aumenta pela manhã ● a continuidade e a profundidade do sono deterioram-se ao longo da faixa de idade adulta. essa deterioração é refletida por maior vigília e sono do estágio 1 com redução dos estágios 3 e 4. ou seja, o indivíduo vai tendo períodos de sono mais leve. em vista disso, a idade deve ser considerada no diagnóstico de um Transtorno do Sono ● o sono REM só ocorre em aves e mamíferos, podendo representar até 20% do TTS (tempo total de sono) ● vigília: corresponde a todo período entre um episódio de sono e outro, o organismo responde a estímulos do ambiente, apresenta comportamento ativo com atividade locomotora e motora normais e demonstra postura dinâmica. representa o período em que estamos acordados ● sonhos: para a neurobiologia o ato de sonhar representa uma experiência subjetiva da qual só tomamos consciência quando acordamos. é extremamente difícil de ser estudada, pois depende de colaboração completa do indivíduo. ● os ciclos de sono e vigília permitem adaptação ao meio, são comuns a todos os vertebrados e variam de espécie para espécie quanto aos seus intervalos. geralmente estão associados a fenômenos cíclicos da natureza ● estrutura que regula os ciclos - SNC - através de relógios biológicos que recebem informações do ambiente, logo, suas oscilações dependem das variações no ambiente ● O hipotálamo, por exemplo, controla os ritmos circadianos através do núcleo supraquiasmático, onde encontramos núcleos de corpos celulares que recebem axônios provenientes de ambas as retinas (aferências: a luz atua como temporizador) e geram eferências para diversos núcleos hipotalâmicos (controlam as funções autonômicas viscerais) e talâmicos (controlam os comportamentos motivados). Lesões ou remoção bilateral destes núcleos tornam os períodos de atividade aleatórios. Esses núcleos geram os ritmos, não são responsáveis pela construção da atividade. ● O epitálamo (região onde encontramos a glândula pineal) controla os ritmos circanuais, monitorando as estações do ano e sincronizando funções que variam anualmente (hibernações, ciclos reprodutivos etc). A luz também atua como sincronizadora, no entanto, o sistema é mais complexo do que o hipotalâmico. A Pineal secreta melatonina que possui ação na redução da atividade das gônadas em diversas espécies no inverno (poucas horas de luz). Quanto maior a noite, maior a quantidade de melatonina secretada, mostrando que a glândula atua como um sinalizador de fotoperíodo. ● ritmos biológicos: ● Ultradiano: frequência maior do que uma vez ao dia: picos de alguns hormônios, como o LH etc ● Circaanual: frequência anual: variações com as estações do ano: hibernações, florações etc. ● Circadiano: frequência constante de uma vez ao dia: metabolismo de alguns nutrientes, medicamentos, sono e vigília, atividade e repouso, temperatura corporal etc ● Infradiano: frequência menor do que uma vez ao dia: secreções hormonais etc. ● Circasseptano: frequência semanal: renovação celular de alguns tecidos etc ● Circamensal: frequência mensal: renovação celular, secreção hormonal etc ● Sabemos que a luz atua como um sincronizadordos ritmos circadianos, pois lesões do trato óptico deixam o indivíduo privado da visão; no entanto, seus ritmos continuam preservados. A lesão do nervo óptico leva a alterações do ritmo para aproximadamente 26 horas. ● elementos sincronizadores - capazes de modificar a duração de nossos períodos de dia e noite - turno de trabalho, oportunidade de lazer, luz elétrica, medicamentos e drogas excitatórias etc ● distúrbios do sono - transtornos primários (são aqueles que não são causados por transtornos mentais, por condições médicas em geral, ou por uso de alguma uma substância química (lícita ou não)) ● dissonia - variações anormais na quantidade, qualidade ou tempo de sono ● insônia primária - dificuldade de iniciar o sono ou se manter dormindo ● hipersonia primária - sonolência excessiva, que dura pelo menos um mês e que é reportada por episódios de sono muito prolongados ou por sono diurno exagerado ● narcolepsia - ataques repetidos e irresistíveis de sono reparador, cataplexia (episódios de perda súbita, reversível e bilateral do tono muscular, com duração de segundos a minutos, geralmente precipitados por intensa emoção) e intrusões recorrentes de elementos do sono REM no período de transição entre o sono e a completa vigília (paralisia dos músculos voluntários ou alucinações tipo oníricas). a sonolência do indivíduo tipicamente diminui após um ataque de sono, retornando algumas horas depois. para diagnóstico preciso, deve ocorrer por mais de três meses ● transtorno do sono relacionado à respiração - hipopneia e apneia do sono ● transtorno do ritmo circadiano do sono - desajuste entre o sistema circadiano de sono-vigília endógeno do indivíduo, com as necessidades relativas ao tempo e duração do sono. ele não leva ao sono nem a vigília e, sim, a episódios variados (ora sono, ora atividade) ao longo do dia, o que causa comprometimento da vida social e ocupacional ● transtorno de pesadelo - é caracterizado por sonhos assustadores que levam o indivíduo a despertar plenamente alerta; os sonhos assustadores e interrupção do sono causam sofrimento significativo à vida social e ocupacional ● transtorno de sonambulismo - episódios repetidos de atividade motora complexa, que ocorre durante a primeira parte da noite e inclui levantar-se da cama e deambular pelas dependências da casa, enquanto apresenta olhar vazio e relativa ausência de resposta à comunicação com os outros; sendo acordado, tem uma lembrança limitada do que ocorreu ● transtorno de terror noturno - ocorrência repetida de terror durante o sono, com despertar abrupto, acompanhado por grito de pânico. pode durar de 1 a 10 minutos nos quais se observa grande excitação e manifestações claras de medo. o indivíduo é difícil de despertar ou confortar, no entanto, quando desperta não reporta nenhum sonho ou apenas imagens fragmentadas. no dia seguinte tem amnésia para o ocorrido. ● parassonias - presença de eventos comportamentais ou fisiológicos considerados anormais e que ocorrem durante o sono, em estágios específicos do sono ou nas transições de sono e vigília ● transtornos secundários do sono: ● transtorno do sono relacionado a transtorno mental - queixas de dificuldades com o sono. é resultante de algum transtorno mental, como os transtornos de humor ou ansiedade, sendo suficientemente incômodo para necessitar de atenção clínica específica ● transtorno do sono devido a uma condição médica geral - queixas de baixa qualidade do sono, consequente dos efeitos fisiológicos diretos de uma doença ● transtorno do sono induzido por substância - reclamações de dificuldades do sono causadas pelo uso atual ou recente de uma substância química, inclusive medicamentos
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