Buscar

Introdução psico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução.
Esse trabalho busca analisar e compreender de que forma a criança representa o seu pensamento, fazendo a leitura deste mundo, utilizando o grafismo como forma de expressão, baseando-se nos estudos de Piaget, Luquet e Lowenfeld.
Para os autores cima, o desenho infantil traduz o grau de maturidade em que a criança encontra seu equilíbrio emocional e afetivo, além do desenvolvimento motor e cognitivo. De um lado, o ato de desenhar se firma de forma espontânea, desenvolvendo sua coordenação motora, e por outro, são gestos, construídos da cultura onde a criança se encontra.
O trabalho gira em torno de como melhor compreender a criança através de seus meios mais expressivos – o desenho.
Através da evolução do grafismo é possível identificar o quanto as crianças estão aprimorando seus desenhos mediante suas experiencias individuais e suas interações sociais.
Piaget
Piaget distinguiu quatro grandes períodos no desenvolvimento das estruturas cognitivas, intimamente relacionados ao desenvolvimento da afetividade e da socialização da criança.
Estádio da inteligência sensório-motora (até aproximadamente, os 2 anos) – É o período de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo. 
Estádio da inteligência simbólica ou pré–operatória (2 a 7-8 anos) – O período pré-operatório realiza a transição entre a inteligência propriamente sensório motora e a inteligência representativa. Essa passagem não ocorre através de mutação brusca, mas de transformações lentas e sucessivas.
Estádio da inteligência operatória- concreta (7-8 a 11-12 anos) – Por volta dos sete anos a atividade cognitiva da criança torna-se operatória, com a aquisição da reversibilidade lógica. A reversibilidade aparece como uma propriedade das ações da criança, suscetíveis de se exercerem em pensamento ou interiormente. 
Estádio da inteligência Formal (a partir, aproximadamente, 12 anos a 15-16 anos) – Entre os 12 e os 15-16 anos , aproximadamente, as operações se desligam progressivamente do plano da manipulação concreta. Como resultado da experiência lógico-matemático, o adolescente consegue agrupar representações de representações em estruturas equilibradas (ocorrendo, portanto, uma nova mudança na natureza dos esquemas) e tem acesso a um raciocínio hipotético-dedutivo.
George Henri Luquet
Para Luquet, o desenho para criança é uma forma de diversão, um jogo como qualquer outro, o desenho para ela nunca é uma reprodução, mas sim a linguagem gráfica que toma forma gradativamente de uma imagem visual.
Luquet distingue estudos sobre o desenho, ele investigou as produções gráficas procurando definir o processo evolutivo sobre o grafismo infantil,, classificou a expressão do grafismo infantil em quatro estágios
Realismo Fortuito (2 anos) – A criança começa a fazer traços sem qualquer objetivo (não há intenção para uma representação gráfica) mesmo sabendo que os traços usados podem querer determinar um objetivo determinado e representa-lo efetivamente, a criança não considera a idéia de também possuir a mesma habilidade. É nesta fase também que podemos identificar as famosas ‘’garatujas’’, e de acordo com as definições de Piaget, este é o período sensório motor.
Realismo Falhado (3 aa 4 anos) – Quando a criança chega ao desenho propriamente dito, quer ser realista mas a sua intenção choca-se com obstáculos gráficos e psíquicos. 
Realismo intelectual (10 a 12 anos) – Onde a criança pretende deliberadamente produzir do objeto representado não só o que se pode ver, mas tudo o que ali existe e dar a cada um dos elementos a sua forma exemplar.
Realismo Visual (12 anos) – A criança representa os elementos visíveis, abandonando a transparência. Desenho Ordenado.
Lowenfeld
Lowenfeld qualificava a arte como catalizadora da criatividade. Segundo ele a expressão gráfica do desenho acontece em fases conforme o desenvolvimento em cada idade. Ele estabelece três fases para o desenho.
A primeira fase o autor subdivide em três etapas.
Etapa da garatuja desordenada (1 a 2 anos) – Quando a criança ignora os limites do papel e é o corpo que se movimenta para desenhar.
Etapa da garatuja ordenada (a partir de 2 anos) – É quando a consciência da relação do movimento com o traço começa a existir, e a criança sente o controle que tem da tarefa, começando a concentrar-se e a controlar o tamanho, a forma e os espaços onde desenha.
Etapa da garatuja nomeada (a partir dos 3 anos) – Representa intencionalmente um objeto concreto, através de uma imagem gráfica, passa mais tempo desenhando.
A segunda fase é a Pré-Esquemática (4 a 7 anos) – Os movimentos circulares e longitudinais da etapa de garatujas evoluem para formas reconhecíveis, passando ao conjunto indefinido de linhas para uma configuração definida.
A terceira fase é vista como ‘’Esquemática’’ (7 a 9 anos) – Desenvolve o conceito da forma e seus desenhos simbolizam o que pertence ao seu meio.

Continue navegando