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Trabalho Inorganica edition

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAMPINAS
CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS
	
Tabela Periódica
Grupo 7A e 8A
CAMPINAS/SP
2018
1. Propriedades Gerais
A série química dos Halogênios pertence ao grupo 17 ou 7A da tabela periódica. Ela é formada pelos seguintes elementos químicos: flúor, cloro, bromo, iodo, astato ou Astatínio e Ununséptio. Juntamente com os Gases Nobre (grupo 18 ou 8A), a família dos Halogênios são as únicas famílias que possuem unicamente Não-Metais.
Os Halogênios são elementos representativos e seu significado (do grego) é “formador de sais”. Todos apresentam 7 eletérons na sua última camada de energia, terminando a sua configuração eletrônica em subnível p com 5 elétrons. Na forma natural, são encontrados como moléculas diatômicas.
Um Halogênio adquiri estabilidade química quando o seu último nível de energia recebe um elétron, transformando-se assim num íon mononegativo. Um dos sais mais famosos que possui esse íon é o cloreto de sódio, conhecido como sal de cozinha..
Os elementos dessa família são perigosos (e até mesmo letais) a seres vivos, já que são extremamente reativos. O cloro e o iodo, por exemplo, são usados como desinfetantes para água potável, piscinas, ferimentos, pois matam bactérias, fungos e outros microrganismos.
O fluor e cloro são gasosos, o bromo é líquido, o iodo e o astato são sólidos. Exceto o iodo, são todos tóxicos.
Gases Nobres ou Gases Raros são elementos químicos do grupo 18 (grupo 0 ou 8A) da Tabela Periódica. Os Gases Nobres têm como característica a dificuldade de combinar com outros átomos, já que são pouco reativos (baixa reatividade).
A primeira evidência de que os Gases Nobres existiam foi através de análise espectrográfica da luz solar. A partir dai foi descoberta a presença de gás hélio no sol.
No grupo dos Gases Nobres estão presentes os elementos: hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar), criptônio (kr), xenônio (Xe), radônio (Rn) e ununóctio (Uuo). Esses gases existem em grande quantidade na atmosfera da Terra.
Os Gases Nobres apresentam baixos pontos de fusão e ebulição, já que possuem forças de atração interatômicas muito fracas. Por conta disso, mesmo os que apresentam átomos mais pesados, em condições normais, são gasosos. Também não formam facilmente compostos químicos porque todos os gases possuem orbitais dos níveis de energia exteriores completos com elétrons.
Apesar da dificuldade, os Gases Nobres podem formar compostos com outros metais. À medida que os átomos dos Gases Nobres crescem na extensão da série tornam-se ligeiramente mais reativos, então pode-se induzir o xenônio a formar compostos com o flúor, por exemplo.
Flúor
Entre os elementos que possuem alta eletronegatividade o que se destaca é o flúor, que apresenta maior valor da propriedade periódica. 
Encontra-se no estado físico gasoso nas CNTP;
Possui coloração amarela;
Possui cheiro extremamente forte e irritante;
É extremamente reativo;
É corrosivo;
Possui alta toxicidade.
Cloro
O halogênio cloro nas CNTP é um gás amarelo esverdeado, Cl2, com odor característico acre e irritante, é venenoso e corrosivo podendo causar a morte se inalado por período prolongado.
Bromo 
O Bromo, assim como o Mercúrio, é líquido em temperatura ambiente. Além disso, é volátil, denso e instável, podendo evaporar facilmente em temperaturas comuns, formando um vapor avermelhado.  Também possui uma alta capacidade de oxidação, além da capacidade de dissolução em compostos orgânicos apolares, como o álcool.
Iodo
O iodo é um sólido altamente volátil em temperatura ambiente, tendo uma aparência e coloração próxima ao negro. Já seu gás apresenta cor azul-violeta de odor irritante. Não se dissolve facilmente em água, ao contrário do que ocorre quando em contato com compostos como o dissulfeto de carbono, tetracloreto de carbono e clorofórmio, legando a esses elementos coloração violeta. Ao ser dissolvido em álcool ou éter, forma soluções de cor marrom.
Astato
É derivado de sucessivas desintegrações de núcleos instáveis de urânio e tório, além de também ser radioativo (com radioisótopos bastante instáveis e com meia-vida máxima e mínima variando entre 8 horas e 0,11 microssegundos, respectivamente).
Apesar de ser comprovada sua existência, poucas propriedades são conhecidas, pois é muito raro na crosta terrestre, sua síntese é de difícil rendimento e é extremamente instável. Porém, infere-se que os possíveis estados de oxidação sejam -1, +1, +3, +5, +7.
Helio
É incolor e inodoro possui número atômico 2 e configuração eletrônica 1s2, massa atômica 4.002 u, seu símbolo químico é He, seu ponto de fusão é de -272,2°C e ponto de ebulição -268,9°C, mesmo perto do zero absoluto o gás não se solidifica, apenas forma  moléculas diatômicas instáveis.
Neônio
Quanto às suas características, o neônio apresenta-se como um gás monoatômico incolor, inodoro, inerte, não-inflamável e não-tóxico, presente em pequena quantidade no ar atmosférico, sendo que no ar seco representa apenas 0,0015% do volume, e no interior das rochas da crosta terrestre. A diferença entre seus pontos de fusão e de ebulição é de pouco mais de 2,5º C (-248,67º C e -246,048º C, respectivamente). O neônio está presente na atmosfera na proporção de aproximadamente 1 parte para 65000 partes de ar. Para isolá-lo é preciso submeter o ar liquefeito a uma destilação fracionada, e há dúvidas se pode formar algum composto instável com o flúor.
Argônio
O gás nobre Argônio possui símbolo atômico Ar, é incolor, inodoro e inerte, possui número atômico 18, massa atômica relativa 39,95 u, sua configuração eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s23p6, ponto de fusão -189,34ºC, ponto de ebulição -185,84ºC. O número de oxidação é 0, mas em condições controladas sob fotólise reage com o flúor, formando fluoreto de argônio.
Criptônio
como características principais, pode-se mencionar que é um gás monoatômico, que dificilmente se liquefaz, apresenta um espectro de linhas verde e vermelha-alaranjada muito brilhante, e está presente na atmosfera na proporção de uma parte para 9.000.000, o que significa que a sua proporção entre os elementos presentes no planeta é bastante pequena. Pesquisas revelam a existência de criptônio no planeta Marte, na proporção de 0,03 p.p.m.
Xenônio
É considerado um gás inodoro, mais pesado do que o ar, inerte, e sendo incolor. Quando isolado em uma ampola produz um arco-íris quando estimulado por corrente elétrica. É extremamente raro encontrado como traços tanto no interior terrestre quanto na sua atmosfera.O gás xenônio não é considerado tóxico e pode ser conservado em recipiente de vidro convencional e selado há temperatura ambiente. Mas alguns de seus derivados devem ter um cuidado especial devidos a serem extremamente corrosivos.
Radônio
O radônio é um elemento que apresenta três isótopos de curta duração; o mais longo, derivado do urânio (a derivação do urânio da origem ao rádio que emana o radônio) que dura aproximadamente três dias, a atmosfera terrestre apresenta traços do radônio que se desprendem da Terra sendo um elemento raro em nosso planeta.
Ununoctio
Pela posição na tabela periódica, a previsão é que apresente propriedades químicas similares ao radônio. Por isso, também é conhecido pelo nome de eka-radônio. Provavelmente será o segundo elemento gasoso radioativo, e o primeiro gás com semicondutividade.
2. Propriedades Eletrônicas
A afinidade eletrônica ou eletroafinidade é uma propriedade periódica (pois é correspondente ao número atômico dos elementos e apresenta uma ordem de crescimento nos períodos e grupos da tabela periódica) relacionada com a quantidade de energia liberada por um átomo ao receber um elétron ou a um ânion ao perdê-lo. Sendo assim definida:
Índice numérico (em energia/quantidade de matéria) que representa a energia mínima gasta por uma fonte externa para que um elétron seja retirado de um ânion no estado gasoso. Ou a energia liberada por um átomo, gasosoe não excitado, ao recebê-lo.
Dentre todos os elementos da tabela, os halogênios (elementos do grupo 7A) são os que possuem maiores valores absolutos de afinidade eletrônica, ao contrário dos metais do grupo 1A (alcalinos). Dois exemplos são o átomo de cloro (com afinidade eletrônica em módulo de 349 KJ/mol) e o de sódio (com afinidade eletrônica em módulo igual a 53 KJ/mol).
Praticamente, todos os elementos conhecidos liberam energia ao receber um elétron nas condições especificadas. Assim, o valor real da afinidade eletrônica é sempre um número negativo; onde quanto menor esse valor maior a energia liberada: assim, o átomo de cloro (-349 KJ/mol) libera mais energia que o de sódio (-53 KJ/mol).
De um modo geral, a afinidade eletrônica aumenta da esquerda para a direita e de baixo para cima na tabela periódica. Entretanto, algumas poucas exceções podem ser observadas (como o átomo de cloro que, embora esteja numa posição inferior na tabela, possui maior afinidade que o átomo de flúor).
A configuração eletrônica dos halogênios é semelhante. Todos eles apresentam o elétron mais energético localizado em um subnível p, que sempre possui cinco elétrons. Veja a configuração eletrônica de todos os halogênios para comprovar a uniformidade em relação ao subnível mais energético:
Todos os halogênios apresentam o subnível p5 como o mais energético
Os halogênios são elementos químicos que, de uma forma geral, não são muito abundantes na natureza. São geralmente encontrados em sais presentes na água do mar, principalmente o flúor, que é encontrado em grande abundância, e o cloro. Já o iodo, o bromo e o ástato aparecem na natureza em quantidades extremamente pequenas.
Observação: O elemento Un-un-septium não é encontrado na natureza, pois ele é sintetizado pelo homem em laboratório, ou seja, é um elemento artificial.
De uma forma geral, os halogênios apresentam várias características físicas e químicas relevantes. São elas:
Apresentam pontos de ebulição (PE) e de fusão (PF) que aumentam à medida que o número de níveis de energia também aumenta, ou seja, a ordem crescente de PF e PE dos halogênios é:
F<Cl<Br<I<At<Uus
Trata-se de elementos de elevadas eletroafinidade, eletronegatividade e reatividade (em relação aos ametais), já que estão localizados à direita da Tabela Periódica. Essas propriedades aumentam à medida que a quantidade de níveis diminui:
F>Cl>Br>I>At>Uus
Observação: A energia de ionização dos halogênios só é menor que a dos gases nobres. Já o raio atômico só é maior que o dos gases nobres.
A tabela fornece o estado físico de cada um dos halogênios da Tabela Periódica
Quando se ligam entre si, apresentam-se comumente em forma de substâncias simples diatômicas (F2, Cl2, etc.);
São átomos que participam tanto de substâncias formadas por ligação covalente quanto por ligação iônica, em virtude de serem ametais;
Para serem estabilizados, os átomos dos halogênios devem receber, no mínimo, um elétron;
Como são ametais, são capazes de produzir ânions;
O NOX mais comum para os halogênios é o -1.
Gases Nobres
O termo nobre provém de uma analogia feita por seus estudiosos referente à primeira descoberta no século XVIII, pois naquela época a nobreza era reclusa evitando pessoas comuns. Após sua descoberta, os estudiosos perceberam que estes gases não eram combinados com outros elementos químicos e cunharam o termo. Tal fato se explica pela baixa reatividade ocasionada pela baixa afinidade eletrônica e alta energia de ionização.
“Gases nobres têm configurações eletrônicas muito estáveis, são excepcionalmente inativos.” (Brown, T., 2009)
Isso ocorre devido os elementos da família 8A possuírem configuração eletrônica da camada de valência estável igual a ns2np6, dando oito elétrons. A exceção é o elemento Hélio, que possui configuração ns2. Com as camadas de valência preenchidas, resulta aos gases nobres terem afinidade eletrônica baixa. Também possuem maiores energias de ionização, esta ligada diretamente ao raio atômico que, em gases nobres, o diâmetro entre a última camada de valência ao núcleo do átomo é menor, consequentemente à medida que aumenta o período da família 8A, isto é, descendo a Tabela Periódica, a energia de ionização diminui.
Examinando mais a fundo, percebemos que os gases nobres, com exceção do Hélio, possuem configuração ns2np6, exatamente 8 elétrons em sua camada de valência. Logo, a regra do octeto
simbolicamente postula que os elementos químicos para adquirirem estabilidade e não reagirem precisa ter sua última camada com configuração de um gás nobre.
Pensava-se que os gases nobres fossem compostos inertes, ou seja, não reagiam com nenhum outro tipo de elemento. No entanto, no ano de 1962 foi sintetizado o primeiro composto conhecido contendo um gás nobre pela reação entre o Xenônio, Xe, e o composto de Flúor PtF6, resultando em compostos moleculares do tipo XeF2, XeF4 e XeF6.
3. Estrutura Cristalina e Aplicações
Aplicações
Flúor
Utilizam-se numerosos compostos orgânicos nos quais foram substituídos formalmente átomos de hidrogênio por átomos de flúor. Existem distintas formas de obtê-los, uma das mais importantes é através de reações de substituição de outros halogênios:
CHCl3 + 2HF → CHClF2 + 2HCl
Os CFCs foram empregados numa ampla variedade de aplicações, por exemplo, como refrigerantes, propelentes, agentes espumantes, isolantes, etc., porém, como contribuiam para a destruição da camada de ozônio foram sendo substituídos por outros compostos químicos, como os HCFs. Os HCFCs também são empregados como substitutos dos CFCs, porém também destroem a camada de ozônio a longo prazo e também são acusados de piorar o aquecimento global.[3]
O politetrafluoroetileno (PTFE) é um polímero denominado teflon, de grande resistência química e baixo coeficiente de atrito.
O ácido fluorídrico é uma solução aquosa de fluoreto de hidrogênio. É um ácido fraco, porém muito mais perigoso que ácidos fortes como o clorídrico. O ácido HF é utilizado para gravar vidros e para retirar sílica (areia) de aços especiais.
O hexafluoreto de urânio, UF6, é um gás a temperatura ambiente que se emprega para a separação dos isótopos de urânio.
O flúor forma compostos com outros halogênios apresentando, nestes casos, estado de oxidação -1, por exemplo, IF7, BrF5, BrF3, e ClF.
A criolita natural, Na3AlF6, é um mineral que contém fluoretos. Se extraía na Groenlândia, porém atualmente está praticamente esgotada. Felizmente, pode-se obtê-la sinteticamente para ser empregada na obtenção de alumínio por eletrólise.
O gás sarin é produzido a partir de compostos de flúor.[4]
Cloro
O cloro é aplicado principalmente no tratamento de água, no branqueamento durante a produção de papel e na preparação de diversos compostos clorados, como por exemplo o hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio.
Um processo de tratamento de águas amplamente utilizado é a cloração. O agente é o ácido hipocloroso , HClO , que se produz dissolvendo cloro na água e regulando o pH.
Outra aplicação que vem ampliando sobremaneira os níveis de qualidade de vida das populações que usufruem deste processo, é a aplicação de cloro em estações de tratamento de esgoto.
Na produção de papel se emprega cloro no branqueamento da polpa, apesar de estar sendo substituído pelo dióxido de cloro, ClO2.
Uma grande parte de cloro é empregada na produção de cloreto de vinila, composto orgânico usado como matéria-prima para a obtenção de policloreto de vinila, conhecido como PVC.
Também é utilizado na síntese de numerosos compostos orgânicos e inorgânicos como, por exemplo, o tetracloreto de carbono (CCl4), o clorofórmio (CHCl3) e diferentes halogenetos metálicos. Também é empregado como agente oxidante.
Preparação de cloreto de hidrogênio puro, que pode ser obtido por síntese direta: H2 + Cl2 → 2HCl.
Bromo
O bromo molecular é empregado na fabricação de uma ampla variedade de compostos de bromo, usados na indústria e na agricultura. Tradicionalmente, a maior aplicação do bromo tem sido para a produção de 1,2-dibromoetano,que é usado como aditivo nas gasolinas que tem como antidetonante o tetraetilchumbo.[carece de fontes]
O bromo é empregado na fabricação de produtos de pulverização, agentes não inflamáveis, produtos para a purificação de águas, corantes, brometos empregados em fotografia (brometo de prata, AgBr), desinfetantes, inseticidas e outros.[12]
Também para a obtenção de brometo de hidrogênio:[carece de fontes]
Br2 + H2 → 2HBr
HELIO
A mistura hélio-oxigênio é usada para mergulhos a grande profundidade, já que é inerte e menos solúvel no sangue que o nitrogênio e se difunde 2,5 vezes mais depressa, reduzindo o tempo necessário para a descompressão, apesar de iniciar-se em maior profundidade elimina o risco de narcose por nitrogênio (embriaguez de profundidades).
A mistura hélio-oxigênio (Heliox)também é usada no tratamento de Asma Grave, Bronquiolite e Laringotraqueite em crianças e DPOC em adultos nas proporções 70% Helio e 30% Oxigênio ou 80% Helio e 20% Oxigênio. Devido a sua baixa densidade e alta viscosidade em comparação ao ar ambiente e oxigênio, o hélio promove uma alteração do fluxo turbulento em laminar nas vias aéreas inferiores, reduzindo o trabalho respiratório do paciente. Além disso, promove melhor transporte de drogas inalatórias usadas no tratamento dessas doenças. [4]
Devido ao seu baixo ponto de liquefação e evaporação pode ser usado como refrigerante a temperaturas extremadamente baixas em imãs supercondutores e na investigação criogênica a temperaturas próximas do zero absoluto.
Em cromatografia de gases é usado como gás transportador inerte.
A atmosfera inerte de hélio é empregada na soldadura por arco e na fabricação de cristais de silício e germânio, assim como para pressurizar combustíveis líquidos de foguetes.
Em túneis de vento supersônicos.
Como agente refrigerante em reatores nucleares.
O hélio líquido encontra cada vez maior uso em aplicações médicas de imagem por ressonância magnética (RMI).
Em circuitos frigoríficos e ou tubulações em geral normalmente a uma pressão de 6 bar, se emprega como um gás para revelar micros vazamentos que possam ocorrer na montagem de um circuito ou tubulações em geral.
Em balões flutuantes infantis.
Neonio
O tom roxo-alaranjado da luz emitida pelos tubos de néon é usado profusamente para a fabricação de indicadores publicitários. Também recebem a denominação de tubos de néon outros de cores distintas que, na realidade, contêm gases diferentes.
Outros usos do néon são:
Indicadores de presença de alta tensão elétrica e radiofrequências;
Telas e tubos de televisão com diferentes finalidades;
Competindo em aplicações com o gás argônio, por sua fácil ionização quando sujeito a um campo elétrico;
Junto com o hélio é responsável pelo funcionamento de um tipo de laser a gás, o laser HeNe, com luz vermelha, tem sua emissão espectral em 632,8 nm;
O néon líquido é comercializado como refrigerante criogénico;
Fonte luminosa para leitores de códigos de barras em lojas comerciais;
Tanto o néon gasoso, como o líquido são relativamente caros. O néon líquido pode custar, em pequenas quantidades, até 55 vezes mais caro que o Hélio. Isto é causado sua raridade, já que, ao contrário do Hélio, é obtido somente a partir do ar.[5]
Argonio
É empregado como gás de enchimento em lâmpadas incandescentes, já que não reage com o material do filamento, mesmo em altos níveis de temperatura e pressão. Com isso prolonga-se a vida útil da lâmpada. Emprega-se também na substituição do néon, nas lâmpadas fluorescentes, quando se deseja uma coloração verde azulada ao invés do roxo do néon. Também é usado como substituto do nitrogénio molecular( N2 ) quando este não se comporta como gás inerte devido às condições de operação.
No âmbito industrial e científico, é empregado universalmente na recriação de atmosferas inertes (não reagentes) para evitar reações químicas indesejadas em vários tipos de operações.
Soldagem em arco elétrico.
Fabricação de titânio e outros elementos químicos reactivos.
Fabricação de monocristais — partes cilíndricas formadas por uma estrutura cristalina contínua de silício e germânio para componentes semicondutores.
Fabricação de extintores para produtos fácil danificação, sendo eles: museus, coleções de fotografias e ambientes de equipamentos microcontrolados.
Laser para medicina oftalmológica, que utiliza no diagnostico e tratamento de doenças oculares.
O árgon-39 é usado, entre outras aplicações, para a datação de núcleos de gelo e águas subterrâneas.
Em mergulhos profissionais, o árgon é empregado para inflar trajes (Roupas Secas), por ser inerte e principalmente por sua pequena conductibilidade térmica, proporcionando um isolamento térmico necessário para realizar longas imersões em determinadas profundidades quando se respira a mistura de Trimix.
Criptonio
É usado, isolado ou misturado com néon e árgon: em lâmpadas fluorescentes; em sistemas de iluminação de aeroportos, já que o alcance da luz vermelha emitida é maior que a comum inclusive em condições climatológicas adversas; e nas lâmpadas incandescentes de filamento de tungsténio de projectores cinematográficos. O laserde crípton é usado em medicina para cirurgia da retina do olho. O isótopo Kr-81m é usado no estudo do pulmãopela medicina nuclear.
O crípton-85 é usado em análises químicas incorporando o gás em sólidos, processo no qual se formam criptonatos cuja atividade é sensível às reacções químicas produzidas na superfície da solução. Também é usado flash fotográficos para fotografias de alta velocidade, na detecção de fugas em depósitos selados e para excitar o fósforo de fontes de luz sem alimentação externa de energia.
4. Estrutura cristalina
5. Ocorrência dos elementos químicos das famílias 7A e 8A na natureza
IODO
O iodo está largamente distribuído pela Natureza, embora nunca se encontre livre, ocorrendo principalmente na forma de iodetos e iodatos. É comum encontrar vestígios de iodo em rochas, nos solos e em depósitos de salmoura. A água do mar contém cerca de 0,05 ppm de iodo. Existem muito poucos minerais em que este elemento seja o constituinte principal. Contudo, os mais importantes são a lautarite e o iodato de cálcio, que se encontram nos depósitos de nitratos do Chile.
Também se encontra iodo como constituinte de alguns seres vivos, de plantas e de algas marinhas, embora em pequenas percentagens.
BROMO
O bromo é o vigésimo quinto elemento mais abundante na Natureza e é tão ativo quimicamente que nunca ocorre livre mas sempre como um haleto. À exceção de alguns raros sais de prata, não existem minérios onde o bromo seja o principal constituinte. Existem depósitos de sal (salmoura), em diversas partes do mundo, onde se encontram vestígios de bromo e de outros elementos, em virtude da evaporação da água de mares pré-históricos. A água dos oceanos contém cerca de 67 mg de bromo por litro e é a partir dela que o bromo é extraído comercialmente. Os principais produtores mundiais são os EUA, Israel e a Alemanha.
CLORO
O cloro é um elemento bastante abundante na litosfera, estimando-se a sua parcela em massa em 0,045 %. Devido à sua elevada afinidade para os outros elementos, o cloro nunca ocorre no estado livre, exceto numa parte ínfima de gases vulcânicos. De entre os minerais que contém cloro, os mais comuns são a halite(NaCl), a silvite (KCl) e a carnalite (MgCl2.KCl.6H2O). Para além de se encontrarem vastamente dispersos na litosfera, os sais de cloro estão também dissolvidos na hidrosfera. Aqui o cloreto de sódio é, sem dúvida, o composto deste elemento mais abundante, estimando-se a sua concentração na água do mar em cerca de 2,6 %. O cloreto de sódio tem um função vital na dieta humana, sendo vulgarmente conhecido por sal de mesa.
FLÚOR
O flúor encontra-se vastamente distribuído pela crusta terrestre. No entanto, não se apresenta em depósitos suficientemente ricos para a exploração comercial. Os principais minérios que contêm flúor são a fluorite (CaF2), a criolite(3NaFAlF3) e a fluorapatite (CaF2 3Ca3 (PO4)2 ). Acriolite, ou espato da Gronelândia, é um mineral pouco comum, estando os únicos depósitos comercias localizados na Gronelândia. Possui numerosas aplicações industriais, sendo atualmente produzido sinteticamente a partir da fluorite que é o mais importante mineral de flúor. Encontram-se depósitos de fluorite nos Estados Unidos, México, ex-URSS, China e Europa. De entre as principais aplicações da fluorite destacam-se as da indústria do aço, da produção de ácido fluorídrico e criolite; e da indústria cerâmica. O mineral fluorapatite é, destes três, o que contém menor proporção de flúor (cerca de 3,5%). Ocorre em depósitos maciços nos Estados Unidos, na ex-URSS, no Norte de Africa e nas ilhas do Pacífico. É usado principalmente na indústria de fertilizantes.
ASTATO
O astato só existe na crosta terrestre como isótopos radioativos. A quantidade total de astato na crosta terrestre é estimada em menos de 28 gramas. É encontrado em minerais de urânio e tório , porém em quantidades muito pequenas ( traços ). É resultante do lento decaimento do urânio e do tório, por pertencer a série radioativa destes elementos.
Os poucos microgramas de astato sintéticos foram produzidos pelo bombardeamento do bismuto com partículas alfa de alta energia.
Gases Nobres(8A)
ARGÔNIO 
O gás Argônio destaca-se por ser o gás nobre mais abundante do planeta Terra, sendo que a maior quantidade se encontra na mistura gasosa do ar atmosférico: cerca de 0,93% do volume do ar que respiramos é composto pelo mesmo.
CRIPTÔNIO
O gás é raro na atmosfera terrestre, da ordem de 1 ppm (partes por milhão). As regiões vulcânicas têm maiores chances de fornecer Criptônio, nestes locais, o elemento pode ser extraído dos gases vulcânicos e das águas termais.
Mas o planeta Terra não precisa ser o único local para a existência de Criptônio, pesquisas revelam a presença de 0,3 ppm de Criptônio na atmosfera do planeta Marte.
NEÔNIO
O gás está presente em pequena quantidade no ar atmosférico, para isolá-lo é preciso submeter o ar liquefeito a uma destilação fracionada.
HÉLIO
O Hélio equivale ao segundo elemento químico mais abundante no universo, tornando-se inferior apenas ao hidrogênio. O gás é encontrado em 20 % da matéria das estrelas, mas na atmosfera terrestre encontra-se apenas traços, provenientes da desintegração de alguns elementos.
RADÔNIO
Pequenas quantidades de radônio podem ser encontradas em fontes de águas termais. O elemento também é expelido naturalmente pela superfície da terra, principalmente em regiões de solo granítico.
XENÔNIO
Xenônio é um gás raro, encontrado no ar atmosférico em pequenas proporções e então, isolado.
6. Energia de Coesão
Define-se a energia de coesão como a diferença entre a energia do conjunto de átomos isolados que compõem um sólido e a energia do sólido. É conveniente definir a energia de coesão por átomo, de modo que ela tenha um valor finito mesmo quando tomamos o limite termodinâmico (número infinito de átomos). Quando for possível escrever, ainda que de forma aproximada, a energia total do sólido como a soma de interações entre pares de átomos, o cálculo dessa quantidade se simplifica. Este é o caso, por exemplo, dos cristais de átomos de gases nobres que interagem entre si pelo potencial de Lennard-Jones. Desta forma, a energia potencial por átomo U de um sistema contendo N átomos é:
 
A notação ij indica o somatório por todos os pares de átomos ij. Já o segundo somatório indica a soma dupla independente por i e j, com a restrição i ≠ j e o fator ½ compensa a contagem dupla de pares. Se o número de átomos N tende a infinito e se os átomos estão arranjados de forma periódica (como veremos de maneira mais rigorosa no próximo capítulo), então cada átomo "enxerga" exatamente a mesma vizinhança local que todos os demais. Desta forma, podemos contabilizar a energia potencial por átomo escolhendo um átomo central (por exemplo i = 1) e somando por todos os vizinhos j deste átomo central. Em outras palavras, reduz-se o somatório duplo da Eq. (2.8) a um somatório simples: 
 onde rj r1j é a distância do íon j ao átomo central (origem). Desprezando os efeitos quânticos, à temperatura zero a energia cinética será nula, de modo que a energia de coesão será dada simplesmente pelo negativo da energia potencial (supondo, é claro, que o potencial de interação entre pares vai a zero no infinito).
7. Referencias
FERREIRA, Nathan Augusto. "Forças de Coesão e de Aderência"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forcas-coesao-aderencia.htm>. Acesso em 29 de maio de 2018.
https://m.mundoeducacao.bol.uol.com.br/amp/quimica/gases-nobres.htm
http://familiafamiliaaa7.blogspot.com/?m=1
https://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica

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