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A Célula Cancerosa


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A Célula Cancerosa
Profa Renata Manfrinato
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A célula cancerosa
As células normalmente são reguladas por controles internos e externos ao tecido, como hormônios internos e fatores de crescimento.
As células humanas agem colaborando umas com as outras, fator esse essencial para a sobrevivência de um organismo multicelular complexo. 
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A célula cancerosa
As células cancerosas, no entanto, não se submetem a esse esquema de cooperação. São células com o DNA danificado e que, por isso, escapam dos mecanismos de controle do ciclo celular. 
Essa célula surge de uma única célula que sofreu mutação, multiplicando por mitoses e suas descendentes acumulando outras mutações, até darem origem a uma célula cancerosa.
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A Célula cancerosa
O acúmulo de mutações por uma célula e suas descendentes é um processo lento, e isso, provavelmente, explica a maior incidência de câncer nas pessoas idosas.
A célula cancerosa prolifera muito, perde a capacidade de aderência, secreta enzimas que atacam a matriz extracelular, invade os tecidos vizinhos, penetra nos vasos sanguíneos e linfáticos e se espalha pelo organismo, estabelecendo-se e proliferando-se em locais distantes de suas origem, produzindo tumores secundários , as metástases. 
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Tumor
Tumor= qualquer aumento anormal de volume localizado em um órgão (inchaço, independentemente da causa). Atualmente, esse termo é empregado para designar a proliferação celular anormal, cuja denominação correta é neoplasia (novo crescimento).
Classificação: Tumor maligno e tumor benigno. 
No tumor benigno, as células permanecem localizadas, prejudicando apenas o órgão onde se originou o tumor e os tecidos vizinhos, que podem ser comprimidos. Assim, os tumores benignos geralmente ´são tratados facilmente pela cirurgia. Já o tratamento cirúrgico dos tumores malignos só é eficaz se realizado antes das metástases. 
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Metástases
A maioria das células que se separa do tumor e cai no sangue ou na linfa é destruída por diversos processos, pela ação das células fagocitárias. Ao atingirem os tecidos e depois de proliferarem para formar um pequeno tumor, as metástases estimulam a formação de novos capilares sanguíneos, para garantir o suprimento de nutrientes, fatores de crescimento e oxigênio, e ter uma via de eliminação dos refugos do metabolismo, que são levados pelo sangue para os órgãos de excreção. 
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Metástases
Não se formam metástases nos tecidos que não oferecem condições para o estabelecimento de uma circulação sanguínea, como a cartilagem, por exemplo. Porém, há órgãos muito ricamente vascularizados, com abundantes capilares sanguíneos, como o baço e o tecido muscular esquelético, que só muito raramente são sede de metástases. 
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Metástases
Muitos tumores originam metástases preferencialmente em certos tecidos, o que indica nem sempre se tratar de um processo ao acaso. Por exemplo, há cinco carcinomas, tireoide, pulmão, mama e próstata, que, quase sempre, fazem metástases no tecido ósseo. 
Esse processo invasivo do tumor ocorre porque as células malignas secretam moléculas que estimulam o crescimento dos vasos sanguíneos, os capilares, promovendo angiogênese.
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Angiogênese tumoral
Mediadores
Fatores de crescimento
Moléculas de adesão
Metaloproteinases
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Angiogênese tumoral
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Inibidores de angiogênese em teste como agentes anti-tumorais
Interferência com fatores de crescimento: SU6668, anti-VEGF, IL-12
Interferência com moléculas de adesão: vitaxina, EMD-121974
Interferência com metaloproteinases: marimastat, neovastat
Indutores diretos de apoptose: combrestatina, talidomida 
 
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Inibidores de angiogênese isolados de tumores
Angiostatina
Endostatina
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Endostatina (ES): um Inibidor Endógeno da Angiogênese e do Crescimento Tumoral
(O’Reilly et al., 1997)
controle
Tratado com ES
Terapia sistêmica com endostatina
 recombinante regride tumores primários de Carcinomas de Pulmão de Lewis (O’Reilly et al., 1997).
Identificação do terminal-N da 
endostatina como correspondente 
à região terminal-C da molécula de
 colágeno XVIII (O’Reilly et al., 1997).
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Mecanismos de ação da Endostatina propostos
Contraposição a fatores pro-angiogênicos
Interferência com moléculas de adesão
Bloqueio de metaloproteinases
Indução de apoptose
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VEGF
FGF
ES
GAG HEPARAN -SULFATO
NÚCLEO PROTEICO
GAG HS
FGF
FGF
FGFR
FGFR
FOSFORILAÇÃO CRUZADA