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OFTALMOLOGIA – 2º BIMESTRE AULA 06 – DIAGNÓSTICO E CONDUTAS NOS CASOS DE PRONTO SOCORRO DE OFTALMOLOGIA DRA. EMANUELE Ceratopatia fotoelétrica Causa: exposição à radiação UV sem proteção ocular. Ocorre em trabalhadores que utilizam solda Sintomas: dor, lacrimejamento, fotofobia e hiperemia ocular. Os sintomas ocorrem de 6 a 12 horas após a exposição, porque durante o período que estão soldando hiperaquece o olho, formam microbolhas e com o passar das horas elas começam a estourar. Conduta: Avaliar se há corpo estranho corneano, corar com fluoresceína Curativo oclusivo de 12 a 24 horas com pomada oftalmológica (Regencel) e analgésico VO (nimesulida) Reavaliação e prescrever colírio antibiótico se necessário Obs: colírio anestésico só serve para avaliar o paciente, não é prescrito. Corpo estranho corneal Presença de corpo estranho aderido a córnea. Sintomas: dor, fotofobia, sensação de cisco e hiperemia. A principal conduta para o clínico é ocluir, se ocluir e não sair, encaminha para o oftalmo. Pesquisar condições de aparecimento: Vento forte Não uso de capacete (ou viseira aberta) Local de reforma Batida de prego (avaliar se ocorreu perfuração ocular, discoria) Esmeril Como avaliar se teve perfuração? Avaliar a pupila, se a forma está estranha (discoria) ou parece que o olho está murcho é sinal de perfuração, aí tem que encaminhar para o oftalmologista. Conduta: o oftalmologista retira o corpo estranho com agulha de insulina com auxílio da lâmpada de fenda. Pingar colírio anestésico, passar cotonete de forma leve. Corpo estranho conjuntivo tarsal É o corpo estranho localizado sob a pálpebra superior. Sintomas: dor, fotofobia, sensação de cisco e hiperemia. Tem que everter a pálpebra para avaliar se tem corpo estranho. Com cotonete já sai. Pingar colírio anestésico Everter a pálpebra com cotonete Retirar mecanicamente Pomada regencel e colírio lubrificante Hordéolo (tersol) Infecção aguda de uma ou mais glândulas de Meibomius (interno) ou de Moll e Zeiss (externo). Má alimentação e pele oleosa podem propiciar o aparecimento. Sintomas: dor e edema palpebral Compressas mornas AINE Tobramicina + dexametasona pomada oftalmológica Em caso de recidiva usa antibiótico VO e óleo de semente de linhaça 1g Calázio Lipogranuloma originado na glândula de Zeiss ou Meibomius. É crônico, ocorre após o hordéolo, ou seja, agora o paciente não tem dor, mas antes ele tinha dor naquele lugar. Nódulo endurecido, indolor. Conduta: exérese de calázio (cirurgia) Hiposfagma Hemorragia subconjuntival. Causas: HAS, trauma ocular, coçar os olhos, manobra de Valsalva, esforço físico e tossir. Tratamento: Tratar HAS Lubrificante ocular Compressas frias Evitar coçar Orientar o tempo para o paciente – o próprio organismo vai reabsorver, mas demora de 2 a 3 semanas Evitar esforço O caso é clássico: alguém viu que o olho da pessoa estava vermelho e ela começa a se preocupar. Não tem trauma (importante perguntar sobre trauma para diferenciar). Conjuntivite Inflamação da conjuntiva ocular (membrana transparente que recobre a esclera – parte branca do olho) Tipos de conjuntivite Alérgica – sazonal e perene (normalmente em meninos de 7 – 8 anos) Viral – mais comum no verão (maior porcentagem das conjuntivites) Bacteriana – mais comum no inverno Por Chlamydia Sintomas Ardência Fotofobia Prurido Irritação Sensação de corpo estranho Sinais: Lacrimejamento Hiperemia ocular Secreção Edema palpebral Quemose (edema de conjuntiva) Transmissão é feita por contato direto. Pode ser por toalha, piscina, maquiagem, corrimão, maçaneta, etc. O período de maior transmissão é quando tem grande concentração de pessoas: férias, carnaval. Não é pelo ar que ocorre a transmissão. Como evitar a transmissão: Não coçar os olhos Lavar as mãos Álcool em gel Separar pertences Evitar locais públicos Evitar piscinas Afastar das atividades Nem todo olho vermelho é conjuntivite. Diagnóstico diferencial Uveíte – dor, baixa de visão, miopsia Herpes ocular – sintomas parecidos (não pode corticoide) Úlcera de córnea Flictênula Se o paciente chega com olho vermelho e você passa corticoide para ele, se for herpes o paciente pode perder a visão. Então não é usado corticoide no tratamento da conjuntivite porque pode confundir com a herpes e se for herpes vai causar mais problemas para o paciente. O que não deve fazer: Soluções caseiras Infusões (tóxicas) Colírios de outras pessoas (atropina) Compressa com pano e gelo Água boricada (aumenta hiperemia palpebral) Tratamento Lubrificante colírio (lacrifilm, lacribell, fresh tears, lacrima plus, ecofilm, systane) Tobramicina 0,3% colírio antibiótico Orientações: Compressas com água gelada e algodão descartável Separar pertences e trocar diariamente Evitar sair de casa Não usar piscina Afastas das atividades de trabalho (2 a 3 dias) NÃO USAR COLÍRIO CORTICOIDE Regra geral para qualquer infecção ocular: Colírio lubrificante + compressa fria (morna no caso de hordéolo) + colírio antibiótico. Pode usar pomada também que ajuda.
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