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APOSTILA ED INCLUSIVA E LIBRAS

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Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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PEDAGOGIA 
WEBAULA 1 
Unidade 1 – Inclusão: Aspectos Históricos e Noções 
Básicas Sobre as Deficiências Intelectual, Visual e 
Auditiva. 
 
INCLUSÃO E FATORES HISTÓRICOS MUNDIAIS 
Vamos iniciar, assistindo a um vídeo no qual atentaremos sobre a 
questão da inclusão na escola. 
Inserir vídeo do MEC - domínio publico: caminhos para a 
inclusão. 
duração 26 min. 
 
. 
Mas, até chegarmos aqui, tivemos um longo caminho. Vamos ver 
como tudo aconteceu. 
Antigamente, a sociedade tinha uma visão um pouco diferente. A 
princípio, a atenção era direcionada para outras prioridades. 
Com relação aos deficientes, temos um primeiro momento, que foi 
chamado de fase do Extermínio. O que era diferente assustava, dava 
medo, (medo de contaminar), o que é diferente provoca medo e deve 
ser eliminado. 
Então, podemos levantar alguns pontos que 
caracterizava a sociedade antigamente: 
Culto à beleza 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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A pessoa com deficiência não tinha direito à vida. 
Era condenada à morte. 
Quando não era morta, era tratada como os bobos da corte, 
 
Com a chegada do Cristianismo , podemos 
observar algumas alterações: 
• Filho deficiente à era visto como castigo dos céus; ou 
 
• Eles eram vistos como possuídos pelo demônio; 
 
• Achavam que o comportamento diferente era determinado por forças 
sobrenaturais 
egregação (religioso/ assistido / caritativo; 
institucionalizado) 
• Crença no sobrenatural, amaldiçoados por deuses; 
 
• As pessoas doentes ou com alguma anomalia eram colocadas de lado 
pela sociedade; 
 
• Pessoas com deficiência à portadoras de alma – filhos de Deus à, 
pelos valores éticos, tinham o dever de amar o próximo; 
 
• Passaram a ser acolhidos em instituições religiosas (mas eram vistos 
como incapazes e doentes); 
 
• Sec. XVI: deficiência tratada com alquimia, magia e astrologia; 
 
• Sec. XVII: avanços da medicina, deficientes mantidos em asilos, 
hospitais psiquiátricos e conventos; 
 
• Sec. XVIII: deficiência eram resultados de lesões e 
disfunções no organismo; 
 
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• Ciência questionou os dogmas religiosos; 
 
• Objetivo: aliviar a sobrecarga da família e da sociedade; 
 
• Eles eram mandados para asilos e hospitais, junto com doentes 
psiquiátricos, delinquentes e prostitutas; 
 
• Com a revolução industrial: deficiente passou a ser relacionado com 
incapacidade, dependência, inutilidade e não era interessante para os 
governantes; 
 
• Eram deixados longe dos olhos para não provocar nenhum 
constrangimento ético ou moral (atitude natural); 
 
• Surgiram as residências clínicas, com o intuito de dar uma educação 
especial (mental). 
 
Integração (Princípios da educação especial) – via de mão 
única. 
• Nos anos 60/70 à desinstitucionalização à educar em ambiente 
menos restritivo; 
 
• Alguns considerados aptos passaram a ser encaminhados para 
escolas regulares, classes especiais ou salas de recursos. 
 
• O deficiente passou a ser encarado como “necessidades educacionais 
especiais” à problemas de aprendizagem à requeria atenção mais 
específica e maiores recursos educacionais à reorganização curricular, 
formação de professores, novos métodos de ensino, posturas na 
atuação e responsabilidade das escolas; 
 
• Modelo médico da deficiência à problema está no indivíduo à ele que 
precisava mudar para se adaptar à sociedade ou ser mudado através 
da reabilitação ou cura. 
Inclusão (quebra de paradigma) – via de mão dupla. 
 
A Educação Especial, no Brasil, seguiu o seguinte caminho: 
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Na época da República: Não havia necessidade, pois muitos iam 
para roça ou ficavam escondidos em casa. 
No século XIX: 
• 1854 à Serviço de atendimento aos cegos: 
Imperial Instituto dos meninos cegos (com o decreto imperial 1.428), 
e, em 1891, foi instituído como: Instituto Benjamim Constant 
(Decreto 1.320 de 1891); 
 
• 1857 à Imperial Instituto do surdo-mudo que, em julho de 1957, 
tornou-se o Instituto Nacional de Educação de Surdos. 
 
No século XX: 
• 1905 – Escola Rodrigues Alves – DF e DV (RJ); 
 
• 1909 – Colégio dos Santos Anjos – DM (SC); 
 
• 1920 – Primeira Sociedade/associação (RS) – Sociedade Pestalozzi 
(Canoas). 
 
• 1926 – Porto Alegre Instituto Pestalozzi; 
 
• 1932 – Escola Estadual São Rafael – DV (MG); 
 
• 1935 – Instituto dos Cegos (PE) e o Instituto Pestalozzi em Belo 
Horizonte; 
 
• 1936 – Instituto dos cegos na Bahia; 
 
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• 1948 – Instituto Pestalozzi - DM (RJ) É 
ministrado, em 1950, o primeiro curso de especialização para 
professores nesta área; 
 
• 1950 – AACD (SP); 
 
• 1954 – Inicia-se o movimento das APAES, com Beatrice e George 
Benis; 
• 1962 – Federação das APAEs (12); 
 
 
 
• Até a ditadura, eles eram chamados pelo termo “excepcionais”; 
 
 
 
• 1988 – Constituição Federal à passaram a ser reconhecidos 
como pessoas com deficiência. Pessoa: implica em reconhecer o 
direito de viver e conviver em comunidade. Prevê o pleno 
desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, 
sexo, cor, idade, bem como quaisquer outras formas de 
discriminação. Garante o direito à escola para todos e coloca, como 
princípio para educação, o “acesso aos níveis mais elevados do 
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de 
cada um”. 
 
• Artigo 208, da constituição – O estado assume a educação especial; 
 
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• 1989 à lei 7.853/89 – Define como crime recusar, suspender, adiar, 
cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa da 
deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou 
privado. A pena para o infrator pode variar de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos de prisão mais multa; 
 
 
 
• 1990 à Estatuto da Criança e do Adolescente – Garante o direito à 
igualdade de condições para o acesso e permanência à escola, sendo 
o ensino fundamental obrigatório e gratuito, o respeito dos 
educadores e atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular; 
 
• 1994 – Com a Declaração de Salamânca (o texto não tem efeito de 
lei), diz que a pessoa com deficiência deve receber atendimento 
especializado. Crianças excluídas (trabalho infantil e abuso sexual) e 
deficiências graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de 
ensino; 
 
• 1996 – Com a Lei de Diretrizes de Base (LDB), o atendimento 
especializado pode ocorrer em classes especiais, quando não for 
possível oferecê-lo na escola comum. Este foi um ponto que gerou 
muita confusão, pois deu a entender que, dependendo da deficiência, 
a criança só podia ser atendida em escola especial; 
 
• 2000 – Leis garantem a prioridade nos atendimentos prioritários de 
pessoas com deficiência nos locais públicos. Estabelece normas de 
acessibilidade física e definem, como barreira, obstáculos nas vias e 
no interior dos edifícios, nos meios de transporte e tudo o que 
dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio 
dos meios de comunicação, sejam ou não de massa; 
 
• 2001 – Convenção de Guatemala (Decreto 3.956) à Põe fim às 
interpretações confusas da LDB. Esclarece as impossibilidades de 
tratamento desigual com base na deficiência. O acesso ao ensino 
fundamental é um direito humano e privar pessoas em idade escolar, 
dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere 
a convenção e a Constituição. A Convenção da Guatemala deixa clara 
a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência, 
definindo a discriminaçãocomo toda diferenciação, exclusão ou 
restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, 
consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência 
presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou 
anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas 
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portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades 
fundamentais (art. 1º, nº 2, “a”). 
tempo. No texto abaixo, Jorge conta através de uma parábola a 
questão da exclusão, 
Muito interessante para fazermos uma reflexão sobre o nosso 
comprometimento no dia a dia com as mais variadas situações. 
Estamos somente presentes ou realmente estamos presentes e 
conscientes no que nos engajamos. Vamos postar alguns comentários 
no fórum. 
 
WEBAULA 2 
Unidade 1 – Da Educação Segregada à Educação 
Inclusiva: uma Breve Reflexão sobre os Paradigmas 
Educacionais no Contexto da Educação Especial 
Brasileira 
 
Assim, pessoal, podemos perceber que estamos num processo que se 
iniciou na década de 40, com alterações na década de 70, 80 e com 
mais transformações ocorrendo com o passar do tempo. Este 
processo não está pronto. Está em andamento e fazemos parte das 
alterações que estão por vir. Temos uma luta pela frente, por 
melhores condições de atendimento para este tipo de população e de 
melhores condições de trabalho, com cursos, reciclagens, 
atualizações, projetos e outras alternativas para que possamos 
continuar com este processo. 
 
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A tendência atual é que o trabalho da Educação Especial garanta, a 
todos os alunos com deficiência, o acesso à escolaridade, removendo 
barreiras que impedem a frequência desses alunos às classes comuns 
do Ensino Regular. Assim sendo, a Educação Especial começa a ser 
entendida como modalidade que perpassa, como complemento ou 
suplemento, todas as etapas e níveis de ensino. 
 
Esse trabalho é constituído por um conjunto de recursos educacionais 
e de estratégias de apoio, colocados à disposição dos alunos com 
deficiência, proporcionando-lhes diferentes alternativas de 
atendimento, de acordo com as necessidades de cada um. 
O atendimento educacional especializado é uma forma de garantir 
que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada 
aluno com deficiência. São consideradas matérias do atendimento 
educacional especializado: Língua Brasileira de Sinais (Libras); 
interpretação de Libras; ensino de Língua Portuguesa para surdos; 
Sistema Braile; orientação e mobilidade; utilização do soroban; as 
ajudas técnicas, incluindo informática adaptada; mobilidade e 
comunicação alternativa/aumentativa; tecnologias assistivas; 
informática educativa; educação física adaptada; enriquecimento e 
aprofundamento do repertório de conhecimentos; atividades da vida 
autônoma e social, entre outras. 
A seguir, temos um esquema que mostra a abrangência da educação 
especial durante todo o processo de ensino. 
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Por este quadro, podemos observar que a educação especial é um 
processo que deve acompanhar o aluno durante todo o processo de 
ensino, desde a educação infantil até, ou melhor, além do ensino 
superior. (Monroe). 
Ela, também, coloca que, com a mudança de paradigma, o portador 
de deficiência passou a ser visto de forma diferente pelos vários 
setores da sociedade. 
Essa tomada de consciência se deve a vários fatores que ocorreram 
durante anos, com mudanças na sociedade, na política e na ciência. 
Mudanças estas que afetaram as mais variadas áreas da sociedade, 
com surgimento de lei, de movimentos a nível mundial e novas 
descobertas nas ciências. 
baixo, estão listados alguns acontecimentos mundiais que 
desencadearam avanços: 
• Revolução Industrial: exigência de novas competências; 
 
 
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• Revolução francesa: movimento humanista em favor das pessoas 
excluídas, com o slogan "Liberdade/Igualdade/ Fraternidade; 
 
 
 
o 1945 - Proclamação dos direitos humanos (entre eles, o direito 
à educação); 
 
o Avanços nas áreas das ciências (sofisticação dos exames e 
diagnósticos); 
 
o 1969 - Dinamarca: Filosofia de Normatização e Integração; 
 
o 1990 - Tailândia: Conferencia Mundial de Educação para Todos 
- Conferencia de Jomtien; 
 
• 1994 - Espanha - Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas 
Especiais - Conferência de Salamânca -reconheceu a necessidade e 
urgência da educação para as crianças, jovens e adultos com 
necessidades especiais dentro do sistema regular de ensino. 
 
Todos estes fatos contribuíram muito para a tomada de consciência 
que estamos passando hoje. 
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Podemos ver, no quadro a seguir, de forma clara, esta mudança de 
paradigma. Antes centrada no déficit, na dificuldade e, depois, 
centrada na competência. 
 
2 do MEC - domínio público: liberdade de ser. 
. 
Mas, vamos retomar nosso rumo. O que é mesmo inclusão? 
Aqui, estão mais informações : 
DUCAÇÃO ESPECIAL é: 
• O processo que visa promover o desenvolvimento das 
potencialidades de pessoas com necessidades educativas 
especiais e que abrange os diferentes níveis e graus do 
sistema de ensino; 
 
 
• Fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos, 
compatíveis com as necessidades específicas de seu 
alunado; 
 
 
• O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação 
essencial até os graus superiores de ensino; 
 
 
• Sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o 
sistema educacional vigente, identificando-se com sua 
finalidade, que é formar cidadãos conscientes e 
participativos. 
 
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
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1. Desenvolvimento global das potencialidades dos alunos; 
 
 
1. Incentivo à autonomia, cooperação, espírito crítico e criativo da 
pessoa com necessidades educativas especiais; 
 
 
1. Preparação dos alunos para participarem ativamente no mundo 
social, cultural, dos desportos, das artes e do trabalho; 
 
 
1. Frequência à escola em todo o fluxo de escolarização, 
respeitando o ritmo próprio do aluno; 
 
 
1. Atendimento educacional adequado às necessidades especiais 
do alunado, no que se refere a currículos adaptados, métodos, 
técnicas e materiais de ensino diferenciados, ambiente 
emocional e social da escola favorável à integração social do 
aluno, pessoal devidamente motivado e qualificado; 
 
 
1. Avaliação permanente, com ênfase no aspecto pedagógico, 
considerando o educando em seu contexto biopsicossocial, 
visando à identificação de suas possibilidades de 
desenvolvimento; 
 
 
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1. Desenvolvimento de programas voltados à preparação para o 
trabalho; 
 
 
1. Envolvimento familiar e da comunidade no processo de 
desenvolvimento global do educando. 
 
Objetivos da Inclusão: 
Inserir vídeo 3 : MEC - domínio público : universo das 
diferenças 
WEBAULA 3 
O QUE É INCLUSÃO ESCOLAR? 
Processo global e dinâmico que pode tomar distintas formas, de 
acordo com as necessidades e habilidades dos alunos. 
A integração educativo-escolar refere-se ao processo de educar-
ensinar, no mesmo grupo, a criança, com e sem necessidades 
educativas especiais, durante uma parte ou na totalidade do tempo 
de permanência na escola. 
I. Integração das pessoas com necessidades especiais à 
sociedade; 
II. Expansão do atendimento aos alunos com necessidades 
especiais na rede regular governamental de ensino; 
III. Ingresso do aluno com necessidades educativas 
especiais em turmas do ensino regular, sempre que 
possível; 
IV. Apoio ao sistema de ensino regular para criar as 
condições de integração dos alunos com necessidades 
educativas especiais; 
V.Conscientização da comunidade escolar para a 
importância da presença do alunado de educação especial 
em escolas da rede de ensino; 
VI. Integração técno-pedagógica entre os educadores que 
atuam nas salas de aulas do ensino regular e os que 
atendem em salas de educação especial; 
VII. Integração das equipes de planejamento da educação 
comum com os da educação especial, em todas as instancias 
administrativas e pedagógicas do sistema educativo; 
VIII. Desenvolvimento de ações integradas nas áreas de 
ação social, educação, saúde e trabalho. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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Unidade 1 – Deficiências Visual, Intelectual e 
Auditiva 
 
Oi turma, bem-vindos a nossa web-aula. 
Vamos começar a ver, um pouco mais detalhado, sobre algumas 
deficiências. 
No atendimento educacional especializado, temos a seguinte 
classificação para os alunos com necessidades educacionais especiais: 
• Deficiência Intelectual; 
 
• Deficiência visual; 
 
• Deficiência auditiva; 
 
• Deficiência física; 
 
• Deficiência múltipla; 
 
• Transtornos Globais do Desenvolvimento; 
 
• Altas Habilidades-superdotação. 
Serão apresentadas as características das deficiências1, de acordo 
com os Parâmetros Curriculares Nacionais - Adaptações Curriculares: 
Cada uma delas requer um tipo de atendimento diferenciado, para 
que possamos trabalhar melhor as habilidades a serem priorizadas. 
 
1. DEFICIÊNCIA MENTAL: 
 
Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral 
significativamente abaixo da média, oriundo do período de 
desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou 
mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do individuo em 
responder adequadamente às demandas da sociedade, em pelo 
menos dois ou mais aspectos: 
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• Comunicação; 
 
• Cuidados pessoais; 
 
• Habilidades sociais; 
 
• Desempenho na família e comunidade; 
 
• Independência na locomoção; 
 
• Saúde e segurança; 
 
• Desempenho escolar; 
 
• Lazer e trabalho (BRASIL, 1998, p. 26). 
 
• Deficiência mental é um vasto complexo de quadros clínicos, 
produzidos por várias etiologias e que se caracteriza pelo 
desenvolvimento intelectual insuficiente, em termos globais ou 
específicos. (Krynski 1983), 
 
• Limitação associada a duas ou mais áreas; 
 
• Início: antes dos 18 anos. 
lassificação: 
 
• Leve; 
 
 
• Moderado; 
 
 
• Grave ou severa; 
 
 
• Profundo. 
Importante lembrar que os deficientes mentais de menor 
gravidade, têm percepção de si mesmo e da realidade, 
diferenciando-os da doença mental. 
 
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Oficialmente, usa-se esta classificação na hora de se emitir um 
laudo técnico, mas, no dia a dia, usa-se termos como: criança 
com atraso ou déficit intelectual, ou aluno que precisa de 
apoio ou apoio parcial. 
 
Mas, quando estamos trabalhando com portadores de 
deficiência mental, vemos que: 
• É esperado que o portador de deficiência mental apresente 
comportamentos das fases anteriores, dependendo do grau de 
deficiência. 
 
 
• Pessoas com maior grau de severidade encontram mais 
dificuldade para realizar tarefas. 
1.1 Síndrome de Down: 
Na síndrome de down ou Trissomia do 21, um dos tipos é a síndrome 
e uma das características é a deficiência mental. 
 
A seguir, temos um cariótipo de uma pessoa sem síndrome de down 
e outra com alteração cromossômica típica da síndrome de down 
Saber Mais: 
Fazendo um breve parênteses, vemos que, no 
desenvolvimento "normal", segundo Piaget: 
• No período sensório-motor: criança organiza as 
sensações; 
 
 
• No período pré-operacional: inicio da linguagem e 
da função simbólica; 
 
 
• No período das operações concretas: 
internalização mental, pensamento lógico, razão 
norteia as atitudes, prazer pelo jogo de regras e 
competição; 
 
 
• No período das operações formais: pensamento 
hipotético, crítica, apresenta os pontos de vista 
próprio. 
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Figura 1: cariótipo de uma pessoa "normal". 
 
 
 
Aprofundando o conhecimento: 
Complemente este conteúdo, tendo acesso ao 
material produzido pelo MEC/SEE/2006, que são 
cartilhas intituladas "Saberes e práticas da inclusão", 
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Figura 
2: cariótipo de uma pessoa com síndrome de down. A seta indica uma trissomia do 
par do cromossomo 21 
WEBAULA 4 
Unidade 1 – Deficiência Visual e Auditiva. 
 
 
É a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e 
após a melhor correção ótica. É possível manifestar-se como: 
• Cegueira: perda da visão, em ambos os olhos, mesmo com o uso de 
lentes de correção. Sob o enfoque educacional, a cegueira representa 
a perda total ou o resíduo mínimo da visão que leva o indivíduo a 
necessitar do método Braille como meio de leitura e escrita, além de 
outros recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua 
educação; 
 
• Visão reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor 
olho, após correção máxima. Sob o enfoque educacional, trata-se de 
resíduo visual que permite ao educando ler impressos a tinta, desde 
que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais 
(BRASIL, 1998, p. 26). 
Em caso de deficiência visual, a escola deve providenciar para o 
aluno, após a sua matrícula, o material didático necessário, como 
regletes, soroban, além do ensino do código Braile e de noções sobre 
orientação e mobilidade, atividades de vida autônoma e social. 
divididas por deficiências específicas e por 
modalidades de educação. 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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Deve, também, conhecer e aprender a utilizar ferramentas de 
comunicação que, por sintetizadores de voz, possibilitam aos cegos 
escrever e ler via computadores. 
É preciso, contudo, lembrar de que a utilização desses recursos não 
substitui o currículo e as aulas nas escolas comuns de ensino regular. 
Os professores e demais colegas de turma desse aluno também 
poderão aprender o Braile, assim como a utilizar as demais 
ferramentas e recursos específicos pelos mesmos motivos 
apresentados no caso de alunos surdos ou com deficiência auditiva. 
Em se tratando de escola pública, o próprio Ministério da Educação 
tem um programa que possibilita o fornecimento de livros didáticos 
em Braile. 
Além disso, em todos os Estados estão instalados centros de apoio 
educacional especializado, que devem atender às solicitações das 
escolas públicas. 
Da mesma forma, as escolas particulares devem providenciar e arcar 
com os custos do material ou tentar obtê-lo através de convênios 
com entidades especializadas e/ou rede pública de ensino. 
Recursos para aprendizagem e mobilidade: 
• Braille - principal meio de leitura e escrita. 
Colocar em um quadro 
 
 
• utilizar equipamentos específicos para o 
desenvolvimento educacional e integração social; 
 
 
• Aprender orientação e mobilidade para sua 
autonomia; 
 
 
• Usar o resíduo visual nas atividades de vida 
diária sempre que possível; 
 
 
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 (NESSE TRECHO 
TEM O VIDEO 
SUPERAÇÃO) 
 
 
INSTRUMENTOS EDUCACIONAIS 
• Diferentes tipos de óculos; 
• Lupas e telescópios; 
• Cadernos com pautas mais grossas; 
• Tiposcópio; 
• Ampliação de livros; 
• Baralhos; 
• Dial telefônico; 
• Sistema Braille; 
• Cajado de pastor e cão - primeiros auxílios 
utilizados pelas pessoas cegas; 
 
 
• Bengala Ortopédica - Tem como objetivo, servir 
de apoio e sustentação, suportando o peso do 
indivíduo. Material: madeira grossa e resistente, 
apresentando extremidade superior e um cabo 
curvo; 
 
 
• Bengala Branca - Mais longa que a bengala 
ortopédica, medindo cerca de 90 cm. Também 
confeccionada demadeira pintada de branco com 
uma faixa vermelha na extremidade inferior; 
 
 
• Bengala Longa ou de Hoover -. Material: Liga de 
alumínio, por sua capacidade de transmitir aos 
nervos da mão em formas de sensações táteis, 
as particularidades do terreno. 
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• Instrumentos de medida, com marcas em relevo, em réguas, 
fitas métricas e outros; 
• Gravadores e livro falado, pelos quais as crianças podem ouvir 
textos registrados e fazer relatos ou tarefas; 
• Instrumentos de medida, com marcas em relevo, em réguas, 
fitas métricas e outros; 
• Gravadores e livro falado, pelos quais as crianças podem ouvir 
textos registrados e fazer relatos ou tarefas; 
• Recursos visuais não-ópticos: favorecem o funcionamento 
visual, não utilizam lentes. Mesa adaptada, canetas tipo pincel 
atômico, luminárias, cadernos com linhas ampliadas e em 
negrito, marcadores de página e janelas de leitura, proteção 
contra luz e brilho, livros com tipos ampliados, com adequação 
do tamanho do caractere, espaçamento entre letras e linhas, 
uso do negrito, serifa e espessura da letra. 
 
Figura 4: alguns equipamentos utilizados por portadores de baixa visão e/ou 
cegos: reglete, punção, máquina de escrever em braile (perkins), lupas, tele-lupas 
e sorobã. 
MATERIAIS ALTERNATIVOS 
• Guizos - bolas e pneus; 
 
• Maquetes; 
 
• Aumentar o tamanho dos equipamentos; 
 
• Utilizar-se de cores brilhantes para marcações e metas; 
 
• Usar auxílio de um vidente; 
 
• Usar bolas sonoras; 
 
• Usar sons para delinear a área de jogo; 
 
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• Usar sinetas, barbantes ou elásticos condutores; 
 
• Usar informações verbais de guia. 
 
 
ADAPTAÇÕES NO ESPAÇO FÍSICO 
 
• Reconhecimento do local; 
 
• Reconhecer o local que cercam o espaço da atividade; 
 
• Verificar a disposição dos materiais e obstáculos no local da 
atividade; 
 
• Comentar sobre o caminho que é percorrido até o local da atividade; 
 
• Informações sinaléticas no ambiente que será realizada à atividade 
(ex. Campo minado). 
WEBAULA 5 
Unidade 1 – Deficiência Auditiva 
 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de 
compreender a fala por intermédio do ouvido. Manifesta-se como: 
• Surdez leve/moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que 
dificulta, mas não impede o individuo de se expressar oralmente, 
bem como de perceber a voz humana, com ou sem a utilização de 
um aparelho auditivo; 
 
• Surdez severa/profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que 
impede o indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz 
humana, bem como adquirir, naturalmente, o código da língua oral 
(BRASIL, 1998, p. 25). 
Caso exista um aluno com deficiência auditiva ou surdo matriculado 
numa escola de ensino regular, ainda que particular, esta deve 
promover as adequações necessárias e contar com os serviços de um 
intérprete de língua de sinais, de professor de Português como 
segunda língua desses alunos e de outros profissionais da área da 
saúde (fonoaudiólogos, por exemplo), assim como pessoal voluntário 
ou pertencente a entidades especializadas conveniadas com as redes 
de Ensino Regular. 
Se for uma escola pública, é preciso solicitar material e pessoal às 
Secretarias de Educação municipais e estaduais, as quais terão de 
providenciá-los, com urgência, ainda que através de convênios, 
parcerias, etc. 
 
Ainda para a surdez e a deficiência auditiva, a escola deve 
providenciar um instrutor de Libras (de preferência surdo) para os 
alunos que ainda não aprenderam esta língua, mas cujos pais tenham 
optado pelo seu uso. 
Obedecendo aos princípios inclusivos, a aprendizagem de Libras deve 
acontecer, preferencialmente, na sala de aula desse aluno e ser 
oferecida a todos os demais colegas e ao professor, para que possa 
haver comunicação entre todos. 
• O ouvido é o órgão que capta esse som, transforma-o em estímulos 
elétricos e os envia ao nervo auditivo, para que cheguem ao cérebro; 
 
• Ali, eles são decodificados como uma palavra, ou como uma canção; 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
24 
 
• Quando esse precioso mecanismo apresenta falhas, surgem as 
deficiências auditivas, que podem ter vários graus e culminar na 
surdez total; 
O som é energia mecânica de vibração do ar. As vibrações sonoras 
causam o movimento do tímpano e da corrente de três pequenos 
ossos que se encontram no interior do ouvido médio. 
Os três ossos atuam como alavancas, aumentando a força da 
vibração inicial recebida pelo tímpano. 
Este estímulo ampliado é conduzido à membrana que cobre a janela 
oval. 
 
A audição é medida por decibéis. 
Quem é o surdo? 
 
Há muitos graus de perda auditiva. Hoje, dizemos que surdos são 
aqueles que usam a língua de sinais para se comunicar e deficientes 
auditivos aqueles que com uma prótese podem reconhecer pelo som 
as palavras. 
Surdos são aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço-
visual como principal meio de conhecer o mundo em substituição à 
audição e à fala. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
25 
 
A maioria das pessoas surdas, no contato com outros surdos, 
desenvolve a Língua de Sinais. Já outros, por viverem isolados ou em 
locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam 
por gestos. 
Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem 
utilizar a língua oral (fala). 
 
Surdo-mudo: 
• Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao 
surdo e, infelizmente, ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos 
meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio; 
 
• O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A 
mudez é uma outra deficiência, totalmente desagregada à surdez. 
São minorias os surdos que também são mudos; 
 
• Fato é a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios 
fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados; 
 
• Também, é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, 
mas apenas por falta de exercício. 
 
Surdo: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição 
Mudo: problema ligado à voz 
Educação: 
 
• a educação de uma pessoa surda se dará de forma diferente, de 
acordo com a época em que a surdez acontecer; 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
26 
 
• Ela precisará de um atendimento especializado para conseguir uma 
educação de qualidade e poder participar da sociedade como cidadã; 
 
• Crianças com problemas de audição, sem a devida assistência, têm 
dificuldades no desenvolvimento da linguagem; 
 
• Se chegarem à idade escolar sem que a surdez tenha sido 
diagnosticada, o aprendizado será difícil, simplesmente porque essas 
crianças ouvem mal o que está sendo ensinado. 
Língua: Conjunto do vocabulário de um idioma, e de suas regras 
gramaticais; idioma. Por exemplo: inglês, português, LIBRAS. 
Língua de sinais: É a língua dos surdos e que possui a sua própria 
estrutura e gramática através do canal comunicação visual. A língua 
de sinais dos surdos urbanos brasileiros é a LIBRAS. Lei Federal n 
10436 de 2002. Dispõe sobre a oficialização da LIBRAS - 
Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. 
 
Interprete de Libras: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos 
uma comunicação falada, usando a língua de sinais e vice-versa. 
WEBAULA 6 
Unidade 1 – Deficiência Física - Comunicação 
Alternativa. Condutas Típicas. 
 
4. PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA: 
Variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em 
termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como 
decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, 
ou, ainda, de malformações congênitas ou adquiridas (BRASIL, 1998,p. 25). 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
27 
 
 
 
Para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou 
mobilidade reduzida, toda escola deve eliminar suas barreiras 
arquitetônicas e de comunicação, tendo ou não alunos com 
deficiência, nela matriculados no momento (Leis 7.853/89, 10.048 e 
10.098/00, CF). 
Faz-se necessária, ainda, a adoção de recursos de comunicação 
alternativa/aumentativa, principalmente para alunos com paralisia 
cerebral e que apresentam dificuldades funcionais de fala e escrita. 
A comunicação alternativa/aumentativa contempla os recursos e 
estratégias que complementam ou trazem alternativas para a fala de 
difícil compreensão ou inexistente (pranchas de comunicação e 
vocalizadores portáteis). 
Prevê, ainda, estratégias e recursos de baixa ou alta tecnologia que 
promovem acesso ao conteúdo pedagógico (livros digitais, softwares 
para leitura, livros com caracteres ampliados) e facilitadores de 
escrita, no caso de deficiência física, com engrossadores de lápis, 
órteses para digitação, computadores com programas específicos e 
periféricos (mouse, teclado, acionadores especiais). 
Tipo se deficiência física: 
• Ordem neurológica: (destruição das células nervosas centrais 
que afetam o sistema nervoso central pode ocorrer por 
doenças (Poliomielite, espinha bífida, hidrocefalia, esclerose 
múltipla, meningocele); 
 
• Ordem muscular (Distrofia Muscular de Duchenne); 
 
• Ordem ósseo-articular (osteogênese imperfeita, nanismo); 
 
• Amputações (malformações congênitas, Infecção, Trauma, 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
28 
 
Na deficiência física, há disfunção ou interrupção dos movimentos de 
um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos, e conforme o 
grau do comprometimento ou tipo de acometimento, fala-se em 
paralisia (refere à perda da capacidade de contração muscular 
voluntária) ou paresia (refere-se quando o movimento está apenas 
limitado ou fraco) 
 
Vídeo do MEC - Além dos limites 
 
. 
 
4.1 Paralisia Cerebral: 
Consiste em um grupo heterogêneo de condições patológicas não-
progressivas do movimento e da postura, que se manifestam no 
início da vida, atribuídas a várias etiologias, conhecidas e 
desconhecidas, envolvendo o cérebro imaturo. 
Não é doença, mas apresenta inabilidade, dificuldade, descontrole 
de músculos e de certos movimentos do corpo e dano ao Sistema 
Nervoso Central, que afeta os músculos e sua coordenação motora, 
podendo afetar a articulação da fala - alguns apresentam dificuldade 
de se comunicar e, muitas vezes, são confundidos como deficientes 
mentais. 
Neoplasias, Problemas vascular 
Importante: 
• Conhecer o quadro clínico para escolha de atividades 
adequadas considerando; 
 
o O potencial remanescente do aluno; 
 
o A eficiência - força de vontade. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
29 
 
• Algumas são afetadas no todo; 
 
• Algumas terão dificuldade em falar, andar ou usar as mãos; 
 
• Umas serão capazes de sentar sem suporte ou ajuda / outras 
necessitarão de ajuda para a maioria das tarefas de vida diária; 
 
• Podem ser confundidos com def. mentais; 
 
• Não há medicamentos nem operações que possam curar; 
 
• Os progressos não são súbitos, mas demorados. 
Nas paralisias cerebrais, há uma confusão de mensagens entre o 
cérebro e os músculos. 
Na Paralisia Cerebral, um dos maiores problemas é, justamente, o 
tônus muscular. Isto quer dizer que, por algum motivo, o cérebro não 
consegue controlar a contração dos músculos envolvidos em um 
determinado movimento ou mesmo em uma determinada postura. 
Sem um controle organizado do cérebro, este tônus pode variar de 
alto para baixo. 
 
As dificuldades motoras apresentadas serão definidas, dependendo de 
quanto, como e onde o cérebro foi afetado. 
Cada criança, portadora de Paralisia Cerebral, apresentará um 
problema motor específico e diferente dos outros, com seus limites e 
potenciais individuais. 
 
4.1.1 Comunicação Alternativa/aumentativa: 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
30 
 
 
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA é um recurso utilizado por um grupo 
de pessoas acometidas por algum tipo de deficiência, que impede o 
uso da fala nas situações cotidianas. 
Os alunos com deficiências podem apresentar dificuldades na 
linguagem receptiva (compreensão), na linguagem expressiva (oral e 
escrita) ou em ambas. 
Ele pode ser incapaz de expressar seus sentimentos e preocupações e 
ter prejudicado seu desenvolvimento acadêmico e social. 
Das crianças com paralisia cerebral, 65 % apresentam dificuldade no 
processo de comunicação oral, que varia de pequenos erros de 
articulação até a impossibilidade absoluta de movimentação dos 
orgãos fonoarticulatórios (Crickmay) 
Comunicação alternativa é usada quando o indivíduo comunica-se 
face-a-face por meio de outros caminhos que não a fala. ( Tetzchner, 
1997, Glennen, 1997) Signos gráficos e manuais, código Morse, 
escrita, são formas alternativas de comunicação de indivíduos que 
perderam a habilidade para falar. 
Comunicação aumentativa é aquela que é realizada por meio de 
suporte. Enfatiza o fato de que o treinar em formas alternativas de 
comunicação tem um duplo objetivo: promover e suplementar a fala 
e garantir uma forma alternativa de comunicação, se um indivíduo 
não começou a falar. 
Tipos de comunicação alternativa: 
• Bliss (Foi criado por Charles Bliss - 1942) 
 
o É formado, basicamente, por símbolos: gráficos, ideográficos 
(sugerem o conceito), pictográficos (assemelha-se ao objeto), 
arbitrários (não tem relação direta convencional com os 
significados); 
 
o Usa diferentes cores para diferentes categorias; 
 
o Foi criado para ultrapassar as diferenças de línguas; 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
31 
 
o É semântico (a figura mostra o significado da palavra ou da 
frase). 
 
• PCS - Pictures Comunication symbol (Desenvolvido por Roxana Mayer 
(1981) 
 
o Faz uso de desenhos bidimensionais; 
 
o Inclui alfabeto, números, foto; 
 
o Segue uma organização sintática (ordena as palavras de 
maneira a determinar frases inteligíveis, que retém o 
significado); 
 
 
o PECS; 
 
o Premack; 
 
o Rebus; 
 
o PIC; 
 
o Sigsyn. 
É fundamental a participação da família e da escola na busca pelos 
diferentes meios pelos quais a pessoa possa se comunicar. Explorar 
os meios pelos quais a pessoa interage e se comunica em situações 
cotidianas contribuirá, de forma significativa, na seleção dos recursos 
alternativos e aumentativos de comunicação. 
4.1.2 Computador 
O computador pode ser utilizado para muitos fins, como meio de 
comunicação, como opcional para auxiliar na aprendizagem, usá-lo 
como se usa o caderno, etc. 
Recursos do Computador: 
• Opção de acessibilidade: existe em todos os PCs, basta acioná-lo. É 
possível fazer várias atividades, usando recursos, como filtro de tecla 
repetida, troca do acionamento do mouse, etc. Procure no seu PC e 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
32 
 
conheça estas opções existentes e use-as. 
 
• Opcionais externos: 
 
 
o Teclado importado; 
 
o Teclado com placa de acrílico; 
 
o Mouses especiais; 
 
o Acionadores de mão, cabeça, ou adaptado a qualquer outro 
membro do corpo. 
 
• Programas: 
 
 
o Jogos; 
 
� Memória; 
 
� Pintura; 
 
� Educativos (Byte Brothers, Expoente, Positivo) 
 
o Comunicação; 
 
� Dosvox. 
 
• Parte do corpo a ser utilizada: É de extrema importância avaliar qual 
a parte do corpo que apresenta melhor funcionalidade, para ser 
trabalhada no computador. 
4.2 Amputados: 
VÍDEO TONY MELENDEZ 
00:00 
00:00 
 
Procure entender as características individuais de cada um e 
descobrir como se relacionar com eles. Potencialize seu aluno, não 
subestime as possibilidades, evite super-proteção,estimule a 
independência, esclareça suas dúvidas sobre as limitações. Dirija-se 
sempre que possível ao seu aluno e, apenas quando necessário, peça 
informações às pessoas que o acompanham. 
O papel do educador deve englobar, também, aspectos como: 
maximizar o potencial individual, focalizar o desenvolvimento de 
habilidades, selecionar atividades apropriadas, providenciar um 
ambiente favorável a aprendizagem e encorajar a auto-superação. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
33 
 
VÍDEO - CASAL AMPUTADO - DANÇA 
00:00 
00:00 
 
5. PORTADORES DE DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA; 
É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências 
primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que 
acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade 
adaptativa (BRASIL, 1998, p. 27). 
A seguir, estão alguns tipos de deficiências múltiplas. Para cada uma 
delas, há métodos específicos para educação. 
A. Surdo-cegueira: 
• É uma deficiência múltipla; 
 
• Caracteriza-se pela perda parcial ou total da visão e da audição, de 
tal forma que a combinação das duas deficiências causa extrema 
dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer 
e sociais; 
 
• Apesar das dificuldades, é possível educar a criança portadora desta 
deficiência, através de métodos especializados. 
B. Deficiência física e Mental; 
 
C. Deficiência física e visual; 
 
D. Deficiência mental e visual; 
 
E. Deficiência física e auditiva; 
Observar o comportamento das crianças sem deficiência ajuda 
aquelas que têm deficiência múltipla a se desenvolver. Faça jogos e 
brincadeiras que reúnam a turma no final das aulas. 
Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, 
como se comunica e quais são suas brincadeiras preferidas. Na 
avaliação, valorize a evolução do aluno e não os resultados. 
6. PORTADORES DE CONDUTAS TÍPICAS 
Manifestações de comportamentos típicos de portadores de 
síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que 
ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento 
social, em grau que requeira atendimento educacional especializado 
(BRASIL, 1998, p. 25). 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
34 
 
A partir da década de 90, para fazer referência aos alunos que 
apresentavam distúrbios de comportamentos, atualmente refere-se 
às "manifestações típicas de síndromes e quadros neurológicos, 
psicológicos ou psiquiátricos persistentes que ocasionam atrasos no 
desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que 
requeira atendimento educacional especializado " (Brasil,1994).] 
Consideram-se, educandos com necessidades educacionais especiais 
na área de condutas típicas, aqueles que apresentam dificuldades na 
adaptação escolar, associadas ou não a limitações no processo de 
desenvolvimento, que dificultam o acompanhamento das atividades 
curriculares. 
Não existe um padrão único de comportamento denominado conduta 
típica. 
• É grande a variedade de comportamentos englobados nesse rótulo; 
 
• Seus determinantes são variados, podendo ser de natureza biológica, 
psicológica, comportamental e/ou social. 
 
Esses alunos, geralmente: 
• Não apresentam comprometimento ou atraso intelectual; 
 
• Vivenciam enorme dificuldade em se adaptar ao contexto familiar, 
escolar e comunitário; 
 
• De acordo com o MEC, entende-se por quadros neurológicos, 
psicológicos graves e/ou psiquiátricos persistentes as manifestações 
que permanecerem apesar das inúmeras tentativas de intervenção, 
seja de natureza clínica, educativa ou social; 
 
• Apresenta dificuldade em uma ou várias áreas, tais como: 
 
• Permanecer sentado e concentrado nas atividades; 
 
• Distrai com muita facilidade; 
 
• Fala excessivamente durante a aula; 
 
• Pouca noção de perigo; 
 
• Não cuida adequadamente do material escolar; 
 
• Problemas emocionais geram inadaptações de maior complexidade 
que não se resolvem por si mesmas; 
 
• Criança que reage de forma inadaptada; 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
35 
 
• Perde a paciência; 
 
• Não aceita regras ou quaisquer orientações do professor; 
 
• Quando comete erros, ou mesmo traquinagens, responsabiliza os 
colegas; 
 
• Apresenta muitas vezes raiva e ressentimento; 
 
• Criando discussões com todos; 
 
• Manifestações que afetam as relações interpessoais; 
 
• Agressão ou auto-agressão; 
 
• Isolamento, alheios à realidade circundante. 
6.1 TDA-H (Transtornos de Déficit de Atenção com 
hiperatividade) 
Antigamente era conhecida como "Disfunção Cerebral Mínima". 
Em 1987, o nome passou a ter a atual denominação: "Transtorno de 
Déficit de Atenção e Hiperatividade". 
O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, 
escolar e social da criança. 
O diagnóstico da TDA-H é um diagnostico de difícil precisão. Há 
necessidade de uma avaliação com uma equipe multidisciplinar, com 
neuropediatra, psicólogo, psicopedagogo, a família e o professor, e a 
criança ser observada em diversas situações. Normalmente, só é 
diagnosticada depois que a criança começou a frequentar a escola. 
É um transtorno real, um obstáculo real, apesar de não haver 
nenhum sinal exterior de que algo está errado com o Sistema 
Nervoso Central. 
É uma disfunção neurobiológica. 
As crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e 
expectativas sociais. Mas elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses 
comportamentos são acidentais e não propositais. Apesar do desejo 
de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não 
consegue se controlar. 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
36 
 
6.2 Espectro Autista: 
O autismo é uma anormalidade do desenvolvimento que se manifesta 
de maneira grave. Aparece tipicamente entre o nascimento até os 18 
meses. Caracteriza-se por severos problemas de comunicação e na 
conduta por uma incapacidade de relacionar-se com as pessoas de 
maneira normal. 
Os indivíduos autistas podem ser comparados ao deficiente mental, 
por seu desenvolvimento atrasado em todas as dimensões: fala, 
coordenação motora, raciocínio, postura, emoção e psicológico. 
Quando aprendemos qualquer nova informação, precisamos que este 
conteúdo seja simbolizado em nosso cognitivo. O que acontece com 
os autistas, é que a simbolização ocorre de forma muito precária. 
Assim, parece que ou são deficientes mentais ou surdos, pois evitam 
qualquer tipo de contato com pessoas ou, então, não respondem 
quando solicitada sua atenção. 
6.3 Psicose: 
O mundo interior é comumente confuso, pontuado por vozes 
estranhas, paranóia e pensamentos ilógicos. 
 
Inclusão de alunos 
Sintomas: 
Agitação, delírio paranóide (quando o 
doente acredita que conspiram contra ele), 
alucinações, comumente a ouvir vozes, as 
quais instigam a violência contra si 
mesmos e contra outros, são um sinal 
extremamente grave: eles podem não 
resistir e atuar de forma violenta, 
ambivalência (sentimentos opostos, como 
ódio e amor, expressos ao mesmo tempo), 
embotamento afetivo (manifestado por 
uma expressão facial suave e 
imperturbável), perda de associação (no 
qual a pessoa encadeia pensamentos sem 
uma lógica evidente, frequentemente 
misturando palavras sem sentido. A falta 
de espontaneidade, discurso empobrecido, 
dificuldade de estabelecer uma relação e 
lentidão de movimentos, apatia, 
desinteresse, incapacidade para lidar com 
assuntos simples. (Scientific Americain ) 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
37 
 
 
 
 
 
 
 
com condutas típicas na escola regular é viável em alguns casos. 
O aluno deve ser incluído por ter condições de aprender e estar com 
outras crianças e pessoas e não pelo fato de ser somente um direito 
adquirido. 
A convivência pode ficar insuportável e podem ocasionar danos físicos 
e/oudesencadear desorganizações psíquicas, uma vez que se 
encontram em idade na qual as elaborações primordiais (formação da 
identidade) ainda estão em curso. (Jerusakinsk) 
No Estado do Paraná, os alunos com condutas típicas são 
encaminhados para atendimentos especializados, após avaliação 
sistemática para identificação das necessidades educacionais 
especiais no contexto escolar, realizada pelos professores, equipe 
pedagógica e avaliação clínica, conduzidas por profissionais da 
comunidade (psicólogos, psiquiatras, neurologistas, entre outros). 
Devem ser propostas ações pedagógicas que estabeleçam o 
desenvolvimento de capacidades relacionadas à interação e 
integração social e ao equilíbrio emocional, atribuindo-lhes o mesmo 
nível de importância que é dado às mais tradicionais capacidades 
cognitivas e linguísticas. 
A atuação pedagógica do professor deve visar à potencialização do 
desenvolvimento cognitivo, emocional, social e psicomotor. Para isso, 
é importante o professor: 
• Identificar uma forma mais adequada de comunicação, estabelecer 
limites necessários para a convivência no coletivo, previsibilidade de 
ações e acontecimentos. Buscar a melhora da auto-estima e do 
autoconhecimento do aluno, usar técnicas de comunicação afetiva, 
desenvolver a conduta assertiva, usar técnicas positivas de resolução 
de conflitos e de tomadas de decisões significativas, para a evolução 
de todos os alunos. Desenvolver, no aluno, a consciência corporal a 
fim de, através dela, estar disponível para aprender e buscar o 
conhecimento de si mesmo e daquilo que o rodeia. 
WEBAULA 7 
Para se trabalhar com este tipo de 
alunado, é muito importante fazer uso da 
ROTINA. Dar REFERÊNCIA à criança. 
Buscar a socialização da criança. Quando 
introduzir um novo estímulo, explicar, 
detalhadamente, à criança 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
38 
 
Unidade 1 – Superdotação e Maneiras de Tratar o 
Portador de Deficiência 
 
Todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o 
desenvolvimento do conjunto das autonomias individuais, das 
participações comunitárias e do sentimento de pertencer à 
espécie humana. ...Compreender o humano é compreender sua 
unidade na diversidade, sua diversidade na unidade". 
Morin (2000) 
5. Portadores de superdotação (altas habilidades): 
Notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos 
seguintes aspectos, isolados ou combinados: 
• Capacidade intelectual geral; 
 
• Aptidão acadêmica específica; 
 
• Pensamento criativo ou produtivo; 
 
• Capacidade de liderança; 
 
• Talento especial para artes; 
 
• Capacidade psicomotora (BRASIL, 1998, p. 25). 
 
VENUS DE NILO 
A Legislação Educação Especial 
Resolução nº2 de 11 de setembro de 2001: 
Art 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais 
especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem: 
III - altas habilidades / super dotação, grandes facilidades de 
aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, 
procedimentos e atitudes. 
O termo "superdotado" é usado para indicar qualquer criança 
que se destaque das demais, numa habilidade geral ou 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
39 
 
específica, dentro de um campo de atuação relativamente 
largo ou estreito. 
 
Os superdotados têm desempenho e/ou elevada potencialidade, 
isolados ou combinados, nos aspectos: 
• Capacidade intelectual superior: 
 
o Rapidez de pensamento; 
 
o Compreensão e memória elevadas; 
 
o Capacidade de pensamento abstrato; 
 
o Curiosidade intelectual; 
 
o Poder excepcional de observação. 
• Aptidão acadêmica específica: 
 
 
o Envolve atenção; 
 
o Concentração; 
 
o Motivação por disciplinas acadêmicas do seu interesse; 
 
o Capacidade de produção acadêmica; 
 
o Alta pontuação em testes acadêmicos; 
 
o Desempenho excepcional na escola. 
 
• Pensamento criador ou produtivo: 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
40 
 
o Originalidade de pensamento; 
 
o Imaginação; 
 
o Capacidade de resolver problemas de forma diferente e 
inovadora; 
 
o Capacidade de perceber um tópico de muitas formas 
diferentes; 
 
• Capacidade de liderança: 
 
o Refere-se à sensibilidade interpessoal; 
 
o Atitude cooperativa; 
 
o Capacidade de resolver situações sociais complexas; 
 
o Poder de persuasão e de influência no grupo; 
 
o Habilidade de desenvolver uma interação produtiva com os 
demais. 
 
• 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
41 
 
Talento especial para artes visuais, dramática e música: 
 
o Envolve alto desempenho em artes plásticas; 
 
o Musicais; 
 
o Dramáticas; 
 
o Literárias ou cênicas (por exemplo, facilidade para expressar 
idéias visualmente, sensibilidade ao ritmo musical, facilidade 
em usar gestos e expressão facial para comunicar 
sentimentos). 
• Capacidade psicomotora. 
 
o Desempenho superior em esportes e atividades físicas; 
 
o Velocidade; 
 
o O Agilidade de movimentos; 
 
o Força; 
 
o Resistência; 
 
o Controle; e 
 
o Coordenação motora fina e grossa. 
 
Diretrizes do MEC/CENESP 
(1986), para identificação do 
superdotado: 
• Julgamento e avaliação das 
habilidades por professores, 
especialistas e supervisores; 
 
• Resultados consistentemente superiores em testes devidamente 
adaptados e padronizados; 
 
• Demonstração de habilidades superiores ligadas a expressivo 
interesse, motivação e envolvimento pessoal em determinadas áreas; 
 
• Rendimento escolar e progresso acadêmico mais rápido do que 
aqueles da mesma idade; 
CADA INTELIGÊNCIA É UM 
POTENCIAL INTELECTUAL 
REALMENTE AUTÔNOMO QUE É 
CAPAZ DE FUNCIONAR 
INDEPENDENTEMENTE DAS 
OUTRAS. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
42 
 
 
 
 
• Adaptações Educacionais 
 
 
o Oferecer experiências complexas para desafiar o intelecto das 
crianças; 
 
o Estimular a autonomia na busca por conhecimento; 
 
o Ajudar na compreensão de suas próprias emoções; 
 
o Valorizar a individualidade da criança. 
Permitir que ela seja ela mesma, ao invés de forçá-la a ser 
aquilo que os pais gostariam que fosse; 
 
o Enriquecimento: 
 
 
� Escolas especiais; 
 
� Atendimento suplementar; 
 
� Programas oferecidos fora da escola; 
 
A boa dotação intelectual não é condição suficiente para 
a alta produtividade na vida. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
43 
 
o Aceleração: 
 
 
� Admissão escolar precoce; 
 
� Pular séries; 
 
� Condensação de séries; 
 
� Colocação adiantada e admissão precoce na faculdade. 
 
 
Depois 
de 
atenta
rmos 
a 
tantos 
fatos e 
inform
ações, agora podemos repensar um pouco mais sobre o papel do 
professor. 
CUIDADOS DIFERENTES PARA CADA DEFICIÊNCIA 
 
Inclusão significa atender o aluno com necessidades educacionais e 
especiais, incluindo aquele com necessidades especiais severas na 
classe regular, com apoio dos serviços de educação especial. 
Como fatores de inclusão, temos: 
• Professor 
A formação de professores para inclusão escolar de pessoas com 
necessidades especiais não pode restringir a fazê-los conscientes das 
potencialidades dos alunos, mas de suas próprias condições para 
desenvolver o processo de ensino inclusivo. Implicar no 
desenvolvimento da capacidade auto-regular e de tornar consciência 
da atividade de ensinar. 
 
É importante dar oportunidade à criança para tomadas 
de decisões e escolhas entre alternativas. Tais 
oportunidades favorecem a sua independência e 
autoconfiança. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
44 
 
 
• Sala de aula 
Quando a escola incluir uma criança de necessidades especiais, a 
mesma terá que se ajustar às necessidades, desde espaço para 
carteira, modelo decadeira, banheiros, portas, rampas, quantidades 
de números de alunos, materiais pedagógicos (sem haver uma 
discriminação material esse que deve ser aplicado para todos os 
alunos), entre outros. 
 
• Programa de Estudo 
No campo da inclusão, refere-se às escolhas que são feitas quanto 
aos programas aos quais serão submetidos aos alunos de 
necessidades especiais. Sendo que os aspectos compreendem a 
adaptação ou a produção do material didático dos elementos e o tipo 
de avaliação. 
Com relação aos tipos de deficiências, temos que atentar a alguns 
aspectos: 
Auditiva: 
• A escola precisa providenciar um instrutor para a criança que não 
conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras), mas cujos pais tenham 
optado pelo uso dessa forma de comunicação; 
 
• Esse profissional deve estar disponível para ensinar os professores e 
as demais crianças. O ideal é ter também fonoaudiólogos disponíveis; 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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• Consiga, junto ao médico do estudante, informações sobre o 
funcionamento e a potência do aparelho auditivo que ele usa; 
 
• Garanta que o aluno possa ver, do lugar onde estiver sentado, seus 
lábios, ou seja, nunca fale de costas para a classe; 
• 
Solicite que o estudante repita suas instruções para se certificar de 
que a proposta foi compreendida; 
 
• Use representações gráficas para introduzir conceitos novos; 
 
• Oriente o restante da classe a falar sempre de frente para o 
deficiente; 
 
 
• Espere que o surdo olhe para você antes de falar; 
 
• Fale de frente, pausadamente e de forma clara, pois a boa 
articulação facilita a leitura labial; 
 
• Converse buscando contato visual; 
 
 
• Não tenha barreiras diante dos lábios; 
 
• Se não entender o que a pessoa surda esta falando, peça 
para repetir ou, se preciso, escrever; 
 
 
• Expressões faciais, gestos e movimento do seu corpo, são indicações 
do que você quer dizer; 
 
• Quando acompanhadas de interprete, dirigir-se ao surdo e não ao 
interprete. 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
46 
 
 
Visual: 
• Trate-o com consideração e respeito, como os demais; 
 
• Ofereça ajuda; 
 
• Pergunte como ajudá-lo; 
 
• Deixe-o segurar em seu cotovelo dobrado. Ele acompanhará o 
movimento do seu corpo enquanto você caminha; 
 
• Avise com antecedência a existência de degraus, pisos escorregadios, 
buracos e obstáculos existentes no percurso; 
 
• Chame-o pelo nome; 
 
• Ao explicar as direções, seja o mais claro possível, indique a distância 
em metros; 
 
• Incentive-o a usar recursos específicos (bengala, óculos, lupa, etc.); 
 
• Para sentar, guie-o até o assento, conduza a mão do cego até o 
encosto e informe se tem braços ou não; 
 
• Num corredor estreito, coloque seu braço para trás, de forma que o 
cego possa continuar a seguir você; 
 
• Jamais distraia o cão-guia. 
vídeo MEC - Domínio Público - Ameaça, Oportunidade 
. 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
47 
 
 
Mental: 
• Aja com naturalidade; 
 
• Não os ignore, cumprimente e despeça-se delas, como faria com 
outra pessoa; 
 
• Quando criança, trate-a como criança; 
 
• Quando adolescente, trate-o como adolescente; 
 
• Dê atenção e converse com eles; 
 
• Não superproteja, deixe-os tentar fazer sozinho tudo que puderem; 
 
• É uma condição de ser; 
 
 
• Nunca use expressões como "coitadinho", "bobinho"; 
 
• Não subestime sua inteligência. Eles levam tempo para aprender; 
 
• Mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais. 
 
Deficiência Física: 
• 
Ofereça ajuda, mas não insista; 
 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
48 
 
• Pergunte o que poderá fazer; 
 
• Não segure ou toque na cadeira de roda; 
 
• Esteja atento a eventuais barreiras arquitetônicas; 
 
• Quando conversar, sente-se de modo a ficar no mesmo nível do seu 
olhar; 
 
• Ao descer rampas ou degraus, use a marcha ré, para evitar que a 
pessoa caia para frente; 
 
• Não estacione seu veículo nas vagas para pessoas com deficiência 
física; 
 
• Possibilite a participação da pessoa nas atividades; 
 
• Conscientize outras pessoas como contribuir para integração do 
deficiente. 
VÍDEO - ABERTURA OLIMPÍADAS DE PEQUIM 
 
Isso que é força e determinação. Foi uma pena que não foi divulgado 
da mesma forma como foi divulgada a abertura das olimpíadas. Ma 
foi tão bonita como a outra... 
A propósito: o que vocês acham do fato de as paraolimpíadas ter sido 
realizada alguns dias depois das olimpíadas e não terem acontecidas 
concomitantemente? E aí, o que é inclusão? 
 
Vamos ver outro exemplo: 
VÍDEO JUDOCA COM DEFICIÊNCIA 
Vemos que a deficiência é apenas um detalhe, que existe muita 
vontade, motivação e entusiasmo nessas pessoas. 
Digo sempre para meus alunos, que trabalhar com deficientes não é 
impossível, nem difícil, é apenas diferente. É importante perceber 
Pedagogia – 3º SEMESTRE 
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como você os olha, e ter dedicação ao que você faz. Uma vez o poeta 
disse que: 
O que mata um jardim não é o abandono, o que mata um 
jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente. 
(Mario Quintana)

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