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Revista Saúde Física & Mental 
 SFM v.5, n.2, 2017 
 
 
Artigo Original 
 
COMPARAÇÃO ENTRE O CONSUMO E A NECESSIDADE 
ENERGÉTICA PREDITA DE ATLETAS DE FUTEBOL PROFISSIONAL 
 
COMPARISON BETWEEN CONSUMPTION AND THE PREDICTED ENERGETIC 
NEEDED OF PROFESSIONAL SOCCER ATHLETES 
 
Taillan Martins de Oliveira1, Pedro Ivo Simões Junior1, Luíza de Lima Fontes2, 
Virginie da Cunha Mayor2, Christian Henrique Dias da silva1, Paula Albuquerque 
Penna Franca1, Cristiana Pedrosa Melo Porto3, Anna Paola Trindade Rocha 
Pierucci3 
1 Mestrando em Nutrição Humana na Universidade Federal do Rio de Janeiro 
2 Graduanda em Nutrição na Universidade Federal do Rio de Janeiro 
3 Docentes do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Nutrição da UFRJ 
 
Resumo: O atleta necessita de uma demanda energética alta. A predição da 
necessidade energética ocorre por meio de equações. Ao comparar as equações 
preditivas com a ingestão energética encontramos casos de inadequação. Esse 
desbalanço energético pode levar à perda de performance, aumento da gordura 
corporal ou o emagrecimento. Objetivo: Avaliar o consumo de energia, comparando 
com a necessidade energética obtida por equações preditivas disponíveis na 
literatura em atletas de futebol profissional. Avaliamos 19 atletas de futebol 
profissional. A partir da avaliação antropométrica e da planilha de treino diária, 
calculamos três diferentes equações preditivas para taxa metabólica basal (TMB), 
somadas à energia despendida pelo esforço em METs. Dividimos a TMB obtida na 
equação da FAO por 24 horas(hs), consideramos 18hs de gasto em repouso 
somadas a 6hs em exercício (fator de atividade: 2,25) (equação 4). Com o 
recordatório 24 horas avaliamos o consumo energético dos atletas (consumido). Os 
dados foram analisados por meio de teste t de Student pareado e correlação de 
Pearson, adotando para significância p<0,05. Nas comparações entre a energia 
consumida e as equações, somente a equação 4 não apresentou diferença 
significativa (p>0,05), parecendo ser a mais adequada. Por correlação de Pearson, 
as equações apresentaram forte associação entre as mesmas, porém todas as 
equações com o consumido apresentaram baixos coeficientes de correlação. 
Encontramos casos de superestimação e subestimação de até 1000 Kcal. Os 
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resultados demonstram que a comparação entre o predito e o consumido está 
distante do ideal. Em alguns casos, os níveis de inadequação são preocupantes, 
pois evidenciam ou um consumo muito excessivo de energia ou muito baixo, 
podendo levar a perda do desempenho durante os treinos e jogos. Das equações, a 
que apresentou melhor correlação com os dados de consumo foi a adaptada com o 
TMB e o fator de atividade, apresentando valores mais próximos do consumido pelos 
atletas. Parece importante o acompanhamento nutricional desses atletas para que o 
consumo alimentar provoque efeitos benéficos e seja de fundamental importância ao 
desempenho desportivo. 
Palavras-chave: atletas; consumo energético; nutrição. 
 
Abstract: The athlete needs a high energy demand. The prediction of energy need 
occurs through equations. When comparing the predictive equations with the intake 
we found cases of inadequacy. This energy imbalance can lead to performance loss, 
increased body fat or weight loss. To evaluate the energy consumption compared to 
the energy requirement obtained by predictive equations available in the literature in 
professional soccer athletes. We evaluated 19 professional soccer players. From the 
anthropometric evaluation and the daily training worksheet, we calculated the 
equations of FAO (equation 1), DRI's (equation 2) and Cunnigham (equation 3) for 
basal metabolic rate (BMR) plus the energy expended by the effort in MET's. We 
divided the TMB obtained in the FAO equation for 24 hours (hs), we considered 18hs 
of expenditure at rest added to 6hs in exercise (activity factor: 2.25) (equation 4). 
With the 24 hour recall, we evaluated the athletes' energy consumption (consumed). 
Data were analyzed using paired Student's t-test and Pearson's correlation. In the 
comparisons between the energy consumed and the equations, only equation 4 
showed no significant difference (p>0.05). By Pearson's correlation, the equations 
presented a strong association between them, but all the equations with the 
consumed had low coefficients of correlation. We found cases of overestimation and 
underestimation up to 1000 Kcal. The results show that the comparison between 
predicted and consumed is far from ideal. In some cases, the levels of inadequacy 
are worrying, as they show either a very excessive energy consumption or very low, 
which can lead to loss of performance during training and games. From the equations 
that presented the best correlation with the data, consumption was adapted with the 
TMB and the activity factor, presenting values closer to the one consumed by the 
Consumo e a necessidade energética de jogadores de futebol 
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athletes. It seems important the nutritional monitoring of these athletes so that the 
food consumption provokes beneficial effects and is of fundamental importance to 
the sporting performance. 
Key words: athletes; energy consumption; nutrition. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A demanda energética necessária para um atleta é demasiadamente alta, se 
comparada a indivíduos normais¹. Essa demanda se refere ao aumento da taxa 
metabólica de repouso pelo exercício, assim como a demanda do exercício intenso 
aumenta a necessidade do atleta. Cabe ao nutricionista manter o aporte energético 
para o atleta de maneira a melhorar a performance¹. 
As equações preditivas são estratégias de primeira escolha para a prática 
clinica. As mais utilizadas para atletas são as propostas pelo departamento de 
alimentação e agricultura das nações unidas² (FAO/ONU) e a proposta por Harris e 
Benedict³ e Cunningham4. Essas equações foram primariamente propostas para 
taxa metabólica em repouso (TMR) e são adicionadas ao gasto energético pelo 
exercício. O valor é predito pela estimativa do equivalente metabólico (MET), onde 
cada atividade física recebeu um equivalente, que é multiplicado pelo peso do atleta 
e o compêndio, uma constante de gasto energético5, sendo a soma de ambos o 
gasto energético total (GET). 
Porém, equações são instrumentos que têm tendência a superestimar ou 
subestimar o consumo energético do atleta6. Em caso de superestimação, o atleta 
pode receber um aporte energético maior do que o necessário, levando ao acumulo 
de massa corporal7. Já em caso de menor aporte, a perda de massa corporal pode 
prejudicar a capacidade de performance ou causar fadiga precoce8. 
O atleta, em sua anamnese alimentar, relata a ingestão realizada nas últimas 
24 horas, demonstrando um pequeno retrato de seus hábitos alimentares, que 
podem estar em conformidade com suas necessidades ou não, porém representam 
seus costumes e o que eles têm consumido durante suas carreiras profissionais. 
Entretanto, o atleta terá que se adaptar para um possível programa de orientação 
nutricional. 
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A partir da ingestão energética apresentada pelos atletas, nossos objetivos 
foram: 1) comparar com o predito a partir das equações presentes na literatura; 2) 
verificar a acurácia de um método de consumo alimentar proporcional ao tempo de 
pratica e tempo de repouso; e 3) avaliar a margem de erro entre a ingestão e o 
consumo energético predito. 
 
MÉTODOS 
 
Amostra 
Foram avaliados 19 atletas de futebol profissional vinculados a um clube da 
primeira divisão do estado do Rio de Janeiro,sendo a amostra caracterizada como 
intencional. Os atletas apresentavam rotina de cinco sessões de três horas de 
treinamento por semana e como critérios de inclusão deveriam estar ativamente 
participando da rotina de treinamentos e jogos. Todos os sujeitos foram informados 
sobre os objetivos e métodos da pesquisa e assinaram o termo de consentimento 
livre e esclarecido. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
com a CAE 1.707.377. 
 
Procedimentos metodológicos 
A avaliação antropométrica constou de peso corporal, aferido em balança 
digital tipo plataforma da marca Filizola e precisão de 100g, com o atleta em posição 
ortostática. A altura foi medida com o estadiômetro da marca Altura Exata, com 
precisão de 1mm. Posteriormente, os resultados foram utilizados para o cálculo do 
índice de massa corporal (IMC). As dobras cutâneas foram realizadas com 
plicômetro Cescorf Científico, com precisão de 1mm, sendo feitas as dobras triciptal, 
subescapular, supra-ilíaca e abdominal. Com esses resultados, foi utilizada a 
equação proposta por Faulkner9 para o cálculo do percentual de gordura, massa 
magra e gorda. 
Na avaliação do gasto energético de treinamento, a planilha com o 
treinamento realizado no dia pelo atleta foi disponibilizada pela equipe de fisiologia 
do clube. De posse dela, foi possível derivar as atividades realizadas com a planilha 
de MET, a fim de se estabelecer a necessidade energética do exercício praticado. 
A partir das avaliações antropométricas e os cálculos para energia 
despendida pelo treinamento realizado, foram utilizadas as equações preditivas 
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propostas pela FAO, Harris Benedict (HB) e Cunningham (CUN) para obter a taxa 
metabólica de repouso (TMR). 
Para o cálculo do gasto energético total, duas metodologias foram utilizadas. 
Na primeira, simplesmente foi somado o valor obtido pela TMR com a energia 
despendida pelo esforço em MET. Na proposta denominada individualizada, os 
valores obtidos de TMR foram divididos pelas 24 horas, gerando o valor de repouso 
por hora e, depois, somado 18 horas, em que o atleta não estaria em exercício, com 
seis horas de exercício. 
O consumo alimentar foi avaliado com os atletas sendo entrevistados em um 
recordatório 24 horas, por nutricionistas treinados para essa avaliação, de maneira a 
quantificar o valor energético consumido nas últimas 24 horas antes do treinamento. 
Esse valor foi utilizado como base da alimentação habitual dos mesmos. 
 
Procedimentos estatísticos 
O tratamento estatístico empregado foi o teste de Kolmogorov e Smirnov para 
avaliar a normalidade dos dados e decidir sobre a utilização da média ou mediana, 
desvio padrão ou máximo e mínimo, assim como a utilização da estatística 
inferencial paramétrica ou não paramétrica. Para verificar se houve diferença entre 
as equações e o consumido, foi realizado o teste t de Student pareado, e para 
analisar a correlação entre as variáveis, foi realizada a Correlação de Pearson. Para 
se obter o quanto se diferenciava as equações preditivas da alimentação do atleta, 
foi utilizado o método do gráfico de sobrevivência adaptado para análise de 
concordância10. Em todos os procedimentos foram adotados P valor< 0,05 para 
significância estatística. 
 
RESULTADOS 
 
Os sujeitos apresentaram as seguintes médias e desvio padrão: média de 
idade cronológica 26,8 (±4,5) anos; peso corporal 78,2 (±10,6) kg, altura 1,78 (±0,1) 
m, IMC 24,5 (±2) kg/m², percentual de gordura de 7,8 (±2,8)% e massa livre de 
gordura de 71,8(±8,14)kg e massa gorda de 6,31 (±3,06) kg. 
Na tabela 1 foram apresentados os dados de média de cada equação 
preditiva utilizada no estudo, assim como o desvio padrão apresentado pelas 
mesmas. Somente as equações do VET com FAO e com HB calculados de maneira 
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individualizada não divergiram significativamente do valor encontrado como o 
consumido pelos atletas, demonstrando não haver diferenças entre as médias. 
Todas as correlações encontradas foram fracas, indicando que nenhuma das 
equações preditivas apresentou boa associação com o consumido pelo atleta. 
 
 
Tabela 1: Valores médios e desvio padrão apresentados pelas equações preditivas e 
o consumido, assim como o teste t entre as equações e o consumido e a suas 
respectivas correlações. 
 
Necessidade energética 
(Equações preditivas) 
Consumo energético alimentar 
Média±DP=2503,11±882,62 
 Média±DP 
Comparações (P 
valor)/Coeficiente de correlação 
VET FAO 3703,7±1376,95 0,000*/0,282 
VET FAO 
individualizado 
2397,33±168,14 0,629/0,249 
VET CUN 3958,92±432,66 0,000*/0,273 
VET CUN 
individualizado 
3438,48±388,66 0,001*/0,276 
VET HB 3722,44±421,68 0,000*/0,272 
VET HB 
individualizado 
2322,53±252,71 0,433/0,276 
*P valor <0,05 
 
 
O gráfico de acordo de sobrevivência é uma metodologia descrita 
recentemente na literatura como possibilidade de analisar concordâncias. Tem como 
objetivo quantificar, em caso de utilização de um método, qual o erro que será aceito 
em relação a outro. O preconizado é que esse valor represente 0,2 de discordância. 
Utilizando esse valor como ponto de corte para os dados apresentados, todas as 
equações estariam indicando um aumento na ingestão energética em média de 
1000 kcal diárias, o que estaria associado a uma mudança extrema na alimentação 
e dificuldade de adaptação a uma nova dieta. 
 
Consumo e a necessidade energética de jogadores de futebol 
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Figura 1: Representação gráfica do acordo de sobrevivência 
 
 
 
DISCUSSÃO 
Os resultados demonstram que a comparação entre o predito e o consumido 
está bem distante do ideal. Todas as equações em que não foram utilizados os 
cálculos desprezando o tempo de treino como metabolismo de repouso 
apresentaram diferença significativa para o consumido, que, neste caso, é um 
resultado complexo, pois o ideal seria não haver diferenças significativas. Ademais, 
as abordagens de concordância demonstram que as equações podem levar a 
aumento em média de mais de 1000 kcal. 
O futebol é um esporte com apelo mundial, e principalmente em nosso país 
recebe bastante destaque, porém isso não representa que possui uma vasta gama 
de estudos sobre o mesmo. Recentemente a análise realizada por Roves e 
colaboradores11 encontrou que poucos são os estudos que tiveram como foco a 
ingestão alimentar de jogadores profissionais, sendo encontrada inadequação 
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grande com relação ao predito, resultados que corroboram com o que encontramos. 
Tal comportamento pode ser estendido às categorias de base do esporte também, 
pois, em estudo com foco na formação de talentos para o esporte, os atletas 
apresentaram alimentação em desacordo com as recomendações nutricionais12,13. 
O consumo energético total reflete na distribuição de macronutrientes da dieta 
do mesmo, que, conforme o encontrado na literatura, já tem tendência de 
inadequação quanto a ingestão glicídica, proteica e de lipídeos14,15,16. Tal 
inadequação pode ser explicada devido ao baixo índice de conhecimento nutricional 
relatado por atletas17, onde em avaliação pré trabalho de educação alimentar os 
atletas apresentaram baixos níveis de conhecimento nutricional e, somente depois 
da implantação do programa, observou-se uma melhora na qualidade global de suas 
dietas. 
A diferença no gráfico de concordância evidencia que o nutricionista deve 
realizar uma fase de adaptação gradual às necessidades do atleta, de maneira a 
não aumentarabruptamente o seu consumo, com o risco do atleta não se sentir 
confortável à introdução do novo plano; assim como reflete a necessidade de 
equações mais individualizadas ao esforço físico a serem utilizadas em detrimento 
das formulas padrões que são largamente utilizadas, pois essas representam maior 
proximidade ao consumo do individuo. Entretanto, caso haja possibilidades, a 
utilização da calorimetria indireta, por ser um método de referência, parece 
importante para que não haja erros no controle dietético. 
As limitações do estudo foram o baixo número de sujeitos participantes e a 
utilização do questionário de 24 horas, que pode não representar a real ingestão 
alimentar. 
 
 
CONCLUSÃO 
Os atletas avaliados apresentaram consumo alimentar abaixo do predito, 
indicando que, para se adequar às necessidades nutricionais, os atletas teriam que, 
em média, aumentar seu consumo em até mil quilocalorias. Os cálculos 
individualizados foram os que mais se aproximaram da ingestão apresentada pelo 
atleta, mostrando-se boas soluções para transição da ingestão do habitual para o 
predito sem aumentar consideravelmente a ingesta calórica. Tal correção e 
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estabelecimento de estratégia devem ser implantados para que possa garantir o 
aporte energético necessário para um bom desempenho esportivo. 
 
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Recebido em 25/11/17. 
Revisado em09/12/17. 
Aceito em 20/12/17. 
 
Endereço para correspondência: Av. Carlos Chagas Filho, 373, Bloco K, sala 38 – Cidade Universitária – Rio de Janeiro – 
RJ – 21941-902.tailancbp@gmail.com

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