Buscar

uso de carmiosina na alimentação

Prévia do material em texto

“EFEITO DO ALIMENTO AZO CORANTES 
TARTRAZINA E CARMOSINA EM PARÂMETROS 
BIOQUÍMICOS RELACIONADOS À FUNÇÃO 
RENAL, FUNÇÃO HEPÁTICA E 
BIOMARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO 
EM RATOS JOVENS DO SEXO MASCULINO”
K.A. Amin a *, H. Abdel Hameid II b, A.H. Abd Elsttar b 
Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina Veterinária, 
Universidade Beni-Suef, Beni-Suef, Egito b 
Departamento de Química, Faculdade de Ciências Beni-Suef, Universidade de Beni-Suef
DISCIPLINA : Aditivos e Coadjuvantes na Indústria de Alimentos 
Professora Florência Cladera
Discentes: 
Carolina Ferreira 
Rafaela Moura 
1. Introdução:
- Corantes alimentares são materiais de origem natural têm sido usados ​​para 
fornecer cor nos alimentos, drogas e cosméticos por milhares de anos;
- O corante desempenha um papel significativo na melhoria dos apelos 
artísticos de alimentos que são esteticamente agradáveis, mais propensos a 
serem consumidos e a contribuir para uma dieta variada;
-A tartrazina e a carmosina são derivados nitrosos (classe azo), sendo assim 
elas podem ser reduzidas no organismo a uma amina aromática que é 
altamente sensibilizante. O principal metabólito identificado até o momento é 
o ácido sulfanílico;
1.1 Tartrazina: 
- É conhecida como E102 ou FD & C Yellow 5 ou C.I. 19140;
- É um corante azo amarelo limão sintético usado como corante alimentar;
- É derivado do alcatrão de carvão;
- A IDA para a tartrazina é de 7,5 mg / kg / dia .
Exemplos de aplicação: Em alimentos são muito usados em refrigerantes, 
chips com sabor (Doritos, Nachos, etc.), cereais (flocos de milho, muesli, etc.), 
misturas para bolos, sopas, molhos, sorvete, doces, entre outros. Alguns dos 
produtos não alimentares incluem esse azo-corante, como sabonetes, 
cosméticos, shampoos.
1.2 CARMOSINA
- Também conhecida como azorrubina, vermelho Alimentar 3, é um corante 
alimentar vermelho sintético do grupo azo corante;
- É um pó com coloração de vermelho a marrom; 
- Tem sido utilizado para os fins em que o alimento é tratado termicamente 
após a fermentação;
Exemplos de aplicação: presente em comida como mingau, rocamboles, 
geléias, conservas e iogurtes. Também está presente em enxaguantes bucais.
1.3 Objetivo: 
 Estudar os efeitos da tartrazina e da carmosina como agente corante 
amplamente utilizado em produtos alimentícios, fármacos e cosméticos sobre 
alguns parâmetros bioquímicos no soro de ratos albinos machos jovens (como 
modelo de crianças) associados ao fígado e à pele, funções renais, glicemia e 
lipídios séricos, também nosso estudo foi ampliado para avaliar o efeito destes 
aditivos sobre os biomarcadores do estresse oxidativo em homogeneizados 
teciduais.
2. Materiais e Métodos:
2.1- Produtos químicos utilizados no experimento: 
- Foi utilizada a tartrazina e a carmosina como corantes alimentares, ambas 
com 87% de teor de corante;
- Tartrazina e carmosina foram obtidos de uma cia do Egito;
2.2. Animais e tratamentos:
- Um total de 36 ratos albinos jovens machos obtidos do Egito;
- Tartrazina e carmosina estavam em estado sólido e foram preparadas duas 
soluções de cada substância, uma baixa e outra alta. As baixas doses de 
tartrazina e carmosina foram 15 e 8 mg respectivamente e as altas foram de 
500 e 100 mg / kg de peso corporal respectivamente.
2. Materiais e métodos
2.3. Amostragem e preparação de tecidos:
- Foram coletadas amostras de sangue com os animais em jejum e colocados 
em uma centrífuga para obter a separação do soro;
- Foram usados métodos distintos para a determinação de proteínas totais, 
uréia, colesterol, triglicerídeos e glicose no tecido.
2.4. Análise estatística: 
- A análise estatística foi realizada de acordo com a comparação com o teste 
t não pareado e a análise de variância unidirecional (ANOVA), seguida pelo 
comparativo de comparações múltiplas de Tukey-kramer.
3. RESULTADOS
ALT - Alanina aminotransferase; AST - Aspartato aminotransferase; ALP - Fosfatase alcalina
- O estudo revelou que altas doses de tartrazina e baixas e altas doses de carmosina 
induziram um aumento significativo na atividade de ALT em comparação ao grupo 
controle.
3. RESULTADOS
ALT - Alanina aminotransferase; AST - Aspartato aminotransferase; ALP - Fosfatase alcalina
- Altas doses de tartrazina e carmosina mostraram um aumento significativo na atividade 
de AST quando comparados aos ratos controle.
3. RESULTADOS
ALT - Alanina aminotransferase; AST - Aspartato aminotransferase; ALP - Fosfatase alcalina
- Doses baixas e altas de tartrazina, carmosina, apresentaram um aumento significativo na 
atividade sérica da ALP quando comparado ao grupo controle.
3. RESULTADOS
ALT - Alanina aminotransferase; AST - Aspartato aminotransferase; ALP - Fosfatase alcalina
- Elevadas doses de carmosina e doses baixas e altas de tartrazina induziram um aumento 
significativo na concentração de proteína total quando comparados ao grupo controle. Os 
níveis de albumina aumentaram nesses grupos quando comparados ao valor controle. 
3. RESULTADOS
ALT - Alanina aminotransferase; AST - Aspartato aminotransferase; ALP - Fosfatase alcalina
- O grupo com alto teor de tartrazina apresentou um aumento significativo na concentração de 
globulinas quando comparado ao grupo controle.
3. RESULTADOS
TG - Triglicerídeos; TC - Colesterol Total
- Doses baixas e altas de tartrazina e carmosina induziram um aumento significativo do nível 
de uréia quando comparado ao controle.
3. RESULTADOS
TG - Triglicerídeos; TC - Colesterol Total
- Doses baixas e altas de tartrazina e carmosina induziram um aumento significativo do nível 
de creatinina sérica quando comparado ao valor controle.
3. RESULTADOS
TG - Triglicerídeos; TC - Colesterol Total
- Os níveis de colesterol total foram reduzidos significativamente nos grupos de ratos tratados 
com tartrazina ou carmosina em baixas e altas doses quando em comparação com o valor de 
controle, e como resultado o colesterol HDL no soro e colesterol LDL foram significativamente 
reduzidos em ratos azo corados.
- Os níveis de triglicerídeos não foram alterados
- Considerou-se dose baixa (dupla de IDA) porque nossas crianças pequenas no 
Egito podem consumir um dobro de IDA (ou mais) diariamente em vários 
produtos sem controle, além disso usamos a dose alta (muito maior que a IDA) 
para avaliar a toxicidade e riscos para a saúde destes aditivos no ensaio 
bioquímico e stress oxidativo;
- Um marcador primário do efeito toxicológico do corante: Perda de peso 
corporal. 
4.Discussão: 
4.Discussão: 
4.1. Efeito de corantes azóicos em enzimas hepáticas:
- Alta dose de tartrazina ou alta dose de carmosina apresentaram um 
aumento significativo nas atividades séricas de ALT, AST e fosfatase 
alcalina quando comparados aos ratos controle;
- Baixa dose de carmosina mostrou um aumento significativo nas atividades 
séricas de ALT e fosfatase alcalina quando comparado aos ratos controle;
- Baixa dose de tartrazina mostrou um aumento significativo na atividade 
sérica da fosfatase alcalina quando comparado aos ratos controle.
4.Discussão:
4.2. Efeito dos corantes azóicos nas proteínas séricas (proteínas do 
sangue):
- - O aumento de liberação de enzimas hepáticas causadas pelo efeito 
tóxico de corantes alimentares sintéticos tartrazina e carmosina pode 
resultar em aumento da concentração sérica de proteína;
- - O aumento da produção de imunoglobulinas, levam à elevação da 
concentração sérica de globulinas e este fenômeno é mais apreciável no 
grupo de ratos que consome alta dose de tartrazina devido ao aumento da 
hiperatividade imunológica causada por este corante alimentar;
- - Baixa ou alta dose de tartrazina e que consumiram alta dose de 
carmosina apresentaram um aumento significativo no total séricoconcentração de proteína e albumina sérica quando comparados com 
ratos controle;
4.Discussão
4.3. Efeito dos corantes azóicos na função renal:
- O estudo demonstrou que a ingestão diária por 30 dias de tartrazina ou doses 
baixas ou altas de carmosina exibiram um aumento significativo na creatinina 
sérica e concentração de ureia quando comparada com ratos controle, 
enquanto altas doses de tartrazina exibiram um aumento maior do que de 
doses baixas no nível de creatinina sérica.
 4.4. Efeito dos corantes azóicos no perfil lipídico:
- No presente estudo, a diminuição do nível de colesterol implica dano 
hepático, que está de acordo com o aumento do nível de fosfatase alcalina 
discutido.
4.Discussão
4.5. Efeito de corantes alimentares (azo corantes) em biomarcadores de 
estresse oxidativo:
- O presente estudo revelou que os ratos consumiram doses altas e baixas de 
carmosina e que consumiram doses elevadas de tartrazina mostraram uma 
diminuição significativa no conteúdo de GSH(Glutationa) no fígado e na 
atividade da catalase;
- Doses altas e baixas de tartrazina e altas doses de carmosina mostraram uma 
diminuição significativa na atividade da SOD(Superóxido dismutase) do fígado 
quando comparado ao grupo controle;
- Altas e baixas doses de carmosina e altas doses de tartrazina mostraram um 
aumento significativo na MDA (Manolaldeido) hepática; 
- Como os corantes alimentares (tartrazina e carmoisina) são do grupo dos 
corantes azo corantes, eles são metabolizados em amina aromática pela flora 
intestinal e as aminas aromáticas formadas podem gerar espécies reativas de 
oxigênio.
5.Conclusão
- Os corantes alimentares azo como tartrazina e carmosina podem afetar 
adversamente e alterar os marcadores bioquímicos em órgãos vitais, fígado e 
rim, não só em doses mais elevadas, mas também em doses baixas;
- A tartrazina e a carmosina não apenas causam alterações nos parâmetros 
hepáticos e renais, mas também seu efeito se torna mais arriscado em doses 
mais altas, pois podem induzir estresse oxidativo pela formação de radicais 
livres.
6.Análise Crítica: 
De acordo com a compreensão do estudo, nota-se que o uso da tartrazina e 
carmosina causam danos a saúde mesmo em baixas doses. O artigo 
apresentou um estudos em ratos, mas acredita-se que estes estenda-se para 
humanos. O consumo de altas doses desses azo corantes causam 
principalmente alterações hepáticas e renais. Acredita-se que esses Corantes 
possam ser substituídos por corantes menos nocivos à saúde, visto que eles 
não apresentam justificativas de uso a não ser pelo objetivo de dar a cor ao 
alimento.

Continue navegando