Buscar

NEXO CAUSAL - Definição e Exercícios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PENAL I - PROF. Ana Claúdia Lucas
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE/ NEXO CAUSAL 
CONCEITO: Liame objetivo que une a ação ao resultado – Art. 13 do CPB. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS CAUSAS: O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se ... Limita-se aos crimes de resultado (materiais). Teoria da “conditio sine qua non”. Stuart Mill, criador dessa teoria, não fazia a distinção entre causa e condição. Todo o fator, seja ou não atividade humana, que contribui para o resultado é causa dele.Causa, então, é a soma de todas as condições, consideradas conjuntamente, que são produtoras de um resultado criminoso.
PROCESSO DE ELIMINAÇÃO HIPOTÉTICA DE THYRÉN: utilizado para verificar se determinado antecedente é causa do resultado, ou não. Se, eliminado o comportamento, o resultado desaparece, ele terá sido causa do evento; ao contrário, se eliminada a conduta, o resultado persiste, então a conduta é uma não causa. 
CRÍTICA À TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS CAUSAS: Ela levaria ao infinito a responsabilidade penal. Por exemplo, a conduta do fabricante do parafuso da arma utilizada pelo autor do homicídio seria, também, causa da morte da vítima, porque se ele não tivesse feito o parafuso, a arma não existira e, assim, o autor não teria matado a vítima.
SOLUÇÃO: Indicação do dolo ou da culpa. Só responde pela conduta aquele que a tiver realizado com dolo ou, no mínimo, com culpa. Por outro lado, também soluciona a problemática, a determinação das concausas, absolutamente independentes e relativamente independentes.
CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE OU RELATIVAMENTE INDEPENDENTES: São limitações ao nexo de causalidade, porque são condições ou causas que, de forma absolutamente ou relativamente independente, causam o resultado que se analisa. Essas condições ou causas podem ser preexistentes, concomitantes ou supervenientes à conduta, e podendo auxilia-la na produção do resultado, ou produzi-lo de maneira totalmente independente. As concausas relativamente independentes são condições que atuam de tal forma que auxiliam, ou reforçam, o processo causal iniciado com o comportamento do agente. Há, por assim dizer, uma soma de condições ou esforços que contribuem para o resultado. Sendo assim, utilizando o próprio artigo 13, e o processo de eliminação hipotética, soluciona-se o problema, com a exceção prevista no parágrafo primeiro do mesmo artigo – Art. 13, parágrafo primeiro. 
RESPONDA A CADA UMA DAS INDAGAÇÕES, levando em conta a intenção do agente, e a concausa, e, também, os artigos 13, caput, e 13, parágrafo primeiro do CPB. 
CAUSA PREEXISTENTE ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE:
UM SUJEITO, PRETENDENDO SUICIDAR-SE, INGERE VENENO. ATO CONTÍNUO, QUANDO JÁ SENTE OS EFEITOS DO VENEFÍCIO, RECEBE UM GOLPE DE ‘a’, QUE PRETENDIA MATÁ-LO, O QUE DE FATO OCORRE NÃO EM FACE DO GOLPE, MAS EM RAZÃO DO VENENO INGERIDO. O autor do golpe responde pela morte?
UM SUJEITO ESTÁ TENDO UM INFARTO E, QUANDO JÁ NOS ESTERTORES DA MORTE, RECEBE UM TIRO NO BRAÇO,DISPARADO POR ‘B’, VINDO A MORRER EXCLUSIVAMENTE PELO INFARTO. O autor do tiro responde pela morte?
CAUSA CONCOMITANTE, ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE:
UM INDIVÍDUO COLOCA VENENO NA COMIDA DE OUTRO PARA MATÁ-LO E, NO EXATO INSTANTE EM QUE A VITIMA VAI INGERIR O VENENO, DESABA A ESTRUTURA DO TELHADO DA CASA, VINDO A MATÁ-LA; O autor do envenenamento, responde pela morte?
UM SUJEITO DISPARO UM TIRO DE REVÓLVER CONTRA OUTRO PRETENDENDO MATÁ-LO E, NESTE MESMO INSTANTE, A VÍTIMA SOFRENDO UMA PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA, VINDO A MORRER EM FACE DELA. O autor do tiro, responde pela morte?
 CAUSA SUPERVENIENTE, ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE:
UM SUJEITO É FERIDO COM UM GOLPE DE FACA, PELO SUJEITO ‘B’ QUE DESEJAVA MATÁ-LO, O QUE DE FATO OCORRE, MAS EM FACE DE UM RAIO QUE O ATINGE, POR OCASIÃO DE UMA TEMPESTADE QUE OCORRE; O autor do golpe de faca, responde pela morte?
UM SUJEITO É GOLPEADO POR ‘A’, COM INTENÇÃO DE MATÁ-LO, ATRAVÉS DE UMA MARRETADA NA PERNA, E VEM A MORRER, QUANDO RETORNA PARA SUA CASA, EM FACE DE UM DESABAMENTO QUE OCORRE EM VIA PÚBLICA; O autor da marretada, responde pela morte?
CAUSA PREEXISTENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE:
SUJEITO PRETENDENDO MATAR OUTRO, FERE EM REGIÃO NÃO LETAL, VINDO A MATÁ-LO, EM FACE DE SER PORTADOR DA HEMOFILIA. O autor da lesão, responde pela morte?
SUJEITO AMEAÇA OUTRO COM UMA ARMA DE BRINQUEDO, A FIM DE “DEBOCHE”, SENDO QUE ESTE VEM A ENTRAR EM COMA, SOFRENDO LESÃO GRAVE, FACE A SUA CONDIÇÃO DE DOENTE CARDÍACO. O autor da ameaça, responde pela lesão?
CAUSA CONCOMITANTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE:
UM SUJEITO APONTA UMA ARMA CONTRA OUTRO PARA AMEDRONTÁ-LO E, EM FACE DO SUSTO, ESTE SE PROJETA CONTRA UM POSTE, VINDO A SOFRER LESÃO GRAVE. O autor da ameaça, responde pela lesão?
CAUSA SUPERVENIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE:
UM SUJEITO ESFAQUEIA OUTRO PARA MATÁ-LO, MAS A VÍTIMA É SOCORRIDA E LEVADA AO HOSPITAL. LÁ VEM A SER MINISTRADO MEDICAÇÃO EQUIVOCADA, QUE LHE CONDUZ A MORTE; O autor da facada, responde pela morte?
UM SUJEITO ATROPELA OUTRO QUE, AO SER SOCORRIDO PELA AMBULÂNCIA DO MUNICÍPIO VEM A MORRER EM FACE DO CHOQUE DA AMBULÂNCIA COM UM CAMINHÃO; O autor do atropelamento, responde pela morte?
UM INDIVÍDUO LESIONA OUTRO E, JÁ NA CLÍNICA MÉDICA, ACABA MORRENDO EM FACE DO INCÊNDIO VERIFICADO NA MESMA CLÍNICA; O autor da lesão, responde pela morte?
UM SUJEITO É GRAVEMENTE LESIONADO. LEVADO AO HOSPITAL ELE ADQUIRE UMA INFECÇÃO HOSPITAL, MORRENDO EM FACE DELA; O autor da lesão, responde pela morte?
UM SUJEITO ATROPELA OUTRO, PROJETANDO SEU CARRO CONTRA UM POSTE. A VITIMA VEM A MORRER EM FACE DO DESPRENDIMENTO DO FIO DE ENERGIA ELÉTRICA DO POSTE. O autor do atropelamento, responde pela morte?

Continue navegando