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Direito Penal S3 Resposta à Acusação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE RONDONÓPOLIS ESTADO DE MATO GROSSO
Autos nº: XXXXXXXXXXX
GABRIEL MATOS, nacionalidade, casado, profissão, RG, CPF, domiciliado na Rua Xxxxxxx, número Xxx, Bairro Verdes Mares, cidade Rondonópolis, Estado de Mato Grosso, mãe Sra. Xxxxxxx Xxxxxx vem por meio de seu advogado, conforme procuração em anexo (documento_procuração.doc), com escritório informado na procuração, apresentar perante à Vossa Excelência:
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Com fulcro no art. 396, caput e 396-A do Código de Processo Penal, pelos motivos que passa a expor.
I - DOS FATOS
A situação teve seu início no dia 03/03/2018, por volta das 20 horas onde o acusado voltava do trabalho e acabou por encontrar a sua esposa em um bar acompanhada por seu amante, onde a esse relacionamento extraconjugal já se perdurava por aproximadamente 8 meses.
Visualizando aquela cena o acusado tentou conversar com sua esposa para que fossem embora coma finalidade de conversar sobre o ocorrido, onde a mesma se negou. Após uma breve discussão sua esposa teria dito que desejava se separar, onde o acusado informou que não aceitaria essa situação sem uma conversa, ele acabou indo embora e aguardando a chegada da esposa.
O acusado acabou sendo preso em 03/03/2018, por volta das 23 horas pela Polícia Militar e encaminhado para a Delegacia mais próxima.
Ao chegarem à Delegacia o Delegado Ferreira, após ouvir rapidamente o relato de Maria, esposa do acusado, onde a mesma disse que teria sido ameaçada pelo acusado na frente de todas as pessoas do bar, sendo que após esse breve relato o Delegado deu voz de prisão ao acusado, lavrando o respectivo auto de prisão em flagrante delito da forma estabelecida na legislação pátria pela pratica do delito de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal, assim o encaminhando ao Juiz competente no prazo devido.
Aberta a audiência, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, enquanto agora impetrante formulou pedido de relaxamento de prisão por meio de petição escrita.
Após a análise de ambos os pedidos, o MM. Juiz decidiu por negar o pedido do Impetrante, sob o argumento de não há que se falar em ilegalidade da prisão em flagrante do Paciente. Além disso, entendeu que as circunstâncias do crime eram graves, uma vez que o crime de ameaça teria o condão de incutir o sentimento de insegurança a vítima, influenciando, assim, em seu psicológico. Dessa forma decretando a prisão preventiva do Paciente, nos termos do artigo 310, II, c/c artigo 312 do Código de Processo Penal, para garantia da ordem pública e de preservar a integridade física e psíquica da vítima, não levando em conta a primariedade e os bons antecedentes do Paciente.
Foi realizado o pedido de Habeas Corpus, onde o acusado teve seu pedido deferido para que possa se defender em liberdade. Concluídas as investigações e elaborado o relatório conclusivo pela Autoridade Policial competente, os autos do inquérito foram remetidos ao Ministério Público que, dentro do prazo legal, ofereceu denúncia em face do acusado, para que ao final seja condenado pela prática do crime de ameaça. O acusado foi citado no dia 02/04/2018.
II - DOS DIREITOS
	A presente denúncia deve ser reconhecida como inepta. Visto que não contem uma clara descrição fática dos fatos e ainda perante a ausência das circunstâncias que servem como base para a acusação, conforme delimita o artigo 147 do Código Penal:
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave [...]
	A rejeição da denúncia ainda deve ser considerada perante a ausência de justa causa na presente ação de que visa a condenação do acusado ao crime de ameaça, conforme cita o artigo 395, I do Código de Processo Penal:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
 I - for manifestamente inepta; 
 II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
 III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
	Ainda deve-se destacar que o acusado merece a absolvição sumária por ausência de tipicidade na sua conduta, onde o mesmo em nenhum momento agiu de forma em que realize uma ameaça para sua companheira, com a finalidade de causar-lhe mal injusto e grave, todo o contexto da situação fática se passou sem que nenhuma conduta tipicamente culpável tivesse ocorrido. Vale destacar que a definição de crime é, nada mais é do que a verificação de que a conduta se trata de fato típico, antijurídico e culpável. A absolvição sumária do acusado fica destacada no artigo 397, III do Código de Processo Penal:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: [...]
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; [...]
III - DOS PEDIDOS
	Conforme o aqui exposto, o Acusado requer:
O recebimento da presente Resposta à Acusação;
Que o acusado seja absolvido sumariamente conforme a ausência de tipicidade do fato com fulcro no artigo 397, III do CPP;
Caso o entendimento da Vossa Excelência for pela continuação do feito, requer que sejam arroladas as testemunhas do Ministério Público, protestando desde já por eventual substituição.
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. XXXXXXXXXX;
2. XXXXXXXXXX;
3. XXXXXXXXXX.
Protesta provar o alegado por todos meios de provas, documental, testemunha e demais meios de prova em direito admitidos.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Rondonópolis, Mato Grosso, 16 de abril de 2018.
Nome do Advogado.
Número da OAB.

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