Reclamação Trabalhista - Horas Extras

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1 RAFAEL REBELO S. PEREIRA, R.A.: 131112085 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA [...] VARA 
DO TRABALHO DE ARAUCÁRIA, ESTADO DO PARANÁ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPECTROMEM DA SILVA, brasileiro, estado civil [...], 
administrador, RG n.: [...], CPF/MF n.: [...], CTPS n.: [...], série: [...], 
PIS/PASEP n.: [...], residente e domiciliado na rua [...], número [...], bairro [...], 
CEP: [...], município de Curitiba, estado do Paraná, por seu advogado abaixo 
assinado, nome [...], OAB/UF n.: [...], CPF/MF n.: [...], com escritório 
profissional na rua [...], número [...], bairro [...], na cidade de [...], CEP [...], 
onde recebe notificações e intimações, respeitosamente vem à presença de V. 
Excelência, propor: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito sumaríssimo, 
em face de ALFA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob o n. [...], registro estadual n. [...], com sede na rua [...], número [...], 
bairro [...], na cidade de Curitiba, estado do Paraná, CEP [...], 
o que faz com fulcro nos arts. 840, §1°, da CLT e 319 do CPC, bem como 
pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
 
 
2 RAFAEL REBELO S. PEREIRA, R.A.: 131112085 
 
1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Conforme arts. 14, §1º, da lei n. 5584/70, 790, §3º, da CLT e 98 do CPC: 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, 
de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que 
pertencer o trabalhador. 
§ 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou inferior ao 
dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior 
salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem 
prejuízo do sustento próprio ou da família. 
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal 
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às 
instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
[...] 
§ 3
o
 É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho 
de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça 
gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário 
igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social. 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de 
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios 
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
O reclamante percebia remuneração mensal inferior a 40% (quarenta por cento) do 
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e hoje se encontra 
desempregado. O pagamento das custas processuais, portanto, prejudicaria seu sustento,, bem 
como de seus familiares. 
Requer, portanto, a concessão da gratuidade de justiça. 
 
2. DO CONTRATO DE TRABALHO 
O autor, admitido em 2 de janeiro de 2018, cumpria jornada de trabalho 
para a reclamada das 8:00 às 17:00 horas, com 1 hora de intervalo para repouso 
e alimentação, com divisor 200. 
Recebia o salário mensal de R$ 6.000,00 (seis mil reais). 
Foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, na referida data, 
recebendo corretamente as verbas rescisórias, projetando-se o seu contrato de 
trabalho para 2 de dezembro de 2018. 
 
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O contrato de trabalho, portanto, iniciou-se em 2 de janeiro de 2018 e 
terminou em 2 de dezembro de 2018. 
 
3. DAS HORAS EXTRAS 
Informa o reclamante que fazia horas extras de segunda-feira a sexta-feira 
em média de 4 horas extras diárias. Ainda, informa que trabalhava 02 domingos 
por mês das 08:00 as 17 horas. 
Conforme o artigo 7º, XVI e artigo 58 da CLT, são devidos as horas 
extras ao empregado que trabalhou além da duração normal do trabalho. 
Faz jus o reclamante ao recebimento do adicional de horas extras com 
seus devidos reflexos legais, ou seja, o reflexo em repousos semanais 
remunerados, férias acrescidas de 1/3, décimo terceiro salário e FGTS com 
multa de 40%. 
Requer, portanto, o pagamento das horas extras com reflexos em 
repousos semanais remunerados, feriados e, após o computo de todos estes 
valores, em férias, décimo terceiro e aviso prévio, no valor de [...]. 
 
4. DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA 
Conforme disposto nos arts. 883 da CLT e art. 39, §1º, da lei 8177/91, 
fluem os juros de mora desde a data do ajuizamento de reclamação trabalhista, 
abaixo transcritos: 
Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora 
dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, 
acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da 
data em que for ajuizada a reclamação inicial. 
Art. 39. Os débitos trabalhistas de qualquer natureza, quando não satisfeitos pelo 
empregador nas épocas próprias assim definidas em lei, acordo ou convenção 
coletiva, sentença normativa ou cláusula contratual sofrerão juros de mora 
equivalentes à TRD acumulada no período compreendido entre a data de vencimento 
da obrigação e o seu efetivo pagamento. 
§ 1° Aos débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça do Trabalho ou 
decorrentes dos acordos feitos em reclamatória trabalhista, quando não cumpridos nas 
condições homologadas ou constantes do termo de conciliação, serão acrescidos, nos 
juros de mora previstos no caput, juros de um por cento ao mês, contados do 
ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata die, ainda que não explicitados na 
sentença ou no termo de conciliação. 
 
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Requer, portanto, a devida incidência dos juros no valor de um por cento ao 
mês desde a data inicial da presente reclamatória. 
 
5. DOS HONORÁRIOS DE ADVOGADO 
Conforme o art. 791-A da CLT, introduzido pela recente reforma 
trabalhista, fixam-se os honorários de sucumbência entre 5-15% do valor da 
causa, abaixo transcrito: 
Requer, portanto, a fixação dos honorários em 15% da condenação. 
 
6. DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
Pelo exposto, requer-se: 
i) A concessão da gratuidade da justiça; 
ii) a condenação da parte contrária ao pagamento das horas extras com 
reflexos em repousos semanais remunerados, feriados e, após o 
computo de todos estes valores, em férias, décimo terceiro e aviso 
prévio; 
iii) a intimação da parte contrária para, querendo, contestar e 
comparecer em audiência, sob pena de arcar com o ônus da revelia; 
iv) o deferimento de todos os meios de prova em direito admitidas. 
Protesta pela não submissão à comissão de conciliação prévia, conforme 
ADIs n. 2.139 e 2.160-5, em observância ao disposto no art. 5º, inc. XXXV, da 
CF, que garante o acesso à justiça. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ [...]. 
Nesses termos, 
pede-se deferimento. 
 
Local [...] e data [...]. 
 
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ADVOGADO [...]/OAB n. [...]