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ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL 2014-2

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
JOÃO PAULO CARVALHO RIBEIRO
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Salvador
2014.2
JOÃO PAULO CARVALHO RIBEIRO
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL
Trabalho apresentado ao Curso de Matemática da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Atividades Interdisciplinares
Professores: Helenara Regina Sampaio Figueiredo
		 Keila Tatiana Boni
		 Paula Cristina de Oliveira Klefens
		 Renata Karoline Fernandes
							 	
Salvador
2014.2
A matemática traz para os alunos da Educação Básica, bem como em outros níveis de Educação, a realidade de que na vida, as experiências mais simples como contar, comprar e pensar em quantidades envolvem a matemática. Ela é uma ferramenta essencial e pode ser utilizada em outras ciências, como as humanas, as sociais e até no campo das artes. É papel dos educadores explorar todas as potencialidades desta disciplina, desenvolvendo de forma equilibrada o desenvolvimento cognitivo do aluno.
	Desde os primordios que o homem faz uso da matemática para dar praticidade à sua vida e sistematizar o seu meio. Alguns estudiosos defendem que a matemática teria surgido de necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (dinheiro). Os documentos históricos encontrados pela arqueologia que fornecem um pouco de informação a respeito das origens da matemática começam com os egípcios. Costumava-se definir a matemática como a ciência do número e grandeza. Isso já não é válido pois certamente a matemática é muito mais do que números e grandezas. Hoje a matemática que conhecemos é intelectualmente sofisticada. 
O PCN trata a matemática como um importante componente na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos específicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.
O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita ver a Matemática em sua prática filosófica, científica e social, além de contribuir para a compreensão do lugar que ela ocupa no mundo
A utilização da história da matemática pode se dar de várias formas, como oportunidade de promover atividades diferenciadas integrando a Matemática com as demais disciplinas. Sob tal enfoque, foi feita uma revisão da literatura sobre o uso da história da matemática, seus aspectos, suas abordagens e sua importância, de modo a proporcionar subsídios sobre a presença da matemática na história. As questões da interdisciplinaridade e da contextualização da matemática por meio da sua história são destacadas.
Buscou-se desenvolver atividades diversificadas, envolvendo a história da matemática, levando-se em conta que essa tendência oportuniza a leitura, a reflexão, a análise, o conhecimento interdisciplinar e permite tratar os conteúdos e conhecimentos matemáticos de forma contextualizada historicamente favorecendo o crescimento intelectual e cultural dos envolvidos.
A partir disso, pôs-se a questão: O que se pode fazer para que a matemática ocupe mais significado na vida cotidiana, concreta, real? Nessa perspectiva, entende-se que, com a história da matemática, tem-se a possibilidade de buscar outra forma de ver e entender essa disciplina, tornando-a mais contextualizada, mais integrada com as outras disciplinas, mais agradável. Segundo Medeiros (1987 apud DCE, 2006, p.24)
”abre-se espaço para um discurso matemático voltado
tanto para cognição do estudante como para relevância
social do ensino da matemática. A Educação matemática,
assim, “implica olhar a própria matemática do ponto de
vista do seu fazer e do seu pensar, da sua construção
histórica e implica, também, olhar o ensinar e o aprender
matemática, buscando compreendê-los”.
A história da matemática pode estar presente na sala de aula em vários contextos diferentes, pode ser apresentada de forma lúdica com problemas curiosos, “os enigmas”, como fonte de pesquisa e conhecimento geral, como introdução de um conteúdo ou atividades complementares de leitura, trabalho em equipe e apresentação para o coletivo. Também pode apresentar a matemática com uma gama de possibilidades de atividades diferenciadas que vão muito além das infindáveis sequências de exercícios e memorização de métodos e fórmulas. Segundo D’Ambrosio (1999):
“As ideias matemáticas comparecem em toda a
evolução da humanidade, definindo estratégias de ação
para lidar com o ambiente, criando e desenhando
instrumentos para esse fim, e buscando explicações sobre
os fatos e fenômenos da natureza e para a própria
existência. Em todos os momentos da história e em todas as
civilizações, as ideias matemáticas estão presentes em
todas as formas de fazer e de saber”
Estudar a história da matemática permite que o professor tenha uma visão mais ampla e contextualizada de sua disciplina interligando a Matemática com outras disciplinas, respeitando suas especialidades. Nesse aspecto, Machado (1993, apud DCE, 2006) considera que " o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim, do modo como se articulam". O autor defende que abordar os conteúdos disciplinares com base numa organização linear, tanto nas relações interdisciplinares quanto no interior das diversas disciplinas, poderá levar a práticas docentes que impossibilitam um ensino significativo.
O desenvolvimento da estatística e da probabilidade, nas escolas básicas, tem sido alvo de pesquisas em algumas partes do mundo, e muitos pesquisadores publicam trabalhos a respeito, procurando justificar a relevância do assunto. De acordo com Shaughnessy (1992, 2007), a pesquisa em estocástica tem sido verdadeiramente interdisciplinar. Educadores matemáticos e estatísticos contribuíram amplamente, nos últimos dez anos, e o estágio de pesquisa apresenta-se demais eclético para que seja possível uma síntese. A partir dos resultados dessas pesquisas, apresentaremos considerações e/ou recomendações sobre o ensino e a aprendizagem da estocástica. 
No início dos anos de 1980, Mendoza e Swift (1981) destacaram que estatística e probabilidade deveriam ser ensinadas para que todos os indivíduos pudessem dominar conhecimentos básicos de estatística e probabilidade para atuarem na sociedade. Atualmente, as propostas curriculares de matemática, em todo mundo, dedicam atenção especial a esses temas, enfatizando que o estudo dos mesmos é imprescindível para que as pessoas possam analisar índices de custo de vida, realizar sondagens, escolher amostras e tomar decisões em várias situações do cotidiano. 
A competência nesses assuntos permite aos alunos uma sólida base para desenvolverem estudos futuros e atuarem em áreas científicas como a biologia e as ciências sociais. Além disso, ao considerarmos o mundo em rápida mudança como o que estamos vivendo, é imprescindível o conhecimento da probabilidade de ocorrência de acontecimentos para agilizarmos a tomada de decisão e fazermos previsões.
Para que o ensino da estatística e da probabilidade contribua para a efetivação desse fato, é importante que se possibilite aos alunos o confronto com problemas variados do mundo real e que tenham possibilidades de escolherem suas próprias estratégias para solucioná-los. Acreditamos ser necessário que nós, professores, os incentivemos a socializarem suas diferenciadas soluções, aprendendo a ouvir críticas, a valorizar seus próprios trabalhos e os dos outros. Nesse contexto, o trabalho com esses temas pode ser de grande contribuição, tendo em vista sua natureza problematizada que viabiliza o enriquecimento do processo reflexivo.
É importante que os estudantes comecema entender a natureza e os processos envolvidos em uma investigação estatística, fazendo considerações que interfiram no modelo de um plano para a coleta de dados. Isso inclui reconhecer como, quando e por que ferramentas estatísticas existentes podem ser usadas para auxiliar um processo investigativo. É preciso se familiarizar com as fases específicas de um questionamento estatístico, o que inclui formular uma pergunta, planejar um estudo, coletar, organizar e analisar dados, interpretar descobertas e discutir conclusões, implicações de descobertas, assuntos para um estudo posterior.
A lógica matemática, na Educação Básica, tem que servir como um instrumento facilitador de aprendizagem. O aprendizado em matemática só será realizado no momento em que o aluno for capaz de transformar o que lhe é ensinado e de criar a partir do que ele sabe. Caso essa autonomia de transformação e criação não exista, o que se tem é o aluno meramente adestrado, repetindo processos e resoluções criadas por outros (CUNHA, 2003, p. 14). Segundo Sérates (1998, p.12), “o raciocínio lógico é cheio de desafios e prepara o ser humano para o próximo milênio. Afirma também que até agora tivemos o século das máquinas e da tecnologia. O primeiro século do próximo milênio vai ser o do pensar. Vai vencer aquele que tiver instrumentais, pensamentos lógicos, quem for criativo e inovador”.
Refletindo nesta direção, há uma relevante presença do raciocínio lógico matemático no Ensino Fundamental e a possibilidade de constituir-se como um instrumento facilitador e motivador para a aprendizagem de conteúdos da matemática.
Encontra-se em destaque no PCN (1998, p. 15):
 “(...) Em um mundo onde as necessidades sociais, 
culturais e profissionais ganham novos contornos, 
todas as áreas requerem alguma competência em Matemática
 e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos
 matemáticos é necessária tanto para tirar conclusões e fazer 
argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente
 ou tomar decisões em sua vida pessoal e profissional”
Através da minha experiência como docente e observando comentários dos professores da disciplina de matemática, existem muitas dificuldades no que diz respeito ao aprendizado dos conteúdos. Referindo-se a uma quantidade razoável de variáveis, esses professores elencam, entre outros fatores, a falta de estrutura das escolas, a formação deficiente dos cursos de licenciatura em matemática, a dificuldade dos alunos em ler os enunciados das atividade se ainda a defasagem que alunos de deter minadas séries apresentam nas séries seguintes. Tais professores se encontram com extrema dificuldade em ensinar os conteúdos determinados e se deparam com alunos com mais dificuldade ainda para assimilar os mesmos.
A compreensão das questões ambientais, por exemplo, pressupõe um trabalho interdisciplinar em que a Matemática pode estar inserida. A quantificação de aspectos envolvidos em problemas ambientais favorece uma visão mais clara deles, ajudando na tomada de decisões e permitindo intervenções necessárias (reciclagem e reaproveitamento de materiais, por exemplo).
A compreensão dos fenômenos que ocorrem no ambiente — poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos naturais, desperdício — terá ferramentas essenciais em conceitos (médias, áreas, volumes, proporcionalidade, etc.) e procedimentos matemáticos (formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta, organização e interpretação de dados estatísticos, prática da argumentação, entre outros).
E isso implica em informações sobre saúde que, muitas vezes apresentadas em dados estatísticos, permitem o estabelecimento de comparações e previsões, que contribuem para o autoconhecimento, possibilitam o autocuidado e ajudam a compreender aspectos sociais relacionados a problemas de saúde.
O acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (altura, peso, musculatura) e o estudo dos elementos que compõem a dieta básica são alguns exemplos de trabalhos que podem servir de contexto para a aprendizagem de conteúdos matemáticos e também podem encontrar na Matemática instrumentos para serem mais bem compreendidos.
A construção e a utilização do conhecimento matemático não são feitas apenas por matemáticos, cientistas ou engenheiros, mas, de formas diferenciadas, por todos os grupos socioculturais, que desenvolvem e utilizam habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, jogar e explicar, em função de suas necessidades e interesses.
Valorizar esse saber matemático, intuitivo e cultural, aproximar o saber escolar do universo cultural em que o aluno está inserido, é de fundamental importância para o processo de ensino e aprendizagem. Por outro lado, ao dar importância a esse saber, a escola contribui para a superação do preconceito de que Matemática é um conhecimento produzido exclusivamente por determinados grupos sociais ou sociedades mais desenvolvidas.
Nesse trabalho, a História da Matemática, bem como os estudos da Etnomatemática, são importantes para explicitar a dinâmica da produção desse conhecimento, histórica e socialmente.
As finalidades do ensino de Matemática, na Educação Básica, indicam como objetivos fundamentais, levar o aluno a identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento; resolver situações-problemas, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como deduções, indução, intuição, analogia, estimativa; estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes compôs e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos e interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos.
REFERÊNCIAS
BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo, Edgard Blücher, 1974. 488p.
BARON, M.E. Curso de história da Matemática da Open University. Brasília:Editora da Universidade de Brasília, 1985. 
DAVIS, P.J.; HERSH,R. O Sonho de Descartes. University of New Mexico. Livraria Francisco Alves Editora S/A, 1986. 
BARKER, S.F. Filosofia da Matemática. University of Ohio. Zachar Edutores, 1969. 
ANGLIN, W. S. Matemática e História. Trad. Carlos Roberto Vianna. História e Educação Matemática – v.1 – jan/jun. de 2001.
BARONI, R. L. S. e NOBRE, S. A Pesquisa em História da Matemática e Suas Relações com a Educação Matemática. In: BICUDO, M. A.(org.). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999, p. 129-136.
BISPO, CARLOS ALBERTO. Introdução à Lógica Matemática. Editora Cengage Learning, 2011.
< http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf>

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