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REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS GESTANTE ADULTA

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Requerimentos nutricionais na 
gestação 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA PARAÍBA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
Profª Drª Susy Souto de Oliveira 
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO 
Resultado da 
gestação 
Ganho de peso 
materno 
ESTADO 
NUTRICIONAL 
GESTACIONAL 
Estado nutricional 
pré-gestacional 
Peso pré-
gestacional 
Anemia 
Desnutrição 
Má formação fetal 
BPAN 
Abortamento 
PREVENÇÃO 
 
• A gestação engloba uma série de 
pequenos e contínuos ajustes 
fisiológicos, que afetam o 
metabolismo de todos os nutrientes. 
 
• Estes ajustes são individuais, 
dependentes do: 
• Estado nutricional pré-gestacional, 
• Determinantes genéticos, 
• Tamanho fetal 
• Estilo de vida da mãe. 
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO 
• Rápido crescimento e desenvolvimento do feto e dos 
tecidos dependem da dieta materna. 
 
• Aumenta-se a recomendação da maioria dos nutrientes 
em função dos ajustes fisiológicos = maior demanda na 
gestação. 
 
• ESTADO NUTRICIONAL MATERNO = PESO E SAÚDE DO 
RN, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NOS 
PRIMEIROS ANOS DE VIDA 
 
 
IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO 
ENERGIA (CALORIA) 
Energia adicional durante a gestação é 
necessária: 
-Atender as demandas da gestação; 
-Promover adequado ganho de peso 
gestacional; 
-Bom desenvolvimento fetal, da placenta e 
tecidos; 
-Fornecer energia = atividade física e lactação 
 
 
• Sintomas comuns e acentuados nos primeiros 3 meses: náusea, 
enjoo, vômitos, podem levar à privação alimentar 
• pode ocorrer perda de peso. 
 
Componentes do aumento de peso médio 
durante a gestação normal 
Necessidades aumentadas na gravidez: Razões 
ENERGIA (CALORIA) 
Conforme os sintomas vão 
desaparecendo, a ingestão calórica 
aumenta gradativamente e assim 
segue até o final de gestação = 
garante o ganho de peso adequado. 
 
ENERGIA (CALORIA) 
 Dietas restritivas são totalmente contraindicadas: 
implicam em lipólise com produção de corpos cetônicos 
CETOSE MATERNA: prejudicial ao 
feto por causar lesões neurológicas 
Avaliação individualizada 
+ 
Dieta balanceada 
+ 
Necessidades alcançadas de maneira 
satisfatória ao longo de toda a gestação 
É um cuidado indispensável e essencial durante o 
pré-natal!!! 
 Esta avaliação consiste em: 
 Calcular a idade gestacional (todas as consultas); 
 Medir a altura (1º consulta pré-natal); 
 Peso (todas as consultas); 
 Dosagem bioquímicas como Hb e Ht. (1º e 3º trimestres) 
Avaliação Nutricional de Gestantes 
1. Avaliar estado nutricional pré-gestacional ou inicial, segundo o 
IMC, e determinar o ganho de peso até a 40ª semana de gestação 
Como calcular as recomendações energética de 
uma gestante adulta? 
2. Calcular o VET, utilizando o cálculo do gasto energético, sendo 
esse realizado a partir da taxa metabólica basal (TMB), segundo a 
idade materna e o nível de atividade física 
1. Cálculo do IMC 
2. Diagnóstico Nutricional inicial: 
• IMC pré-gestacional referido (até 2 meses antes) 
ou 
• IMC com medição até a 13ª semana 
ou 
• IMC com dados da 1ª consulta pré-natal 
 
Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf 
Avaliação Nutricional de Gestantes 
Avaliação do estado nutricional da gestante, segundo o 
IMC por semana gestacional 
Avaliação do estado nutricional da gestante, segundo o 
IMC por semana gestacional 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
 2 MÉTODOS 
 DIETARY 
REFERENCE 
INTAKES 
 (DRI, 2005) 
 FAO/OMS/ONU 
(2004) 
 PASSO A PASSO 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
MÉTODO 1: FAO/OMS/ONU - (2004) 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
1) AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL 
- Calcular peso, altura, IMC (Classificar IMC – TABELA) 
- Calcular o ganho de peso total (TABELA): 
IMC Classificação Ganho no 1º
trimestre 
(< 14 s)
Ganho no 2º e 3º
trimestres
(≥ 14 s) / semana
Ganho de 
peso total
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0
18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0
> 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5
> 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0
IMC Classificação Ganho no 1º
trimestre 
(< 14 s)
Ganho no 2º e 3º
trimestres
(≥ 14 s) / semana
Ganho de 
peso total
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0
18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0
> 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5
> 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0< 18,5kg/m218,5-24,9kg/m2
25-29,9kg/m2
≥ 30kg/m2
< 18,5kg/m2
18,5-24,9kg/m2
25-29,9kg/m2
≥ 30kg/m2
Estado 
nutricional 
inicial IMC 
(kg/m2) 
 
Ganho de peso (kg) semanal 
 
 
Ganho de peso 
(kg) total 
0 – 20 semanas 20 – 28 
semanas 
28 semanas – 
ao parto 
Baixo Peso 
(BP) 
(¸18,5) 
0,560 – 0,790 0,680 – 0,790 0,560 22,5 – 27,9 
Adequado (A) 
(18,5 – 24,9) 
0,450 – 0,680 0,560 - 0,790 0,450 18,0 – 24,3 
Sobrepeso (S) 
(25,0 – 29,9) 
0,450 – 0,560 0,450 – 0,680 0,450 17,1 – 21,2 
Obesidade (O) 
(≥ 30) 
0,340 – 0,450 0,340 – 0,560 0,340 13 – 17,1 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
1) AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL 
- Calcular peso, altura, IMC (Classificar IMC – TABELA) 
- Calcular o ganho de peso total (TABELA): GEMELAR 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
2) DETERMINAR O PESO A SER UTILIZADO NO CÁLCULO DA 
TMB 
Se estado nutricional pré-gestacional: 
- EUTRÓFICO: utilizar peso ideal ou o pré-gestacional* 
- BAIXO PESO: utilizar peso ideal* 
- SOBREPESO OU OBESIDADE: utilizar peso pré-gestacional 
*Fórmula para cálculo do peso ideal: 
Peso ideal = IMC ideal (= 21,7kg/m2) x altura2 
 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
3) CÁLCULO DA TMB 
Substituir o peso correspondente na fórmula de acordo com 
faixa etária: 
Fonte: FAO/WHO/ONU 
Idade (anos) TMB (kcal/dia) 
18 - 30 14,818 x P (kg) + 486,6 
30 - 60 8,126 x P (kg) + 845,6 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
4) DETERMINAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA 
- Analisar as atividades habituais da gestante de acordo com a tabela: 
Fonte: FAO/WHO/ONU 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
4) DETERMINAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA 
- Classificar em leve, moderada ou intensa 
- Selecionar o NAF na tabela – gestante adulta 
Fonte: FAO/WHO/ONU 
ATIVIDADE NAF 
Leve 1,53 
Moderada 1,76 
Intensa 2,25 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
5) CÁLCULO DO GASTO ENERGÉTICO (GE) – FÓRMULA: 
GE = TMB X NAF 
 
6) CÁLCULO DO VET (FÓRMULA): 
VET = GE + ADICIONAL ENERGÉTICO DE 
ACORDO COM O TRIMESTRE GESTACIONAL 
 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
EXEMPLO!! 
Gestante com 23 anos, estudante, idade 
gestacional de 20 semanas, peso pré-
gestacional de 60 kg, peso atual de 64kg 
e 1,60m de altura. 
1. Avaliar o estado nutricional pré-
gestacional segundo o IMC 
IMC = 60/(1,60)2 IMC= 60/2,56 IMC= 23,44kg/m2 
 (Classificação: Adequado) 
IMC Classificação Ganho no 1º
trimestre 
(< 14 s)
Ganho no 2º e 3º
trimestres
(≥ 14 s) / semana
Ganho de 
peso total
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0
18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0
> 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5
> 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0
IMC Classificação Ganho no 1º
trimestre 
(< 14 s)
Ganho no 2º e 3º
trimestres
(≥ 14 s) / semana
Ganho de 
peso total
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0
18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0
> 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5
> 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0
2. Avaliar o ganho de peso gestacional
IMC Classificação Ganho no 1º
trimestre 
(< 14 s)
Ganho no 2º e 3º
trimestres
(≥ 14 s) / semana
Ganho de 
peso total
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0
18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0
> 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5
> 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0
IMC Classificação Ganho no 1º
trimestre 
(< 14 s)
Ganho no 2º e 3º
trimestres
(≥ 14 s) / semana
Ganho de 
peso total
< 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0
18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0
> 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5
> 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0
Ganho de peso até a 20ª semana: 64 – 60 = 4kg 
- Quanto ela poderá ganhar: 11,5 a 16kg - já ganhou 4kg, então 
ainda poderá ganhar de 7,5 kg a 12kg 
 
40 semanas – 20semanas = restam 20 semanas. 
Portanto, até 12 kg em 20 semanas 
VET= GE + adicional energético 
GE= TMB X NAF 
Qual peso usar? 
3. Cálculo do VET 
 Primeiro, calcular a TMB: 
Idade (anos) TMB (kcal/dia) 
18 - 30 14,818 x P (kg) + 486,6 
30 - 60 8,126 x P (kg) + 845,6 
Qual peso usar? Relembrando.... 
Se estado nutricional pré-gestacional: 
- EUTRÓFICO: utilizar peso ideal * ou o atual do PG 
- BAIXO PESO: utilizar peso ideal* 
- SOBREPESO OU OBESIDADE: utilizar peso pré-gestacional 
*Fórmula para cálculo do peso ideal: 
Peso ideal = IMC ideal (= 21,7kg/m2) x altura2 
 
IMC Adequado (Eutrófico): utilizar peso ideal ou o PG: 
Cálculo da TMB: 
Determinar o nível de atividade física: 
21,7 X altura2 = 21,7 x 2,56 =55,6kg 
14,818 x 55,6 + 486,6 = 823,88 + 486,6 = 1.310,48 kcal 
Moderada. Portanto, NAF (Adulta)= 1,76 
ATIVIDADE NAF 
Leve 1,53 
Moderada 1,76 
Intensa 2,25 
Cálculo do Gasto Energético (Fórmula): GE = TMB X NAF 
 
GE = 1310,48 x 1,76 = 2306,44 kcal 
VET = GE + ADICIONAL ENERGÉTICO 
DE ACORDO COM O TRIMESTRE GESTACIONAL 
 
Portanto, o cálculo do VET (Fórmula): 
VET = 2306,44 + 285 = 2591,44 kcal = 2.591 Kcal 
Adicional energético 
Fórmula de Bolso para cálculo de necessidade 
calórica – gestante adulta 
*Utilizar Peso pré-gestacional 
ESTADO NUTRICIONAL DA 
GESTANTE 
FÓRMULA DE BOLSO 
Eutrófica 30 – 35 kcal/kg* + 200 a 300 
kcal/d (a partir 2º semestre) 
Excesso de Peso 24 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/d (a 
partir 2º semestre) 
Baixo Peso 40 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/d (a 
partir 1º semestre) 
 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
 MÉTODO 2: DRI’s - (2005) 
 Calcula-se o requerimento energético estimado (EER) da mulher 
com seu peso pré-gestacional, sua altura e atividade física e 
adicionam-se os valores de energia de acordo com a idade 
gestacional (IG). 
EER (ESTIMATED ENERGY REQUIREMENT) = FÓRMULA 
EER = TMB (= EER pré-gest.) + adicional energia + energia depósito 
 1º trimestre - < 20 semanas 
 2º trimestre - > 20ª semana, 
 3º trimestre a partir da 34ª semana. 
EER para mulheres DE 19 - 50 anos (pré-gestacional) com IMC = 18,5 – 25 kg/ m² 
EER = 354 – (6,91 X IDADE) + NAF X (9,36 X PESO + 726 X ALTURA) 
EUTRÓFICAS 
EER (ESTIMATED ENERGY REQUIREMENT) = FÓRMULA 
EER = TMB (= EER pré-gest.) + adicional energia + energia depósito 
SOBREPESO / OBESIDADE 
EER para mulheres de 19 a 50 anos (pré-gestacional) com IMC ≥ 25 
kg/m² 
EER = 448 – (7,95 X IDADE) + NAF X (11,4 X PESO + 619 X ALTURA) 
Sendo: 
P = peso pré-gestacional (sempre) 
Idade = anos 
Estatura = metros 
PA = coeficiente de atividade física 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
2) DETERMINAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA 
- Analisar as atividades habituais da gestante de acordo com a tabela: 
Categorias NAF 
> 19 anos 
Sedentário 1,0 
Leve 1,12 
Moderado 1,27 
Intenso 1,45 
ESTIMATIVA ENERGÉTICA 
2) NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA 
- Analisar as atividades habituais da gestante de acordo com a tabela: 
Categorias NAF 
> 19 anos 
Sedentário Trabalhos domésticos de esforço leve a moderado, 
caminhadas para atividades relacionadas com o cotidiano, 
ficar sentado por várias horas. 
Leve Caminhadas (6,4 km/h), além das mesmas atividades 
relacionadas com ao NAF sedentário 
Moderado Ginásticas aeróbicas, corrida, natação, jogar tênis, além das 
mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário. 
Intenso Ciclismo de intensidade moderada, corrida, pular corda, jogar 
tênis, além das atividades relacionadas com ao NAF 
sedentário. 
1) CALCULAR A EER (ESTIMATED ENERGY REQUIREMENT) = FÓRMULA 
EER = TMB (= EER pré-gest.) + adicional energia + energia depósito 
Exemplo: 
Gestante dona de casa, 25 anos, idade gestacional de 21 
semanas, peso pré-gestacional de 57 kg , peso atual de 63 kg , 
altura de 1,65m. Atividade física Leve. IMC PG = 20,9 kg/m² 
EER= 354 – 6,91 x idade (a) + NAF x (9,36 x peso(kg) + 726 x altura(m)) 
EER= 354 – 6,91 x 25 + 1,12 x (9,36 x 57 + 726 x 1,65) 
EER= 354 – 172,75 + 1,12 x (533,52 + 1.202,85) 
EER= 181,25 + 1,12 x 1,736,37 
EER= 181,25 + 1944, 44 
EER= 2.125,69 + 160 + 180 = 
EER= 2.465,69 = 2,466 Kcal 
NUTRIENTES NA GESTAÇÃO 
PROTEÍNA 
• Importância do suprimento proteico adequado: Melhora 
o crescimento fetal + reduz risco de morte fetal 
• OMS recomenda: 
- adicional de 6g/dia toda a gestação OU 
- 1,2g- 1º Trimestre 
- 6,1g - 2º Trimestre 
- 10,7g - 3º Trimestre 
• Adotar a relação proteína/kg de peso. 
• Para indivíduos adultos é de 1g/kg/dia 
calculado sobre o Peso pré gestacional 
LIPÍDIOS 
• 20 a 35% das calorias totais (DRI’s) 
CARBOIDRATOS 
• Manter a concentração sanguínea 
adequada 
• Prevenir cetose 
• 45% a 65% das calorias totais (DRI’s) 
 
 
 
FIBRAS 
• Estimular o consumo de hortaliças, frutas e cereais integrais 
• Maior saciedade (manejo no ganho de peso) 
• Bom funcionamento intestinal (controle da constipação – comum) 
• 28g/dia (DRI’s) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micronutrientes Funções Recomendação Fontes 
Ácido fólico interfere no alargamento 
do útero, no crescimento 
da placenta e do feto 
600mcg/dia fígado, lentilha, feijão, vegetais 
folhosos verdes (espinafre, 
brócolis), quiabo, abacate, 
batata, banana, carne de vaca 
Vitamina C antioxidante, síntese de 
colágeno 
80 a 85mg acerola, limão, laranja, goiaba, 
kiwi, morango, mamão 
Vitamina A diferenciação celular, 
crescimento, a 
reprodução, sistema 
imunológico 
<18 anos (750mcg); 
19-50 (770mcg) 
fígado, leite e derivados 
Vitamina D mineralização óssea 
 
5mcg/dia óleo de peixe, gema de ovo, 
fígado, peixes (salmão, 
sardinha, atum) + exposição 
Solar 
Vitamina E antioxidante 15mg/dia óleos em geral, oleaginosas 
(castanhas, amêndoas, nozes), 
gema de ovo, batata-doce, 
mamão, abacate, vegetais 
folhosos e legumes 
Vitamina K síntese de fatores de 
coagulação do sangue 
 
75mcg gestantes 
adolescentes 
 90mcg 
gestantes adultas 
 
vegetais folhosos, fígado 
bovino, 
manteiga, óleos vegetais. 
 
Micronutrientes Funções Recomendação Fontes 
Cálcio coagulação sangüínea, 
mineralização de ossos 
e dentes. 
<18 anos (1300mg); 
19-50 anos (1000mg) 
 
leite e derivados 
(iogurte, queijo, 
coalhada, requeijão 
Ferro crescimento e 
desenvolvimento, 
formação da 
hemoglobina 
(transporte de O2). 
27 mg/dia Fígado de boi; 
 Peixe; 
 Gema de ovo; 
 Feijão; 
 Lentilha e ervilha ; 
 Beterraba; 
 Folhas escuras 
(Brócolis, espinafre, 
couve e agrião); 
 
Selênio Desenvolvimento do 
feto 
 
60 mcg castanha do 
brasil,salmão, 
macarrão, arroz 
queijo, soja 
Zinco Síntese protéica, 
sistema imunológico 
13 mg gestantes 
adolescentes 
11mg gestantes adultas 
 
fígado, carne vermelha,
ave, feijão, ovo, 
iogurte, queijo, 
abacate, cereais, 
castanhas 
-ÁGUA: Segundo DRI’s: 3 litros/dia 
Exercícios de Fixação 
Data da consulta 21/08/2018 21/08/2018 
DUM 23/12/17 15/03/18 
DPP 
Idade 35 anos 28 anos 
Altura 1,69 m 1,57 m 
Peso 
pré-gravídico 
60 kg 45,5 kg 
IMC pré-gestacional 
Peso atual 74 kg 58kg 
Idade gestacional 
IMC atual (vê tabela) 
Atividade física leve moderada 
Método FAO/OMS/ONU FAO/OMS/ONU 
Peso para cálculo 
Energia 
Proteína 
Responda as questões abaixo: 
Exercícios de Fixação 
 Data da consulta: 21/08/2018 
 DUM: 28/04/2018 
 Idade: 36 anos 
 Altura: 1,61 
 Peso pré gestacional: 57 kg 
 IMC pré gestacional: 
 IG = 
 Peso atual: 62 kg 
 IMC atual = 
 Atividade física: Moderada 
 Método: DRIS 
 Peso para cálculo: 
 Energia: 
 Proteína: 
 Data da consulta: 21/08/2018 
 DUM: 12/06/2018 
 Idade: 40 anos 
 Altura: 1,68 
 Peso pré gestacional: 72 kg 
 IMC pré gestacional: 
 IG = 
 Peso atual: 74 kg 
 IMC atual = 
 Atividade física: Leve 
 Método: OMS 
 Peso para cálculo: 
 Energia 
 Proteína 
Exercícios de Fixação 
 Data da consulta: 21/08/2018 
 DUM: 23/02/2018 
 Idade: 28 anos 
 Altura: 1, 66 
 Peso pré gestacional: 60 kg 
 IMC pré gestacional: 
 IG = 
 Peso atual: 67 kg 
 IMC atual = 
 Atividade física: Leve 
 Método: DRIS 
 Peso para cálculo: 
 Energia: 
 Proteína: 
 Data da consulta: 21/08/2018 
 DUM: 05/05/2018 
 Idade: 36 anos 
 Altura: 1, 59 
 Peso pré gestacional: 57 kg 
 IMC pré gestacional: 
 IG = 
 Peso atual: 60 kg 
 IMC atual = 
 Atividade física 
 Método: DRIS 
 Peso para cálculo: 
 Energia: 
 Proteína: 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
• Grande interesse acerca das SHG está associado à sua 
prevalência, morbiletalidade materna e perinatal e a possível 
profilaxia com a assistência pré-natal adequada. 
Controle dietético – essencial 
na prevenção das formas mais 
graves e no tratamento da SHG 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
• A hipertensão - complicação clínica mais comum da gestação, 
ocorrendo em 10 a 22% das gestações. 
 
• As síndromes hipertensivas na gestação diferem quanto à 
prevalência, gravidade e efeitos sobre o feto. 
 
• Em 20 - 50% das pacientes com hipertensão gestacional há 
progressão para PE, ou seja, há desenvolvimento de proteinúria 
(antes ou após o parto). 
 
• Grupos de risco: nulíparas (6-7%); multíparas (2 – 3%); 
gemelaridade; obesidade; hipertensão prévia; história familiar; 
DMG; doença renal. 
 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
TIPO CLASSIFICAÇÃO 
HAS Crônica PAS ≥ 140mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg pré-gestacional ou até 20ª 
semana de gestação persistindo por mais de 12 semanas após o 
parto. 
HAS gestacional HAS após a 20ª sem. Gestacional, sem proteinúria associada. 
Níveis de PA normais no pós parto após a 6ª semana . 
HAS transitória Diagnóstico retrospectivo: PA normal até 12 sem após o parto. 
Pode reaparecer na gestação seguinte. Preditiva de HAS 
primária futura 
Pré-eclâmpsia (PE) PAS ≥ 140mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg com proteinúria (> 300 
mg/24 h) após 20ª sem. Gestação. Pode progredir para 
eclâmpsia. Pós parto – pode persistir até a 6ª semana 
Hipertensão 
crônica com 
sobreposição da 
PE 
Mulheres com diagnóstico de HAS com proteinúria após a 20ª 
sem ou com proteinúria antes da 20ª sem associada a: ↑ 
repentino de proteinúria em 2-3 vezes; ↑ repentina da PA; ↑ 
das enzimas TGO e TGP 
TIPO CLASSIFICAÇÃO 
Eclâmpsia Convulsões generalizadas em gestantes com qualquer dos 
quadros hipertensivos, não causados por epilepsia ou qualquer 
outra patologia convulsiva – pode ocorrer na gravidez, no parto 
ou até 10 dias no puerpério. 
Síndrome 
HELLP 
 Agravamento da pré-eclâmpsia. Caracteriza-se por hemólise, 
elevação das enzimas hepáticas (TGO e TGP) e plaquetopenia (< 
1.000,00/ m3 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
 TRATAMENTO 
 Medicamentoso 
 Não medicamentoso 
 Mudanças no estilo de vida: 
 Controle de peso, 
 Dieta rica em frutas, hortaliças e alimentos de 
baixa densidade calórica, baixo teor de 
gorduras saturadas e totais; redução consumo 
de sal e exercício físico de acordo com 
recomendação médica. 
 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
• OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL 
 Assegurar ganho ponderal adequado 
 Estimular hábito alimentação saudável 
 Normo a hipossódica – restrição de alimentos com excesso de sal 
 Dieta hiperproteica 
 Oferta adequada de vitaminas (principalmente A,C e E) e 
minerais, ênfase no cálcio. 
 Evitar complicações até o término da gestação 
SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) 
Características da Dieta 
• Calorias – adequadas ao EN e ganho de peso 
• Normoglicidica – 55 a 65% do VET 
• Hiperprotéica – 15 – 20% ou 2 g/kg/dia ( percentual elevado de 
proteína de AVB) 
• Normolipídica – 25 – 30% 
• Normossódica – ( 2 - 3 g de Na/dia = 5 – 6g de sal/dia ) 
hipertensão crônica – dieta hipossódica ( não ultrapassar 2 – 3 g 
de Na/dia = 5 g de sal/dia 
• Fibras – 28 g/dia 
• Micronutrientes – de acordo com as DRIs (atenção com Na, Ca e 
vitaminas A, C e D) 
• Água – 3 L/dia 
 
 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) 
 
• Doença metabólica crônica caracterizada por 
hiperglicemia. 
 
• DMG – diabetes diagnosticada durante a gestação – 
pode persistir ou não após o parto. 
 
• Fisiopatologia 
 
• Explicada pela elevação de: 
• hormônios contrarreguladores da ação da insulina, 
• pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a 
• fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) 
• Principal hormônio relacionado com a resistência à 
insulina durante a gravidez - hormônio lactogênico 
placentário, 
• Outros hormônios hiperglicemiantes – cortisol, 
estrogênio, progesterona e prolactina 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) 
Fatores de Risco 
• Obesidade e sobrepeso 
• História familiar de diabetes 
• Síndrome do ovário policístico 
• Ganho excessivo de peso durante a gestação 
• Complicações obstétricas prévias, idade >25 anos 
e tabagismo. 
Comportamento do diabetes na gestação 
 
• Primeiro trimestre da gestação: tendência ao desenvolvimento 
materno de hipoglicemia e portanto uma diminuição da 
necessidade insulina. 
 
• Segundo trimestre: rápida elevação das necessidades de insulina 
com tendência à cetose e à cetoacidose. 
 
• Terceiro trimestre: no início persiste o aumento nas necessidades 
de insulina e maior prevalência de cetose e cetoacidose. Próximo 
ao termo, há uma tendência a estabilização do diabetes e até 
mesmo hipoglicemia. 
 
• Puerpério: queda brusca da necessidade de insulina. 
Complicações materno-fetais 
Maternas Fetais 
 
 
• Hipertensão arterial sistêmica 
• Lesões vasculares: retinopatia 
e nefropatia diabética 
• Aumento da incidência de pré 
eclâmpsia 
• Aumento na incidência de ITU 
• Aumento da incidência de 
candidíase 
 
 
• Abortamentos, mortes fetais tardias 
• Malformações: SNC, sistema 
digestivo, sistema urinário, aparelho 
musculoesquelético e cardíacas 
• Macrossomia 
• Polidramnia 
• Prematuridade 
• Sofrimento fetal 
• Hipoglicemia neonatal, Sd. da 
angústia respiratória, hipocalcemia, 
hiperbilirrubinemia, risco de diabetes 
na vida futura 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Pontos de corte para diagnóstico de pré-diabetes e diabetes 
Teste Pré-diabetes
Diabetes 
Glicemia de Jejum* 100 mg/dL a 125 
mg/dL 
≥ 125 mg/dL 
2 h após TOTG 
75g** 
140 mg/dL a 199 
mg/dL 
≥ 200 mg/dL 
Hemoglobina 
glicosilada 
5,7% a 6,4% ≥ 6,5% 
*Jejum de pelo menos 8 horas 
** TOTG – teste de tolerância oral a glicose com 75 g de dextrosol 
DIAGNÓSTICO 
Rastreamento e diagnóstico de DMG 
TOTG 
75 g de Dextrosol mg/dL 
Jejum(pelo menos 8h) 92 
1 h 180 
2 h 153 
OBS: Se pelo menos uma medida for igual ou superior – diagnóstico confirmado 
Características da Dieta 
• Proteína – 15 – 20% VET 
• Carboidratos – 45 – 55% VET 
• Lipídios – 30 – 40% VET 
• Fibras – 25 – 35 g ou 14 g/ 1.000 kcal 
• Dieta fracionada 
Recomendações Gerais 
• Fazer 6 refeições / dia. Evitar longos períodos sem comer 
(+4h) ou beliscar a todo instante ( menos de 2h) 
• Mastigar bem os alimentos 
• Controlar o consumo de frutas a 3 unidades/dia 
• Evitar sucos de frutas, se ingerir devem ser diluídos 
• Incluir legumes e verduras nas refeições principais 
• Todas as refeições devem conter carboidratos 
acompanhados de proteína, lipídio ou fibra. 
 
 
• Beber bastante água entre as refeições 
• Consumir alimentos ricos em vitaminas C e E. selênio e 
betacaroteno - ↓ estresse oxidativo. 
• Adoçantes a base de sucralose, xilitol, acessulfame K 
• Ler os rótulos dos produtos industrializados para saber sua 
composição. 
• Hipoglicemia (glicemia < 60mg/dL) – consumir 15 – 20 g de 
carboidrato de rápida absorção ( 150 mL de suco de laranja ou 
refrigerante; 1 colher de sopa de açúcar ou mel; 3 balas de 
caramelo. 
Recomendações Gerais 
Referências 
 
 
- ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em 
obstetrícia e pediatria, 2ª ed. Rio de Janeiro, 2008. 
 
- VASCONCELOS, M.J,O,B.; BARBOSA, J.M.; PINTO, E.C.S.; LIMA, 
T.M.; ARAÚJO, A.F.C. Nutrição Clínica: Obstetrícia e Pediatria. 
Rio de Janeiro:MedBook, 2011. 
 
- VITOLO,M.R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de 
Janeiro. Ed. Rubio, 2008.

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