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Requerimentos nutricionais na gestação INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA PARAÍBA CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA Profª Drª Susy Souto de Oliveira IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO Resultado da gestação Ganho de peso materno ESTADO NUTRICIONAL GESTACIONAL Estado nutricional pré-gestacional Peso pré- gestacional Anemia Desnutrição Má formação fetal BPAN Abortamento PREVENÇÃO • A gestação engloba uma série de pequenos e contínuos ajustes fisiológicos, que afetam o metabolismo de todos os nutrientes. • Estes ajustes são individuais, dependentes do: • Estado nutricional pré-gestacional, • Determinantes genéticos, • Tamanho fetal • Estilo de vida da mãe. IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO • Rápido crescimento e desenvolvimento do feto e dos tecidos dependem da dieta materna. • Aumenta-se a recomendação da maioria dos nutrientes em função dos ajustes fisiológicos = maior demanda na gestação. • ESTADO NUTRICIONAL MATERNO = PESO E SAÚDE DO RN, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO ENERGIA (CALORIA) Energia adicional durante a gestação é necessária: -Atender as demandas da gestação; -Promover adequado ganho de peso gestacional; -Bom desenvolvimento fetal, da placenta e tecidos; -Fornecer energia = atividade física e lactação • Sintomas comuns e acentuados nos primeiros 3 meses: náusea, enjoo, vômitos, podem levar à privação alimentar • pode ocorrer perda de peso. Componentes do aumento de peso médio durante a gestação normal Necessidades aumentadas na gravidez: Razões ENERGIA (CALORIA) Conforme os sintomas vão desaparecendo, a ingestão calórica aumenta gradativamente e assim segue até o final de gestação = garante o ganho de peso adequado. ENERGIA (CALORIA) Dietas restritivas são totalmente contraindicadas: implicam em lipólise com produção de corpos cetônicos CETOSE MATERNA: prejudicial ao feto por causar lesões neurológicas Avaliação individualizada + Dieta balanceada + Necessidades alcançadas de maneira satisfatória ao longo de toda a gestação É um cuidado indispensável e essencial durante o pré-natal!!! Esta avaliação consiste em: Calcular a idade gestacional (todas as consultas); Medir a altura (1º consulta pré-natal); Peso (todas as consultas); Dosagem bioquímicas como Hb e Ht. (1º e 3º trimestres) Avaliação Nutricional de Gestantes 1. Avaliar estado nutricional pré-gestacional ou inicial, segundo o IMC, e determinar o ganho de peso até a 40ª semana de gestação Como calcular as recomendações energética de uma gestante adulta? 2. Calcular o VET, utilizando o cálculo do gasto energético, sendo esse realizado a partir da taxa metabólica basal (TMB), segundo a idade materna e o nível de atividade física 1. Cálculo do IMC 2. Diagnóstico Nutricional inicial: • IMC pré-gestacional referido (até 2 meses antes) ou • IMC com medição até a 13ª semana ou • IMC com dados da 1ª consulta pré-natal Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf Avaliação Nutricional de Gestantes Avaliação do estado nutricional da gestante, segundo o IMC por semana gestacional Avaliação do estado nutricional da gestante, segundo o IMC por semana gestacional ESTIMATIVA ENERGÉTICA 2 MÉTODOS DIETARY REFERENCE INTAKES (DRI, 2005) FAO/OMS/ONU (2004) PASSO A PASSO ESTIMATIVA ENERGÉTICA MÉTODO 1: FAO/OMS/ONU - (2004) ESTIMATIVA ENERGÉTICA 1) AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL - Calcular peso, altura, IMC (Classificar IMC – TABELA) - Calcular o ganho de peso total (TABELA): IMC Classificação Ganho no 1º trimestre (< 14 s) Ganho no 2º e 3º trimestres (≥ 14 s) / semana Ganho de peso total < 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0 18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0 > 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5 > 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0 IMC Classificação Ganho no 1º trimestre (< 14 s) Ganho no 2º e 3º trimestres (≥ 14 s) / semana Ganho de peso total < 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0 18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0 > 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5 > 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0< 18,5kg/m218,5-24,9kg/m2 25-29,9kg/m2 ≥ 30kg/m2 < 18,5kg/m2 18,5-24,9kg/m2 25-29,9kg/m2 ≥ 30kg/m2 Estado nutricional inicial IMC (kg/m2) Ganho de peso (kg) semanal Ganho de peso (kg) total 0 – 20 semanas 20 – 28 semanas 28 semanas – ao parto Baixo Peso (BP) (¸18,5) 0,560 – 0,790 0,680 – 0,790 0,560 22,5 – 27,9 Adequado (A) (18,5 – 24,9) 0,450 – 0,680 0,560 - 0,790 0,450 18,0 – 24,3 Sobrepeso (S) (25,0 – 29,9) 0,450 – 0,560 0,450 – 0,680 0,450 17,1 – 21,2 Obesidade (O) (≥ 30) 0,340 – 0,450 0,340 – 0,560 0,340 13 – 17,1 ESTIMATIVA ENERGÉTICA 1) AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL - Calcular peso, altura, IMC (Classificar IMC – TABELA) - Calcular o ganho de peso total (TABELA): GEMELAR ESTIMATIVA ENERGÉTICA 2) DETERMINAR O PESO A SER UTILIZADO NO CÁLCULO DA TMB Se estado nutricional pré-gestacional: - EUTRÓFICO: utilizar peso ideal ou o pré-gestacional* - BAIXO PESO: utilizar peso ideal* - SOBREPESO OU OBESIDADE: utilizar peso pré-gestacional *Fórmula para cálculo do peso ideal: Peso ideal = IMC ideal (= 21,7kg/m2) x altura2 ESTIMATIVA ENERGÉTICA 3) CÁLCULO DA TMB Substituir o peso correspondente na fórmula de acordo com faixa etária: Fonte: FAO/WHO/ONU Idade (anos) TMB (kcal/dia) 18 - 30 14,818 x P (kg) + 486,6 30 - 60 8,126 x P (kg) + 845,6 ESTIMATIVA ENERGÉTICA 4) DETERMINAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA - Analisar as atividades habituais da gestante de acordo com a tabela: Fonte: FAO/WHO/ONU ESTIMATIVA ENERGÉTICA 4) DETERMINAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA - Classificar em leve, moderada ou intensa - Selecionar o NAF na tabela – gestante adulta Fonte: FAO/WHO/ONU ATIVIDADE NAF Leve 1,53 Moderada 1,76 Intensa 2,25 ESTIMATIVA ENERGÉTICA 5) CÁLCULO DO GASTO ENERGÉTICO (GE) – FÓRMULA: GE = TMB X NAF 6) CÁLCULO DO VET (FÓRMULA): VET = GE + ADICIONAL ENERGÉTICO DE ACORDO COM O TRIMESTRE GESTACIONAL ESTIMATIVA ENERGÉTICA EXEMPLO!! Gestante com 23 anos, estudante, idade gestacional de 20 semanas, peso pré- gestacional de 60 kg, peso atual de 64kg e 1,60m de altura. 1. Avaliar o estado nutricional pré- gestacional segundo o IMC IMC = 60/(1,60)2 IMC= 60/2,56 IMC= 23,44kg/m2 (Classificação: Adequado) IMC Classificação Ganho no 1º trimestre (< 14 s) Ganho no 2º e 3º trimestres (≥ 14 s) / semana Ganho de peso total < 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0 18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0 > 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5 > 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0 IMC Classificação Ganho no 1º trimestre (< 14 s) Ganho no 2º e 3º trimestres (≥ 14 s) / semana Ganho de peso total < 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0 18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0 > 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5 > 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0 2. Avaliar o ganho de peso gestacional IMC Classificação Ganho no 1º trimestre (< 14 s) Ganho no 2º e 3º trimestres (≥ 14 s) / semana Ganho de peso total < 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0 18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0 > 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5 > 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0 IMC Classificação Ganho no 1º trimestre (< 14 s) Ganho no 2º e 3º trimestres (≥ 14 s) / semana Ganho de peso total < 18,5 Baixo peso 2,3 0,5 (0,44-0,58) 12,5 –18,0 18,5 – 24,9 Normal 1,6 0,4 (0,35-0,50) 11,5 – 16,0 > 25,0 – 29,9 Sobrepeso 0,9 0,3 (0,23-0,33) 7,0 – 11,5 > 29,9 Obesidade - 0,2 (01,7-0,27) 5,0-9,0 Ganho de peso até a 20ª semana: 64 – 60 = 4kg - Quanto ela poderá ganhar: 11,5 a 16kg - já ganhou 4kg, então ainda poderá ganhar de 7,5 kg a 12kg 40 semanas – 20semanas = restam 20 semanas. Portanto, até 12 kg em 20 semanas VET= GE + adicional energético GE= TMB X NAF Qual peso usar? 3. Cálculo do VET Primeiro, calcular a TMB: Idade (anos) TMB (kcal/dia) 18 - 30 14,818 x P (kg) + 486,6 30 - 60 8,126 x P (kg) + 845,6 Qual peso usar? Relembrando.... Se estado nutricional pré-gestacional: - EUTRÓFICO: utilizar peso ideal * ou o atual do PG - BAIXO PESO: utilizar peso ideal* - SOBREPESO OU OBESIDADE: utilizar peso pré-gestacional *Fórmula para cálculo do peso ideal: Peso ideal = IMC ideal (= 21,7kg/m2) x altura2 IMC Adequado (Eutrófico): utilizar peso ideal ou o PG: Cálculo da TMB: Determinar o nível de atividade física: 21,7 X altura2 = 21,7 x 2,56 =55,6kg 14,818 x 55,6 + 486,6 = 823,88 + 486,6 = 1.310,48 kcal Moderada. Portanto, NAF (Adulta)= 1,76 ATIVIDADE NAF Leve 1,53 Moderada 1,76 Intensa 2,25 Cálculo do Gasto Energético (Fórmula): GE = TMB X NAF GE = 1310,48 x 1,76 = 2306,44 kcal VET = GE + ADICIONAL ENERGÉTICO DE ACORDO COM O TRIMESTRE GESTACIONAL Portanto, o cálculo do VET (Fórmula): VET = 2306,44 + 285 = 2591,44 kcal = 2.591 Kcal Adicional energético Fórmula de Bolso para cálculo de necessidade calórica – gestante adulta *Utilizar Peso pré-gestacional ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE FÓRMULA DE BOLSO Eutrófica 30 – 35 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/d (a partir 2º semestre) Excesso de Peso 24 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/d (a partir 2º semestre) Baixo Peso 40 kcal/kg* + 200 a 300 kcal/d (a partir 1º semestre) ESTIMATIVA ENERGÉTICA MÉTODO 2: DRI’s - (2005) Calcula-se o requerimento energético estimado (EER) da mulher com seu peso pré-gestacional, sua altura e atividade física e adicionam-se os valores de energia de acordo com a idade gestacional (IG). EER (ESTIMATED ENERGY REQUIREMENT) = FÓRMULA EER = TMB (= EER pré-gest.) + adicional energia + energia depósito 1º trimestre - < 20 semanas 2º trimestre - > 20ª semana, 3º trimestre a partir da 34ª semana. EER para mulheres DE 19 - 50 anos (pré-gestacional) com IMC = 18,5 – 25 kg/ m² EER = 354 – (6,91 X IDADE) + NAF X (9,36 X PESO + 726 X ALTURA) EUTRÓFICAS EER (ESTIMATED ENERGY REQUIREMENT) = FÓRMULA EER = TMB (= EER pré-gest.) + adicional energia + energia depósito SOBREPESO / OBESIDADE EER para mulheres de 19 a 50 anos (pré-gestacional) com IMC ≥ 25 kg/m² EER = 448 – (7,95 X IDADE) + NAF X (11,4 X PESO + 619 X ALTURA) Sendo: P = peso pré-gestacional (sempre) Idade = anos Estatura = metros PA = coeficiente de atividade física ESTIMATIVA ENERGÉTICA 2) DETERMINAR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA - Analisar as atividades habituais da gestante de acordo com a tabela: Categorias NAF > 19 anos Sedentário 1,0 Leve 1,12 Moderado 1,27 Intenso 1,45 ESTIMATIVA ENERGÉTICA 2) NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA - Analisar as atividades habituais da gestante de acordo com a tabela: Categorias NAF > 19 anos Sedentário Trabalhos domésticos de esforço leve a moderado, caminhadas para atividades relacionadas com o cotidiano, ficar sentado por várias horas. Leve Caminhadas (6,4 km/h), além das mesmas atividades relacionadas com ao NAF sedentário Moderado Ginásticas aeróbicas, corrida, natação, jogar tênis, além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário. Intenso Ciclismo de intensidade moderada, corrida, pular corda, jogar tênis, além das atividades relacionadas com ao NAF sedentário. 1) CALCULAR A EER (ESTIMATED ENERGY REQUIREMENT) = FÓRMULA EER = TMB (= EER pré-gest.) + adicional energia + energia depósito Exemplo: Gestante dona de casa, 25 anos, idade gestacional de 21 semanas, peso pré-gestacional de 57 kg , peso atual de 63 kg , altura de 1,65m. Atividade física Leve. IMC PG = 20,9 kg/m² EER= 354 – 6,91 x idade (a) + NAF x (9,36 x peso(kg) + 726 x altura(m)) EER= 354 – 6,91 x 25 + 1,12 x (9,36 x 57 + 726 x 1,65) EER= 354 – 172,75 + 1,12 x (533,52 + 1.202,85) EER= 181,25 + 1,12 x 1,736,37 EER= 181,25 + 1944, 44 EER= 2.125,69 + 160 + 180 = EER= 2.465,69 = 2,466 Kcal NUTRIENTES NA GESTAÇÃO PROTEÍNA • Importância do suprimento proteico adequado: Melhora o crescimento fetal + reduz risco de morte fetal • OMS recomenda: - adicional de 6g/dia toda a gestação OU - 1,2g- 1º Trimestre - 6,1g - 2º Trimestre - 10,7g - 3º Trimestre • Adotar a relação proteína/kg de peso. • Para indivíduos adultos é de 1g/kg/dia calculado sobre o Peso pré gestacional LIPÍDIOS • 20 a 35% das calorias totais (DRI’s) CARBOIDRATOS • Manter a concentração sanguínea adequada • Prevenir cetose • 45% a 65% das calorias totais (DRI’s) FIBRAS • Estimular o consumo de hortaliças, frutas e cereais integrais • Maior saciedade (manejo no ganho de peso) • Bom funcionamento intestinal (controle da constipação – comum) • 28g/dia (DRI’s) Micronutrientes Funções Recomendação Fontes Ácido fólico interfere no alargamento do útero, no crescimento da placenta e do feto 600mcg/dia fígado, lentilha, feijão, vegetais folhosos verdes (espinafre, brócolis), quiabo, abacate, batata, banana, carne de vaca Vitamina C antioxidante, síntese de colágeno 80 a 85mg acerola, limão, laranja, goiaba, kiwi, morango, mamão Vitamina A diferenciação celular, crescimento, a reprodução, sistema imunológico <18 anos (750mcg); 19-50 (770mcg) fígado, leite e derivados Vitamina D mineralização óssea 5mcg/dia óleo de peixe, gema de ovo, fígado, peixes (salmão, sardinha, atum) + exposição Solar Vitamina E antioxidante 15mg/dia óleos em geral, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes), gema de ovo, batata-doce, mamão, abacate, vegetais folhosos e legumes Vitamina K síntese de fatores de coagulação do sangue 75mcg gestantes adolescentes 90mcg gestantes adultas vegetais folhosos, fígado bovino, manteiga, óleos vegetais. Micronutrientes Funções Recomendação Fontes Cálcio coagulação sangüínea, mineralização de ossos e dentes. <18 anos (1300mg); 19-50 anos (1000mg) leite e derivados (iogurte, queijo, coalhada, requeijão Ferro crescimento e desenvolvimento, formação da hemoglobina (transporte de O2). 27 mg/dia Fígado de boi; Peixe; Gema de ovo; Feijão; Lentilha e ervilha ; Beterraba; Folhas escuras (Brócolis, espinafre, couve e agrião); Selênio Desenvolvimento do feto 60 mcg castanha do brasil,salmão, macarrão, arroz queijo, soja Zinco Síntese protéica, sistema imunológico 13 mg gestantes adolescentes 11mg gestantes adultas fígado, carne vermelha, ave, feijão, ovo, iogurte, queijo, abacate, cereais, castanhas -ÁGUA: Segundo DRI’s: 3 litros/dia Exercícios de Fixação Data da consulta 21/08/2018 21/08/2018 DUM 23/12/17 15/03/18 DPP Idade 35 anos 28 anos Altura 1,69 m 1,57 m Peso pré-gravídico 60 kg 45,5 kg IMC pré-gestacional Peso atual 74 kg 58kg Idade gestacional IMC atual (vê tabela) Atividade física leve moderada Método FAO/OMS/ONU FAO/OMS/ONU Peso para cálculo Energia Proteína Responda as questões abaixo: Exercícios de Fixação Data da consulta: 21/08/2018 DUM: 28/04/2018 Idade: 36 anos Altura: 1,61 Peso pré gestacional: 57 kg IMC pré gestacional: IG = Peso atual: 62 kg IMC atual = Atividade física: Moderada Método: DRIS Peso para cálculo: Energia: Proteína: Data da consulta: 21/08/2018 DUM: 12/06/2018 Idade: 40 anos Altura: 1,68 Peso pré gestacional: 72 kg IMC pré gestacional: IG = Peso atual: 74 kg IMC atual = Atividade física: Leve Método: OMS Peso para cálculo: Energia Proteína Exercícios de Fixação Data da consulta: 21/08/2018 DUM: 23/02/2018 Idade: 28 anos Altura: 1, 66 Peso pré gestacional: 60 kg IMC pré gestacional: IG = Peso atual: 67 kg IMC atual = Atividade física: Leve Método: DRIS Peso para cálculo: Energia: Proteína: Data da consulta: 21/08/2018 DUM: 05/05/2018 Idade: 36 anos Altura: 1, 59 Peso pré gestacional: 57 kg IMC pré gestacional: IG = Peso atual: 60 kg IMC atual = Atividade física Método: DRIS Peso para cálculo: Energia: Proteína: SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) • Grande interesse acerca das SHG está associado à sua prevalência, morbiletalidade materna e perinatal e a possível profilaxia com a assistência pré-natal adequada. Controle dietético – essencial na prevenção das formas mais graves e no tratamento da SHG SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) • A hipertensão - complicação clínica mais comum da gestação, ocorrendo em 10 a 22% das gestações. • As síndromes hipertensivas na gestação diferem quanto à prevalência, gravidade e efeitos sobre o feto. • Em 20 - 50% das pacientes com hipertensão gestacional há progressão para PE, ou seja, há desenvolvimento de proteinúria (antes ou após o parto). • Grupos de risco: nulíparas (6-7%); multíparas (2 – 3%); gemelaridade; obesidade; hipertensão prévia; história familiar; DMG; doença renal. SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) TIPO CLASSIFICAÇÃO HAS Crônica PAS ≥ 140mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg pré-gestacional ou até 20ª semana de gestação persistindo por mais de 12 semanas após o parto. HAS gestacional HAS após a 20ª sem. Gestacional, sem proteinúria associada. Níveis de PA normais no pós parto após a 6ª semana . HAS transitória Diagnóstico retrospectivo: PA normal até 12 sem após o parto. Pode reaparecer na gestação seguinte. Preditiva de HAS primária futura Pré-eclâmpsia (PE) PAS ≥ 140mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg com proteinúria (> 300 mg/24 h) após 20ª sem. Gestação. Pode progredir para eclâmpsia. Pós parto – pode persistir até a 6ª semana Hipertensão crônica com sobreposição da PE Mulheres com diagnóstico de HAS com proteinúria após a 20ª sem ou com proteinúria antes da 20ª sem associada a: ↑ repentino de proteinúria em 2-3 vezes; ↑ repentina da PA; ↑ das enzimas TGO e TGP TIPO CLASSIFICAÇÃO Eclâmpsia Convulsões generalizadas em gestantes com qualquer dos quadros hipertensivos, não causados por epilepsia ou qualquer outra patologia convulsiva – pode ocorrer na gravidez, no parto ou até 10 dias no puerpério. Síndrome HELLP Agravamento da pré-eclâmpsia. Caracteriza-se por hemólise, elevação das enzimas hepáticas (TGO e TGP) e plaquetopenia (< 1.000,00/ m3 SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) TRATAMENTO Medicamentoso Não medicamentoso Mudanças no estilo de vida: Controle de peso, Dieta rica em frutas, hortaliças e alimentos de baixa densidade calórica, baixo teor de gorduras saturadas e totais; redução consumo de sal e exercício físico de acordo com recomendação médica. SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) • OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL Assegurar ganho ponderal adequado Estimular hábito alimentação saudável Normo a hipossódica – restrição de alimentos com excesso de sal Dieta hiperproteica Oferta adequada de vitaminas (principalmente A,C e E) e minerais, ênfase no cálcio. Evitar complicações até o término da gestação SÍNDOMES HIPERTENSIVAS DA GRAVIDEZ (SHG) Características da Dieta • Calorias – adequadas ao EN e ganho de peso • Normoglicidica – 55 a 65% do VET • Hiperprotéica – 15 – 20% ou 2 g/kg/dia ( percentual elevado de proteína de AVB) • Normolipídica – 25 – 30% • Normossódica – ( 2 - 3 g de Na/dia = 5 – 6g de sal/dia ) hipertensão crônica – dieta hipossódica ( não ultrapassar 2 – 3 g de Na/dia = 5 g de sal/dia • Fibras – 28 g/dia • Micronutrientes – de acordo com as DRIs (atenção com Na, Ca e vitaminas A, C e D) • Água – 3 L/dia DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) • Doença metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia. • DMG – diabetes diagnosticada durante a gestação – pode persistir ou não após o parto. • Fisiopatologia • Explicada pela elevação de: • hormônios contrarreguladores da ação da insulina, • pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a • fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) • Principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez - hormônio lactogênico placentário, • Outros hormônios hiperglicemiantes – cortisol, estrogênio, progesterona e prolactina DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG) Fatores de Risco • Obesidade e sobrepeso • História familiar de diabetes • Síndrome do ovário policístico • Ganho excessivo de peso durante a gestação • Complicações obstétricas prévias, idade >25 anos e tabagismo. Comportamento do diabetes na gestação • Primeiro trimestre da gestação: tendência ao desenvolvimento materno de hipoglicemia e portanto uma diminuição da necessidade insulina. • Segundo trimestre: rápida elevação das necessidades de insulina com tendência à cetose e à cetoacidose. • Terceiro trimestre: no início persiste o aumento nas necessidades de insulina e maior prevalência de cetose e cetoacidose. Próximo ao termo, há uma tendência a estabilização do diabetes e até mesmo hipoglicemia. • Puerpério: queda brusca da necessidade de insulina. Complicações materno-fetais Maternas Fetais • Hipertensão arterial sistêmica • Lesões vasculares: retinopatia e nefropatia diabética • Aumento da incidência de pré eclâmpsia • Aumento na incidência de ITU • Aumento da incidência de candidíase • Abortamentos, mortes fetais tardias • Malformações: SNC, sistema digestivo, sistema urinário, aparelho musculoesquelético e cardíacas • Macrossomia • Polidramnia • Prematuridade • Sofrimento fetal • Hipoglicemia neonatal, Sd. da angústia respiratória, hipocalcemia, hiperbilirrubinemia, risco de diabetes na vida futura DIAGNÓSTICO Pontos de corte para diagnóstico de pré-diabetes e diabetes Teste Pré-diabetes Diabetes Glicemia de Jejum* 100 mg/dL a 125 mg/dL ≥ 125 mg/dL 2 h após TOTG 75g** 140 mg/dL a 199 mg/dL ≥ 200 mg/dL Hemoglobina glicosilada 5,7% a 6,4% ≥ 6,5% *Jejum de pelo menos 8 horas ** TOTG – teste de tolerância oral a glicose com 75 g de dextrosol DIAGNÓSTICO Rastreamento e diagnóstico de DMG TOTG 75 g de Dextrosol mg/dL Jejum(pelo menos 8h) 92 1 h 180 2 h 153 OBS: Se pelo menos uma medida for igual ou superior – diagnóstico confirmado Características da Dieta • Proteína – 15 – 20% VET • Carboidratos – 45 – 55% VET • Lipídios – 30 – 40% VET • Fibras – 25 – 35 g ou 14 g/ 1.000 kcal • Dieta fracionada Recomendações Gerais • Fazer 6 refeições / dia. Evitar longos períodos sem comer (+4h) ou beliscar a todo instante ( menos de 2h) • Mastigar bem os alimentos • Controlar o consumo de frutas a 3 unidades/dia • Evitar sucos de frutas, se ingerir devem ser diluídos • Incluir legumes e verduras nas refeições principais • Todas as refeições devem conter carboidratos acompanhados de proteína, lipídio ou fibra. • Beber bastante água entre as refeições • Consumir alimentos ricos em vitaminas C e E. selênio e betacaroteno - ↓ estresse oxidativo. • Adoçantes a base de sucralose, xilitol, acessulfame K • Ler os rótulos dos produtos industrializados para saber sua composição. • Hipoglicemia (glicemia < 60mg/dL) – consumir 15 – 20 g de carboidrato de rápida absorção ( 150 mL de suco de laranja ou refrigerante; 1 colher de sopa de açúcar ou mel; 3 balas de caramelo. Recomendações Gerais Referências - ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetrícia e pediatria, 2ª ed. Rio de Janeiro, 2008. - VASCONCELOS, M.J,O,B.; BARBOSA, J.M.; PINTO, E.C.S.; LIMA, T.M.; ARAÚJO, A.F.C. Nutrição Clínica: Obstetrícia e Pediatria. Rio de Janeiro:MedBook, 2011. - VITOLO,M.R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro. Ed. Rubio, 2008.
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