DIREITO DAS OBRIGAÇÕES AULA 9 11-09 FONTES DAS OBRIGAÇÕES

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ESTRUTURA DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
- CREDOR: VEM DO LATIM CREDERE/ AQUELE QUE CRÊ NO CUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO;
O CREDOR PODE SER UM PESSOA FÍSICA OU UMA PESSOA JURÍDICA, QUE TEM CAPACIDADE CIVIL PARA ASSUMIR OBRIGAÇÕES. QUEM NÃO TEM CAPACIDADE CIVIL PODE ASSUMIR OBRIGAÇÕES DESDE QUE SEJA REPRESENTADO (ABSOLUTAMENTE INCAPAZ) OU ASSISTIDO (RELATIVAMENTE INCAPAZ);
A CAPACIDADE CIVIL É REQUISITO PARA QUE O CREDOR ASSUMA UMA OBRIGAÇÃO;
 O RECONHECIMENTO DA PESSOA CIVIL (PERSONALIDADE JURÍDICA) PASSA A EXISTIR PRO DIREITO CIVIL A PARTIR DO NASCIMENTO COM VIDA.
A CAPACIDADE CIVIL (PESSOA JURÍDICA) É ADQUIRIDA COM OS 18 ANOS OU ATRAVÉS DA EMANCIPAÇÃO;
* PESSOA JURÍDICA: PASSA A EXISTIR PARA O DIREITO COM O REGISTRO;
* ENTES DESPERSONALIZADOS: SÃO ALGUMAS ENTIDADES QUE EXISTEM MAS NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA MAS QUE PODEM ASSUMIR OBRIGAÇÕES; 
EX: 
CONDOMÍNIO: O CONDOMÍNIO SEM CNPJ É CONSIDERADO UM ENTE DESPERSONALIZADO O QUE NÃO LHE RETIRA A CONDIÇÃO DE PARTE
ESPÓLIO: ACERVO DE BENS DEIXADOS POR UMA PESSOA FÍSICA QUANDO NO SEU FALECIMENTO, OU SEJA, APÓS A MORTE DE UMA PESSOA FÍSICA QUEM ASSUMEM AS SUAS OBRIGAÇÕES É O ESPÓLIO DA PESSOA FÍSICA UMA VEZ QUE SUA MORTE PÕE FIM A SUA PERSONALIDADE JURÍDICA. QUANDO UMA PESSOA FÍSICA MORRE QUEM RESPONDE POR SUAS OBRIGAÇÕES É O SEU ESPÓLIO, OU SEJA, AS OBRIGAÇÕES DE UMA PESSOA FÍSICA FALECIDA NÃO SÃO TRANSFERIDAS PARA SEUS HERDEIROS TENDO EM VISTA QUE QUEM RESPONDE PELAS OBRIGAÇÕES DA PESSOA FÍSICA FALECIDA SÃO OS BENS (ESPÓLIO) DEIXADOS PELA PESSOA;
O QUE RECEBE NOME DE ESPÓLIO SÃO OS BENS DEIXADOS PELA PESSOA “FALECIDA”, SEJA CREDITOS OU DÉBITOS.
MASSA FALIDA: ACERVO PATRIMONIAL DEIXADO POR UMA PESSOA JURÍDICA QUE TEM MAIS DÉBITOS DO QUE CRÉDITOS. (PESSOA FALIDA)
NASCITURO: É O SUJEITO QUE AINDA NÃO NASCEU COM VIDA MAS PODE ASSUMIR OBRIGAÇÕES; EX: O TESTAMENTO DEIXADO PARA QUEM ESTÁ NO VENTRE MATERNO
SOCIEDADE DE FATO: SÃO AQUELAS SOCIEDADES QUE EXISTEM FATICAMENTE (NO MUNDO DOS FATOS), NÃO ESTÃO REGISTRADAS JURIDICAMENTE MAS POSSUEM OBRIGAÇÕES;
-DEVEDOR: É AQUELE QUE ASSUME NO CONTEXTO JURÍDICO OBRIGAÇÕES PERANTE O CREDOR DESTACANDO-SE QUE NO ÂMBITO OBRIGACIONAL PODERÁ SER DEVEDOR TANTO A PESSOA FÍSICA QUANTO A PESSOA JURÍDICA OU OS ENTES DESPERSONALIZADOS
-OBJETO: LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINADO/ DETERMINÁVEL: A VALIDADE DE UMA RELAÇÃO OBRIGACIONAL FICA CONDICIONADA HÁ LICITUDE DO OBJETO, OU SEJA, LÍCITO É O OBJETO QUE ESTÁ PREVISTO EM LEI OU NÃO PROIBIDO POR LEI. POSSÍVEL É O OBJETO FATICAMENTE VIÁVEL DEVENDO SER DETERMINADO (DEFINIDO PELO gênero E ESPÉCIE) OU DETERMINÁVEL (DEFINIDO APENAS PELO GÊNERO). QUANDO O OBJETO É LÍCITO POSSÍVEL DETERMINADO OU DETERMINÁVEL PODERÃO AS PARTES JURIDICAMENTE INTERESSADAS BUSCAR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO NOS TERMOS E NOS LIMITES DAQUILO QUE FOI CONTRATADO. 
- PRESTAÇÃO: PODE SER DEFINIDA COMO EFETIVAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DOS LIMITES DO OBJETO CONTRATADO.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
FAZER OU NÃO FAZER 
DAR OU ENTREGAR COISA CERTA OU INCERTA.
OBRIGAÇÃO DE PAGAR
OBRIGAÇÃO DE PAGAR: ESPÉCIE CLÁSSICA DE OBRIGAÇÃO, QUANDO TENHO A OBRIGAÇÃO DE PAGAR EU ME REFIRO ESPECIFICAMENTE A UMA OBRIGAÇÃO COM FOCO CENTRAL PAGAMENTO DE VALOR E ESPÉCIE(DINHEIRO).
QUANDO A O DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR, O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR IRÁ RESPONDER PELO PAGAMENTO DA DÍVIDA.
QUEM DEVE MAIS NÃO PAGA PODE TER SEUS BENS PENHORADOS(EXPROPRIADOS).
OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER: EXISTEM ALGUMAS SITUAÇÃO CUJA OBRIGAÇÃO INSTITUÍDAS ENTRE AS PARTES É A OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER.
EX: CONTRATAR CANTOR PARA SHOW DA FESTA DA CERVEJA (FAZER)
EX: A PESSOA NÃO PODE OUVIR SOM ALTO A PARTIR DE DETERMINADO HORÁRIO DA NOITE (OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER)
EXISTEM OBRIGAÇÕES DE FAZER COMBINADAS PELAS PARTES OU POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL.
EX: JUIZ DETERMINA A RETIRADA DO NOME DO SPC. (OBRIGAÇÃO DE FAZER)
SE O JUIZ DETERMINA UM OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER, CONSTARA UMA MULTA JUNTAMENTE COM ESTÁ, A QUAL RECEBE O NOME DE ASTREINDE (MULTAS DIÁRIAS DE CARÁTER COERCITIVO, NÃO PUNITIVO, VISA POTENCIALIZAR O CUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER.
SE O SUJEITO NÃO CUMPRE A OBRIGAÇÃO NEM PAGA ELE CONVERTE ESSA OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER EM PERDAS E DANOS. ESSA OBRIGAÇÃO ENTÃO PASSA A SER UMA OBRIGAÇÃO DE PAGAR POIS ASSUMI UM CARÁTER INDENIZATÓRIO. A MULTA É FIXADA PELO JUIZ ATRAVÉS DE UMA DECISÃO FUNDAMENTADA NO CASO CONCRETO, OU SEJA A MULTA ELA NÃO PODE SER NUM VALOR ÍNFIMO COMO TAMBÉM NÃO PODE SER NUM VALOR EXTREMAMENTE ALTO. ELA DEVE SER PROPORCIONAL A SERVIR DE INSTRUMENTO COERCITIVO.
RESSALTANDO-SE QUE O JUIZ PODERÁ REVER O VALOR DA MULTA EM DECISÃO FUNDAMENTADA.
O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA OCORRE POR EXEMPLO QUANDO NO ÂMBITO DE UMA CONDUTA LÍCITA, O JUIZ POR EXEMPLO FIXA UM VALOR DE MULTA OU DE DANOS MORAIS DESPROPORCIONAL AS PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. (ENRIQUECIMENTO ILÍCITO É DIFERENTE DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA)
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO TEM COMO EXEMPLO O TRÁFICO DE DROGAS.
OBRIGAÇÃO DE ENTREGA DE COISA CERTA OU INCERTA
COISA CERTA: É AQUELA DEFINIDA PELO GÊNERO E PELA ESPÉCIE.
COISA INCERTA: É DEFINIDA SOMENTE PELO GÊNERO.
SE A OBRIGAÇÃO DE ENTREGA FOR DESCUMPRIDA PELO DEVEDOR, O CREDOR PODERÁ EXIGIR O CUMPRIMENTO DA BUSCA E APREENSÃO DA COISA. 
SE O CREDOR TENTAR APREENDER A COISA E NÃO CONSEGUIR POR QUE ELA PERECEU, CONVERTE-SE EM PERDAS E DANOS, E AÍ A OBRIGAÇÃO QUE ERA DE ENTREGA DE COISA PASSA A SER UMA OBRIGAÇÃO DE PAGAR.
OBRIGAÇÃO SOLIDARIA
SOLIDARIA ATIVA: PRESSUPÕE A PLURALIDADE DE CREDORES NUMA RELAÇÃO CONTRATUAL (OU SEJA TER MAIS DE UM CREDOR). SIGNIFICA DIZER QUE O DEVEDOR PODE CUMPRIR TODA A OBRIGAÇÃO PAGANDO PARA UM, PARA TODOS OU PARA PARTE DOS CREDORES.
É O DIREITO QUE OS CREDORES TÊM DE FORMA INDIVIDUAL OU CONJUNTA DE RECEBER PARTE OU TODO O PAGAMENTO. É O DIREITO QUE O DEVEDOR TEM DE CUMPRIR SUA OBRIGAÇÃO PERANTE UM OU PARTE OU TODOS OS CREDORES. 
SOLIDARIEDADE PASSIVA: É QUANDO HÁ UMA PLURALIDADE DE DEVEDORES FACULTANDO AO CREDOR EXIGIR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE UM DE PARTE OU DE TODOS OS DEVEDORES. 
SE TIVER BENEFICIO DE ORDEM (CLAUSULA CONTRATUAL DO BENEFICIO DE ORDEM), FICARA AFASTADA A SOLIDARIEDADE PASSIVA.
CLAUSULA DE BENEFICIO DE ORDEM: É AQUELA QUE INSTITUI QUE O CREDOR TEM QUE TENTAR RECEBER PRIMEIRO DO DEVEDOR PRINCIPAL. SE NÃO CONSEGUIR RECEBER DO DEVEDOR SUBSIDIARIAMENTE NOS TEREMOS A POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAR O DEVEDOR SECUNDÁRIO.