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RESUMO – GENITAL FEMININO MACROMORFOLOGIA Função: perpetuação das espécies. Estro → período próximo à ovulação caracterizado por diversas alterações estruturais, comportamentais e excitabilidade geral, as fêmeas aceitam os machos. Dividi-se em 5 fases: Estro: período de aceitação do macho; Proestro: período de desenvolvimento folicular; Metaestro e Diestro: período de atividade lútea; Anestro: período de inatividade sexual. Alguns termos: Paridos: fêmeas que já pariram; Nulíparas: fêmeas que nunca pariram; Uníparas: fêmeas que pariram uma única vez; Multíparas: fêmeas que pariram mais de uma vez; Monótoca: fêmeas que geralmente, tem um único filhote. Ex égua; Polítoca: fêmeas que tem ninhadas de filhotes; Espécies precoces: filhotes capazes de prover a sua própria subexistência; Espécies altriciais: filhotes que dependem totalmente dos cuidados maternos. Órgãos internos: OVÁRIOS: Produzem os gametas femininos (oócitos) e hormônios. Função Exócrina: elaboração dos oócitos desde a ovogênese até a sua liberação na oocitação (ovulação). Função Endócrina: secreção de hormônios estrogênicos e de progesterona – hormônios que atuam no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, regulam o ciclo estral e agem durante a gestação. Localização: em geral na parte dorsal do abdome, a cada lado dos cornos do útero, relacionam-se com a face dorsal do ligamento largo do útero (mesométrio). Mesovário: recobre os ovários que se prendem cranialmente ao mesovário. Ligamento próprio do ovário: prendem os ovários aos cornos uterinos. Medula ovárica: parte central mais frouxa e mais vascularizada (na égua é a parte externa). Córtex Ovárica: parte mais externa e mais clara (na égua é a parte interna). Zona Parequimentosa: Córtex + Medula, é limitada por uma túnica albugínea e coberta por folículos, cada um contendo um óvulo. Folículo Ovárico Vesiculoso: folículos selecionados para atingir a maturidade naquele ciclo, ficam dilatados devido ao acúmulo de líquido pelo qual os óvulos são removidos à ovulação. Aparecem na superfície ovariana sob a forma de saliências arredondadas, translúcidas, de diversos tamanhos. Constituem a fonte de estrógeno. Corpo hemorrágico: cavidade de um folículo ovárico vesiculoso rompido durante a ovulação preenchida por sangue. Corpo Lúteo: cavidade ocupada pela proliferação das células que revestem o espaço. Corpos albicans (corpos brancos): substituem o corpo lúteo, após a sua regreção, são cicatrizes de tecido conjuntivo. Fossa Ovárica: presente somente em ÉGUAS, é uma depressão profunda na superfície do ovário por onde ocorre a liberação dos óvulos. TUBAS UTERINAS: capturam os óvulos em sua liberação e os levam para o útero. Unem cada ovário ao corno uterino correspondente. Função: capturam os óvulos liberados pelos pvários e os conduzem até a cavidade uterina; dão passagem também aos espermatozoides, que progridem nas tubas uterinas no sentido útero-ovário. A fecundação ocorre normalmente no terço médio da tuba uterina. Mesossalpinge: prega peritoneal derivada do ligamento largo do útero que envolve a tuba uterina. Bolsa ovárica: saco peritoneal, formado pela mesossalpinge, situado crânio-lateralmente ao ovário. A Tuba uterina é dividida em 3 regiões: Infundíbulo: porção inicial, dilatada, voltada para o ovário. - Óstio abdominal da tuba uterina -orifício no centro do infundíbulo (abre-se diretamente na cavidade peritoneal). - Fímbrias da tuba uterina – pequenas pregas dispostas de modo radiado, na face interna do infundíbulo, que captam o óvulo. Ampola: maior segmento da tuba uterina, local onde ocorre a fecundação, dando origem ao ovo ou zigoto que se dirige ao istmo. Ístmo: último e menor segmento, faz conexão com o corno uterino através do óstio uterino da tuba uterina. ÚTERO: onde os ovos fertilizados são retidos e nutridos até que o desenvolvimento pré-natal esteja completo. Local onde o ovo fecundado implanta-se e onde se desenvolve o embrião e o feto, até o nascimento. É dividido em 3 porções: Cornos uterinos: são 2, neles que se desenvolvem o embrião, são caracteristicamente enrolados em ruminantes, retos e divergentes em éguas e cadelas e dispostos em alças em porcas. - Ligamento intercornual: une os 2 cornos medianamente por uma prega peritoneal. - Septo intercornual: paredes mediais que fundem os corpos uterinos. - Ligamento largo do útero: se prende à borda mesométrica do corno uterino. Corpo do útero: em geral é um segmento bem pequeno, nele abrem-se os dois cornos uterinos. Cérvix ou colo do útero: é um estreito canal limitado cranialmente pelo óstio interno do útero e caudalmente pelo óstio externo do útero. - óstio interno do útero: comunica o canal da cérvix com o corpo do útero. - óstio externo do útero: comunica o canal da cérvix com a vagina. - Porção vaginal da cérvix: projeção da cérvix para o interior da vagina (exceto em porcas). - Fórnix vaginal: especo entre a porção vaginal da cérvix e a parede vaginal. Revestimentos do útero: Mesométrio / Perimétrio: camada externa, revestimento seroso. Miométrio: camada média, revestimento muscular. Endométrio: camada interna, revestimento mucoso. Forma a parte materna da placenta. VAGINA: serve tanto como órgão copulador, como canal do parto. Órgão tubular situado na cavidade pélvica, estendendo-se desde o óstio externo do útero até o vestíbulo vaginal. Apresenta grande capacidade de dilatação, limitada apenas pela parede óssea da pelve. Hímen: prega mucosa no limite da vagina com o vestíbulo vaginal. Carúnculas himenais: é o hímen reduzido a pequenas projeções nas fêmeas que já copularam. Rugas da vagina: pregueações longitudinais da mucosa vaginal. A mucosa da vagina possui glândulas, estas, porém, se restringem somente à sua parte cranial, e são responsáveis pela umidade e lubrificação características desse órgão. VESTÍBULO DA VAGINA É um tubo curto e localiza-se entre o segmento inicial da vagina e a vulva. Serve tanto ao sistema urinário como ao genital. Óstio externo da uretra: orifício localizado na parede ventral. Divertículo suburetral: depressão em fundo de saco, em algumas espécies, como a vaca e a porca. Aberturas dos ductos de glândulas vestibulares: glândulas produzem uma secreção mucosa que lubrifica a passagem ao coito e ao parto; no estro, o odor da secreção tem um efeito sexualmente estimulante sobre o macho. A mucosa do vestíbulo da vagina é também pregueada e apresenta numerosos nódulos linfáticos. Órgãos externos: VULVA A vulva (pudendo feminino) é constituída por dois lábios vulvares bastante desenvolvidos, que se unem dorsal e ventralmente nas comissuras vulvares dorsal e ventral. Os lábios vulvares delimitam uma abertura em forma de fenda, disposta dorso-ventralmente e é denominada rima da vulva. CLITÓRIS É o órgão erétil da fêmea, homólogo ao pênis do macho. Situa-se no assoalho do vestíbulo vaginal, próximo à comissura ventral da vulva. glande do clitóris: porção saliente no vestíbulo. prepúcio do clitóris: prega mucosa que protege a glande do clitóris. Órgão acessório: GLÂNDULAS MAMÁRIAS As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas muito aumentadas, grandemente modificadas, cuja secreção é o leite, responsável pela nutrição do filhote nos primeiros dias ou meses de vida. MICROMORFOLOGIA O sistema genital feminino (fêmea) apresenta na sua constituição os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina. A genitália externa é formada por grandes lábios, pequenos lábios e clitóris. Esse sistema desempenha função de produção de gametas (reprodução), abriga o concepto durante a gestação (reprodução) e síntese endócrina (produção de estrogênios e progestagênios – hormônios esteróides). Função endócrina: No ovário são sintetizados os hormônios sexuais: Estrógenos: produzidos principalmente no ovário, sintetizados a partir do colestrol ou da acetil-coenzima A, são responsáveis pelo aparecimento e manutenção das características ligadas ao sexo feminino:- na glândula mamária aumenta a deposição de tecido adiposo subcutâneo, aumenta o número de ductos e estimula o desenvolvimento do estroma; - no esqueleto estimula a atividade dos osteoblastos; - na pele aumenta a vascularização; - no corpo em geral aumenta a deposição de gordura subcutânea; - no útero aumenta o número de mitose e a proliferação celular. Progestagênios: são responsáveis pelo aparecimento e manutenção das características ligadas ao sexo feminino. - na glândula mamária estimula o desenvolvimento do lóbulo; - na tuba uterina aumenta a atividade das células epiteliais secretoras de muco; - no útero diminui a síntese de receptores para estrogênio, inibe a ligação receptor/estrogênio, previne a síntese de DNA, aumenta a atividade da 17β desidrogenase (enzima que converte estradiol em estrona que é um estrogênio menos potente); - em geral estimula a síntese de glicosaminoglicanos, vasodilatação e retenção de líquidos. OVÁRIOS: O ovário está dividido em uma região cortical (periférica) e uma região medular (central). Epitélio ovariano: epitélio cúbico simples que reveste o ovário. Albugínea ovariana: camada de tecido conjuntivo denso abaixo do epitélio ovariano. Estroma ovariano: Abaixo da albugínea ovariana, tecido conjuntivo frouxo. Folículos ovarianos: na região cortical do ovário, mergulhado no estroma ovariano. A região medular, mal definida, apresenta tecido conjuntivo frouxo do estroma ovariano, vasos sanguíneos enovelados, vasos linfáticos e nervos. Folículos ovarianos: - O crescimento do folículo acontece pelo hormônio FSH – Hormônio Folículo Estimulante (produzido pela hipófise) que recruta os folículos primordiais, todas as fêmeas já nascem com folículos primordiais. O FSH estimula o folículo a crescer. a) Folículo primordial: O folículo primordial apresenta no seu interior o oócito primário na fase estacionária da prófase I. - As células foliculares envolvem o oócito do folículo primordial, são do tipo pavimentosa simples. b) Folículo primário: As células foliculares sofrem mitose e o oócito aumenta de tamanho, com o desenvolvimento folicular. - No folículo primário as células crescem e se tornam cúbicas, são elas que produzem estrógenos – E2 (hormônios que fazem a manifestação do cio). c) Folículo secundário ou vesicular ou antral: No folículo secundário, as células foliculares viram células cúbicas estratificadas devido à mitose, o estrógeno começa a se acumular em buracos chamados antro folicular. A célula folicular secundária tem 2 ou mais antros pq ainda está produzindo o estrógeno (produzido pelas células foliculares). As células foliculares podem ser chamadas de Células da granulosa. d) Folículo maduro ou terciário ou de Graaf: - Os vários antros se aglomeram para formar uma antro só. No folículo terciário o estrógeno está sendo produzido dentro do antro folicular. E as células foliculares ficam esmagadas na periferia. Após o cio e também altas concentrações de E2, para acontecer a oocitação, é necessário o hormônio LH – Hormônio Luteilizante (produzido pela Hipófise), após a oocitação, o folículo se transforma em Corpo Lúteo que produz P4 - Progesterona (hormônio gestacional). Atividades ovarianas durante o ciclo estral a) Pró-estro: Início do ciclo reprodutivo. FSH → crescimento folicular / síntese de estrogênio. b) Estro: Maturação folicular. Pico na secreção de estrogênio. Queda na secreção de FSH. Início da secreção de LH. Obs. Ovulação – período transitório entre o estro e o metaestro. c) Metaestro: Formação do corpo lúteo. Caso ocorra a fecundação manutenção do corpo lúteo. d) Diestro: Involução do corpo lúteo. e) Anestro: Período estacionário e variável.
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