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[2011] Direito do Trabalho - Aula 08

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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
Olá, 
Na nossa aula de hoje, abordaremos a legislação sobre a inspeção do trabalho. 
É importante transcrever para vocês o Decreto 4.552/02, na íntegra, para que 
vocês possam memorizá-lo. 
Vocês poderão observar que não há muitas questões que o abordem, de um 
modo geral são de uma a duas questões em cada prova. 
Quero ressaltar que ao final da aula trarei um anexos com a prova discursiva 
AFT 2010 comentada. 
Alguns alunos querem adquirir esta prova comentada, mas como o projeto já 
terminou e saiu do site, não é possível adquiri-la. Então, resolvi postá-la aqui 
para vocês e farei as devidas adaptações e atualizações. 
Vamos então dar início a nossa aula de hoje! 
Aula 08: Direito Administrativo do Trabalho: Regulamento da Inspeção do 
Trabalho (Decreto n.° 4.552, de 27/12/02); Processo de Multas 
Administrativas. 
8.1. Processo de Multas Administrativas: 
A fiscalização do trabalho incumbe às autoridades competentes do 
Ministério do Trabalho, ou àquelas que exerçam funções delegadas, a 
fiscalização do fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho. 
De acordo com o art. 627 da CLT a fiscalização deverá observar o critério 
de dupla visita, com a finalidade de instruir os responsáveis no cumprimento 
das leis de proteção ao trabalho. 
A dupla visita deverá ocorrer nos seguintes casos: 
^ Quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, 
regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com 
relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a 
instrução dos responsáveis; 
^ Em se realizando a primeira inspeção dos estabelecimentos ou 
dos locais de trabalho, recentemente inaugurados o u 
empreendidos. 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 
DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
Com exceção dos casos em que é obrigatória a dupla visita, a toda 
verificação em que o Auditor-Fiscal do Trabalho concluir pela existência de 
violação de preceito legal deve corresponder a lavratura de auto de infração, 
sob pena de responsabilização. 
As empresas obrigadas a possuir o livro intitulado "Inspeção do 
Trabalho", cujo modelo será aprovado por portaria ministerial. Nesse livro, 
registrará o agente da inspeção sua visita ao estabelecimento, declarando a 
data e a hora do início e término da mesma, bem como o resultado da 
inspeção, nele consignando, se for o caso, todas as irregularidades verificadas 
e as exigências feitas, com os respectivos prazos para seu atendimento, e, 
ainda, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional. 
Quando for comprovada a má-fé do agente da inspeção, quanto à 
omissão ou lançamento de qualquer elemento no livro, responderá ele por falta 
grave no cumprimento do dever, ficando passível, desde logo, da pena de 
suspensão até 30 (trinta) dias, instaurando-se, obrigatoriamente, em caso de 
reincidência, inquérito administrativo. 
A lavratura de autos contra empresas fictícias e de endereços 
inexistentes, assim como a apresentação de falsos relatórios, constitui falta 
grave. 
Lembretes importantes: 
> O auto de infração será lavrado em duplicata, nos termos dos modelos e 
instruções expedidos, sendo uma via entregue ao infrator, contra recibo, ou ao 
mesmo enviada, dentro de 10 (dez) dias da lavratura, sob pena de 
responsabilidade, em registro postal, com franquia e recibo de volta (art. 629 
da CLT). 
> O auto não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do 
infrator ou de testemunhas, e será lavrado no local da inspeção, salvo havendo 
motivo justificado que será declarado no próprio auto, quando então deverá 
ser lavrado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de 
responsabilidade. 
> Lavrado o auto de infração, não poderá ele ser inutilizado, nem sustado 
o curso do respectivo processo, devendo o agente da inspeção apresentá-lo à 
autoridade competente, mesmo se incidir em erro. 
> O infrator terá, para apresentar defesa, o prazo de 10 (dez) dias 
contados do recebimento do auto. 
> O auto de infração será registrado com a indicação sumária de seus 
elementos característicos, em livro próprio que deverá existir em cada órgão 
fiscalizador, de modo a assegurar o controle do seu processamento. 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
> Nenhum agente da inspeção poderá exercer as atribuições do seu cargo 
sem exibir a carteira de identidade fiscal, devidamente autenticada, 
fornecida pela autoridade competente. 
> É proibida a outorga de identidade fiscal a quem não esteja autorizado, 
em razão do cargo ou função, a exercer ou praticar, no âmbito da legislação 
trabalhista, atos de fiscalização. 
> O agente da inspeção terá livre acesso a todas as dependências dos 
estabelecimentos sujeitos ao regime da legislação trabalhista, sendo as 
empresas, por seus dirigentes, ou prepostos, obrigadas a prestar-lhe os 
esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições legais e a 
exibir-lhe, quando exigidos, quaisquer documentos que digam respeito ao 
fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho. 
> Os documentos sujeitos à inspeção deverão permanecer, sob as penas 
da lei, nos locais de trabalho, somente se admitindo, por exceção, a critério 
da autoridade competente, sejam os mesmos apresentados em dia e hora 
previamente fixados pelo agente da inspeção. 
> No território do exercício de sua função, o agente da inspeção gozará de 
passe livre nas empresas de transportes, públicas ou privadas, mediante a 
apresentação da carteira de identidade fiscal. 
> As autoridades policiais, quando solicitadas, deverão prestar aos agentes 
da inspeção a assistência de que necessitarem para o fiel cumprimento de 
suas atribuições legais. 
> Qualquer funcionário público federal, estadual ou municipal, ou 
representante legal de associação sindical, poderá comunicar à 
autoridade competente do Ministério do Trabalho as infrações que 
verificar. 
8.2. Decreto 4.552/2002: Regulamento da Inspeção do Trabalho 
O Sistema Federal de Inspeção do Trabalho tem por finalidade assegurar, 
em todo o território nacional, a aplicação das disposições legais, incluindo as 
convenções internacionais ratificadas, os atos e decisões das autoridades 
competentes e as convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho, no 
que concerne à proteção dos trabalhadores no exercício da atividade laboral 
(art. 1°). 
Passarei a transcrever a legislação, uma vez que a memorização da 
mesma é importante para a prova. As partes que tem destaque em azul são as 
quais considero mais importantes. 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
Art. 2o Compõem o Sistema Federal de Inspeção do Trabalho: 
I - autoridades de direção nacional, regional ou local: aquelas 
indicadas em leis, regulamentos e demais atos atinentes à estrutura 
administrativa do Ministério do Trabalho e Emprego; 
II - Auditores-Fiscais do Trabalho; 
a) legislação do trabalho; b) segurança do trabalho; e c) saúde no 
trabalho; 
III - Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho, em funções 
auxiliares de inspeção do trabalho. 
Art. 3o Os Auditores-Fiscais do Trabalho são subordinados 
tecnicamente à autoridade nacional competente em matéria de 
inspeção do trabalho. 
Art. 4o Para fins de inspeção, o território de cada unidade federativa 
será dividido em circunscrições, e fixadas as correspondentes sedes. 
Parágrafo único. As circunscrições que tiverem dois ou mais Auditores-
Fiscais do Trabalho poderão ser divididas em áreas de inspeção 
delimitadas por critérios geográficos. 
Art. 5— A distribuição dos Auditores-Fiscais do Trabalho pelas diferentes 
áreas de inspeção da mesmacircunscrição obedecerá ao sistema de rodízio, 
efetuado em sorteio público, vedada a recondução para a mesma área no 
período seguinte. 
§ 1— Os Auditores-Fiscais do Trabalho permanecerão nas diferentes 
áreas de inspeção pelo prazo máximo de doze meses. 
§ 2— É facultado à autoridade de direção regional estabelecer programas 
especiais de fiscalização que contemplem critérios diversos dos estabelecidos 
neste artigo, desde que aprovados pela autoridade nacional competente em 
matéria de inspeção do trabalho. 
Art. 6°. Atendendo às peculiaridades ou circunstâncias locais ou, 
ainda, a programas especiais de fiscalização, poderá a autoridade nacional 
competente em matéria de inspeção do trabalho, alterar os critérios fixados 
nos arts. 4° e 5° para estabelecer a fiscalização móvel, independentemente de 
circunscrição ou áreas de inspeção, definindo as normas para sua realização. 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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Art. 7— Compete às autoridades de direção do Sistema Federal de 
Inspeção do Trabalho: 
I - organizar, coordenar, avaliar e controlar as atividades de auditoria e 
as auxiliares da inspeção do trabalho. 
II - elaborar planejamento estratégico das ações da inspeção do trabalho 
no âmbito de sua competência; 
III - proferir decisões em processo administrativo resultante de ação de 
inspeção do trabalho; e 
IV - receber denúncias e, quando for o caso, formulá-las e encaminhá-las 
aos demais órgãos do poder público. 
§ 1- As autoridades de direção local e regional poderão empreender e 
supervisionar projetos consoante diretrizes emanadas da autoridade nacional 
competente em matéria de inspeção do trabalho. 
§ 2— Cabe à autoridade nacional competente em matéria de inspeção do 
trabalho elaborar e divulgar os relatórios previstos em convenções 
internacionais. 
Art. 8— O planejamento estratégico das ações de inspeção do trabalho 
será elaborado pelos órgãos competentes, considerando as propostas das 
respectivas unidades descentralizadas. 
§ 1— O planejamento de que trata este artigo consistirá na descrição das 
atividades a serem desenvolvidas nas unidades descentralizadas, de acordo 
com as diretrizes fixadas pela autoridade nacional competente em matéria de 
inspeção do trabalho. 
DA INSPEÇÃO 
Art. 9— A inspeção do trabalho será promovida em todas as empresas, 
estabelecimentos e locais de trabalho, públicos ou privados, estendendo-se aos 
profissionais liberais e instituições sem fins lucrativos, bem como às 
embarcações estrangeiras em águas territoriais brasileiras. 
Art. 10. Ao Auditor-Fiscal do Trabalho será fornecida Carteira de 
Identidade Fiscal (CIF), que servirá como credencial privativa, com renovação 
qüinqüenal. 
§ 1o Além da credencial aludida no caput, será fornecida credencial 
transcrita na língua inglesa ao Auditor-Fiscal do Trabalho, que tenha por 
atribuição inspecionar embarcações de bandeira estrangeira. 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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§ 2o A autoridade nacional competente em matéria de inspeção do 
trabalho fará publicar, no Diário Oficial da União, relação nominal dos 
portadores de Carteiras de Identidade Fiscal, com nome, número de matrícula 
e órgão de lotação. 
§ 3o É proibida a outorga de identidade fiscal a quem não seja integrante 
da Carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho. 
Art. 11. A credencial a que se refere o art. 10 deverá ser devolvida para 
inutilização, sob pena de responsabilidade administrativa, nos seguintes casos: 
I - posse em outro cargo público efetivo inacumulável; 
II - posse em cargo comissionado de quadro diverso do Ministério do 
Trabalho e Emprego; 
III - exoneração ou demissão do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho; 
IV - aposentadoria; ou 
V - afastamento ou licenciamento por prazo superior a seis meses. 
Art. 12. A exibição da credencial é obrigatória no momento da inspeção, 
salvo quando o Auditor-Fiscal do Trabalho julgar que tal identificação 
prejudicará a eficácia da fiscalização, hipótese em que deverá fazê-lo após a 
verificação física. 
Parágrafo único. O Auditor-Fiscal somente poderá exigir a exibição de 
documentos após a apresentação da credencial. 
Art. 13. O Auditor-Fiscal do Trabalho, munido de credencial, tem o 
direito de ingressar, livremente, sem prévio aviso e em qualquer dia e horário, 
em todos os locais de trabalho mencionados no art. 9o. 
Art. 14. Os empregadores, tomadores e intermediadores de serviços, 
empresas, instituições, associações, órgãos e entidades de qualquer natureza 
ou finalidade são sujeitos à inspeção do trabalho e ficam, pessoalmente ou por 
seus prepostos ou representantes legais, obrigados a franquear, aos Auditores-
Fiscais do Trabalho, o acesso aos estabelecimentos, respectivas dependências 
e locais de trabalho, bem como exibir os documentos e materiais solicitados 
para fins de inspeção do trabalho. 
Art. 15. As inspeções, sempre que necessário, serão efetuadas de forma 
imprevista, cercadas de todas as cautelas, na época e horários mais 
apropriados a sua eficácia. 
Art. 16. As determinações para o cumprimento de ação fiscal deverão 
ser comunicadas por escrito, por meio de ordens de serviço. 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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Parágrafo único. As ordens de serviço poderão prever a realização de 
inspeções por grupos de Auditores-Fiscais do Trabalho. 
Art. 17. Os órgãos da administração pública direta ou indireta e as 
empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos ficam 
obrigadas a proporcionar efetiva cooperação aos Auditores-Fiscais do Trabalho. 
Art. 18. Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho, em todo o 
território nacional: 
I - verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, 
inclusive as relacionadas à segurança e à saúde no trabalho, no âmbito das 
relações de trabalho e de emprego, em especial: 
a) os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), 
visando à redução dos índices de informalidade; 
b) o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 
objetivando maximizar os índices de arrecadação; 
c) o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de 
trabalho celebrados entre empregados e empregadores; e 
d) o cumprimento dos acordos, tratados e convenções internacionais 
ratificados pelo Brasil; 
II - ministrar orientações e dar informações e conselhos técnicos aos 
trabalhadores e às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, atendidos os 
critérios administrativos de oportunidade e conveniência; 
III - interrogar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, seus 
prepostos ou representantes legais, bem como trabalhadores, sobre qualquer 
matéria relativa à aplicação das disposições legais e exigir-lhes documento de 
identificação; 
IV - expedir notificação para apresentação de documentos; 
V - examinar e extrair dados e cópias de livros, arquivos e outros 
documentos, que entenda necessários ao exercício de suas atribuições legais, 
inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico; 
VI - proceder a levantamento e notificação de débitos; 
VII - apreender, mediante termo, materiais, livros, papéis, arquivos e 
documentos, inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico, que 
constituam prova material de infração, ou, ainda, para exame ou instrução de 
processos; 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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VIII - inspecionar os locais de trabalho, o funcionamento de máquinas e a 
utilização de equipamentos e instalações; 
IX - averiguar e analisar situações com risco potencial de gerardoenças 
ocupacionais e acidentes do trabalho, determinando as medidas preventivas 
necessárias; 
X - notificar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho para o 
cumprimento de obrigações ou a correção de irregularidades e adoção de 
medidas que eliminem os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, 
nas instalações ou métodos de trabalho; 
XI - quando constatado grave e iminente risco para a saúde ou 
segurança dos trabalhadores, expedir a notificação a que se refere o inciso X 
deste artigo, determinando a adoção de medidas de imediata aplicação; 
XII - coletar materiais e substâncias nos locais de trabalho para fins de 
análise, bem como apreender equipamentos e outros itens relacionados com a 
segurança e saúde no trabalho, lavrando o respectivo termo de apreensão; 
XIII - propor a interdição de estabelecimento, setor de serviço, máquina 
ou equipamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar 
situação de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do 
trabalhador, por meio de emissão de laudo técnico que indique a situação de 
risco verificada e especifique as medidas corretivas que deverão ser adotadas 
pelas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, comunicando o fato de imediato 
à autoridade competente; 
XIV - analisar e investigar as causas dos acidentes do trabalho e das 
doenças ocupacionais, bem como as situações com potencial para gerar tais 
eventos; 
XV - realizar auditorias e perícias e emitir laudos, pareceres e relatórios; 
XVI - solicitar, quando necessário ao desempenho de suas funções, o 
auxílio da autoridade policial; 
XVII - lavrar termo de compromisso decorrente de procedimento especial 
de inspeção; 
XVIII - lavrar autos de infração por inobservância de disposições legais; 
XIX - analisar processos administrativos de auto de infração, notificações 
de débitos ou outros que lhes forem distribuídos; 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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XX - devolver, devidamente informados os processos e demais 
documentos que lhes forem distribuídos, nos prazos e formas previstos em 
instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de 
inspeção do trabalho; 
XXI - elaborar relatórios de suas atividades, nos prazos e formas 
previstos em instruções expedidas pela autoridade nacional competente em 
matéria de inspeção do trabalho; 
XXII - levar ao conhecimento da autoridade competente, por escrito, as 
deficiências ou abusos que não estejam especificamente compreendidos nas 
disposições legais; 
XXIII - atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos 
planejamentos nacional e regional,nas respectivas áreas de especialização; 
XXIII - atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos 
planejamentos nacional e regional. 
§ 2- Aos Auditores-Fiscais do Trabalho serão ministrados regularmente 
cursos necessários à sua formação, aperfeiçoamento e especialização, 
observadas as peculiaridades regionais, conforme instruções do Ministério do 
Trabalho e Emprego, expedidas pela autoridade nacional competente em 
matéria de inspeção do trabalho. 
Art. 19. É vedado às autoridades de direção do Ministério do Trabalho e 
Emprego: 
I - conferir aos Auditores-Fiscais do Trabalho encargos ou funções 
diversas das que lhes são próprias, salvo se para o desempenho de cargos de 
direção, de funções de chefia ou de assessoramento; 
II - interferir no exercício das funções de inspeção do trabalho ou 
prejudicar, de qualquer maneira, sua imparcialidade ou a autoridade do 
Auditor-Fiscal do Trabalho; e 
III - conferir qualquer atribuição de inspeção do trabalho a servidor que 
não pertença ao Sistema Federal de Inspeção do Trabalho. 
Art. 20. A obrigação do Auditor-Fiscal do Trabalho de inspecionar os 
estabelecimentos e locais de trabalho situados na área de inspeção que lhe 
compete, em virtude do rodízio de que trata o art. 6o, § 1o, não o exime do 
dever de, sempre que verificar, em qualquer estabelecimento, a existência de 
violação a disposições legais, comunicar o fato, imediatamente, à autoridade 
competente. 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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Parágrafo único. Nos casos de grave e iminente risco à saúde e 
segurança dos trabalhadores, o Auditor-Fiscal do Trabalho atuará 
independentemente de sua área de inspeção. 
Art. 21. Caberá ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego 
promover a investigação das causas de acidentes ou doenças relacionadas ao 
trabalho, determinando as medidas de proteção necessárias. 
Art. 22. O Auditor-Fiscal do Trabalho poderá solicitar o concurso de 
especialistas e técnicos devidamente qualificados, assim como recorrer a 
laboratórios técnico-científicos governamentais ou credenciados, a fim de 
assegurar a aplicação das disposições legais e regulamentares relativas à 
segurança e saúde no trabalho. 
Art. 23. Os Auditores-Fiscais do Trabalho têm o dever de orientar e 
advertir as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho e os trabalhadores quanto 
ao cumprimento da legislação trabalhista, e observarão o critério da dupla 
visita nos seguintes casos: 
I - quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, 
regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação 
exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos responsáveis; 
II - quando se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais 
de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos; 
III - quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com até 
dez trabalhadores, salvo quando for constatada infração por falta de registro 
de empregado ou de anotação da CTPS, bem como na ocorrência de 
reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização; e 
IV - quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na 
forma da lei específica. 
§ 1— A autuação pelas infrações não dependerá da dupla visita após o 
decurso do prazo de noventa dias da vigência das disposições a que se refere o 
inciso I ou do efetivo funcionamento do novo estabelecimento ou local de 
trabalho a que se refere o inciso II. 
§ 2- Após obedecido o disposto no inciso III, não será mais observado o 
critério de dupla visita em relação ao dispositivo infringido. 
§ 3- A dupla visita será formalizada em notificação, que fixará prazo 
para a visita seguinte, na forma das instruções expedidas pela autoridade 
nacional competente em matéria de inspeção do trabalho. 
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Art. 24. A toda verificação em que o Auditor-Fiscal do Trabalho concluir 
pela existência de violação de preceito legal deve corresponder, sob pena de 
responsabilidade, a lavratura de auto de infração, ressalvado o disposto no art. 
23 e na hipótese de instauração de procedimento especial de fiscalização. 
Parágrafo único. O auto de infração não terá seu valor probante 
condicionado à assinatura do infrator ou de testemunhas e será lavrado no 
local da inspeção, salvo havendo motivo justificado que será declarado no 
próprio auto, quando então deverá ser lavrado no prazo de vinte e quatro 
horas, sob pena de responsabilidade. 
Art. 25. As notificações de débitos e outras decorrentes da ação fiscal 
poderão ser lavradas, a critério do Auditor-Fiscal do Trabalho, no local que 
oferecer melhores condições. 
Art. 26. Aqueles que violarem as disposições legais ou regulamentares, 
objeto da inspeção do trabalho, ou se mostrarem negligentes na sua aplicação, 
deixando de atender às advertências, notificações ou sanções da autoridade 
competente, poderão sofrer reiterada ação fiscal. 
Parágrafo único. O reiterado descumprimento das disposições legais,comprovado mediante relatório emitido pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, 
ensejará por parte da autoridade regional a denúncia do fato, de imediato, ao 
Ministério Público do Trabalho. 
DO PROCEDIMENTO ESPECIAL PARA A AÇÃO FISCAL 
Art. 27. Considera-se procedimento especial para a ação fiscal aquele 
que objetiva a orientação sobre o cumprimento das leis de proteção ao 
trabalho, bem como a prevenção e o saneamento de infrações à legislação. 
Art. 28. O procedimento especial para a ação fiscal poderá ser 
instaurado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho quando concluir pela ocorrência de 
motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o cumprimento da 
legislação trabalhista por pessoas ou setor econômico sujeito à inspeção do 
trabalho, com a anuência da chefia imediata. 
§ 1- O procedimento especial para a ação fiscal iniciará com a 
notificação, pela chefia da fiscalização, para comparecimento das pessoas 
sujeitas à inspeção do trabalho, à sede da unidade descentralizada do 
Ministério do Trabalho e Emprego. 
§ 2- A notificação deverá explicitar os motivos ensejadores da 
instauração do procedimento especial. 
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§ 3- O procedimento especial para a ação fiscal destinado à prevenção 
ou saneamento de infrações à legislação poderá resultar na lavratura de termo 
de compromisso que estipule as obrigações assumidas pelo compromissado e 
os prazos para seu cumprimento. 
§ 4— Durante o prazo fixado no termo, o compromissado poderá ser 
fiscalizado para verificação de seu cumprimento, sem prejuízo da ação fiscal 
em atributos não contemplados no referido termo. 
§ 5— Quando o procedimento especial para a ação fiscal for frustrado 
pelo não-atendimento da convocação, pela recusa de firmar termo de 
compromisso ou pelo descumprimento de qualquer cláusula compromissada, 
serão lavrados, de imediato, os respectivos autos de infração, e poderá ser 
encaminhando relatório circunstanciado ao Ministério Público do Trabalho. 
§ 6— Não se aplica o procedimento especial de saneamento às situações 
de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador. 
Art. 29. A chefia de fiscalização poderá, na forma de instruções 
expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do 
trabalho, instaurar o procedimento especial sempre que identificar a ocorrência 
de: 
I - motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o 
cumprimento da legislação trabalhista pelo tomador ou intermediador de 
serviços; 
II - situação reiteradamente irregular em setor econômico. 
Parágrafo único. Quando houver ação fiscal em andamento, o 
procedimento especial de fiscalização deverá observar as instruções expedidas 
pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho. 
Art. 30. Poderão ser estabelecidos procedimentos de fiscalização 
indireta, mista, ou outras que venham a ser definidas em instruções expedidas 
pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho. 
§ 1- Considera-se fiscalização indireta aquela realizada por meio de 
sistema de notificações para apresentação de documentos nas unidades 
descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego. 
§ 2— Poderá ser adotada fiscalização indireta: 
I - na execução de programa especial para a ação fiscal; ou 
II - quando o objeto da fiscalização não importar necessariamente em 
inspeção no local de trabalho. 
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§ 3- Considera-se fiscalização mista aquela iniciada com a visita ao local 
de trabalho e desenvolvida mediante notificação para apresentação de 
documentos nas unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e 
Emprego. 
DAS ATIVIDADES AUXILIARES À INSPEÇÃO DO TRABALHO 
Art. 31. São atividades auxiliares de apoio operacional à inspeção do 
trabalho, a cargo dos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho: 
I - levantamento técnico das condições de segurança nos locais de 
trabalho, com vistas à investigação de acidentes do trabalho; 
II - levantamento de dados para fins de cálculo dos coeficientes de 
freqüência e gravidade dos acidentes; 
III - avaliação qualitativa ou quantitativa de riscos ambientais; 
IV - levantamento e análise das condições de risco nas pessoas sujeitas à 
inspeção do trabalho; 
V - auxílio à realização de perícias técnicas para caracterização de 
insalubridade ou de periculosidade; 
VI - comunicação, de imediato e por escrito, à autoridade competente de 
qualquer situação de risco grave e iminente à saúde ou à integridade física dos 
trabalhadores; 
VII - participação em estudos e análises sobre as causas de acidentes do 
trabalho e de doenças profissionais; 
VIII - colaboração na elaboração de recomendações sobre segurança e 
saúde no trabalho; 
IX - acompanhamento das ações de prevenção desenvolvidas pela 
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego; 
X - orientação às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho sobre 
instalação e funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes 
(CIPA) e dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT); 
XI - prestação de assistência às CIPA; 
XII - participação nas reuniões das CIPA das pessoas sujeitas à inspeção 
do trabalho, como representantes da unidade descentralizada do Ministério do 
Trabalho e Emprego; 
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XIII - devolução dos processos e demais documentos que lhes forem 
distribuídos, devidamente informados, nos prazos assinalados; 
XIV - elaboração de relatório mensal de suas atividades, nas condições e 
nos prazos fixados pela autoridade nacional em matéria de inspeção do 
trabalho; e 
XV - prestação de informações e orientações em plantões fiscais na área 
de sua competência. 
§ 1- As atividades externas de que trata este artigo somente poderão 
ser exercidas mediante ordem de serviço expedida pela chefia de fiscalização. 
§ 2— Para o desempenho das atribuições previstas neste artigo, será 
fornecida aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho credencial 
específica que lhes possibilite o livre acesso aos estabelecimentos e locais de 
trabalho. 
Art. 32. Aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho poderão ser 
ministrados cursos necessários à sua formação, aperfeiçoamento e 
especialização, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego, expedidas pela autoridade nacional competente em 
matéria de inspeção do trabalho. 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 33. Os Auditores-Fiscais do Trabalho poderão participar de 
atividades de coordenação, planejamento, análise de processos e de 
desenvolvimento de programas especiais e de outras atividades internas e 
externas relacionadas com a inspeção do trabalho, na forma das instruções 
expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do 
trabalho. 
Art. 34. As empresas de transportes de qualquer natureza, inclusive as 
exploradas pela União, Distrito Federal, Estados e Municípios, bem como as 
concessionárias de rodovias que cobram pedágio para o trânsito concederão 
passe livre aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos Agentes de Higiene e 
Segurança do Trabalho, no território nacional em conformidade com o disposto 
no art. 630, § 5o, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mediante a 
apresentação da Carteira de Identidade Fiscal. 
Parágrafo único. O passe livre a que se refere este artigo abrange a 
travessia realizada em veículos de transporte aquaviário. 
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Art. 35. É vedado aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos 
Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho: 
I - revelar, sob pena de responsabilidade, mesmo na hipótese de 
afastamento do cargo, os segredos de fabricação ou comércio, bem como os 
processos de exploração de que tenham tido conhecimento no exercício de 
suas funções; 
II - revelar informações obtidas em decorrência do exercício das suas 
competências; 
III - revelar as fontes de informações, reclamações ou denúncias; 
IV - inspecionar os locais em que tenham qualquer interesse direto ou 
indireto, caso em que deverão declarar o impedimento. 
Parágrafo único. Os Auditores Fiscais do Trabalho e os Agentes de 
Higiene e Segurança do Trabalho responderão civil, penal e 
administrativamente pela infração ao disposto neste artigo. 
Art. 36. Configura falta grave o fornecimento ou a requisição de Carteira 
de Identidade Fiscal para qualquer pessoa não integrante do Sistema Federal 
de Inspeção do Trabalho. 
Parágrafo único. É considerado igualmente falta grave o uso da Carteira 
de Identidade Fiscal para fins outros que não os da fiscalização. 
Art. 37. Em toda unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e 
Emprego em que houver Auditores-Fiscais do Trabalho deverá ser reservada 
uma sala para o uso exclusivo desses servidores. 
Art. 38. A autoridade nacional competente em matéria de inspeção do 
trabalho expedirá as instruções necessárias à execução deste Regulamento. 
Atenção: É importante estudarmos a portaria 148 de 1996 que trata da 
tramitação dos processos e multas administrativas. 
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Portaria N° 148, de 25 de Janeiro de 1996 
Aprova normas para a organização e tramitação 
dos processos de multas administrativas e de 
Notificações para Depósito do Fundo de Garantia 
do Tempo de Serviço - NDFG. 
0 MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais; 
considerando a necessidade de expedir instruções para a execução do disposto 
no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho, e tendo em vista o § 1° do 
art. 23 da Lei n° 8036, de 11 de maio de 1990,RESOLVE: 
Baixar as presentes normas sobre a organização e tramitação dos processos de 
multas administrativas e de Notificações para Depósito de Fundo de Garantia 
do Tempo de Serviço - NDFG. 
Capítulo I Da Organização do Processo 
Art. 1° Os processos administrativos de aplicação de multas e de Notificação 
para Depósito de FGTS iniciar-se-ão com a lavratura do Auto de Infração e a 
emissão da NDFG, respectivamente. 
Art. 2° Na organização e instrução do processo administrativo, serão 
observados os seguintes procedimentos: 
1 - os Autos de Infração e as NDFG serão protocolizados e organizados na 
forma de autos forenses; 
II - o número de protocolo será sempre o mesmo, ainda quando o processo 
seja remetido a outro órgão ou instância superior; 
III - as informações, despachos, termos, pareceres, documentos e demais 
peças do processo serão dispostos em ordem cronológica da entrada no 
processo, sendo cada folha numerada e rubricada a tinta; 
IV - a remissão a qualquer documento constante do processo será feita sempre 
com a indicação precisa do número do processo e do número da folha em que 
se encontra; 
V - quando a remissão for feita a documento constante de processo anexado, 
far-se-á a indicação do número do processo e do número da folha em que se 
encontra; 
VI - nas informações e despachos, cuidar-se-á para que: 
a) a escrita seja legível, adotando-se a datilografia ou o microcomputador; 
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b) a redação seja clara, concisa, precisa e a linguagem isenta de agressão e 
parcialidade; 
c) seja feita a transcrição dos textos legais citados; 
d) sejam ressalvados, ao final, os espaços em branco, as entrelinhas, emendas 
e rasuras; 
e) conste se houve defesa e se esta foi apresentada dentro ou fora do prazo 
previsto. 
VII - a conclusão das informações ou despachos conterá: 
a) a denominação do órgão em que tem exercício o servidor, permitida a 
abreviatura; 
b) data; 
c) assinatura e nome do servidor com o cargo e a função. 
Art.3° O processo em andamento deverá conter, após cada ato, a declaração 
da data do recebimento e do encaminhamento. 
Art.4° Serão canceladas do processo, pela autoridade competente, expressões 
consideradas descorteses ou injuriosas. 
Art.5° Os atos e termos procedimentais, quando a lei não prescrever forma 
determinada, conterão somente o indispensável a sua finalidade. 
Capítulo II DO AUTO DE INFRAÇÃO E DA NOTIFICAÇÃO PARA 
DEPÓSITO DO FUNDO DE GARANTIA - NDFG 
Seção I Disposições Gerais 
Art.6° O Auto de Infração e a Notificação para Depósito do Fundo de Garantia 
- NDFG terão suas características definidas em modelo oficial e serão 
preenchidos a tinta, em letra de fôrma, ou datilograficamente, sem 
entrelinhas, emendas, rasuras ou vícios que possam acarretar sua nulidade, 
sob pena de responsabilidade do autuante e/ou notificante. 
Art.7° O Auto de Infração e a NDFG não terão seu valor probante 
condicionado à assinatura do infrator e de testemunhas e serão lavrados no 
local da inspeção, salvo nas seguintes hipóteses: 
I - quando o local não oferecer condições; 
II - quando sua lavratura possa perturbar o funcionamento do local fiscalizado; 
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III - quando houver resistência, desacato ou qualquer outra forma de 
constrangimento contra o Agente da Inspeção do Trabalho; 
IV - quando se tratar de Notificação para Apresentação de Documentos - NAD 
na DRT ou em suas unidades descentralizadas, nos casos de fiscalização 
indireta na forma definida na Instrução Normativa Intersecretarial n° 08, de 15 
de maio de 1995 (DOU 22.05.95). 
Parágrafo único. Cabe ao Agente da Inspeção do Trabalho consignar no 
corpo do Auto e no verso da NDFG a hipótese ocorrida. 
Art.8° Poderão ser apreendidos, pelo Agente da Inspeção do Trabalho, 
mediante termo, quaisquer papéis e documentos que constituam prova 
material da infração. 
Parágrafo único. Poderá o empregador, se o desejar, fornecer em 
substituição aos documentos exigidos pelo agente fiscalizador, para fins de 
apreensão, cópias devidamente autenticadas, salvo quando o fato constituir 
ação penal, caso em que o documento original acompanhará o processo-crime, 
mantida uma cópia em poder do empregador. 
Seção II Do Auto de Infração 
Art.9° O Auto de Infração, pré-numerado seqüencialmente, será lavrado em 3 
(três) vias e conterá os seguintes elementos: 
I - nome, endereço e CEP do autuado; 
II - ramo de atividade (CNAE), número de empregados e número de inscrição 
no CGC ou CPF do Ministério da Fazenda ou CEI do Ministério da Previdência 
Social; 
III - ementa da autuação e seu código; 
IV - descrição clara e precisa do fato caracterizado como infração, com 
referência às circunstâncias pertinentes, relacionando pelo menos um 
empregado em situação ou atividade irregular, exceto quando a lei cominar 
multa per capita, hipótese em que deverão ser relacionados todos os 
empregados em situação ou atividade irregular; 
V - capitulação do fato mediante citação expressa do dispositivo legal 
infringido; 
VI - elementos de convicção; 
VII - ciência do prazo para apresentação de defesa e indicação do local para 
sua entrega; 
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VIII - local, data e hora da lavratura; 
IX - assinatura e carimbo do autuante contendonome, cargo e matrícula; 
X - assinatura e identificação do autuado, seu representante ou preposto. 
§ 1° Quando se tratar de Auto de Infração com capitulação no art. 630 e seus 
parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalho, não há necessidade de 
relacionar pelo menos um empregado em situação ou atividade irregular, 
conforme previsto no inciso IV deste artigo; 
§ 2° O Auto de Infração será lavrado em 3 (três) vias que terão a seguinte 
destinação: a 1a via será entregue no protocolo da Delegacia Regional do 
Trabalho, para instauração do processo administrativo em 48 (quarenta e oito) 
horas contados de sua lavratura; a 2° via será entregue ao autuado; e a 3° via 
ficará com o autuante. 
§ 3° Em se tratando de fiscalização rural, não será obedecido o prazo de 48 
(quarenta e oito) horas para entregar a 1a via no protocolo da Delegacia 
Regional do Trabalho, dando-se a entrega ao término da ação fiscal. 
§ 4° Todos os documentos que servirem de base ao Auto de Infração deverão 
ser visados pelo agente, salvo os oficiais e os livros contábeis. 
§ 5° Havendo recusa no recebimento do Auto de Infração durante a ação 
fiscal, a 1a via do mesmo será entregue no setor/seção de multas e recursos 
que a enviará, via postal, com Aviso de Recebimento - AR. 
§ 6° Persistindo a recusa após envio postal, o Auto de Infração será publicado, 
através de edital, no DOU ou em jornal de grande circulação local. 
Redação dada pela Portaria n° 241, de 15 de abril de 1998 (DOU 16.04.98). 
Art.10° A omissão ou incorreção no Auto de Infração não acarretará sua 
nulidade quando do processo constarem elementos suficientes para a 
caracterização da falta. 
§ 1° Quando se tratar de omissão ou erro na capitulação da infração, caberá à 
autoridade regional, mediante despacho saneador e antes do julgamento, 
corrigir a irregularidade, concedendo novo prazo à autuada para apresentar 
defesa. 
§ 2° A constatação de mais de um tipo de irregularidade acarretará a lavratura 
de Autos de Infração distintos. 
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Seção III Da Notificação para Depósito de 
Fundo de Garantia - NDFG 
Art.11° Constatado que o depósito devido ao FGTS não foi efetuado, ou foi 
efetuado a menor, será expedida contra o infrator a Notificação para Depósito 
do Fundo de Garantia - NDFG, sem prejuízo da lavratura dos Autos de Infração 
que couberem. 
Art.12°A NDFG, pré-numerada seqüencialmente, será emitida em 4 (quatro) 
vias e conterá os seguintes elementos: 
I - código da Unidade Organizacional do Ministério do Trabalho - UORG; 
II - nome do notificado, número de inscrição no CGC ou CPF do Ministério da 
Fazenda, ou CEI do Ministério da Previdência Social; 
III - endereço do notificado; 
IV - indicação do banco depositário; 
V - prazo de 10 (dez) dias para recolhimento do débito ou apresentação de 
defesa, devendo estar expresso que esse está lançado em moeda e valores da 
data da competência devida, aos quais serão acrescidos juros de mora, 
atualização monetária e multa, com as indicações dos dispositivos legais 
infringidos; 
VI- indicação discriminativa dos débitos, por mês e ano de competência; 
VII- discriminação do número de folhas que compõem a NDFG no montante 
apurado com a indicação dos elementos e documentos de onde o mesmo foi 
extraído; 
VIII- ciência do prazo para apresentação de defesa e indicação do local para 
sua entrega; 
IX- local e data da lavratura; 
X- assinatura e identificação do notificado ou seu preposto; 
XI- assinatura e carimbo do notificante, contendo nome, cargo e matrícula. 
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§ 1° As 4 (quatro) vias da NDFG terão a seguinte destinação: 
a) 1° via - será entregue no protocolo da Delegacia Regional do Trabalho, para 
instauração do processo; 
b) 2° via - será entregue ao notificado; 
c) 3° via - será enviada à Caixa Econômica Federal, após vencidas todas as 
instâncias recursais; 
d) 4° via - ficará com o fiscal notificante. 
§ 2° A Guia de Recolhimento do FGTS - GRE obedecerá ao modelo e instruções 
expedidos pela Caixa Econômica Federal. 
Capítulo III Da Competência 
Art.13°Compete ao Delegado Regional do Trabalho a organização do 
processo. 
Parágrafo único. Aos Agentes da Inspeção do Trabalho, conforme a matéria 
específica objeto da autuação ou notificação, compete a análise dos processos 
de Auto de Infração e de NDFG. 
Art.14°. O julgamento do processo compete: 
I - em primeira instância, aos Delegados Regionais do Trabalho; 
II - em segunda instância, ao Secretário de Fiscalização do Trabalho ou ao 
Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho, conforme a matéria objeto da 
autuação ou notificação. 
Capítulo IV DA CIÊNCIA AO AUTUADO E AO NOTIFICADO 
Art.15°. O autuado e o notificado serão cientificados do inteiro teor das 
decisões, por escrito, mantendo-se cópia no processo, podendo a ciência ser 
feita: 
I - pessoalmente; 
II - por via postal, telegráfica ou outro meio de telecomunicação escrita, com 
prova de recebimento; 
III - por edital, publicado no DOU ou jornal da localidade do domicílio do 
interessado ou que nele circule, quando este estiver em lugar incerto e não-
sabido. 
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§ 1° A notificação ou ciência pessoal, postal, telegráfica ou outro meio de 
telecomunicação escrita, pode ser feita ao representante legal do interessado. 
§ 2° Quando a decisão acolher a análise do Agente da Inspeção do Trabalho, 
esta deverá ser também encaminhada ao autuado ou notificado. 
Art.16°. Considera-se feita a notificação: 
I - pessoal, na data da ciência do interessado; 
II - por via postal, telegráfica, ou outro meio de telecomunicação escrita, 48 
(quarenta e oito) horas após a sua regular expedição, mesmo que o 
destinatário não tenha colocado a data no Aviso de Recebimento - AR; 
III - por edital, 10 (dez) dias após sua publicação. 
Capítulo V DOS PRAZOS 
Art.17° Os prazos são contínuos e se contam com a exclusão do dia da 
notificação ou ciência e inclusão do dia do vencimento. 
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente 
normal do órgão onde tramitar o processo. 
Art.18° Atendendo a circunstâncias especiais, a autoridade competente 
poderá em despacho fundamentado: 
I - acrescer até o dobro o prazo para defesa, recurso ou impugnação de 
exigência, quando o interessado residir em localidade diversa daquela onde se 
achar a autoridade; 
II - prorrogar o prazo para a realização de diligência; 
III - conceder novo prazo de 10 (dez) dias para recolhimento do débito ou 
apresentação de defesa, no caso de emissão de Termo de Retificação de NDFG. 
Art.19°. O prazo para realização de ato processual que lhe caiba providenciar, 
será de 8 (oito) dias, sob pena de responsabilidade administrativa do servidor. 
§ 1° O servidor poderá requerer à chefia imediata a dilação do prazo, 
justificando o pedido. 
§ 2° A chefia imediata certificará o vencimento dos prazos. 
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Capítulo VI DAS NULIDADES 
Art.20° Revestem-se de nulidade: 
I - os atos e termos lavrados por funcionário que não tenha competência legal 
para fazê-lo; 
II - as decisões proferidas por autoridade incompetente ou com preterição do 
direito de defesa; 
III - as decisões destituídas de fundamentação. 
§ 1° A nulidade não será declarada: 
a) quando for possível repetir o ato ou retificar o auto de infração, nos termos 
do art. 10; 
b) quando argüida por quem tiverdado causa. 
§ 2° A autoridade que declarar a nulidade informará atos a que ela se estende 
e não prejudicará senão os posteriores que deles dependam ou sejam 
conseqüência. 
Art.21° As nulidades somente serão declaradas: 
I - ex officio, nas hipóteses dos incisos I e II do artigo anterior; 
II- mediante provocação do interessado ou procurador legalmente constituído, 
só podendo ser argüida na primeira oportunidade em que o interessado tiver 
de falar nos autos. 
Capítulo VII DO PROCESSO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA 
Seção I Início do Processo 
Art.22°. Após protocolizado o Auto de Infração ou a NDFG e organizado o 
processo, o setor de multas e recursos cadastrará e informará se o infrator é 
primário ou reincidente. 
Parágrafo único. Será considerado reincidente o infrator que for autuado por 
infração ao mesmo dispositivo legal, antes de decorridos 2 (dois) anos da 
última imposição de penalidade, após vencidas as instâncias recursais. 
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Seção II Da Defesa 
Art.23°. A defesa, formalizada por escrito e instruída com documentos que a 
fundamentarem, será apresentada à Delegacia Regional do Trabalho no prazo 
de 10 (dez) dias, contados do recebimento do Auto de Infração ou da NDFG. 
Art.24°. A defesa mencionará: 
I - a autoridade a quem é dirigida; 
II - a qualificação do interessado; 
III - os motivos de fato e de direito em que se fundamentar; 
IV - as diligências que o interessado pretende que sejam efetuadas. 
§ 1° A defesa quando assinada por procurador legalmente constituído será 
acompanhada do respectivo mandato. 
§ 2° As provas documentais, se apresentadas por cópia, deverão ser 
autenticadas. 
§ 3° As irregularidades verificadas nos documentos de que tratam os 
parágrafos anteriores serão, a critério da autoridade regional, notificadas ao 
interessado para querendo, saneá-las no prazo de 10(dez) dias. 
Seção III Das Diligências e Saneamento 
Art.25°. O Delegado Regional do Trabalho determinará de ofício, ou a 
requerimento do interessado, a realização de diligências necessárias à 
apuração dos fatos, inclusive audiência de testemunhas, indeferindo as que 
considerar procrastinatórias. 
Art.26°. Havendo necessidade de se proceder a alterações na NDFG, o Fiscal 
do Trabalho lavrará Termo de Retificação de NDFG. 
Parágrafo único. O Termo de Retificação de NDFG será emitido em 4 
(quatro) vias, que terão a mesma destinação da NDFG, sendo que a 1a via 
será parte integrante do processo original. 
Seção IV Da Decisão 
Art.27°. A decisão será fundamentada, clara, precisa e objetiva, e evitará o 
uso de expressões vagas, códigos ou siglas, a fim de que o interessado possa, 
de pronto, dar-lhe cumprimento ou requerer o que couber. 
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Art.28°. A decisão poderá ser: 
I - pela procedência total; 
II - pela procedência parcial; 
III - pela improcedência. 
Art.29°. Das decisões do processo, assim como dos despachos que 
determinarem saneamento do processo ou realização de diligência, o 
interessado será cientificado com observância dos arts. 15, 16 e 27. 
Art.30° As inexatidões materiais, devidas a lapso manifesto, a erros de escrita 
ou de cálculos, existentes na decisão, poderão ser corrigidas de ofício ou a 
requerimento do interessado. 
Seção V Do Cumprimento das Decisões 
Art.31°. A Delegacia Regional do Trabalho dará ciência da decisão ao autuado 
ou notificado para recolher o valor da multa administrativa ou do débito para 
com o FGTS, no prazo de 10 (dez) dias. 
§ 1° A guia de depósito para recurso ou recolhimento de multa obedecerá ao 
modelo e instruções próprias do formulário DARF, sendo utilizados os seguintes 
códigos: 
a) 0289 - Multas da Legislação Trabalhista; b) 2877 - Relação Anual de 
Informações Sociais-RAIS, Seguro-Desemprego e Cadastro Permanente de 
Admissão e Dispensa - CAGED; c) 7309 - Depósito para Recurso. 
§ 2° As guias de recolhimento do FGTS obedecerão aos modelos e instruções 
expedidas pela Caixa Econômica Federal. 
§ 3° Feita a conferência da guia de recolhimento pela Caixa Econômica 
Federal, o interessado apresentará a mesma ao órgão notificante para 
verificação do valor quitado e conseqüente baixa do processo. 
§ 4° Os parcelamentos de débito, quando formalizados pela Caixa Econômica 
Federal, suspendem o processo administrativo, cabendo ao empregador 
apresentar à Delegacia Regional do Trabalho cópia do acordo e comprovante 
de seu cumprimento até quitação final, para que seja anexado ao respectivo 
processo. 
Art.32°. A multa administrativa será reduzida de 50% (cinqüenta por cento) 
se o infrator, renunciando ao recurso, a recolher no prazo de 10 (dez) dias 
contados do recebimento da notificação, da decisão ou da publicação do edital, 
observando a contagem de prazo estabelecida no art. 17 da presente Portaria. 
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§ 1° O depósito da multa administrativa, para efeito de recurso, deverá ser 
realizado sobre seu valor integral. 
§ 2° O infrator remeterá uma via da guia de recolhimento autenticada pela 
instituição bancaria ao órgão notificante, para que seja juntada ao processo. 
Capítulo VIII DOS RECURSOS 
Seção I Do Recurso Voluntário 
Art.33°. Da decisão que impuser multa administrativa ou julgar procedente, 
total ou parcialmente débito para com o FGTS, caberá recurso à Secretaria de 
Fiscalização do Trabalho ou à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do 
Ministério do Trabalho, no prazo de 10 (dez) dias, contados da notificação da 
decisão. 
Art.34° O recurso será interposto perante a autoridade que houver imposto a 
multa ou julgado o débito para com o FGTS e conterá os mesmos requisitos da 
defesa, no que couber. 
Parágrafo único. O recurso da decisão que impuser multa administrativa será 
instruído com prova de seu depósito, sem a qual não terá prosseguimento. 
Art.35° O processo, devidamente instruído e com as contra-razões de recurso, 
será encaminhado à Secretaria de Fiscalização do Trabalho ou à Secretaria de 
Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho, no prazo máximo 
de 8 (oito) dias. 
Seção II Do Recurso de Ofício 
Art.36°. De toda decisão que implicar arquivamento do processo, a autoridade 
prolatora recorrerá de ofício à autoridade competente de instância superior. 
Parágrafo único. Não havendo recurso de ofício, o servidor que verificar o 
fato, comunicará à autoridade julgadora, para cumprimento daquela 
formalidade. Persistindo a irregularidade, esta deverá ser comunicada à 
autoridade de instância superior. 
Capítulo IX DO PROCESSO EM SEGUNDA INSTÂNCIA 
Art.37°. Aplica-se às decisões de segunda instância o estabelecido nos arts. 
27, 29 e 30 desta norma. 
Art.38°. Proferida a decisão de segunda instância, os autos serão devolvidos à 
Delegacia Regional do Trabalho para ciência do interessado e para o seu 
cumprimento, observado, se for o caso, o disposto no art. 31. 
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Capítulo X DA DÍVIDA PARA COM O FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE 
SERVIÇO - FGTS E DA COBRANÇA DAS MULTAS ADMINISTRATIVAS 
Art.39°. Decorrido o prazo de defesa da NDFG, sem a manifestação do 
devedor ou julgadas improcedentes suas razões ou esgotados os prazos 
recursais, encaminhar-se-á o processo à Caixa Econômica Federal que o 
preparará para inscrição em Dívida Ativa da União, competência esta da 
Procuradoria da Fazenda Nacional. 
Art.40°. Decorrido o prazo de defesa do Auto de Infração, sem a manifestaçãodo autuado ou julgadas improcedentes suas razões ou esgotados os prazos 
recursais, encaminhar-se-á o processo de multa administrativa à Procuradoria 
da Fazenda Nacional. 
Capítulo XI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art.41° Os processos de NDFG oriundos do Instituto Nacional de Seguridade 
Social - INSS obedecerão ao disposto nesta Portaria. 
Art.42° Todo documento dirigido à autoridade que não tenha competência 
para decidir sobre a matéria será encaminhado ao órgão competente, no prazo 
máximo de 10 (dez) dias. 
Art.43°. Aos Secretários de Fiscalização do Trabalho e de Segurança e Saúde 
no Trabalho compete resolver os casos omissos desta Portaria, no âmbito de 
suas atribuições. 
8.3. Questões de Prova sem comentários: 
1. (ESAF - Auditor Fiscal - 2003) Não compete às autoridades de direção 
do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho: 
a) organizar, coordenar, avaliar e controlar as atividades de auditoria e as 
auxiliares da inspeção do trabalho. 
b) elaborar planejamento estratégico das ações da inspeção do trabalho no 
âmbito de sua competência. 
c) divulgar amplamente nos meios de comunicação os resultados das 
inspeções realizadas bem como as medidas eventualmente adotadas ou 
sugeridas. 
d) proferir decisões em processo administrativo resultante de ação de inspeção 
do trabalho. 
e) receber denúncias e, quando for o caso, formulá-las e encaminhá-las aos 
demais órgãos do poder público. 
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2. (ESAF - Auditor Fiscal - 2006) Quanto ao processo de aplicação de 
multa administrativa, é correto afirmar que: 
a) O auto de infração lavrado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho tem seu valor 
probante condicionado à assinatura do infrator. 
b) O prazo para defesa é de 10 (dez) dias, quando o autuado reside no 
mesmo local em que estabelecida a autoridade. 
C) Não é admitida a audiência de testemunhas. 
d) O pagamento da multa exime o infrator de outras penalidades. 
e) A admissão do recurso não exige o depósito da multa. 
3. (ESAF - Auditor Fiscal - 2006) Compete ao Auditor-Fiscal do Trabalho, 
no exercício de suas atribuições, exceto: 
A) Lavrar termo de compromisso decorrente de procedimento especial de 
inspeção. 
B) Ministrar orientações, dar informações e conselhos técnicos às pessoas 
sujeitas à inspeção do trabalho. 
C) Exibir a credencial no momento da fiscalização ou após a verificação 
quando considerar que a identificação prejudicará a eficácia da fiscalização. 
D) Observar o critério da dupla visita quando se tratar de estabelecimento 
que tenha causado embaraço à fiscalização. 
E) Apreender, mediante termo, documentos, inclusive quando mantidos em 
meio magnético ou eletrônico, que constituam prova material e infração. 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
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1. 2. 3. 
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8.4. Questões de Prova com comentários: 
1. (ESAF - Auditor Fiscal - 2003) Não compete às autoridades de direção 
do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho: 
a) organizar, coordenar, avaliar e controlar as atividades de auditoria e as 
auxiliares da inspeção do trabalho. 
b) elaborar planejamento estratégico das ações da inspeção do trabalho no 
âmbito de sua competência. 
c) divulgar amplamente nos meios de comunicação os resultados das 
inspeções realizadas bem como as medidas eventualmente adotadas ou 
sugeridas. 
d) proferir decisões em processo administrativo resultante de ação de inspeção 
do trabalho. 
e) receber denúncias e, quando for o caso, formulá-las e encaminhá-las aos 
demais órgãos do poder público. 
Comentários: Letra C. 
Art. 7o do Decreto 4552/2002 Compete às autoridades de 
direção do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho: 
I - organizar, coordenar, avaliar e controlar as atividades de 
auditoria e as auxiliares da inspeção do trabalho. 
II - elaborar planejamento estratégico das ações da inspeção do 
trabalho no âmbito de sua competência; 
III - proferir decisões em processo administrativo resultante de 
ação de inspeção do trabalho; e 
IV - receber denúncias e, quando for o caso, formulá-las e 
encaminhá-las aos demais órgãos do poder público. 
2. (ESAF - Auditor Fiscal - 2006) Quanto ao processo de aplicação de 
multa administrativa, é correto afirmar que: 
a) O auto de infração lavrado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho tem seu valor 
probante condicionado à assinatura do infrator. 
b) O prazo para defesa é de 10 (dez) dias, quando o autuado reside no 
mesmo local em que estabelecida a autoridade. 
C) Não é admitida a audiência de testemunhas. 
d) O pagamento da multa exime o infrator de outras penalidades. 
e) A admissão do recurso não exige o depósito da multa. 
Comentários: Letra B. O auto de infração lavrado pelo Auditor-fiscal do 
Trabalho não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do infrator 
ou de testemunhas, conforme dispõe o parágrafo 1° do art. 629 da CLT. 
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Art. 629 da CLT O auto de infração será lavrado em duplicata, nos 
termos dos modelos e instruções expedidos, sendo uma via entregue 
ao infrator, contra recibo, ou ao mesmo enviada, dentro de 10 (dez) 
dias da lavratura, sob pena de responsabilidade, em registro postal, 
com franquia e recibo de volta. 
§ 1° - O auto não terá o seu valor probante condicionado à assinatura 
do infrator ou de testemunhas, e será lavrado no local da inspeção, 
salvo havendo motivo justificado que será declarado no próprio auto, 
quando então deverá ser lavrado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, 
sob pena de responsabilidade. 
§ 2° - Lavrado o auto de infração, não poderá ele ser inutilizado, nem 
sustado o curso do respectivo processo, devendo o agente da inspeção 
apresentá-lo à autoridade competente, mesmo se incidir em erro. 
§ 3° - O infrator terá, para apresentar defesa, o prazo de 10 (dez) dias 
contados do recebimento do auto. 
§ 4° - O auto de infração será registrado com a indicação sumária de 
seus elementos característicos, em livro próprio que deverá existir em 
cada órgão fiscalizador, de modo a assegurar o controle do seu 
processamento. 
A letra "b" está correta porque o parágrafo 3° do art. 629 da CLT, acima 
transcrito, estabelece que o prazo para defesa será de 10 dias contados do 
recebimento do auto de infração. Já a letra "c" está incorreta porque o art. 632 
da CLT estabelece que poderá o autuado requerer a audiência de testemunhas. 
Art. 632 da CLT Poderá o autuado requerer a audiência de 
testemunhas e as diligências que lhe parecerem necessárias à 
elucidação do processo, cabendo, porém, à autoridade, julgar da 
necessidade de tais provas. 
Art. 633 da CLT Os prazos para defesa ou recurso poderão ser 
prorrogados de acordo com despacho expresso da autoridade 
competente, quando o autuado residir em localidade diversa 
daquela onde se achar essa autoridade. 
3. (ESAF - Auditor Fiscal - 2006) Compete ao Auditor-Fiscal do Trabalho, 
no exercício de suas atribuições, exceto: 
A) Lavrar termo de compromisso decorrente de procedimento especial de 
inspeção. 
B) Ministrar orientações, dar informações e conselhos técnicos às pessoas 
sujeitas à inspeção do trabalho. 
C) Exibir a credencial no momento da fiscalização ou após a verificação 
quando considerar que a identificação prejudicará a eficácia da fiscalização. 
D) Observar o critério da dupla visita quando se tratar de estabelecimento 
que tenha causado embaraço à fiscalização. 
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E) Apreender, mediante termo, documentos, inclusive quando mantidos em 
meio magnéticoou eletrônico, que constituam prova material e infração. 
Comentários: Letra D. O art. 627 da CLT trata do critério da dupla visita e o 
art. 18 do Decreto 4.552/2002 trata da competência dos Auditores Fiscais do 
Trabalho. 
Art. 627 da CLT A fim de promover a instrução dos responsáveis 
no cumprimento das leis de proteção do trabalho, a fiscalização deverá 
observar o critério de dupla visita nos seguintes casos: 
a) quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, 
regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação 
exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos 
responsáveis; 
b) em se realizando a primeira inspeção dos estabelecimentos ou dos 
locais de trabalho, recentemente inaugurados ou empreendidos. 
A letra "D" é o gabarito da questão porque o art. 627 da CLT não 
estabelece o critério da dupla visita quando houver embaraços à fiscalização. 
Art. 18 do Decreto 4.552/2002 Compete aos Auditores-Fiscais do 
Trabalho, em todo o território nacional: 
I - verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, 
inclusive as relacionadas à segurança e à saúde no trabalho, no âmbito das 
relações de trabalho e de emprego, em especial: 
a) os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), 
visando à redução dos índices de informalidade; 
b) o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 
objetivando maximizar os índices de arrecadação; 
c) o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de 
trabalho celebrados entre empregados e empregadores; e 
d) o cumprimento dos acordos, tratados e convenções internacionais 
ratificados pelo Brasil; 
II - ministrar orientações e dar informações e conselhos técnicos aos 
trabalhadores e às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, atendidos os 
critérios administrativos de oportunidade e conveniência; 
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III - interrogar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, seus 
prepostos ou representantes legais, bem como trabalhadores, sobre qualquer 
matéria relativa à aplicação das disposições legais e exigir-lhes documento de 
identificação; 
IV - expedir notificação para apresentação de documentos; 
V - examinar e extrair dados e cópias de livros, arquivos e outros 
documentos, que entenda necessários ao exercício de suas atribuições legais, 
inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico; 
VI - proceder a levantamento e notificação de débitos; 
VII - apreender, mediante termo, materiais, livros, papéis, arquivos e 
documentos, inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico, que 
constituam prova material de infração, ou, ainda, para exame ou instrução de 
processos; 
VIII - inspecionar os locais de trabalho, o funcionamento de máquinas e a 
utilização de equipamentos e instalações; 
IX - averiguar e analisar situações com risco potencial de gerar doenças 
ocupacionais e acidentes do trabalho, determinando as medidas preventivas 
necessárias; 
X - notificar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho para o 
cumprimento de obrigações ou a correção de irregularidades e adoção de 
medidas que eliminem os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, 
nas instalações ou métodos de trabalho; 
XI - quando constatado grave e iminente risco para a saúde ou 
segurança dos trabalhadores, expedir a notificação a que se refere o inciso X 
deste artigo, determinando a adoção de medidas de imediata aplicação; 
XII - coletar materiais e substâncias nos locais de trabalho para fins de 
análise, bem como apreender equipamentos e outros itens relacionados com a 
segurança e saúde no trabalho, lavrando o respectivo termo de apreensão; 
XIII - propor a interdição de estabelecimento, setor de serviço, máquina 
ou equipamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar 
situação de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do 
trabalhador, por meio de emissão de laudo técnico que indique a situação de 
risco verificada e especifique as medidas corretivas que deverão ser adotadas 
pelas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, comunicando o fato de imediato 
à autoridade competente; 
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XIV - analisar e investigar as causas dos acidentes do trabalho e das 
doenças ocupacionais, bem como as situações com potencial para gerar tais 
eventos; 
XV - realizar auditorias e perícias e emitir laudos, pareceres e 
relatórios; 
XVI - solicitar, quando necessário ao desempenho de suas funções, o 
auxílio da autoridade policial; 
XVII - lavrar termo de compromisso decorrente de procedimento especial 
de inspeção; 
XVIII - lavrar autos de infração por inobservância de disposições legais; 
XIX - analisar processos administrativos de auto de infração, notificações 
de débitos ou outros que lhes forem distribuídos; 
XX - devolver, devidamente informados os processos e demais 
documentos que lhes forem distribuídos, nos prazos e formas previstos em 
instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de 
inspeção do trabalho; 
XXI - elaborar relatórios de suas atividades, nos prazos e formas 
previstos em instruções expedidas pela autoridade nacional competente em 
matéria de inspeção do trabalho; 
XXII - levar ao conhecimento da autoridade competente, por escrito, as 
deficiências ou abusos que não estejam especificamente compreendidos nas 
disposições legais; 
XXIII - atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos 
planejamentos nacional e regional, nas respectivas áreas de especialização; 
XXIII - atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos 
planejamentos nacional e regional. 
§ 1- Revogado. § 2o Aos Auditores-Fiscais do Trabalho serão ministrados 
regularmente cursos necessários à sua formação, aperfeiçoamento e 
especialização, observadas as peculiaridades regionais, conforme instruções do 
Ministério do Trabalho e Emprego expedidas pela autoridade nacional 
competente em matéria de inspeção do trabalho. 
Gabarito: 
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1. C 2. B 3. D 
DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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Anexo I: Prova discursiva AFT 2010 
QUESTÃO DISCURSIVA 1 - DIREITO DO TRABALHO 
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Pedro Paulo da Silva foi contratado e trabalhou como porteiro para o 
Centro Comercial Xique Xique Ltda. durante o período compreendido 
entre março de 1997 e abril de 2003, com média remuneratória 
equivalente a três salários mínimos. Foi dispensado sem a ocorrência 
de justa causa. O trabalhador permaneceu desempregado durante oito 
meses. Logo depois, preencheu cadastro, atendendo à oferta de 
trabalho, na empresa Eficiência Prestadora de Serviços Ltda. 
Submetido a determinados testes (prova escrita, entrevista e análise 
curricular), foi admitido para exercer a função de porteiro, inclusive 
em razão da sua experiência profissional anterior com remuneração 
equivalente a dois salários mínimos. Ato contínuo,foi deslocado para 
prestar serviços no Centro Comercial Chique Chique Ltda., local onde 
constava no seu crachá a função de atendente de público. Trabalhou 
nessas condições por aproximadamente cinco anos. 
Considerando os elementos contidos na situação hipotética 
supradescrita, e a partir deles, disserte sobre o fenômeno da 
terceirização de serviços, devendo constar abordagem obrigatória 
sobre os seguintes aspectos: 
a) Serviços terceirizáveis, licitude e ilicitude da intermediação de 
mão de obra, e respectivas consequências; 
b) Triangulação do contrato de trabalho e salário equitativo; 
c) Duração do contrato de prestação de serviço; 
d) Natureza e extensão daresponsabilidade atribuída às empresas 
envolvidas. 
Comentários: Observei nesta questão, que a ESAF abordou Súmula do TST. O 
candidato que não conhecesse a súmula 331 do TST teria dificuldades de 
dissertar sobre o tema. 
O conhecimento da doutrina também era fundamental, para a boa 
resolução desta prova discursiva. 
Observem que o enunciado da prova pede a abordagem obrigatória das 
formas de terceirização lícitas e ilícitas e respectivas conseqüências. Assim, o 
candidato somente poderia dissertar com desenvoltura se conhecesse o teor da 
Súmula 331 do TST! 
Recomendo iniciar o parágrafo conceituando o instituto da terceirização, 
para depois mencionar as formas de terceirização. 
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Então, vejamos: 
A terceirização é o fenômeno pelo qual o trabalhador é inserido no 
processo produtivo do tomador de serviços, sem que este tenha obrigações 
trabalhistas, pois estas são obrigações da empresa de terceirização. 
A terceirização lícita é aquela admitida pela lei 6.019/74 (Trabalho 
Temporário), pela Lei 7.102/83 (Serviços de vigilância), pela Súmula 331 do 
TST e nos serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador de 
serviços, desde que sem pessoalidade e subordinação direta. 
A contratação de trabalhadores, por empresa interposta, somente, será 
ilícita, quando existir fraude na terceirização, ou seja, o tomador de serviços 
necessitando de mão de obra habitual necessária a sua própria existência, que 
coincide com seus fins principais (atividade-fim), resolve contratar pessoal 
através de outra empresa. 
Neste caso, a terceirização será considerada ilícita e o vínculo de 
emprego irá formar-se diretamente com o tomador dos serviços do 
empregado, incidindo sobre o contato de trabalho todas as normas pertinentes 
a sua categoria. 
Neste caso a responsabilidade é solidária, e o empregado poderá 
escolher se ingressa com a reclamação trabalhista contra uma das empresas 
ou contra todas. 
Mesmo na hipótese de terceirização lícita, a empresa tomadora de 
serviços é responsável subsidiariamente pelo cumprimento das obrigações 
trabalhistas assumidas pela prestadora de serviços, ainda que se trate de 
entes da Administração Pública. 
A ESAF deixa claro que o candidato deverá considerar os elementos 
descritos na situação hipotética para desenvolver a sua redação. Assim, é 
necessário ressaltar a ilicitude da terceirização ligada à atividade-fim do 
tomador de serviços, que é a hipótese do caso hipotético. 
Observem a dica do enunciado, que nos faz concluir que a terceirização é 
ligada à atividade-fim do tomador de serviços: 
"Pedro Paulo da Silva foi contratado e trabalhou como porteiro para o 
Centro Comercial Xique Xique Ltda. durante o período compreendido entre 
março de 1997 e abril de 2003, com média remuneratória equivalente a três 
salários mínimos. Foi dispensado sem a ocorrência de justa causa. O 
trabalhador permaneceu desempregado durante oito meses. Logo depois, 
preencheu cadastro, atendendo à oferta de trabalho, na empresa Eficiência 
Prestadora de Serviços Ltda. Submetido a determinados testes (prova escrita, 
entrevista e análise curricular), foi admitido para exercer a função de porteiro, 
inclusive em razão da sua experiência profissional anterior com remuneração 
equivalente a dois salários mínimos. Ato contínuo, foi deslocado para prestar 
serviços no Centro Comercial Chique Chique Ltda., local onde constava no seu 
crachá a função de atendente de público. Trabalhou nessas condições por 
aproximadamente cinco anos". 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
A função de porteiro de um centro comercial é um serviço ligado à 
atividade-fim da empresa. Assim, o candidato deverá ressaltar em sua redação 
a ilicitude da terceirização em atividade-fim. 
Quando a terceirização for considerada ilícita, o empregado da empresa 
terceirizada poderá pleitear a equiparação salarial em relação aos 
trabalhadores da empresa cliente, porque, neste caso, a relação de emprego 
se estabelece diretamente com a empresa cliente. 
A responsabilidade será solidária entre o tomador e o intermediador de 
mão-de-obra quando a subcontratação for irregular. Neste caso o vínculo irá 
formar-se com o tomador. 
A Súmula 331 do TST refere-se à responsabilidade subsidiária do 
tomador quando a terceirização for regular ou legal. A situação hipotética 
descrita na questão trata-se de terceirização ilícita, uma vez que a atividade de 
atendente de público é atividade-fim de um Centro Comercial. 
Sendo ilícita a terceirização, o vínculo de emprego irá formar-se com o 
Centro Comercial Chique Chique, havendo a responsabilidade solidária entre a 
empresa tomadora e a empresa terceirizadora. 
QUESTÃO DISCURSIVA 2 - DIREITO DO TRABALHO 
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O sindicato dos empregados de bares e restaurantes do Distrito 
Federal celebrou convenção coletiva de trabalho com o sindicato dos 
bares e restaurantes do Distrito Federal. A referida norma coletiva 
estabeleceu que, para os trabalhadores integrantes da categoria 
representada pelo sindicato profissional, a hora noturna, assim 
considerada aquela compreendida entre 22 horas de um dia e 5 horas 
do dia seguinte, seria computada como de 60 (sessenta) minutos. O 
instrumento normativo determinou também que o labor noturno teria 
remuneração acrescida de 60% (sessenta por cento) do valor da hora 
diurna. Finalmente, os sindicatos envolvidos estabeleceram o prazo de 
vigência de três anos para a convenção coletiva. 
Em face do caso hipotético apresentado, disserte sobre convenções e 
acordos coletivos de trabalho, enfocando necessariamente os 
seguintes aspectos: 
(I) natureza jurídica das normas coletivas; 
(II) limite ao regramento de condições laborais por convenções e 
acordos coletivos de trabalho e princípios da proteção e da 
indisponibilidade dos direitos trabalhistas; 
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DIREITO DO TRABALHO AFT - TEORIA E QUESTÕES 
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(III) efeitos e integração das normas coletivas nos contratos 
individuais de trabalho; 
(IV) é válida a fixação de prazo de vigência de três anos para a norma 
coletiva? Fundamente. 
Comentários: A ESAF sinaliza para os pontos que deverão ser abordados, de 
forma mais contundente pelo candidato. 
Observem as palavras-chaves que deverão nortear a redação do 
candidato, abaixo sublinhada: 
"O sindicato dos empregados de bares e restaurantes do Distrito Federal 
celebrou convenção coletiva de trabalho com o sindicato dos bares e 
restaurantes do Distrito Federal. A referida norma coletiva estabeleceu que, 
para os trabalhadores integrantes da categoria representada pelo sindicato 
profissional, a hora noturna, assim considerada aquela compreendida entre 22 
horas de um dia e 5 horas do dia seguinte, seria computada como de 60 
(sessenta) minutos. O instrumento normativo determinou também que o labor 
noturno teria remuneração acrescida de 60% (sessenta por cento) do valor da 
hora diurna. Finalmente, os sindicatos envolvidos estabeleceram o prazo de 
vigência de três anos para a convenção coletiva". 
O candidato que está fazendo uma prova discursiva, certamente, já sabe 
que a hora noturna do empregado urbano é de 52 minutos e 30 segundos e 
que o adicional de horas extraordinárias é de 50%. 
Portanto, ele deverá argumentar em sua redação a possibilidade de 
norma coletiva estabelecer normas mais benéficas para o empregado, uma vez 
que há um mínimo de direitos assegurados constitucionalmente, que deverá 
ser respeitado devido ao princípio da proteção ao hipossuficiente. 
A banca pede que seja abordada a natureza jurídica das normas 
coletivas.

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