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psicometria np2

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Avaliação da inteligência: Fidedignidade e validade (psico - np2)
O primeiro passo na construção de um teste de inteligência consiste em escrever uma definição detalhada do que o teste está tentando mensurar. O processo deve ser iniciado com um grande número de itens carregados com os atributos e/ou aspectos que o teste é designado medir. Os itens devem então ser preliminarmente testados com um grupo de pessoas com características similares àquelas para as quais o teste será eventualmente aplicado. A partir destas aplicações preliminares, alguns itens podem ser retirados ou mantidos no conjunto do teste baseados em quão bem eles discriminam entre os indivíduos. Posteriormente, normas ou padrões de desempenhos no teste são estabelecidos baseados numa grande amostra de padronização submetida ao teste final. A amostra de padronização deve ser cuidadosamente selecionada para garantir que todos os indivíduos que a compõem são representativos do grupo que eventualmente se submeterão ao teste que está sendo construído. Em outras palavras, o resultado de um dado indivíduo deve ser comparado com aquele previamente registrado de um grupo de indivíduos, cujas características foram determinadas com antecedência e cujos resultados tenham sido elaborados em tabelas estatísticas, ou seja, as normas que permitem conhecer a distribuição destes dados. Finalmente, após comparar o resultado de um indivíduo com os valores da tabela de referência (normas), podemos classificá-lo. Esta classificação ou qualificação nos permitirá conhecer a posição deste indivíduo considerando o atributo ou constructo que estamos avaliando, comparativamente ao grupo tomado como padrão ou norma de referência. 
Os testes psicológicos, considerados como instrumentos de medida, devem possuir certas propriedades metrológicas as quais, em essência, são similares àquelas requeridas em outros procedimentos utilizados para fazer mensurações em outros domínios do saber.  Portanto, os testes psicológicos são iguais aos testes de qualquer outra ciência, no sentido de que se fazem observações baseadas numa amostra pequena, mas cuidadosamente escolhida do comportamento do indivíduo. Sob este aspecto, o psicólogo procede como um químico que testa o teor carbônico de um composto a partir de uma pequena amostra, com a diferença de que a amostra do psicólogo consiste numa série de comportamentos que se manifestam nas respostas do indivíduo.
O valor prognóstico ou diagnóstico de um teste psicológico depende do grau com que ele serve como indicador a respeito do comportamento futuro do indivíduo que se depara com uma tarefa semelhante.  Trata-se de generalizar a partir de resultados empíricos tal como se faz em outras ciências. A propósito, deve-se notar que os itens de um teste não precisam assemelhar-se estritamente ao comportamento a ser previsto pelo teste. É necessário, apenas, que haja uma correspondência empírica entre as duas coisas.
Propriedades dos testes psicológicos
Dentro da Psicometria clássica duas das mais importantes características de um teste são a fidedignidade (confiabilidade) e a validade. A fidedignidade refere-se a replicabilidade e consistência dos escores dos testes e a validade refere-se à relação entre os escores dos testes e os atributos psicológicos reais que o teste está supostamente mensurando.  Se um teste não for fidedigno torna-se impossível avaliar a sua validade, de forma que seria logicamente impossível ter um teste que seja válido mas completamente não confiável. Portanto, um bom teste psicológico deve ser tanto fidedigno quanto válido, embora a validade seja considerada como a verdadeira medida da utilidade do teste.
 Fidedignidade
A fidedignidade é frequentemente explicada em termos do processo de mensuração na física e engenharia. Quando nós mensuramos, por exemplo, o comprimento de uma mesa, assumimos que nossas mensurações são razoavelmente fidedignas. Podemos checar isto fazendo várias mensurações do comprimento da mesa e em seguida compará-las.  Mesmo que venhamos a repetir este procedimento inúmeras vezes com o propósito particular de alcançar a precisão, é improvável que obtenhamos exatamente a mesma medida do comprimento da mesa em cada tentativa de mensuração. As mensurações do comprimento da mesa certamente variarão de uma tentativa para outra e ficaríamos razoavelmente contentes se os erros fossem apenas pequenos. Nas ciências sociais e, particularmente nas ciências do comportamento, a falta de fidedignidade das medidas pode se constituir num grande problema.  De fato, a falta de fidedignidade de um teste psicológico pode ter efeitos devastadores e extremamente desagradáveis, de maneira que devemos em primeiro lugar construir testes que sejam os mais fidedignos possíveis, e em segundo lugar levar em consideração a falta de uma fidedignidade perfeita na interpretação dos resultados dos testes. Todos os testes publicados são requeridos a registrarem com detalhes a fidedignidade e como ela foi calculada, e qualquer que seja a forma com que um teste foi construído e usado, informações sobre a fidedignidade devem necessariamente ser incluídas.  Nenhum teste será absolutamente consistente. Não obstante, torna-se necessário fazer testes psicológicos que sejam o mais fidedigno possível.  Há vários métodos para mensurar a fidedignidade de um teste.
Método de teste-reteste
Dentre os métodos usados para estimar a fidedignidade, o método de teste-reteste é considerado o mais direto e envolve a aplicação duas vezes de um mesmo teste para um mesmo grupo de examinandos, com um intervalo entre as duas aplicações. Este intervalo pode ser variável, mas usualmente se recomenda pelo menos 6 meses entre uma aplicação e outra. Este procedimento produz duas medidas de cada examinando, o escore da primeira e o escore da segunda aplicação.  O coeficiente de correlação produto-momento de Pearson calculado entre estes escores da primeira e da segunda aplicação fornece diretamente o coeficiente de fidedignidade do teste. Se a correlação for 1, isto indica uma fidedignidade perfeita e mostra que os examinandos produziram os mesmos escores nas duas aplicações. Isto nunca acontece em contextos psicológicos ou educacionais. Se, de outro lado, a correlação entre os escores das duas aplicações é zero, o teste não tem qualquer fidedignidade, indicando que os escores obtidos na primeira aplicação não têm qualquer relação com aqueles obtidos na segunda aplicação e, por consequência, se os examinandos fossem testados novamente eles produziriam um conjunto de escores completamente diferente. Nestas circunstâncias os escores são sem significado, como também seriam se a correlação fosse negativa. Uma correlação negativa nunca ocorre, exceto por acidente, mas se eventualmente ocorrer, uma fidedignidade de zero é assumida. Assim, todos os testes são esperados ter uma fidedignidade teste-reteste entre 0 e 1, porém,  quanto mais alta tanto melhor.
 Método das formas paralelas
Embora o método de teste-reteste seja o mais direto, existem várias circunstâncias em que ele se torna inapropriado. Isto é particularmente verdadeiro quando são utilizados testes baseados em conhecimento que envolve algum tipo de cálculo para se alcançar a resposta. Para estes testes é muito provável que as habilidades aprendidas na primeira aplicação sejam transferidas para a segunda, de forma que as tarefas nas duas aplicações não são completamente equivalentes. Do mesmo modo, diferenças na motivação e memória podem também afetar os resultados. Em outras palavras, a maneira que um examinando enfrenta a primeira aplicação é frequentemente diferente da segunda. Por estas razões uma técnica alternativa para estimar a fidedignidade do teste é utilizar formas paralelas. Neste caso, não temos apenas uma versão do teste, mas sim duas versões de um mesmo teste conectado de maneira similar. A composição dos itens destas duas versões do teste é designada medir o mesmo constructo e, portanto, as duas formas deste teste são ditas ser paralelas. Para obter a fidedignidade pelométodo das formas paralelas, a cada examinando são aplicadas ambas as versões do teste e o coeficiente de fidedignidade é obtido calculando-se a correlação produto-momento de Pearson entre os escores das duas versões ou formas. Muitos consideram este método de estimação de fidedignidade como o melhor indicador da fidedignidade de um teste; mas, há razões pragmáticas que justificam porque esta alternativa não é tão frequentemente usada.  Uma dificuldade operacional reside no fato de que quando construímos um teste, devemos inserir itens que sejam os melhores e os mais discriminativos e com a construção de formas paralelas de um mesmo teste isto acarretaria o dobro de trabalho, pois ambas as formas deveriam possuir itens com características bem similares. Na prática isto raramente é obtido.
 Método da divisão das metades
Uma alternativa de cálculo da fidedignidade mais próxima do método das formas paralelas é o método da divisão das metades de um teste. Com esta técnica um teste é dividido em duas metades iguais. Se isto for feito de forma adequada e aleatória, estaríamos de fato obtendo duas formas paralelas com a vantagem de que nenhum viés sistemático estaria sendo introduzido na escolha dos itens das duas formas ou seja das duas metades.  Por convenção tem sido comum tomar os itens pares e os itens ímpares para constituírem as duas formas ou metades do teste. Para cada indivíduo dois escores são obtidos, um para cada metade do teste e, depois, estes são correlacionados um com o outro através do coeficiente de correlação produto-momento de Pearson. Todavia, este coeficiente não é a fidedignidade do teste. Ele é, na melhor das hipóteses, a fidedignidade de uma metade do teste. Para se obter a fidedignidade total do teste deve-se aplicar uma formula conhecida como Spearman-Brown, na qual a fidedignidade entre as duas metades é igual a duas vezes a correlação obtida entre as duas metades, dividida pela unidade (1,0) adicionada à correlação entre estas duas metades.  Assim, usando este método pode-se verificar que a fidedignidade do teste será sempre maior que a correlação entre as duas metades. Em adição, este método mostra que quanto maior for o teste (quanto mais itens ele possuir) mais fidedigno ele será.
 
Validade
A validade é considerada a característica mais importante na avaliação de um teste. O conceito refere-se à apropriação, significação e utilidade das inferências específicas feitas a partir dos escores dos testes.  A validade refere-se genuinamente à característica de se ou não um teste está mensurando alguns atributos do mundo real que supostamente ele está mensurando. A validade é a verdadeira medida de quão útil é o teste.  O processo de validação de um teste é realizado acumulando evidências que suportam tais inferências feitas a partir dos resultados deste teste. Validade, portanto, não é um conceito unitário e há várias formas de estimá-la.
 Validade aparente
A validade aparente refere-se ao processo de aceitabilidade dos itens do teste, tanto por parte do construtor do teste quanto por parte do examinando, com relação à operação que está sendo desempenhada. Ela nunca deve ser tratada como trivial. Se os examinandos fracassam em se submeterem com seriedade ao teste os resultados podem ser sem significado. A avaliação da conveniência de um teste deve incluir considerações acerca do estilo e da conformidade dos itens para o propósito especificado, em adição a quaisquer outras características formais do teste.
 Validade de conteúdo
A validade de conteúdo de um teste examina a extensão em que a especificação sobre a qual ele foi construído reflete o propósito particular para o qual o ele está sendo desenvolvido.  Em geral, a validade de conteúdo demonstra o grau em que uma amostra de itens, tarefas ou questões de um teste é representativa de um universo definido ou domínio de conteúdo. Ela frequentemente baseia-se nos julgamentos de especialistas que avaliam a relação entre partes do teste e o universo definido, mas certos procedimentos lógicos e empíricos podem também ser empregados. Por exemplo, num contexto educacional, a validade de conteúdo geralmente envolverá a comparação entre a estrutura curricular e a estrutura do teste.  Num contexto de trabalho envolvendo um teste de seleção de pessoal, a validade de conteúdo será a extensão em que a especificação do posto de trabalho emparelha-se à especificação do teste.  A validade de conteúdo é fundamental para a psicometria e constitui a base principal pela qual qualquer programa de construção de teste é julgado. A validade de conteúdo tem de ser julgada qualitativa, mas do que quantitativamente, haja vista que a forma de qualquer desvio da validade é usualmente mais importante do que o grau deste desvio. Em outras palavras, se a especificação do teste não está refletindo a especificação da tarefa, ele deve estar refletindo outra coisa, e todas estas coisas são fontes potenciais de vieses ou de erros.  
Validade preditiva
A validade preditiva é a maior forma de validade estatística e deve ser usada em todas as situações em que um teste for usado para fazer predições.  Ela é sinônimo do valor prognóstico de um teste. Ela indica em que medida as previsões feitas a partir dos resultados de um teste são confirmadas pelos fatos constatados posteriormente. Estes fatos não são necessariamente o rendimento escolar ou profissional, mas podem ser também o sucesso numa psicoterapia, numa mudança de atitude ou o sucesso de uma campanha por meio de propaganda. A validade preditiva é representada como a correlação entre os escores do teste e os escores do grau de sucesso no campo selecionado, usualmente denominado de sucesso no critério. Um problema comum com a validade preditiva é que os indivíduos que não são selecionados, por exemplo, num teste de seleção de pessoal, não produzem escores no critério de maneira que os dados serão sempre incompletos. Nestas circunstâncias, a validade preditiva será sempre subestimada.  Um coeficiente de correlação produto-momento de Pearson entre os escores obtidos num teste e num critério qualquer representa o coeficiente de validade de um teste.
 
Validade concorrente
A validade concorrente é também estatística em concepção e descreve a correlação de um novo teste com testes já existentes que supostamente medem o mesmo tipo de constructo. Assim, um novo teste de inteligência pode correlacionar-se com outros testes de inteligência existentes, mesmo comercialmente.  Devemos, todavia, destacar que embora possa existir uma alta correlação entre um novo e um antigo teste de inteligência, ambos podem não necessariamente estar mensurando o constructo de inteligência se outras formas de validade não tenham sido rigorosa e previamente estabelecidas. Novamente, um coeficiente de correlação estatístico, entre um novo e um teste já existente, representa a validade concorrente.
 
Comentários finais
Uma vez que um teste de inteligência tenha sido construído torna-se fundamental descrever algumas de suas propriedades metrológicas e apresentá-lo numa forma em que ele possa ser facilmente empregado. A fidedignidade do teste deve ser estimada e referenciada de maneira clara e precisa para que os futuros usuários do teste possam ter uma idéia da quantidade de erro que pode estar associada com o uso deste teste para um propósito particular. Também, os dados sobre a validade do teste devem ser especificados para uma grande amplitude possível de aplicações.  As normas devem ser indicadas tanto para a amostra estudada quanto para subgrupos particulares que possam ser de interesse. Sem estas propriedades os testes não podem ser utilizados e jamais serem comercializados.
https://www.passeidireto.com/arquivo/16237698/normatizacao-e-equiparacao-de-escores

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