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Marido e mulher são considerados parentes?

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Marido e mulher são considerados parentes? 
Inicialmente, é de grande valia observar que a família abrange homem, mulher e filho, podendo ser formada também pelo Instituto da Adoção (e não somente pela procriação). Somente a morte, do filho ou dos pais, pode extinguir a família, visto que, em existindo outro filho, a família subsiste em relação a ele e, se um dos pais continuar vivo, subsiste a família monoparental entre este e o filho vivo (um ascendente e um descendente).
Sabe-se, ainda, que o casamento e a união estável não formam família, como também não criam parentesco, mas sim uma sociedade conjugal e sociedade de fato, respectivamente. Vale dizer que, os casados e aqueles que vivem em união estável são "sócios" e não parentes entre si. Como bem observa Sílvio de Salvo Venosa (2005:237):
"Marido e mulher não são parentes. A relação entre os esposos é de vínculo conjugal que nasce com o casamento e dissolve-se pela morte de um dos cônjuges, pelo divórcio ou pela anulação do matrimônio."
Relativamente ao parentesco prescreve o art. 1.593 do Código Civil que:
"O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem."
Assim, parentesco é a união firmada entre duas pessoas, que estão vinculadas entre si por questões biológicas ou pela lei. Destarte, o parentesco sempre será pensado entre duas pessoas (por exemplo: avô e neto), nunca coletivamente.
Existem dois tipos de parentesco: 1) consanguíneo e; 2) por afinidade. Em análise ao conceito mencionado acima, o parentesco consanguíneo é aquele que advém de questões biológicas (ou seja, da procriação), com uma única exceção: a "adoção", que cria parentesco consanguíneo, mas não pela procriação. Aponta escritor jurídico Sílvio de Salvo Venosa que (2005:236):
"A adoção é o vínculo legal que se cria à semelhança da filiação consanguínea, mas independentemente dos laços de sangue. Trata-se, portanto, de uma filiação artificial que cria um liame jurídico entre duas pessoas, adotante e adotado. No sistema atual, o adotado tem os mesmos direitos do filho consanguíneo."
Já o parentesco por afinidade é aquele criado pela lei. O eminente doutrinador Carlos Roberto Gonçalves conceitua a afinidade como sendo (2007:265):
"o vínculo que se estabelece entre um dos cônjuges ou companheiro e os parentes do outro (sogro, genro, cunhado etc)."
Portanto, a lei determina que o casamento e a união estável sejam criadores desse tipo de parentesco (por afinidade). Por exemplo, se "A" casa ou vive em união estável com "B" e, este tem mãe, pai, irmã e filho, todos serão parentes por afinidade de "A", por estarem vinculados biologicamente a "B". Mas suponha-se que a irmã de "B" (cunhada de "A") venha a contrair matrimônio com "C". "A" não será parente de "C", uma vez que, este é afim de "B" e não seu parente por questões biológicas.

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