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1 Tratamento de tumores odontogênicos

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Cirurgia II 
Barbara Marques – 2015.1 
 
Tratamento de tumores odontogênicos 
 
Prof.: Henrique 
Existem dois tipos de tumores odontogênicos da classificação mais recente que foi revista agora 
no ano de 2017, então tiveram algumas mudanças, como o por exemplo o tumor odontogênico 
ceratocistico saiu dessa classificação, ele migrou agora pra classificação de cisto odontogênico ( 
mas gente esse povo todo ano muda a classificação dessa bagaça desse ceratocisto, eu to 
exausta) então ele não é mais considerado um tumor. E surgiram duas lesões novas, o destaque 
é o tumor odontogênico primordial. 
Tratamento 
Realizar biopsia previa. 
Remoção completa do tumor. É diferente do cisto, que podemos tratar por descompressão, 
porque o que faz o cisto crescer é o aumento de pressão porque a cavidade ta cheia de liquido, 
então se vc deixa a cavidade vazia o cisto tende a se reparar. O tumor é diferente, é uma mistura 
sólida, como se fosse um pêssego, e ele tem potencial próprio de crescimento, então se você não 
operar essa lesão vai crescer. Alguns tumores tendem a crescer e parar, mas a maioria vai 
crescer de maneira indefinida e ai você precisa fazer a remoção completa da lesão. 
Um adendo que a gente precisa fazer é que existem tumores císticos. E se o tumor é um tumor 
cístico, ele cresce com um potencial próprio de proliferação celular, mas ele também cresce por 
acúmulo de líquido. Então tumor na maioria das vezes vai ser massa solida, mas existe tumor 
cístico também. 
Enucleação: remoção completa do tumor. Instrumentação direta do tumor. Mais conservador, 
mas abrindo janela pra recidiva. Pode ser feita por dissecção ou curetagem, o ideal é fazer 
dissecção, tirar a peça inteira, sem fragmentá-la, pois diminui o risco de recidivas. Quando se 
faz enucleação por curetagem, você corre o risco de deixar remanescentes de lesão e assim se 
corre mais risco de recidiva. 
 
Ostectomia periférica: Enucleação com desgaste de borda de onde ficava a lesão com broca 
esférica. Isso faz com que se ganhe um pouco de margem de segurança. 
No caso de tumor benigno ele tem cápsula e pode ser “descolado” das estruturas. Alguns 
tumores tem uma cápsula bem definida e conseguimos manipular ele e ele não se fragmentar, 
Cirurgia II 
Barbara Marques – 2015.1 
 
outros se fragmentam com muita facilidade e tem histórico de ser muito recidivante, esses não 
são tratados com enucleação e sim ressecção. 
Ressecção: eu não manipulo o tumor, minha área de trabalho vai ser tecido sadio onde contem a 
lesão, mas que não comprometa a continuidade do osso. É o método mais confiável por que te 
dá margem de segurança. É como os tumores malignos devem ser tratados. Mais agressivo, mas 
diminui a possibilidade de recidiva. 
Considerar o histórico da doença. 
 
 A, Ressecção marginal ou segmentar, que 
não interrompe a continuidade da 
mandíbula. B e C, Ressecções 
mandibulares parciais, que interrompem a 
continuidade mandibular. Fonte: Peterson et 
al., 2009. 
 
No caso das ressecções mandibulares parciais, você vai precisar estabilizar isso com uma placa 
de reconstrução, e ainda assim você terá um defeito ósseo. Nisso você escolhe reconstruir isso 
na mesma cirurgia, ~ tirou o tumor, coloca a placa e enxerto ósseo ~ ou deixa assim, sutura e 
planeja a reconstrução em um segundo momento cirúrgico. 
 A placa não pode ficar com esse defeito, vazia para sempre, se não ela quebra, alguns meses ou 
anos depois, então nos teremos que reconstruir. A gente nunca usa a placa pra dar o contorno, o 
que vai dar o contorno vai ser o enxerto ósseo. 
 
As vezes os tumores envolvem a articulação temporomandibular e por vezes é necessário fazer a 
mandibulectomia, tirar desde o côndilo até quase a sínfise mandibular, o que faz com que 
procedimento de reconstrução seja bem mais complicado. 
Cirurgia II 
Barbara Marques – 2015.1 
 
 
Não achei imagens representativas em 
humanos então olhe a mandíbula do dog e 
tente entender, porque é o que temos pra 
hoje. 
 
Cadê o processo coronoide? Nesses casos, 
o músculo temporal ira procurar o osso e 
se inserir nele, a partir dessa inserção, o 
músculo faz crescer um novo coronoide, 
sem nenhum enxerto ósseo.
 
Considerações que se deve ter para o tratamento: 
➢ Se o tumor é bem encapsulado, consegue-se separar ele da mandíbula ou maxila sem 
dificuldade – enucleação 
➢ Se sua cápsula não é bem definida, se ele fragmenta – pode-se considerar outro tipo de 
tratamento. 
➢ Agressividade da lesão 
- velocidade de crescimento 
- Tempo de evolução da lesão 
- Tamanho do tumor 
➢ comportamento biológico 
- histórico da patologia 
➢ Morbidade do tratamento proposto 
- dano causado ao paciente ~ perda de segmento ósseo e dental 
➢ Invasão de tecido mole por um tumor ósseo 
 
A partir de agora são casos clínicos 
Ameloblastoma ~ o tumor mais badalado da odontologia segundo o professor ~ 
Tem um comportamento agressivo, infiltrante e de alta capacidade recidivante, pareceum tumor 
maligno e por isso seu tratamento é realizado como se fosse um tumor maligno, ressecção com 
margem de segurança. 
Minoria, variante unicistica 14% dos casos, o ameloblastoma é como se fosse um cisto e a 
massa tumoral cresce para dentro, então ele fica confinado. Tratamento com enucleação. 
Cirurgia II 
Barbara Marques – 2015.1 
 
1% ameloblastoma periférico, que parece uma verruguinha de tecido mole, e você só vai 
descobrir que é ameloblastoma depois, porque você fez biopsia, mandou pro exame 
histopatológico e vem no laudo. É muito raro. 
Odontoma 
Consiste na remoção do tumor, com consulta ao ortodontista para saber se dá ou não para 
tracionar o dente em questão que na maioria das vezes não esfolia sozinho. 
Reconstrução mandibular 
Utiliza-se a fíbula (osso da canela) e junto com o osso se retira também, tecido mole uma artéria 
e uma veia. Após a retirada do tumor o osso é adaptado, disseca uma artéria e uma veia da 
mandíbula e anastomosa, a fim que no final do procedimento haja a circulação sanguínea nesse 
osso adaptado. 
** Algumas patologia podem mudar após você mexer nela, até mesmo em uma biopsia, você 
pode ter um crescimento acelerado. 
 
Fibroma ossificante 
Cápsula muito espessa. Enucleação por dissecção, na maioria das vezes, exceto em lesões muito 
grande, onde grande parte da mandíbula já foi perdida, ai se faz uma ressecção. Destroi o 
processo alveolar deixando o dente sem inserção. 
Tumor odontogênico primordial 
Lesão com cápsula bem definida. Tratamento com enucleação, dependendo do seu tamanho, 
podendo ser tratado com ressecção. Nossos queridos professores junto com outros 
pesquisadores descobriram uma nova entidade patológica, que motivou a mudança da 
classificação da OMS.

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