Buscar

Refúgio e Asilo Político

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade São Judas Tadeu
Direito - DIR3AN-BUA
Direito Internacional Público
Asilo Político X Refúgio
Ana Carolina da Silva Morais - 816114917
Amanda Uguetto da Silva - 816110212
Bruno de Arruda Brito - 816122764
Caroline Nascimento de Almeida - 816124662
Milena Godoy Faverin - 816114459
Millena Camargo Leite Rocha - 816119645
Shara Victória Haddad - 81610162
Steffanie Calixto Nascimento - 816117747 
São Paulo 
2018
Asilo Político
O asilo político consiste em uma proteção jurídica concedida a cidadãos que alegam sofrer perseguições políticas, raciais ou religiosas em seu país de origem. Esta prática teve início desde a Grécia Antiga, que significa “refúgio, local de amparo que nasce do instinto de conservação, própria do ser humano, que foge do perigo e da morte, com o propósito de encontrar um lugar que lhe ofereça a proteção necessária à sua integridade física”; em decorrência disso, está inserido no Tratado dos Direitos Humanos (Artigo XIV. 1, 2) e assegurado na Constituição Federal de 1988 no art. 4º, X garantindo a concessão desse direito. 
	Há diversas modalidades de asilo político, sendo o territorial quando o indivíduo já se encontra no local em que deseja a proteção; e o diplomático que é concedido numa embaixada ou consulado do país, como por exemplo; quando até mesmo Adolf Hitler respeitou os diplomatas da Inglaterra em Berlim após o final da Guerra dos Trinta Anos. Ainda possui o afirmativo, em que a pessoa não está em processo de deportação; e o defensivo que são concedidos àqueles cidadãos em processo de deportação.
	A solicitação do asilo político é feita através de um requerimento que pode ser estendido a sua família, em que o cidadão deve provar que sofreu perseguições de caráter político, racial e religioso. Lembrando que nenhum Estado é obrigado a conceder o asilo, podendo acarretar consequências significativas ao indivíduo, tal como o processo de deportação.
	A durabilidade do asilo é fixada de acordo com a necessidade e urgência, sendo passível de prolongação quando carecer por parte do Estado coletar mais informações acerca do asilado para concessão desta prerrogativa.
Para ilustrar esta prática, temos o caso de Svetlana Alliluyeva, filha do famoso ditador Josef Stalin, que após denunciar as atrocidades praticadas durante o governo de seu pai, foi perseguida politicamente pela população russa, sendo necessário solicitar asilo nos EUA.
Uma hipótese que poderia se enquadrar no asilo político é o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmava sofrer perseguição política, e que esta acarretou sua prisão. Portanto, mesmo não tendo o feito, ele possui o direito de recorrer ao Tribunal Internacional solicitando este benefício. 
Este direito teve maior impacto no Brasil durante a ditadura militar, de forma que diversos nacionais se asilaram em países vizinhos, em busca de proteção e liberdade para reivindicar os direitos violados durante a vigência deste governo.
Portanto, é notável que esta garantia é indispensável para assegurar os direitos contidos no Art. 5º da Constituição Federal de 1988, direitos esses inerentes a todos os seres humanos, pois o asilo político em sua essência tem como finalidade asseverar a liberdade de expressão de crença, religião, e cultural, além de evitar perseguições provenientes de opiniões políticas, questões étnicas e raciais.
Refúgio
A acolhida de refugiados é um ato humanitário, de solidariedade, sendo que o refúgio vem sendo constituído desde a segunda metade do século XX. Desde que falamos na existência de guerras, podemos falar na existência de refugiados, indivíduos estes que são “produtos” de guerras, de perseguições, de regimes totalitaristas e desrespeitosos, de perseguições arbitrárias, seja em razão de sua raça, religião ou opinião política.
O refúgio, juridicamente falando, não possui conceito diferente deste trazido pelo dicionário “asilo, abrigo, apoio, amparo”. O ato de concessão de refúgio consiste, realmente, em conceder abrigo, amparo, apoio, enfim, consiste em conceder proteção àquele que foge de seu país porque lá não lhe é conferida a proteção que necessita.
Refúgio é uma concessão ao imigrante quando o mesmo é alvo de: temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. Geralmente a aplicação se dá num contexto em que a perseguição é generalizada, a necessidade de proteção atinge a um número elevado de pessoas.
 Enquanto há a tramitação do processo de refúgio, pedidos de expulsão ou extradição ficam em suspensos. O refúgio tem diretrizes globais definidas, ou seja é um instituto jurídico internacional de alcance universal e possui regulação pelo organismo internacional ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. No Brasil, a matéria é regulada pela Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que criou o Comitê Nacional para os Refugiados – Conare, e pela Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados , de 28 de julho de 1951.
O Conare é o órgão colegiado, vinculado ao Ministério da Justiça, que reúne segmentos da área governamental, da sociedade civil e das Nações Unidas. Cabe a este órgão analisar e deliberar sobre o pedido do imigrante o possível reconhecimento da condição de refugiado. Todos os pedidos de refúgio possuem um processo no qual é analisado se o solicitante possui um fundado temor de perseguição crível por meio de uma entrevista pessoal com um oficial do governo brasileiro, que será responsável pela determinação de sua condição de refugiado. 
Essa análise é constituída por dois elementos: um subjetivo que são as declarações e alegações do solicitante; e um objetivo, no qual as alegações de perseguição do solicitante encontram respaldo nas informações do país de origem, fornecidas por agências internacionais e governamentais. O plenário do Conare delibera em reuniões mensais sobre os pedidos e dá decisão que pode sofrer recurso, decidido pelo ministro da Justiça. 
Uma vez reconhecido o status de refugiado de determinado indivíduo, este gozará da proteção jurídica conferida pelo Estado Brasileiro e será regido pelo Estatuto do Refugiado. Contudo, uma vez reconhecido o status de refugiado de determinado indivíduo, este status não perdurará ad infinitum; o indivíduo não irá mais receber a proteção conferida aos beneficiários do refúgio caso perca a sua condição de refugiado ou caso esta seja cessada.[1: Do latim, “até o infinito”]
É necessário que o indivíduo já ostente a condição de refugiado, afinal, não há como perder o que não se possui. Sendo assim, nestas hipóteses, o indivíduo, à época em que requereu a concessão do refúgio, obteve uma decisão positiva e foi reconhecido como refugiado, entretanto, por incorrer em alguma das causas de perda ou de cessação, não será mais considerado refugiado.
Tanto a perda quanto a cessação da condição de refugiado só ocorrem nas hipóteses expressamente previstas em lei, ou seja, trata-se de rol taxativo.
O art. 38 da lei brasileira sobre refugiados traz as causas da cessação da condição de refugiado, já as causas da perda da condição de refugiado estão no art. 39.
Consoante diferenciação trazida por Liliana Lyra Jubilut, a diferença entre a cessação e a perda da condição de refugiado consiste no fato de que:[2: O Direito Internacional dos Refugiados e sua Aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro, p. 194.]
“(...) naquela, a condição de refugiado não é mais necessária, pois o indivíduo passou novamente a contar com a proteção de seu Estado de origem e/ou residência habitual (por exemplo, se o motivo do refúgio foi uma guerra civil e ela acabou), e essa tem um caráter punitivo, ou seja, o Brasil por algum ato do refugiado (por exemplo, a prática de ato contrário à segurança nacional) não quer mais oferecer a sua proteção a ele.”
Tais hipóteses de cessação da condição de refugiado se advém do fato de o reconhecimento da condição de refugiado ocorrer por conta situação objetivado país de origem ou em que este mantinha residência habitual. Havendo alteração, como no caso de melhora da situação que implique no término das causas que fundamentaram a concessão do refúgio, não mais subsiste razão plausível para haver a proteção por um terceiro Estado, pois esta não mais é necessária.
Já as hipóteses de perda da condição de refugiado, diferentemente das hipóteses de cessação, não ocorrem em virtude de não mais ser necessária a proteção por parte de um terceiro Estado; a perda da condição de refugiado, é de caráter punitivo, é aplicado quando o refugiado pratica algum dos atos previstos nos incisos do artigo 39 da lei 9.474 e, em razão da prática deste ato reprovável, o Brasil não mais deseja oferecer proteção a este indivíduo por meio da concessão de refúgio.
Acerca da possibilidade de se proceder à expulsão de pessoa com status de refugiado, afirma, com sapiência, o renomado autor Jacob Dolinger:
“A expulsão do refugiado só é admitida em hipótese de “segurança nacional ou ordem pública”, sendo-lhe facultado o direito de se defender e tempo suficiente para encontrar outro país que queira abrigá-lo, proibida terminantemente a expulsão ou a devolução para um país em que sua vida ou liberdade possam estar ameaçadas por causa de sua raça, religião, nacionalidade, vinculação a determinado grupo social ou opinião política”.[3: Jacob Dolinger, Direito internacional privado: parte geral, p. 243.]
Os refugiados que perderem permanentemente tal status em virtude de terem renunciado a tal condição ou por terem saído do território nacional sem prévia autorização do Governo brasileiro serão enquadrados no regime geral de permanência de estrangeiros no território nacional. Já aqueles que perderem o status por motivo de prova de falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da condição de refugiado ou a existência de fatos que, se fossem conhecidos quando do reconhecimento, teriam ensejado uma decisão negativa ou por exercer atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem pública, estarão sujeitos às medidas compulsórias previstas na Lei n. 6815/80, quais sejam a deportação, a expulsão e a extradição.[4: A deportação ocorre quando da entrada irregular, clandestina do estrangeiro no território brasileiro ou quando da entrada regular deste, mas que, posteriormente, torna-se irregular. Nota-se que a deportação tem como pressuposto a entrada do estrangeiro no território brasileiro.][5: As hipóteses de expulsão encontram-se previstas expressamente no art. 65 do Estatuto do Estrangeiro, sendo aplicável a expulsão quando a permanência do estrangeiro no território brasileiro tornar-se nociva à ordem social. Os casos que ensejam a expulsão são bem mais graves do que aqueles que ensejam a deportação][6:  A extradição caracteriza-se por ser um pedido de um Estado soberano a outro para que este lhe entregue um indivíduo que em seu território tenha de responder a processo penal ou cumprir pena. Desta maneira, a extradição somente é cabível nos casos em que é praticado crime no exterior. Insta salientar que é vedada a extradição de brasileiro nato em qualquer hipótese, não havendo nenhuma exceção.]
2.1 Refugiado
Refugiado é definido pela Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados como a pessoa que, em razão de perseguição devido a sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem, não podendo regressar ao seu Estado. 
O refugiado é aquele que se encontra obrigado a deixar seu país para buscar um refúgio em outro país, por conta de um receio maior quanto a sua vida e liberdade, e em grande parte das situações, quando há uma grave e generalizada violação de direitos humanos. Por isso, um dos direitos garantidos aos refugiados é o de não poder ser devolvido ao país em que sua liberdade ou vida esteja sendo ameaçada.
Desde o início do século XX a questão dos refugiados foi gerando uma grande preocupação no âmbito internacional. A primeira e a segunda guerra mundial intensificaram ainda mais tais problemas, pois surge a necessidade de definir uma condição jurídica e realizar a atividade de socorro em meio ao deslocamento de milhões de pessoas de várias partes do mundo. 
Ao longo dos anos, foram instituídos diversos órgãos que visavam a proteção daqueles que precisavam. Contudo, diante dos efeitos causados pela Segunda Guerra Mundial, a ONU elaborou a Convenção de 1951. Tal Convenção ainda, teve seus dispositivos ampliados com o Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de 1967, diante do aparecimento de novas situações de refugiados no mundo.
A incorporação da questão dos refugiados é necessária no ordenamento jurídico de cada país da comunidade internacional, para que a proteção se dê da forma mais ampla possível. Entretanto, cada Estado tem seu critério de estabelecimento de tal procedimento, levando em consideração as suas estruturas constitucionais e administrativas.
O Brasil recepcionou o instituto do refúgio através da ratificação da Convenção de 1951 e do Protocolo de 1967 sobre o Estatuto dos Refugiados. Além disso, também adotou uma lei específica (Lei 9.474/97), elaborada pelos representantes do governo brasileiro juntamente com representantes do ACNUR, para tratar da questão, que apresenta os critérios de reconhecimento do refugiado e o procedimento de proteção a essas pessoas.
Diferenças e Semelhanças entre Asilo e Refúgio
*tabela da Amanda
Conclusão
*Conclusão do Bruno
Bibliografia
JUBILUT, Liliana Lyra, O Direito Internacional dos Refugiados e sua Aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro, p. 86.
O Direito Internacional dos Refugiados e sua Aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro, p. 194. (http://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2018/02/O-Direito-Internacional-dos-Refugiados-e-sua-Aplica%C3%A7%C3%A3o-no-Ordenamento-Jur%C3%ADdico-Brasileiro.pdf)
Artigo: BARBOSA, Fernanda Pereira, O refúgio no Brasil: definição e requisitos
Site: “http://www.justica.gov.br/news/entenda-as-diferencas-entre-refugio-e-asilo” acessado em 21/05/2018.
Site: “https://nayannesousaadv.jusbrasil.com.br/artigos/511580637/asilo-e-refugio-no-direito-internacional?ref=topic_feed “acessado em 21/05/2018.
Site: “https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1594419/qual-e-a-diferenca-entre-refugio-e-asilo-politico-andrea-russar-rachel “acessado em 21/05/2018.

Continue navegando