Buscar

Caso Concreto 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Caso Concreto 02
127º EXAME DE ORDEM SP (modificado) No dia 20/12/2016, Joana, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, moradora de Itabuna/BA, recebeu notícia que seu filho Marcos, de 18 anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presidio XXX. No mesmo dia Joana procurou um advogado criminalista para atuar no caso, sendo que o advogado cobrou R$ 20.000,00 de honorários.Joana ao chegar em casa comentou com Joaquim, seu vizinho, que não tinha o valor cobrado pelo advogado e que estava desesperada. Joaquim vendo a necessidade de Joana de obter dinheiro para contratar um advogado, aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial, propôs a Joana comprar seu carro pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que o carro o preço de mercado no calor de R$ 50.000,00. Diante da situação que se encontrava, Joana resolveu celebrar o negócio jurídico. No dia seguinte ao negócio jurídico realizado e antes de ir ao escritório do advogado criminalista Joana descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado um outro advogado criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho através de um Habeas Corpus. Diante destes novos fatos Joana fala com Joaquim para desfazerem o negócio, entretanto, Joaquim informa que não pretende desfazer o negócio jurídico celebrado.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE ITABUNA/BA
Joana, brasileira, estado civil ______, técnica em contabilidade, portadora da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____,  domiciliada na cidade de Itabuna/BA, por seu advogado, com endereço profissional constante da procuração em anexo, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor:
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
pelo procedimento comum, em face de Joaquim, brasileiro, estado civil _____, profissão_____, portadora da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, domiciliada na cidade de Itabuna/BA, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir condições financeiras para arcar com os encargos processuais sem prejuízo do próprio sustento, conforme insculpido no artigo 98 do Código de Processo Civil.
II- OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
A AUTORA manifesta o interesse pela realização de audiência de conciliação ou mediação.
III - FATOS JURÍDICOS
A AUTORA, no dia 20/12/2016, foi surpreendida pela notícia de que o filho dela, MARCOS, que tem apenas 18 anos de idade, havia sido preso ilegalmente e levado a uma unidade prisional.
Imediatamente, a AUTORA decidiu procurar um advogado criminalista para defender o filho dela e livrá-lo da prisão ilegal, tendo o causídico cobrado o valor R$ 20.000,00 para atuar no caso.
A AUTORA retornou à casa e expôs os fatos ao RÉU, que é vizinho dela, dizendo que estava desconsolada e que não tinha como arcar com o valor cobrado pelo advogado.
O RÉU, prevalecendo-se de extrema e urgente necessidade da AUTORA em conseguir dinheiro para contratar o advogado, propôs-lhe a compra do carro dela pelo valor de R$ 20.000,00, mesmo sabendo que o preço de mercado do veículo era de R$ 50.000,00.
Sem outra alternativa, e vendo a proposta do RÉU como a única solução para o problema pelo qual passava, a AUTORA vendeu o carro dela ao RÉU, pelo valor de por ele ofertado: R$ 20.000,00.
Ocorre, EXCELÊNCIA, que, no dia seguinte, antes de ir ao escritório do advogado que havia cobrado R$ 20.000,00, a AUTORA descobriu que a avó paterna do filho dela tinha contratado outro advogado criminalista, o qual havia conseguido a liberdade de MARCOS, por meio de um habeas corpus.
Tendo em vista os novos fatos, a AUTORA procurou o RÉU para o desfazimento do negócio, o que por ele foi negado.
IV - FUNDAMENTOS JURÍDICOS
As circunstâncias dos fatos narrados caracterizam manifestamente a ocorrência de lesão, conforme previsto no artigo 157 do Código Civil.
Resta evidente o dolo de aproveitamento do RÉU, que sabia da situação vivida pela AUTORA, e ofereceu pelo veículo dela valor extremamente abaixo do praticado pelo mercado, sendo tal valor exatamente o que a AUTORA precisava para contratar o advogado criminalista para defender o filho dela de prisão ilegal.
O negócio jurídico só foi realizado devido à situação de premente necessidade, uma vez que a AUTORA não dispunha outro meio imediato para conseguir os recursos necessários.
Diante do exposto, há motivo suficiente para a anulação do negócio jurídico celebrado devido a defeito, conforme previsto no inciso II, artigo 171, do Código Civil.
V - PEDIDO
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo:
A- Gratuidade de justiça;
B- Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento;
C- Citação do réu para integrar a relação processual
D- Que seja julgado procedente o pedido para declarar a anulação do negócio jurídico;
E- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários advocatícios.
VI - PROVAS
Requer a produção das provas documentais, depoimento pessoal, testemunhal e daquelas que se fizerem necessárias no curso da instrução processual.
VII - VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
Pede deferimento.
Itabuna, 20 de dezembro de 2016.
Nome do Advogado
OAB/ (Sigla do Estado)

Outros materiais