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Unidade 1 Introdução a criatividade - Conceito de criatividade e as abordagens teóricas da Criatividade Interpretar a palavra criar Enquanto ideia, só é reconhecida quando entra em operação ou comercializado. CRIAÇÃO Frases Históricas “O cavalo está aqui para ficar, porém o automóvel é apenas uma novidade passageira.” Presidente do Michigan Savings Bank, aconselhando Ford a não investir na Ford. “Ora, máquinas voadoras mais pesadas do que o ar são impossíveis.” Lord Kelvin, em 1885. “A televisão não será capaz de manter nenhum mercado por mais de 6 meses. As pessoas logo se cansarão de olhar para uma caixa de madeira compensada toda noite.” Presidente da 20th Century Fox, em 1946. É o ato de criar, mudar, melhorar, baratear, construir, roubar, mentir, chorar... Tudo é criatividade, depende do contexto e da situação. CRIATIVIDADE É o executor e “alavancador” de uma ideia que funcionou ou que está no mercado. Se o que você criou, não funcionou ou ninguém comprou, nunca será chamado de criativo. CRIATIVO SER CRIATIVO É... • ... conseguir “levantar” um amigo desmotivado. • ... dar uma solução para algo que todos já desistiram. • ... inventar uma desculpa, quando o seu time perde o jogo • ... e mais POR QUE CRIAR? • O ser humano é evolutivo, devemos inovar também. • Melhorar a situação atual, • ...e se fizermos sempre igual, nada mudará no resultado Não importa o que seja, se há um ser humano envolvido, é possível administrar... Jorge Eiti Okazaki Podemos dizer que criatividade é a soma de vários fatores: Curiosidade Capacidade de ver as coisas sob um ângulo inusitado Perseverança Autoconfiança Humildade para perceber os próprios limites e pedir ajuda Capacidade de perceber que uma ideia nova pode ser útil A boa notícia é que as características que definem a criatividade podem ser treinadas. Em outras palavras... ... criatividade é algo que pode ser aprendido. 1. Preparação: coleta das informações necessárias sobre o problema em questão. 2. Incubação: período de “descanso” mental, em que a pessoa se afasta temporariamente do problema. 3. Iluminação: momento em que a pessoa tem um “clique” e, finalmente, chega à solução criativa. 4. Verificação: ajuste e implementação da solução. O primeiro modelo de pensamento criativo foi desenvolvido por Graham Wallas, em 1926, composto de quatro fases: Como se percebe, no modelo de Wallas a geração da ideia criativa depende de um “clique”. É, portanto, um processo subconsciente, incontrolável. Além disso, o “clique” pode acontecer ou não. Outro aspecto que chama a atenção no modelo pioneiro de Wallas é a ênfase no indivíduo. Com o passar do tempo, teorias, como essa Teoria de Wallas, passaram a ser substituídas por teorias sistêmicas, que atribuem às soluções criativas não a uma pessoa ou processo isolado, mas a uma série de fatores inter-relacionados. O psicólogo Mel Rhodes estabeleceu que criatividade é um fenômeno em que uma pessoa comunica um novo conceito — o produto. A pessoa chega até esse produto por meio de um processo mental. Como nenhum ser humano vive ou opera num vácuo, precisamos considerar também o ambiente. Surgia assim, em 1961, o modelo das quatro dimensões da criatividade: pessoa, produto, processo e ambiente (pressão). Com base nisso, o norte-americano Joy Paul Guilford criou um conceito decisivo para o estudo da criatividade: a diferenciação entre pensamento convergente e pensamento divergente. Pensamento divergente... Os testes de inteligência mediam se a pessoa era capaz de chegar à única resposta correta para determinado problema lógico. Mas a pessoa criativa muitas vezes chegava a várias soluções para um único problema; ou a soluções que não representavam necessariamente uma saída lógica. Aquele que apresenta várias alternativas de solução para o mesmo problema. Pensamento divergente... Pensamento convergente ... É aquele que, por meio de um raciocínio analítico, leva a uma única solução lógica para determinado problema. É importante lembrar que o pensamento divergente não é “melhor” do que o convergente. Os dois são importantes e se retroalimentam. Porque o pensamento convergente está ligado à estabilidade, enquanto o divergente está ligado à ruptura. Para haver ruptura, é preciso que antes haja estabilidade. O neurologista norte-americano Roger Sperry percebeu que cada hemisfério cerebral especializava-se em tarefas distintas: O esquerdo era responsável pelas tarefas verbais, lógicas e analíticas; O direito lidava com elementos não verbais, como expressões faciais, melodias e imagens, além de cuidar da percepção espacial. LADO DIREITO DO CÉREBRO E CRIATIVIDADE Assim, metáforas, abstrações, fantasia, intuição e, é claro, criatividade são as especialidades do lado direito do cérebro. LADO DIREITO DO CÉREBRO E CRIATIVIDADE Mas, se todos temos um hemisfério cerebral direito, por que só alguns de nós parecem criativos? Segundo os especialistas, o problema está na maneira como somos educados. LADO DIREITO DO CÉREBRO E CRIATIVIDADE Pensamento vertical é o pensamento lógico, matemático e seletivo que caminha numa única direção predefinida. Pensamento lateral não se move de modo previsível; busca novas possibilidades e pode até dar “saltos”. O pensamento lateral está relacionado à abdução, a dedução e a indução. TIPOS DE PENSAMENTO Indução consiste em partir de casos particulares para chegar a princípios universais. Dedução consiste em partir de princípios universais para explicar casos particulares. Abdução consiste em dar um salto intuitivo dos dados para a hipótese. TIPOS DE PENSAMENTO TEORIA DO INVESTIMENTO EM CRIATIVIDADE Sternberg e Lubart formularam a teoria do investimento em criatividade, segundo a qual pessoas criativas são aquelas que estão dispostas a “comprar barato” e “vender caro”. TEORIA DO INVESTIMENTO EM CRIATIVIDADE “Comprar barato” significa investir numa ideia desconhecida, mas que pareça promissora. E “vender caro” significa trabalhar nessa ideia e repassá- la apenas quando já estiver desenvolvida ou até concretizada. TEORIA DO INVESTIMENTO EM CRIATIVIDADE Segundo a teoria de Sternberg e Lubart, o comportamento criativo resulta da junção de seis elementos: inteligência estilos intelectuais conhecimento personalidade motivação contexto ambiental