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ESTADO DE PERIGO Art. 156 CC: Configura - se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar - se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único: Tratando - se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. O estado de perigo é caracterizado pela celebração de um negócio jurídico desproporcional e excessivo,ou seja, pelo elemento subjetivo perigo e pelo elemento objetivo onerosidade. A anulabilidade desse negócio jurídico está justificada a partir da boa - fé, probidade e função social do contrato. ATENÇÃO/IMPORTANTE: Ocorre contra a pessoa DIFERENÇAS ENTRE ESTADO DE PERIGO E COAÇÃO ESTADO DE PERIGO: Temor de dano eminente Há um excesso desequilíbrio na vontade COAÇÃO Cria - se um estado de perigo Possui apenas o aspecto subjetivo ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO Uma situação de necessidade: iminência de dano atual e grave Nexo de causalidade entre a declaração e o perigo de grave dano = a vontade deve se apresentar distorcida em consequência do perigo de dano O perigo não precisa ser concreto, desde que o agente suponha a sua existência, e tal suposição deve ser do conhecimento da outra parte. Incidência da ameaça do dano sobre a pessoa do próprio declarante ou de sua família O dano possível pode ser físico e moral, dizer respeito à integridade física do agente,à sua honra e à sua liberdade. Conhecimento do perigo pela outra parte: há em regra, um aproveitamento da situação para a obtenção de vantagem O estado psicológico da vítima, decorrente do temor de grave dano, pode ser a causa do aproveitamento da outra parte. O sancionamente é feito pela ANULAÇÃO do negócio, se, no entanto, o que prestou o serviço não sabia do perigo, deve-se presumir que agiu de boa-fé, não se anulando o negócio e fazendo - se a redução do excesso contido na proposta onerosa. Obrigação excessivamente onerosa: condições do negócio devem ser significativamente desproporcional e excessiva,sendo capazes de provocar desequilíbrio contratual. Se razoável, o negócio é considerado normal e válido.
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