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A ALTA CARGA TRIBUTARIA NO BRASIL (1)

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1 
 
A ALTA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL 
 
 
 
Euler Rodrigues Sobrinho1 
Flavia Pozzera Gassner2 
. 
 
RESUMO 
Este artigo inicia-se com intuito de apresentar as conclusões finais do plano de 
trabalho intitulado “A ALTA CARGA TRIBUTARIA NO BRASIL” que tem como 
objetivo de estudo a analise da evolução histórica e da composição da carga 
tributaria brasileira. O estudo foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, 
através de livros, artigos, publicações, sites e revistas. Através dessa pesquisa foi 
possível constatar que o Brasil está entre os países com maior carga tributária do 
mundo, isso porque existem milhões de pessoas que humildemente padecem diante 
da mais pura falta de interesse política em por um fim a este sofrimento. Com isso, 
foi possível observar através dos textos estudados o grande descontentamento com 
o sistema tributário vigente no nosso país. Com os dados coletados, o total de 
impostos arrecadados pelos governos federal, estaduais e municipais no ano de 
2010, ultrapassou a marca de R$ 1,27 trilhão, ou seja, uma alta de 16% sobre o 
valor arrecadado no ano de 2009. Enquanto estamos de braços cruzados, milhões 
de reais rodam de bolso em bolso dentro de palácio de reis. Enquanto isso estará 
sempre a esperar o retorno do capital investido, em saúde, educação, cultura, 
segurança pública. 
 
Palavras chave: Carga Tributária, Reforma Tributária, Tributação. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente artigo traz um breve histórico sobre os principais elementos que 
compõe a alta carga tributária no Brasil e a proposta de reforma tributária e seus 
elementos compostos, esta dividido em 9 capítulos, que resume previamente o 
assunto relacionado à alta carga tributária e a reforma tributária no Brasil. 
Atualmente o impacto da carga tributária excessiva que incide sobre as 
empresas, principalmente as MPEs – Micros e Pequenas Empresas faz com que as 
mesmas tenham um curto tempo de “vida”, pois para se mantiverem no mercado, 
muitas dessas MPEs usam o meio ilegal que discorre para sonegação de impostos. 
A reforma tributária é necessariamente urgente, porém ela vem acontecendo 
aos poucos, e a dificuldade central esta em encontrar um caminho que a torne mais 
eficiente e justa. 
 
1
 Euler Rodrigues Sobrinho (orientado). 
2
 Flavia Pozzera Gassner (orientador). 
2 
 
2. EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL 
O conceito de sistema tributário nacional pode ser entendido, conforme nos 
apresenta COSTA, Regina Helena 3 “... o conjunto de normas constitucionais e 
infraconstitucionais que disciplinam a atividade tributante...”. 
Sendo assim, é fundamental a existência de estruturas normativas distintas, isto é, a 
Constituição Federal, a lei complementar caminho, expressão de normas gerais 
tributárias – o Código Tributário Nacional (Lei n º 5.172/96), e a lei ordinária que 
seria o instrumento de instituição de tributos. 
O Brasil tem uma das maiores cargas tributária do mundo e dezenas de tipos 
de impostos. Eles representam um custo elevado para a maioria das empresas. Sua 
administração eficaz constitui importante vantagem competitiva. 
A área de Impostos é composta por algumas sublinhas de serviços: 
a) Assessoria Tributária 
b) Serviços de Impostos Corporativos 
c) Adequação Fiscal para Expatriados 
d) Impostos Indiretos 
e) Impostos Aduaneiros 
f) Impostos Internacionais 
 No Brasil até meados dos anos 60 o sistema tributário não era suficiente nem 
progressivo, a partir da segunda metade da década de 1960 e até o final da de 
1980, promovemos a instituição e expansão da tributação sobre o valor agregado 
(principalmente via ICMS), foram reduzidos os tributos sobre o comércio exterior, 
fortalecemos a administração tributária, mas deixamos a redução das desigualdades 
sociais em plano secundário. 
 No inicio da década de 1990, recomendava-se que a carga tributária fosse 
distribuída sobre base mais ampla, o que, segundo seus defensores, exigia um 
imposto de renda menos progressivo e a elevação da contribuição dos impostos 
sobre o consumo. 
 
 
 
 
3
 COSTA, Regina Helena. Curso de direito tributário: Constituição e Código Tributário Nacional, 2009, 
p.33. 
3 
 
De acordo com a publicação no site Diplomatique a especialista em tributação 
Fátima Gondim diz que: 
 
4 “A partir de 1995, a política tributária foi redesenhada para beneficiar o 
processo de mundialização do capital financeiro, de forma a atraí-lo e mimá-
lo do ponto de vista fiscal (as reformas do pacote neoliberal propuseram 
reformas administrativas, visando reduzir os custos das administrações 
tributárias e do cumprimento das obrigações pelas empresas, 
principalmente com o objetivo de incentivar o investimento estrangeiro)”. 
Mas quem pagou a conta do ajuste fiscal foram às pessoas de baixa renda, 
pois consomem toda a renda disponível (não há poupança) e compram basicamente 
gêneros de primeira necessidade, os aumentos de preço atingem de forma vital esse 
segmento. Por isso, a regressividade da estrutura tributária é sentida direta e 
especialmente pelas classes de renda, mas baixa, em 1996, a carga tributária 
indireta sobre as famílias com renda de ate 2 salários mínimos representava 26% da 
sua renda familiar; em 2002, pulou para 46%. Para família com renda superior a 30 
salários mínimos, a carga indireta era de 7,3%, em 1996, e de 16% em 2002, 
conforme dados do IBGE. 
 O crescimento da carga tributária foi aumentando de ano a ano, ainda que 
tenha havido uma quase que imperceptível queda no percentual da carga tributária 
incidente na vida dos brasileiros em 2009 (a primeira desde 2003), ela está em 
35,09% conforme a medição feita pelo Instituto Brasileiro de planejamento Tributário 
(IBPT), o que não deixa de ser uma exorbitância, notada mente se verificarmos a 
relação custo benefício, ou seja, impostos recolhidos versus retorno dos impostos 
em serviços prestados pela União, Estado, Municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
 Fátima Gondim – Especialista em Tributação, 
http://diplomatique.uol.com.br/print.php?tipo=ar&id=784&PHPSESSID=88831fba7510599f89e091c4a
a93e96d 
4 
 
3. TRIBUTAÇÃO 
3.1. Tributos 
 
A definição de tributos pode ser retirada do Código Tributário Nacional em seu 
artigo 3º, que diz: 
Artigo 3º “tributo e toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei, cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
O tributo é a resultante de uma exigência do Estado, isto é, é uma prestação 
pecuniária, é compulsório, é instituído por meio de lei, não é multa, é cobrado 
mediante lançamento. Através de NOGUEIRA, Ruy Barbosa: 
 
5 “Os tributos (...) são as receitas derivadas que o Estado recolhe do 
patrimônio dos indivíduos baseado no seu poder fiscal (poder de tributar, às 
vezes consorciado com o poder de regular), mas disciplinado por normas de 
direito público que constituem o Direito Tributário”. 
 
A prestação pecuniária, ou seja, a obrigação de prestar dinheiro ao Estado 
observa-se no art. 3 º CTN, onde observamos “o tributo é prestação pecuniária, em 
moeda (...)”, cabe observar que o dispositivo tem como objetivo evitar o tributo in 
natura (em bens) ou tributo in labore (em trabalho, em serviços). 
A prestação compulsória, segundo CARVALHO, Paulo de Barros 6 “Prestação 
pecuniária compulsória quer dizer o comportamento obrigatório de uma prestação 
em dinheiro, afastando-se, de plano, qualquer cogitação inerente às prestações 
voluntárias”. 
Cabe observar,que a prestação diversa de sanção, isto é, o tributo não é 
multa, e a multa não é tributo. Para TORRES, Ricardo Lobo 7 “São inconfundíveis o 
tributo e a penalidade, Aquele deriva da incidência do poder tributário sobre a 
propriedade privada, A penalidade pecuniária resulta do poder penal do Estado e 
tem por objetivo resguardar a validade da ordem jurídica”. 
 
 
 
 
5
 NOGUEIRA, Ruy Barbosa, Curso de direito Tributário, 14. Ed. p.155. 
6 CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 16. Ed., p.25. 
7 TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário, 12. ed.,p.;236 
5 
 
Sendo assim, é importante observar o que diz MACHADO, Hugo de Brito: 
 
 8 “O tributo se distingue da penalidade exatamente porque esta tem como 
hipótese de incidência um ato ilícito, enquanto a hipótese de incidência do 
tributo é sempre algo licito Não se conclua, por isto, que um rendimento 
auferido em atividade ilícita não esta sujeito ao tributo. Nem se diga que 
admitir a tributação de tal rendimento seria admitir a tributação do ilícito”. 
 
3.2. Obrigação Tributária 
A obrigação tributária corresponde ao vínculo derivado da relação do Estado 
com o particular. Nessa relação, o Estado é o sujeito ativo da obrigação tributária 
que, graças a seu poder de império, impõe ao particular, sujeito passivo da 
obrigação, um dever de fazer ou não fazer alguma coisa em razão da concretização 
de uma situação hipoteticamente, prevista na Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 
1966. Esse dever do particular corresponde aos tipos de obrigações tributárias, 
previstos no Artigo 113 do CTN (BRASIL, 2006), tais como: 
 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por 
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se 
juntamente com o crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorrente da legislação tributária e tem por 
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da 
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
3.3. Espécies Tributárias 
Hoje, têm-se três espécies de tributos definidos pelo Código Tributário 
Nacional os impostos, as taxas, e as contribuições de melhoria, conforme artigo 145 
da constituição Federal. 
 
3.4. Taxas 
São definidas pela doutrina como tributos vinculados, isto é, o Estado oferece 
uma contrapartida, uma contraprestação de imediato ao contribuinte, em função de 
sua cobrança. Para cobrança da taxa e necessário que se tenha recebido algum tipo 
de serviço público ou pelo exercício do poder de polícia pelo Estado, e no caso das 
taxas poderá ser cobrada por qualquer ente tributante federativo. 
 
8 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário, 29. ed.,p.57. 
6 
 
3.5. Impostos 
De acordo com informações do portal Cursos no cd 9 “Imposto é o tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte”. 
Compreende-se mediante esta definição, que os impostos são tributos a ser 
pagos e eles independem da vontade do contribuinte, ou seja, todos deverão pagar 
independente da atividade. 
Os impostos são definidos de acordo com a competência dos entes 
tributantes que são a União, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios 
conforme a Constituição Federal de 1988. 
 
3.6. Impostos incidentes sobre vendas e serviços: 
 
CREPALDI, Silvio Aparecido, 2008, faz um breve resumo sobre os impostos em 
geral, de responsabilidade das MPE (Micros e pequenas empresas): 
 
� ICMS – imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações; 
� ISS – imposto sobre serviços de qualquer natureza; 
� IVV – impostos sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos; 
� IE – imposto de exportação; 
� COFINS – contribuição para financiamento da seguridade social, antigo 
FINSOCIAL (fundo de investimento social); 
� PIS – programa de integração social, na parcela incidente sobre a receita 
bruta de vendas e serviços; 
� OUTROS – taxas que guardam proporcionalidade com o preço de venda e a 
quota de contribuição, ou retenção cambial, devida na exportação. 
� O IPI (imposto sobre produtos industrializados) não constitui nem receita; o 
seu controle será efetuado por meio de contas patrimoniais. 
 
 
 
99
 http://www.cursosnocd.com.br/administracao-financeira/perguntas-e-respostas-sobre-
administracao-financeira.htm 
7 
 
3.7. Contribuições de Melhorias 
Caracterizam-se tributos assim definidas pelo Código Tributário Nacional, que 
se destinam a fazer face ao custo com obras públicas de que decorra valorização 
imobiliária, tendo como limite, individual o acréscimo de valor que da obra resultar 
para cada imóvel beneficiado (BRASIL, 1996). 
 
3.8. Empréstimos Compulsórios 
Encontra-se regulado no Artigo 148 da atual Constituição Federal de 1988 
que diz o seguinte: 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
 
I. Para atender as despesas extraordinárias, decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; 
II. No caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, observado o disposto no 
art. 150, III. 
 
3.9. Contribuições Sociais 
De acordo com o art. 149 da Constituição Federal, as contribuições sociais, 
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, ou, simplesmente, contribuições especiais são tributos instituídos para 
o financiamento dos Sistemas Oficiais de Previdência e Assistencial Social, de 
intervenção na economia e para financiar as entidades representativas de classe ou 
profissional. São instituídos pela União, com tudo, os Estados, o Distrito Federal e os 
municípios também podem cobrar essa modalidade de contribuição, mas, 
exclusivamente, de seus servidores para o custeio dos respectivos sistemas 
previdenciários. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
4. DISCRIMINAÇÃO DE RENDAS 
A Constituição Federal adotou um sistema rígido de discriminação de rendas 
entre os entes federais, o que originou na atribuição de esferas exclusivas de 
atuação impositiva. Os impostos entre os entes federados são discriminados da 
seguinte forma: 
 
A. União 
� Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. 
� Imposto sobre produtos industrializados (IPI). 
� Imposto sobre operações financeiras (crédito, câmbio e seguro). 
� Imposto de importação. 
� Imposto de exportação. 
� Imposto sobre a propriedade territorial rural. 
� Imposto sobre grandes fortunas. 
 
B. Estado. 
� Imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA). 
� Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS). 
� Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação (ITCMD) 
 
C. Municípios. 
� Imposto sobre a propriedade territorial urbana (IPTU). 
� Imposto sobre serviço de qualquer natureza (ISSQN). 
� Imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
5. CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL 
Segundo pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e 
Pequenas Empresas – SEBRAE infere que essas juntamente com as médias 
empresas têm participação de 60% na população economicamenteativa e 
representatividade de 20% no PIB nacional. As micros, pequenas e médias 
empresas representam mais de cinco milhões, ou, aproximadamente 95% do total 
das entidades no Brasil. 
Dividindo-se a arrecadação tributária global (tributos federais, estaduais e 
municipais), pela população brasileira, notamos um aumento da contribuição “per 
capita” ao longo dos anos. Atualmente, de toda riqueza produzida no país em média 
36% corresponde a tributos. No Brasil a tributação é realmente muito alta 
equivalente a de países desenvolvidos, que não se justifica apenas pela eficiência 
dos órgãos responsáveis pela arrecadação. 
Ao afirmamos que a tributação em nosso país é alta levamos em 
consideração as alíquotas e as bases de cálculos dos tributos cobrados pelos entes 
federados. Esta pressão tributária elevada para os padrões do país conduz a uma 
situação paradoxal, pois faltam recursos para investimentos na infraestrutura 
econômica e social. 
É importante destacar que no Brasil a carga tributária é medida pela 
arrecadação efetiva, ou seja, não há mensuração do quanto é sonegado (evasão 
fiscal). Esse dado é valioso, pois se considerássemos a sonegação, nossa carga 
tributária seria ainda maior. 
É ineficaz compararmos nossa carga tributária com outros países. Isso 
acontece porque o valor numérico por si só não significa muito, pois somente o 
retorno ao contribuinte poderá quantificar a carga tributária de um país, sendo assim, 
o Brasil ainda possui a maior carga tributária entre os países emergentes. Com isso 
os brasileiros ainda precisam trabalhar quatro meses ou, mais exatamente, 123 dias 
para manter os gastos dos governos federal, estaduais e municipais. 
 
 
 
 
 
10 
 
A tributação brasileira vem sufocando os contribuintes (pessoas físicas) e as 
empresas, e, ainda, não responde com serviços de boa qualidade. Quando a saúde 
pública oferecida não é suficiente (em termos de números de atendimentos de 
qualidade), a educação pública é ineficiente e existe a falta de segurança, isso faz 
com se gaste duas vezes pelos mesmos motivos: tributos são pagos para ter esses 
serviços, mas, como não satisfazem, os contribuintes precisam arcar com as 
despesas com planos de saúde, escolas particulares, segurança, entre outros. 
A forma de tributar cada vez mais a sociedade tem permitido a expansão do 
gasto público nos últimos anos, isso considerado quantitativamente. Assim, cumpre 
à sociedade avaliar a carga tributária brasileira comparando à qualificação do gasto 
público e não permitir a reedição da CPMF ou o aumento de outros tributos como 
forma de suprir a não prorrogação da citada contribuição. 
Vale ressaltar, que a carga tributária brasileira é muito dependente de 
impostos sobre a produção e circulação de bens e serviço. Por este motivo, a 
participação da tributação da renda na carga tributária brasileira é baixa. Outro 
aspecto de grande diferenciação entre a carga nacional e a dos demais países, se 
dá no âmbito subjetivo da contribuição. 
No Brasil, a tributação das pessoas físicas é consideravelmente superior à 
tributação das pessoas jurídicas. Isso faz com que a carga tributária brasileira seja 
superior à de países latino-americanos, ainda que muito inferior à de países 
desenvolvidos. Com isso, podemos dizer que as cargas tributárias altas estão 
diretamente associadas à renda “per capita” também elevadas. Tal consideração 
não faz qualquer relação com o esforço tributário da sociedade, bem como quanto 
ao grau de desenvolvimento do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
6. REFORMA TRIBUTÁRIA 
Ao longo dos anos, muitos economistas e tributaristas suscitaram discussões 
quanto à realização de uma reforma tributária. Para que haja uma eficaz reforma 
tributária no sistema brasileiro, será necessária a redução das alíquotas, ou seja, a 
reforma ideal ocorreria através de um sistema simples, em que seria reduzida a 
quantidade de tributos vigentes. 
Muito se discuti e crítica à carga tributária no Brasil, o que poucos sabem, no 
entanto, e que essa reforma não virá para nos fazer pagar menos impostos. A partir 
do momento que os tributos forem estruturados e a cadeia produtiva for desonerada, 
é óbvio que essa perde será compensada em outros setores com ouros tributos. 
As reformas tributárias recentes têm acentuado uma anomalia do Brasil: 
aumento da tributação sobre o consumo em detrimento da tributação da renda, 
agravando o quadro de desigualdade ou, no mínimo, não permitindo uma maior 
redução desta. Nas próximas reformas e preciso ter a coragem de reconhecer que 
ainda não será possível abrir mão de receitas, deve decidir, o que quer do seu 
sistema tributário, estabelecendo objetivos específicos, que, certamente estarão em 
conflito uns com os outros. O Sistema Tributário Nacional deve ser um instrumento 
imprescindível de combate à pobreza e de redução das desigualdades sociais. 
 
7. METODOLOGIA 
Diante do pressuposto escolhi como método de análise e de pesquisa a ser 
utilizado por pesquisa qualitativa, e de acordo com Minayo (1994), “A pesquisa 
qualitativa se preocupa nas ciências sociais, com um nível de realidade que não 
pode ser quantificado”. 
A pesquisa qualitativa possui alguns referenciais, que identifico, sendo: 
Trabalho de pesquisa Pessoal, autônomo, criativo e rigoroso, para Severino (2007): 
10 “Além da disciplina imposta pela metodologia geral do conhecimento e 
pelas metodologias particulares de várias ciências, exige-se ainda a 
disciplina do compromisso assumido pela decisão da vontade. Não se faz 
ciência sem esforço, perseverança e obstinação”, pg. 218. 
 
 
 
 
 
10 SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. – 23º Edição. Rev. e atualizada – 
São Paulo: Ed. Cortez, 2007, Pag. 218. 
12 
 
8. ANÁLISE 
Este artigo resulta de uma análise e investigação sobre o sistema tributário, e 
os conceitos básicos e necessários para a compreensão da alta carga tributária no 
Brasil, este artigo é classificado como explicativo, pois é através de métodos 
dedutivos que se originou uma conclusão particular das pesquisas realizadas. 
Trata-se de uma análise qualitativa, por serem interpretadas subjetivamente, 
as informações coletadas foram utilizadas pesquisas documentais e bibliográficas. 
 
9. CONCLUSÃO 
Através dos textos estudados, foi possível observar o descontentamento com 
o Sistema Tributário vigente no Brasil. Hoje o contribuinte convive com uma carga 
tributária alta e as empresas pagam cerca de 60 tributos, entre taxas, contribuições 
e tarifas. Já os indivíduos trabalham em média quatro meses para pagar impostos. 
Assim, diante da análise da carga tributária nacional, observamos que o 
grande problema brasileiro é na concentração das obrigações tributárias. Com isso o 
Sistema Tributário Nacional vem enfrentando dificuldades, o que se comprova por 
meio das diversas reformas tributárias inseridas no sistema e que demonstram 
pouca efetividade na prática. 
Nesse sentido, é mais do que urgente uma reforma tributária, não para reduzir 
impostos, mas sim, desenvolver regras claras para inclusive tornar a sonegação 
quase nula e que na somatória da carga tributária, o tributo direto seja maior do que 
o tributo indireto. 
Portanto, um governo comprometido com a redistribuição da renda terá de 
ampliar o gasto social, alem de reformar o sistema tributário para torná-lo 
efetivamente mais progressivo, obrigando aqueles que têm mais renda e patrimônio 
a contribuírem proporcionalmente mais. 
O Brasil está entre os três países com a maior carga tributária da história, isto 
porque ainda existem milhõesde pessoas que humildemente padecem diante da 
mais pura falta de interesse política em por um fim a este sofrimento. Enquanto 
estamos de braços cruzados, milhões de reais rodam de bolso em bolso dentro de 
palácios de reis. Enquanto isso estará sempre esperando o retorno do capital 
investido até que a vida acabe. 
 
 
13 
 
10. REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10520: 
Apresentação de citações em documentos – Regras Gerais – Rio de Janeiro, jul. 
2001. 
 
____________. NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos 
– Apresentação Rio de Janeiro, dez 2005. 
 
ARAÚJO, Érika. Carga tributária, evolução histórica: uma tendência crescente. 
Revista Informe-se, n. 29, jul. 2001. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br>. 
Acesso em: 28 ago. 2011. 
 
Bordin, Luis Carlos Vitali, estudo A Nova Proposta de Reforma Tributária do 
Governo Federal (unificação do ICMS). 
 
CNI. [on line] Disponível na Internet via URL: http://www.cni.org.br/empauta Arquivo 
Reforma Tributária: Avaliação Positiva. Acesso em: 28 ago. 2011. 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de direito tributário: Constituição e Código 
Tributário Nacional. São Paulo: Saraiva 2009. 
 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade. 5. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2008. 
 
DELGADO, José Augusto. A interpretação contemporânea do direito tributário e os 
princípios de valorização da dignidade humana e da cidadania. In: FISHER, Octavio 
Campos. (Coord.) Tributos e direitos fundamentais. São Paulo: Dialética, 2004, p. 
151-173. 
 
FIESP/CIESP. [on line] Disponível na Internet via URL: 
http://www.fiesp.org.br/foc/reforma/ Arquivo com artigo: Uma Reforma para todos 
os brasileiros, de Horacio Lafer Piva. Acesso em: 01 set. 2011. 
 
JUS. NAVIGANDI [on line] Disponível na Internet via URL: 
http://www1.jus.com.br/doutrina. Arquivo Projeto de minirreforma tributária. Texto 
de Marcelo Magalhães Peixoto. Acesso em: 28 ago. 2011. 
 
LEGISCENTER. [on line] Disponível na Internet via URL: 
www.legiscenter.com.br/legisvoice/matérias Arquivo com o Artigo: Qual é a Reforma 
Tributária que efetivamente Precisamos? de Dr. Dênerson Dias Rose. Acesso 
em: 01 set. 2011. 
 
 
 
14 
 
MAGALHÃES, Luís Carlos Garcia de et al. Tributação, distribuição de renda. 
e pobreza: uma análise dos impactos da carga tributária sobre alimentação nas 
grandes regiões urbanas brasileiras. Brasília: 2001. Disponível em: 
<http://www.ipea.gov.br/pub/td/2001/td_0804.pdf>. Acesso em: 03 set. 2011. 
 
MINAYO, Maria Cecília de Souza (organizadora), Deslandez Suely Ferreira, Neto 
Otavio Cruz, Gomes, Romeu. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. – 
Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 1994. 
 
OLIVEIRA, Francisco Joelson Feitoza de. Monografia, Curso de graduação em 
Ciências Contábeis/ Faculdade de Imperatriz – FACIMP, Planejamento tributário – 
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