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Bioquímica Glicose

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Bioquímica - Glicose
A Glicose é a hexose mais importante para a manutenção energética do organismo.
Remoção pelo fígado de 70% da glicose transportada .
O excesso de glicose é parcialmente convertida em ácidos graxos e triglicerídios .
Liberação de insulina pelas células beta do pâncreas.
Aumento da captação da glicose pelos tecidos periféricos.
- Inibição da liberação do glucagon.
 Glicogênese - síntese de GLICOGÊNIO que ocorre no fígado e músculos.
 Glicogenólise - glicogênio sofre degradação e transforma-se em várias moléculas de GLICOSE. 
Glicólise: Catabolismo da Glicose (degradação) - 
Gliconeogênese: Anabolismo da Glicose
  É a síntese de novas moléculas de glicose a partir de compostos não-carboidratos.
Hiperglicemia: glicose no sangue em jejum estão acima dos valores de referência – 60 a 99 mg/dL
Hipoglicemia: inferior a 60 mg/dL
Glicosúria: 160 a 180 mg/dL, a glicose na urina
Em todas as células, a glicose é metabolizada para produzir ATP .
Estado de intolerância à glicose. 
Ação deficiente da insulina.
Anormalidades no metabolismo: carboidratos, proteínas e lipídios.
Classificação proposta pela OMS
DM tipo 1 (DM1), 
DM tipo 2 (DM2),
Outros tipos específicos de DM 
DM gestacional. 
Pré-diabetes, que são a glicemia de jejum alterada.
Tolerância à glicose diminuída.
DIABETES MELLITUS TIPO 1 –DM¹
 Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia.
Defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas.
5% a 10% dos casos, destruição de células beta pancreáticas - deficiência de insulina.
Autoimunidade.
DIABETES MELLITUS TIPO 2
O DM2 é a forma presente em 90% a 95% dos casos.
Defeitos na ação e secreção da insulina. 
Sobrepeso ou obesidade,
Geralmente diagnosticado após os 40 anos. 
Os pacientes não dependem de insulina exógena para sobreviver
OUTROS TIPOS ESPECÍFICOS DE DM
Formas menos comuns de DM cujos defeitos ou processos causadores podem ser identificados. 
Defeitos genéticos na função das células beta, 
Defeitos genéticos na ação da insulina, 
Doenças do pâncreas exócrino. 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
Trata-se de qualquer intolerância à glicose, com início ou durante a gestação.
Resistência à insulina.
Diminuição da função das células beta.
 O DM gestacional ocorre em 1% a 14% de todas as gestações, dependendo da população 
Aumento de morbidade e mortalidade perinatais. 
Reavaliar pacientes com DM gestacional 4 a 6 semanas após o parto e reclassificá-las.
Na maioria dos casos, há reversão para a tolerância normal após a gravidez.
Porém há 10% a 63% de risco de desenvolver DM2 dentro de cinco a 16 anos após o parto.
Métodos e critérios para o diagnóstico do diabetes mellitus
Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidos de glicemia casual > 200 mg/dl. 
• Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl. 
• Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75 g de glicose > 200 mg/dl(A).
 O teste de tolerância a glicose - glicemia em jejum e 120 minutos apos a ingestão de glicose.
Tolerância à glicose diminuída - Ocorre quando, após uma sobrecarga de 75 g de glicose, o valor de glicemia de 2 horas situa-se entre 140 e 199 mg/dl.
Métodos para avaliação do controle glicêmico
O controle da glicemia reduz de forma significativa as complicações do diabetes mellitus (DM). 
Glicemia plasmática.
Hemoglobina glicada (HbA1c) (longo prazo).
Auto monitoramento da glicemia capilar. 
Sistema de monitoramento contínuo da glicose em líquido intersticial (SMCG).
Diluição
Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos
Categoria
Jejum *
2 h após 75 g de glicose
Casual **
Glicemia normal
< 100
< 140
 
Tolerância a glicose
Diminuída
> 100 a < 126
≥ 140 a < 200
 
Diabetes mellitus
≥ 126
≥ 200
≥ 200 (com sintomas clássicos)***
Hemoglobina glicada - HbA1c 
Hemoglobina conjugada à glicose;
Avaliação do controle glicêmico em longo prazo;
Diagnóstico de DM, quando ≥ 6,5%.
Há fatores capazes de influenciar:
Anemias e hemoglobinopatias;
Uremia;
Drogas – AAS
Dislipidemia
 
correlações entre HbA1c e GME
GME = 28,7 × A1c – 46,7
HbA1c %
mg/dL
6
126
6,5
140
7
154
7,5
169
8
183
8,5
197
9
212
9,5
226
10
249
COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS
Do ponto de vista bioquímico as principais complicações são:
Cetoacidose diabética.
Coma hiperosmolar.
Acidose láctica.
Doença renal.
Hiperlipidemia.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Os principais fatores precipitantes da CAD são: 
Deficiência profunda de insulina (falta da aplicação ou por dose inadequada), 
• Infecções (principalmente pulmonares)
• Situações de stress agudo: Acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), pancreatite aguda, traumatismo, choque, hipovolemia, queimaduras, embolismo pulmonar, isquemia mesentérica etc. 
• Gestação
• Outras patologias associadas (acromegalia, hemocromatose, hipertireoidismo) 
• Problemas na bomba de insulina 
• Abuso de substâncias (álcool, cocaína) 
• Uso de medicamentos: corticosteróides, diuréticos, agentes simpaticomiméticos (albuterol, dopamina, terbutalina), antipsicóticos atípicos)
As principais características laboratoriais da cetoacidose:
- Hiperglicemia, geralmente >300 mg/dL.
- Acidose metabólica, pH sanguíneo <7,30 e bicarbonato <15 mmol/L.
- Cetonemia e cetonúria (diluição >1:2)
- Hiperpotassemia.
- Hiperfosfatemia.
DOENÇA RENAL - nefropatia diabética
 proteinúria e síndrome nefrótica.
Função renal declina com elevação da uréia e creatinina.
Avaliação da concentração da microalbuminúria.
Detecção precoce de nefropatia diabética.
§ Monitoramento do diabetes gestacional.
§ Monitoramento de gravidez de risco.
Hiperlipidemia - Hipertrigliceridemia. A deficiência insulínica inibe enzima lipase lipoprotéica reduzindo a metabolização das VLDL.
Hipercolesterolemia
Retinopatia diabética: principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos.
fotografia do fundo de olho
Escolha do Agente Antidiabético oral
O estado geral do paciente e as comorbidades presentes (complicações do diabetes ou outras complicações).
• Os valores das glicemias de jejum e pós-prandial e da HbA1c.
• O peso e a idade do paciente.
• As possíveis interações com outros medicamentos, reações adversas e contraindicações.
Medicamentos orais no tratamento do diabetes mellitus
valores glicêmicos em jejum e/ou pós-prandiais acima dos requeridos para o diagnóstico do DM.
os antidiabéticos serão classificados em três categorias:
1. Os que aumentam a secreção de insulina (hipoglicemiantes).
2. Os que não a aumentam (anti-hiperglicemiantes).
3. Os que aumentam a secreção de insulina de forma dependente de glicose, além de promover a supressão do glucagon.
AGENTES QUE AUMENTAM A SECREÇÃO DE INSULINA
Sulfonilureias: desenvolvem uma ação hipoglicemiante mais prolongada durante todo o dia.
Clorpropamida, 
Glibenclamida, 
Gliclazida, 
Glipizida 
 Glimepirida
Agentes que não aumentam a secreção de insulina
Acarbose: reduz a velocidade de absorção intestinal de glicose.
• Metformina (biguanida): ação anti-hiperglicemiante diminuindo a produção hepática de glicose.
• Pioglitazona (tiazolidinediona ou glitazona): atuam na resistência à insulina periférica em nível de músculo, adipócito e hepatócito.
 Tipos de insulina e seus perfis de ação, de acordo com os Fabricantes
TIPO DE INSULINA
 
INÍCIO
DE AÇÃO (H)
 
PICO
DE AÇÃO (H)
 
DURAÇÃO
DE AÇÃO (H)
 
Análogos de ação curta
(Asparte, Glulisina e Lispro)
 
0,15-0,35
1-3
3-5
 
Insulina regular
 
0,5-1
2-4
5-8
Insulina NPH
 
2-4
4-12
12-24
Análogos de ação longa
 
Detemir
 
1-2
6-12
20-24
Glargina
 
2-4
Nenhum
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