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MICOLOGIA CLÍNICA

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MICOLOGIA CLÍNICA
INFECÇÕES FÚNGICAS TÓXICAS
Em relação as toxinas produzidas pelas células fúngicas.
Micotoxina: metabólitos tóxicos produzidos por fungos microscópicos (Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Alternaria, etc).
Toxidade aguda, crônica, mutagênica e teratogênica.
Microtoxicoses: ingestão de alimentos contaminados com micotoxinas.
Toxidade aguda, crônica, mutagênica e teratogênica.
Micetismos: intoxicação ou envenenamento produzido por fungos macroscópicos (cogumelos)
Envenenamentos graves e mortais, distúrbios gastrointestinais, perturbações neuropsíquicas e alucinações. 
Toxinas mutagênicas geram mutações permanentes e podem dar uma etiologia cancerosa. Existem muitos tipos de câncer que são associadas a infecções fúngicas.
Toxinas teratogênicas levam a anomalias no desenvolvimento embrionário e fisiológicas. Infecções fúngicas no colo do útero e vagina. Como Candida albicans.
1960 – Surto conhecido como 'turkey X disease'.
Ração para aves contendo amendoim contaminado com toxina produzida pelo fungo Aspergillus flavus. Da expressão inglesa 'A. flavus toxin' derivou a palavra AFLATOXINA.
Os gêneros de fungos filamentosos responsáveis pela produção de micotoxinas mais relevantes para a saúde são Fusarium, Aspergillus e Penicillium.
Outras de importância: ocratoxina A, desoxinivalenol (DON), fumonisinas, tricotecenos, patulina e zearalenona.
**Todas são micotoxicoses e acompanham o prefixo da sua toxina. 
MICOTOXINAS 
Alterações metabólicas da síntese proteica, ácidos nucleicos e lipídios, estresse oxidativo e interrupção do ciclo celular.
Efeitos como: carcinogenicidade, mutagenicidade, teratogenicidade, hepatotoxicidade e micotoxicoses. 
O tempo de exposição que leva aos diferentes graus de toxicidade. 
NÃO EXISTE UMA MICROBIOTA QUE CONSEGUE CONTER O CRESCIMENTO FÚNGICO. 
O Desoxinivalenol (DON) é pertence à família dos tricotecenos, e pode ser produzido por diferentes gêneros de bolores. 
MICOSES SUPERFICIAIS
Ptiríase versicolor		Micoses superficiais estritas 
Tinea nigra		(camadas superficiais da pele ou pêlos)
Piedras
Dermatofitoses 		Fungos queratolíticos (pele, pêlos e unhas)
Halo-hifomicoses		Fungos não queratolíticos (pele, pêlos e unhas)
Feo-hifomicoses
Micoses mucocutâneas	 Leveduras (pele, unhas e mucosas)
CERATOFITOSES 
São também cutâneas conhecidas como micoses superficiais saprofitárias ou saprófitas de Unna. Agrupam-se, entre elas, a pitiríase versicolor, a tinea nigra e a tricomoníase nodosa.
DERMATOFITOSES
Causa dermatofitides (expressões)
Causadas por fungos do grupo dos dermatófitos, do gênero Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Resultam lesões de reações de hipersensibilidade. São demonimadas microspórides, tricofítides ou epidermofítides (dermatofítides para o grupo);
Os dermatófitos podem ser antropofílicos (parasitas exclusivos da espécie humana), zoofílicos (próprios de animais domésticos ou silvestres) ou geofílicos (têm o solo como reservatório)
Modificação do relevo da região infectada, fica na região mais basal próxima dos melanócitos. Mudança brusca de cor.
CANDIDOSES 
São casadas por leveduras do gênero Candida. É um fungo oportunista comensal. A candidose ou monolíase pode causar síndome septicêmica.
As micoses superficiais são infecções causadas por fungos que invadem as camadas mais superficiais da capa córnea da pele ou a haste livre dos pelos. As lesões se manifestam como mancha pigmentar na pele, nódulo ou pelos. A forma invasiva do fungo é uma hifa, característica de cada micose.
Piedra branca – leveduras do gênero Trichosporon. Nessa infecção o fungo cresce sobre a haste dos pelos, formando nódulos de hifas hialinas septadas e ramificadas. 
Piedra hortae - consiste em nódulos duros, de cor escura, localizados na haste dos pelos e bastante aderentes a eles. 
Leveduras (Malassezia) são os agentes da pitiríase versicolor - usualmente podem filamentar e invadir as células queratinizadas das camadas superficiais da pele. A doença se manifesta como manchas descamativas distribuídas pelo tórax, abdome e membros superiores.
Ceratoficose
Tecido fibroso papilar; infiltração de linfócitos, descamação laminar. 
Não há um comprometimento efetivo do tecido. 
Dermatoficose
Região das células basais completamente alteradas quanto a morfologia. Como se fosse um bolor de pão. 
As hifas liberam toxinas digestórias que degradam a matriz superficial e chegam a membrana basal. 
PITIRÍASE VERSICOLOR
Lesões hipo ou hiperpigmentadas, bordos delimitados.
Acomete regiões quentes e úmidas. 
Geralmente assintomáticas
Tórax, abdome, pescoço, face, axilas, virilhas e coxas. 
Fungos do gênero Malassezia
Microbiota normal da pele (couro cabeludo)
“Micose de praia”
O fungo interfere na produção de melanina. Inativam a funcionalidade dos melanócitos. Dependendo da gravidade do evento infeccioso os melanócitos morrem. Com a reversão do quadro, dependendo da idade do paciente, os melanócitos podem ser regenerados.
TINEA NIGRA
Palma da mão ou planta dos pés
Mancha escura.
Phaeoannelomyces werneckii, Stenella araguata.
A tinea é própria da criança e rara em adultos.
PIEDRAS
Nódulos irregulares aderentes ao pelo.
Piedra branca
Leveduras do gênero Trichosporon
Nódulos claros. 
Pelos escrotais ou pubianos.
Piedra negra
Piedraia hortae. 
Nódulos duros e de cor escura. 
Endêmica na Amazônia (tirana).
MICOSES MONOCUTÂNEAS 
Leveduras do gênero Candida (Candida albicans).
Pele, espaços interdigitais, dobra submamária, unha e mucosas.
Lesões úmidas, esbranquiçadas com fungo eritematoso. 
Pacientes imunocomprometidos.
MICOSES CUTÂNEAS
Para esta e para as demais: Normalmente acontece devido a alterações das propriedades da pele, assim como, a ultrapassagem das barreiras de melanização e sebo.
As micoses cutâneas se caracterizam causadas por fungos que invadem toda a espessura da capa córnea da pele ou da parte queratinizada intrafolicular dos pelos ou a lâmina ungueal. Na pele, as lesões se manifestam como mancha inflamatória, nos pelos como lesão de tonsura e na unha por destruição da lâmina ungueal. O contágio é feito através de animais, homens ou de solo infectado. 
 
MICOSES SUBCUTÂNEAS
Micetomas
Esporotricose
Cromoblastomicose
Feoifomicose – hifas organizadas
Zigomicose – estruturas reprodutivas bem expressivas que levam a ulcerações.
Presença de formas dimórficas.
As micoses subcutâneas se caracterizam por resultar da inoculação de um fungo patogênico por ocasião de um traumatismo, manifestando-se como tumefação ou lesão supurada da pele ou no tecido subcutâneo, produto da disseminação do fungo por contiguidade ou por via linfática, porém limitada ao território aquém do linfonodo regional.
Esporotricose
O fungo Sporotrhix spp habita o solo, palha, vegetais, espinhos, madeira. A esporotricose, é conhecida como “a doença do jardineiro”. Isso porque era comum acometer esses profissionais, assim como também agricultores.
Esse é um fungo dimórfico, logo, muda entre as formas miceliana e leveduriforme, de acordo com a temperatura e as condições do ambiente onde se encontra. 
O tratamento dura de 6 meses a 2 anos, mas os efeitos adversos são grandes.
ESPOROTRICOSE 
• Sporothrix schenckii (ubíquo na natureza).
• Forma linfocutânea (Pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos regionais).
• Lesão ulcerada no local de penetração do fungo com nódulos linfáticos regionais.
• Pacientes imunodeprimidos: Risco de disseminação.
• Esporotricose pulmonar: Inalação de propágulos do fungo.
• Micose profissional (jardineiros, floristas, mineiros)
MICETOMAS
São micoses produzidas por algumas espécies de fungos ou de actinomicetos aeróbios, os quais organizam um agregado de hifas ou filamentos bacterianos, denominados grãos. 
O micetoma eumicótico se distingue do actinomicótico por ser: causado por um fungo, enquanto o actinomicótico é causado por bactérias filamentosas.
Os grãos, de tamanho e formas variados, podem ter coloração branco-amarelado, vermelhoou negro.
Acomete mais membros inferiores por causa da alta umidade.
EUMICETOMAS
São lesões produzidas por fungos que nos tecidos formam emaranhados de filamentos conhecidos como grãos ou drusas. 
Fístula, inchaço e pus com grãos. 
Madurella myceomatis
Scedosporium apiospermum
Leptosphaeria sengalensis
Madurella grisea
CROMOBLASTOMICOSE
O agente causador da cromomicose mais comum, o fungo Fonseca pedrosoi, foi descrito em 1922 pelo brasileiro Fonseca Pedroso, após 10 anos acompanhando casos da doença. Com prevalência em climas tropicais e subtropicais.
• Gêneros: Fonsecaea, Phialophora, Cladosporium, Rhinocladiella.
• Fonsecaea pedrosoi (Brasil).
• Nódulos cutâneos verrugosos, podendo ou não ulcerar (aspecto de couve-flor).
• Micose ocupacional (agricultores, lavradores).
• Fungos demáceos
FEO-HIFOMICOSE
• Fungos que no tecido do hospedeiro apresentam micélio septado escuro.
• Gêneros: Exophiala, Cladosporium, Phialophora e Wangiella.
É causada pela formação de hifas ou pseudo-hifas negras (fungos melanizados),;
Manifesta-se de forma cutânea, subcutânea ou disseminada, formando quistos.
Lesão dos vasos periféricos e ulceração da região infectada. 
LOBOMICOSE
• Doença de Jorge Lobo ou blastomicose de Jorge Lobo.
• Locazia Loboi.
• Lesões queloidiformes, gomosas, ulceradas, verruciformes, infiltrativas.
• Grande incidência da doença no pavilhão auricular (Transporte de cargas sobre os
ombros).
• Áreas florestais, região amazônica (seringueiros, garimpeiros, lavradores, índios).
MICOSES PROFUNDAS
As micoses profundas se caracterizam por serem adquiridas por inalação de propágulos fúngicos, sendo consequentemente a lesão primária pulmonar, com tendência a regressão espontânea. O fungo pode se disseminas pelo corpos através do sangue, originando lesões extrapulmonares nos indivíduos. Os agentes de micoses sistêmicas raramente são implantados traumaticamente; quando isso ocorre, determinam uma lesão granulomatosas circunstcrita, com ou sem linfagite regional que regride espontaneamente.
As micoses sistêmicas endêmicas no Brasil são: Paracoccidioidomicose, Histoplasmose, Coccidioidomicose e Criptococose.
Aspergilose invasiva: tropismo vascular e fenômenos vaso-oclusivos por causa da formação das hifas e do formato das leveduras.
Já nos cabelos, os fungos podem ser diferenciados dois tipos de parasitismo: endotrix, onde os artroconídios se localizam somente no interior do pelo, esse causado, por exemplo, por T. tonsurans; e ectotrix, onde os artroconídios se dispõem no interior e ao redor do fio de cabelo. Podemos citar M. canis e T. mentagrophytes.
MICOSES OPORTUNISTAS
“Sapinho”
TODAS AS ABORDADAS ANTERIORMENTE.
Dependem do imunocomprometimento da pessoa.

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