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Conceitos Fundamentais do Direito

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“O direito é a norma das ações humanas na vida social, estabelecida por uma organização soberana e imposta coativamente à observância de todos”.
Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder.
Soberania é UNA, INDIVISÍVEL, INALIENÁVEL e IMPRESCRITÍVEL.
UNA porque não pode existir mais de uma autoridade soberana no mesmo território.
INDIVISÍVEL porque o Poder Soberano delega atribuições, reparte competências para o Executivo, Legislativo e Judiciário, mas não divide a soberania. 
INALIENÁVEL, pois a vontade é personalíssima, não se aliena, não se transfere a outrem. É constituída pela soma de vontades individuais delegados aos representantes eleitos que hão de exercer o poder de soberania.
IMPRESCRETÍVEL, não pode sofrer limitação no tempo. Uma nação, ao se organizar em Estado Soberano, o faz em caráter definitivo e eterno.
Cidadania é um vínculo Jurídico-Político-Social que une um indivíduo a um determinado Estado, constituindo-se no exercício e gozo dos direitos civis e políticos atribuídos aos nacionais.
DIREITO PÚBLICO - Preocupa-se com  os interesses gerais da coletividade e com a organização do Estado. A ele compete a organização do Estado (Direito Constitucional); a disciplina de sua atividade na consecução de seus fins políticos e financeiros, cuidando da hierarquia entre seus órgãos, das relações com seus funcionários etc. (Direito Administrativo); a distribuição da justiça (Direito Judiciário); a repressão aos delitos (Direito Penal).
DIREITO PRIVADO - Regula as relações entre os homens com foco no interesse particular dos indivíduos, ou a ordem privada. Organiza as relações humanas que surgem dentro do âmbito familiar, as obrigações entre indivíduos, os direitos sobre as coisas. Pode também ser denominado Direito Civil. A partir do Direito Civil surgiram o Direito Comercial e o Direito do Trabalho.
Definição de Lei: vem do latim Lex, de legere = ler. O texto escrito para ser lido. Expressão da vontade geral. Vontade da coletividade personalizada no Estado, tendo como características essenciais a forma escrita e a publicidade. 
Tem caráter restritivo e compreende apenas os atos emanados do Poder Legislativo. É Regra de Direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter em uma comunidade a ordem e o desenvolvimento.
A iniciativa da Lei cabe ao Presidente da República e a qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Aprovado o projeto, em uma das Casas do Parlamento, será revisto pela outra que, aprovando-o, enviará ao Presidente da República, para veto ou sanção.
Lei é uma regra geral que, emanando de autoridade competente, é imposta, coativamente, à obediência de todos. 
VIGÊNCIA DA LEI - A lei, salvo disposição em contrário, começa a vigorar em todo o território nacional 45 dias depois de oficialmente publicada (para o brasileiro que está fora do Brasil, a vigência da lei inicia-se 03 meses após a publicação). A Lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
HIERARQUIA DAS LEIS - As leis são divididas por hierarquia, um dos exemplos da divisão das leis é a Constituição. A constituição é a Lei Fundamental e suprema de um Estado, que contém normas respeitantes a formação dos poderes públicos, forma de governo, distribuição de competências, direitos e deveres dos cidadãos.
Carta Magna ou Carta Constitucional - É a Norma que estabelece a estrutura dos elementos estatais, a finalidade do Estado. Norma Constitucional tem supremacia sobre outras normas.
Emenda Constitucional: É um Ato integrante do processo legislativo, promovido por proposta discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, considerando-se aprovada se obtiver 3/5 dos votos. Não pode ser objeto de emenda: forma federativa do Estado, sufrágio universal, a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais.
Lei Complementar: Destina-se a completar dispositivos da Constituição e deve ser aprovada por maioria absoluta na Câmara e no Senado.
Lei Ordinária: É a Lei propriamente dita; é um ato legislativo típico e para a sua aprovação é necessário a maioria simples , ou seja, a maioria do membros presentes a reunião ou sessão que , naquele dia de votação compareceram.
Lei Delegada: É elaborada pelo Presidente da República, por delegação do Congresso Nacional mediante resolução, na qual se especificarão o conteúdo e os termos de seu exercício e da qual poderá constar que o projeto seja apreciado pelo órgão delegante.
Medida Provisória: É um Ato Normativo, com força de lei, editado pelo Presidente da República em caso de relevância e urgência submetido de imediato ao Congresso Nacional, e cuja eficácia se extingue, desde a edição, se não for convertido em lei, no prazo de 60 dias (prorrogáveis), a partir da publicação.
Decreto:  É um Ato Administrativo editado pelo Presidente da República e referendado por ministro de Estado, para o fim de regulamentar uma lei ou prover disposição dela emanada.
Portaria: É uma espécie de Ato Normativo de autoridade pública, geralmente ministro de Estado, destinado a reduzir ao mínimo a abstração do decreto a que se prende.
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado e no Distrito Federal, enquanto o Senado compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal. Nos Estados e Municípios é exercido pelos Deputados Estaduais e Vereadores, respectivamente.
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, nos Estados pelo Governador e nos Municípios pelo Prefeito.
O Poder Judiciário é exercido através dos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal; Superior Tribunal de Justiça; os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; os Tribunais e Juízes do Trabalho; os Tribunais e Juízes Eleitorais; os Tribunais e Juízes Militares; os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal.
Divisão Política
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição.
Está entre as competências da União manter relações com estados estrangeiros e participar de organizações internacionais como a ONU, a OEA, a OIT, a OMC entre outras.
Assegurar a defesa nacional, emitir moeda, manter serviço postal, os serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens e demais serviços de telecomunicações, podendo explorar diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização. 
Os estados federados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, mas terão que sempre observar a Constituição Federal para não serem considerados anticonstitucionais. Cabe ao Estado explorar diretamente ou mediante concessão o gás canalizado.
Por outro lado, o município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará. 
Compete aos municípios legislar sobre assuntos de interesse local, instituir e arrecadar os tributos, organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão, os serviços públicos como o transporte coletivo.

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